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Com a Copa do Mundo do Catar cada vez mais próxima, as seleções vão definindo e fechando as últimas vagas disponíveis para o grande torneio, marcado para novembro e dezembro deste ano. Com 17 vagas em aberto, a Data Fifa desta semana definirá a maior parte das vagas restantes. O Estadão publica abaixo um resumo de tudo que acontecerá nas Eliminatórias nos próximos dias e as seleções que já estão classificadas para o Mundial.

O Brasil também entra em campo com duas partidas, a primeira nesta quinta-feira, diante do Chile, no Maracanã. Depois, o time vai para La Paz encarar a Bolívia. O técnico Tite vai aproveitar os dois jogos para treinar e fazer mais testes na equipe. Brasil e Argentina já estão garantidos.

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AMÉRICA DO SUL

A Conmebol definirá as últimas duas seleções credenciadas para o Catar no continente, além do país que vai disputar a repescagem. Até agora, Brasil e Argentina já estão classificados, com folga, mas as duas últimas rodadas reservam emoção para os sul-americanos.

Seis equipes ainda têm chances matemáticas de se darem bem. O mais próximo é o Equador. Com um empate na partida contra o Paraguai, o time se classifica ao menos para a repescagem. Além dele, Uruguai e Peru, quarto e quinto colocados, respectivamente, se enfrentam pela última vaga direta para o Catar.

Além desses, Bolívia, Colômbia e Chile, este último com mais chances, também possuem, matematicamente, probabilidades de ir para a Copa, mas dependem de combinações de resultados. Adversário do Brasil nesta quinta-feira, dia 24, os chilenos praticamente se despedem da Copa do Mundo com uma derrota, semelhante ao que ocorreu em 2018, quando a seleção brasileira sacramentou a eliminação do seu adversário.

O quinto lugar da América do Sul vai para a repescagem a fim de enfrentar o representante da Ásia, em duelo que será disputado em junho.

EUROPA

Pela primeira vez, a Uefa realizou um chaveamento, com semifinais e finais, para definir as últimas três vagas que restam. Dez seleções já tiveram suas presenças confirmadas no Catar: Sérvia, Espanha, Suíça, França, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Croácia, Inglaterra e Alemanha.

No sorteio, 12 equipes foram separadas em três chaves, cada uma definindo o seu classificado. Entretanto, apenas duas delas conhecerão o resultado ainda em março. No Grupo A, a partida entre Escócia e Ucrânia teve de ser adiada por causa dos conflitos que ocorrem no país do Leste Europeu, após as invasões das tropas russas. Com isso, o vencedor do confronto entre Áustria e País de Gales terá de aguardar até junho para enfrentar uma das duas seleções na partida final.

No Grupo B, há outra polêmica que também envolve o conflito na Europa. A Rússia, por decisão em conjunto da Uefa e da Fifa, foi banida da Copa e a Polônia, que seria sua adversária nesta quinta-feira, dia 24, se classificou diretamente para a final. Agora, Robert Lewandowski e sua equipe aguardam o vencedor de Suécia e República Checa para tentarem garantir a vaga.

O Grupo C tem dois times que chamam a atenção do mundo, mas apenas um pode ir para o Catar, mesmo assim com obstáculos antes de se enfrentarem. Itália, atual campeã da Eurocopa, e Portugal, de Cristiano Ronaldo, lutam pela vaga na repescagem. A Itália terá de passar pela Macedônia do Norte. Os portugueses vão duelar com a Turquia. Se conseguirem se dar bem, italianos e portugueses vão se enfrentar no dia 29.

AMÉRICA DO NORTE

Com três vagas diretas e uma para a repescagem intercontinental, a Concacaf já tem os seus três prováveis representantes, restando apenas a confirmação matemática. Canadá, Estados Unidos e México são os favoritos, com três rodadas a disputar.

Para a repescagem, Panamá e Costa Rica disputam a última vaga e apenas um ponto separa as duas equipes, além de ambas terem de enfrentar os líderes das Eliminatórias nas últimas rodadas: Canadá e EUA. A seleção classificada enfrentará o representante da Oceania, em duelo que acontecerá em junho.

ÁFRICA

Ainda sem nenhuma seleção classificada, a confederação do continente definirá seus cinco representantes nesta Data Fifa. Após sorteio, foram definidos cinco confrontos, que serão disputados em partidas de ida e volta, nos próximos dias 24 e 29.

Com ausências de Costa do Marfim e África do Sul, os duelos finais serão: Egito x Senegal, Camarões x Argélia, Gana x Nigéria, RD Congo x Marrocos e Mali x Tunísia.

ÁSIA

Na Ásia, das cinco vagas, duas já estão definidas. Com o formato das Eliminatórias Asiáticas, a confederação asiática dividiu 12 equipes em dois grupos, com os dois melhores de cada se classificando diretamente, enquanto os terceiros colocados disputam entre si uma vaga da repescagem intercontinental. No Grupo A, Irã e Coreia do Sul já estão com suas presenças confirmadas desde janeiro no Catar, enquanto no Grupo B a situação reserva mais emoção.

Arábia Saudita, Japão e Austrália, com 19, 18 e 15 pontos, respectivamente, disputam as duas últimas vagas diretas para escapar da repescagem. Nesta quarta-feira, dia 23, Austrália e Japão se enfrentam, em partida que pode definir a ida da Arábia Saudita e dos japoneses, em caso de vitória destes.

OCEANIA

Sem vaga direta para a Copa do Mundo, o representante da Oceania terá de disputar a repescagem internacional contra a seleção classificada na Concacaf. Entretanto, com a final marcada para 30 de março, casos de covid-19 e jogos adiados puseram em risco essas Eliminatórias. As partidas das seleções de Vanuatu e das Ilhas Cook foram canceladas e, com o prazo final da data Fifa próximo do jogo decisivo, a Confederação da Oceania teme pela realização do torneio.

Entre os favoritos da Oceania estão as seleções da Nova Zelândia e Fiji, que se enfrentam nesta segunda-feira, dia 21.

As Eliminatórias da Oceania para a Copa do Mundo do Catar são as últimas a darem seu pontapé inicial. Devido à pandemia, os duelos sofreram adiamentos sequenciais e, finalmente, neste mês de março, tiveram seu início em formato de minitorneio no país-sede do Mundial de 2022. A busca por uma vaga na repescagem intercontinental, no entanto, começou nesta quinta-feira com problemas, que devem trazer consequências para o calendário.

Um surto de covid-19 atingiu a seleção de Vanuatu e impediu a realização do jogo com o Taiti no estádio Al-Arabi, em Doha. A Confederação de Futebol da Oceania (OFC) não informou o número exato de atletas contaminados, mas disse que a grande maioria do elenco havia testado positivo. A entidade trabalha com a Fifa na busca por uma nova data para o confronto e espera que os jogadores estejam recuperados para a segunda rodada, no dia 20.

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"Após testes rápidos de antígeno realizados em 17 de março, que revelaram casos positivos de covid-19 na grande maioria da equipe de Vanuatu, a partida agendada da primeira rodada entre Vanuatu e Taiti nas Eliminatórias da Copa do Mundo não será realizada. Os testes foram realizados antes da partida da seleção de Vanuatu na saída do hotel para o estádio. Vanuatu não teria jogadores suficientes para colocar uma equipe em campo", publicou a OFC.

ERUPÇÃO E TSUNAMI

O torneio deveria ter começado no dia 13, com um confronto eliminatório entre Ilhas Cook e Tonga para definir o último classificado para o Grupo A. Mas o conjunto tonganês desistiu de participar do evento após uma erupção na ilha vulcânica Hunga Tonga e consequente tsunami, ocorrido no último mês de janeiro. Assim, as Ilhas Cook herdaram a vaga.

O único jogo que pôde ser realizado na quinta-feira, na estreia do Grupo A das Eliminatórias da Oceania, foi justamente entre Ilhas Cook e Ilhas Salomão, que venceram o duelo por 2 a 0. O Grupo B tem previsão de começar seus jogos nesta sexta-feira com os duelos Papua Nova Guiné x Nova Zelândia (às 11h, horário de Brasília) e Nova Caledônia x Fiji (14h, horário de Brasília).

Os dois jogos acontecem no estádio Suheim bin Hamad, também em Doha, capital do Catar. A seleção neozelandesa é favorita e espera retornar à Copa do Mundo após ausências nas edições do Brasil (2014) e Rússia (2018).

As duas melhores seleções dos Grupos A e B avançam para a fase semifinal. Nela, em jogos únicos, serão definidos os dois finalistas. Para chegar à Copa do Catar, o campeão das Eliminatórias da Oceania precisará enfrentar o quarto colocado da Concacaf - posição disputada intensamente por Panamá e Costa Rica - no dia 13 ou 14 de junho.

As Eliminatórias da Oceania tinham término previsto para o dia 30 de março. Porém, diante das incertezas provocadas pelo surto do novo coronavírus no elenco da seleção de Vanuatu, a data da final do torneio deverá ser alterada.

A Federação Polonesa de Futebol (PZPN) informou nesse sábado (26) que a seleção do país não vai disputar o jogo contra a Rússia em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar, marcado para o dia 24 de março em Moscou.

"Chega de falar, é hora de agir. À luz do aumento da agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, a seleção não vai jogar a partida contra a Rússia. Essa é a única decisão correta", escreveu o presidente da PZPN, Cezary Kulesza, em sua conta no Twitter.

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O dirigente ainda informou que a mesma medida deve ser adotada pela Suécia e pela República Tcheca que também podem pegar os russos na competição. Kulesza destacou ainda que as três federações estão preparando um comunicado oficial para notificar a Fifa.

Na próxima rodada, Polônia e Rússia se enfrentam assim como Suécia e a República Tcheca em disputa mata-mata. Caso os russos vençam, enfrentam o vencedor da partida entre suecos e tchecos e a seleção de um desses países precisaria ir para Moscou disputar o jogo em 29 de março.

A decisão desse sábado vem após as três entidades publicarem uma nota conjunta em que cobravam a Fifa para definir o que aconteceria com os jogos. Como não tiveram nenhuma resposta oficial, elas optaram por tomar a decisão sozinhas.
    O presidente da Fifa, Gianni Infantino, havia apenas dito que a entidade "estava preocupada" com a situação "trágica" na Ucrânia.

No mundo esportivo, diversas federações e órgãos já cancelaram ou suspenderam eventos por conta da crise ucraniana.

A F1 afirmou que não deve disputar o Grande Prêmio de Sóchi, em setembro, por conta das "atuais condições", com o piloto Sebastian Vettel dizendo que se nega a disputar a prova no país.

Já a Uefa anunciou a transferência da final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, para a França.

Neste sábado, também foram canceladas as olimpíadas do xadrez, que reuniriam competidores de 180 nações entre 26 de julho e 8 de agosto na Rússia.

Da Ansa

O Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro, receberá o último jogo da seleção masculina em território nacional pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar. O próximo duelo do Brasil, já classificado, será contra o Chile, no dia 24 de março (quinta-feira), às 20h30.

Inicialmente a seleção enfrentaria os chilenos na Arena Fonte Nova, em Salvador, conforme anunciou Juninho Paulista, coordenador da seleção, em outubro do ano passado. Mas, de acordo com a Confederação Brasileira de Futebo (CBF), as restrições de público vigentes na Bahia motivaram a troca do local do jogo.

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"Queremos estar cada vez mais próximo do torcedor. Ainda mais para esse jogo que será o último no Brasil antes da Copa do Mundo. Respeitamos e entendemos as restrições vigentes em Salvador, mas é nosso desejo atuar para o maior público possível dentro das normas sanitárias", disse Juninho Paulista.

O último jogo do escrete canarinho no Maracanã em confronto pela Eliminatória da Copa ocorreu em 2008, quando empatou em 0 a 0 com a Colômbia.

"Jogar no Maracanã também nos possibilita uma logística melhor de treinamentos e deslocamentos. Vamos utilizar a Granja Comary durante toda a preparação", acrescentou o coordenador de futebol.

O Brasil lidera a classificação geral das Eliminatórias Sul-Americanas, com 39 pontos.O país garantiu classificação na 13ª rodada, em novembro passado, ao derrotar a Colômbia, por 1 a 0, em São Paulo. O último jogo da seleção masculina será contra a Bolívia (8ª colocada), em 29 de março, na capital La Paz.

O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA, na sigla em espanhol), Claudio Tapia, afirmou nesta segunda-feira que vai recorrer contra a decisão da Fifa de realizar um novo jogo entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, e suspender quatro jogadores da seleção de seu país.

Também nesta segunda-feira, a Fifa anunciou que o jogo suspenso em 5 de setembro do ano passado deve ser disputado em data e local a serem determinados. O duelo foi interrompido cinco minutos após o apito inicial, quando agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entraram no gramado da Neo Química Arena, em São Paulo, alegando que os jogadores argentinos omitiram na chegada ao Brasil que estiveram no Reino Unido 14 dias antes, o que os forçaria a cumprir quarentena, segundo os regulamentos de saúde vigentes na época.

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"Como presidente da AFA, me comprometo a fazer todos os esforços necessários e apelar da decisão da Fifa, sobre a partida das Eliminatórias com o Brasil. Nossa prioridade é a seleção argentina. Sempre", escreveu Tapia em sua conta no Twitter.

Também de acordo com a decisão anunciada pela Fifa, o goleiro Emiliano Martínez, o zagueiro Cristian Romero, o meia Giovani Lo Celso e o atacante Emiliano Buendía foram suspensos por dois jogos, pois não cumpriram o regulamento "O retorno do futebol: protocolo de jogos internacionais".

Além das punições aos jogadores, a comissão disciplinar da Fifa impôs uma multa de 500 mil francos suíços (R$ 2,81 milhões na cotação atual) à CBF por infrações cometidas contra a segurança e a ordem pública. A AFA também foi multada em 200 mil francos suíços (cerca de R$ 1,12 milhão) por descumprimento de suas obrigações em matéria de segurança e ordem pública, preparativos e participação na partida.

O Comitê Disciplinar da Fifa anunciou nesta segunda-feira que o duelo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas realizado em setembro do ano passado será remarcado, mas ainda sem data ou local definido. A partida havia sido interrompida no início do primeiro tempo por representantes da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) que entraram no campo devido ao ingresso no País de quatro jogadores argentinos que jogam no Reino Unido e desrespeitaram as regras sanitárias brasileiras contra a covid-19.

O comunicado da Fifa condena a CBF a pagar uma multa de 500 mil francos suíços (R$ 2,82 milhões na cotação atual) por infrações relacionadas à ordem e segurança. A Associação de Futebol Argentino (AFA, na sigla em espanhol) também foi punida e terá de pagar uma multa de 200 mil francos suíços (R$ 1,1 milhão) pelo não cumprimento de suas obrigações em termos de ordem e segurança, de preparação e de participação na partida. Ambas federações também terão que arcar com uma multa de 50 mil francos suíços (cerca de R$ 280 mil) como resultado da suspensão do jogo.

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Os quatro jogadores da seleção argentina envolvidos na polêmica, Emiliano Buendía, Emiliano Martínez, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, foram suspensos por dois jogos por não cumprirem com o Protocolo Internacional de Retorno ao Futebol da Fifa. A entidade informa que todos os envolvidos já foram notificados.

RELEMBRE A POLÊMICA BRASIL X ARGENTINA - O clássico entre Brasil e Argentina, válido pela sexta rodada das Eliminatórias, foi suspenso após um episódio incomum que gerou enorme confusão. Aos cinco minutos do primeiro tempo, agentes da Anvisa e da Polícia Federal entraram em campo para parar o jogo em razão da presença de quatro atletas argentinos (três deles titulares) que não cumpriram as regras sanitárias em território brasileiro e, por isso, não poderiam jogar. Agora, o árbitro e o comissário do jogo enviarão um relatório ao Comitê Disciplinar da Fifa, que determinará as etapas a serem seguidas para a definição do confronto.

A operação seria realizada no vestiário, mas a delegação argentina se trancou e afirmou que iria embora caso alguém entrasse no local. A partida começou e logo foi paralisada na Neo Química Arena após os agentes conversarem com o delegado da partida para paralisar o confronto. Depois disso teve início uma confusão à beira do gramado. Até Messi e Neymar tentaram intervir, mas o clássico foi paralisado. Todos os jogadores da Argentina desceram ao vestiário, assim como os reservas do Brasil. Os titulares brasileiros permaneceram no gramado porque o técnico Tite entendeu que deixar o campo seria desistir do jogo.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que apoia as recomendações do órgão em relação aos jogadores argentinos. "O Ministério da Saúde informa que apoia e reconhece as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoridade em saúde responsável pelas ações de vigilância sanitária do país."

Uma nota oficial foi publicada pela agência antes da partida para alertar que quatro jogadores da seleção argentina haviam descumprido regras sanitárias para entrar no Brasil. De acordo com o comunicado, Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, deveriam ter sido colocados em quarentena e mandados de volta ao país de origem, pois mentiram na hora de desembarcar em território brasileiro. Três deles foram escalados entre os titulares pelo técnico Lionel Scaloni e Buendia ficou entre os suplentes.

Destaque na vitória do Brasil por 4 a 0 sobre o Paraguai, no Mineirão, o atacante Antony dedicou o gol marcado com a camisa da seleção a Moïse Kabagambe, congolês que foi espancado até a morte no Rio de Janeiro no último dia 24 de janeiro. A homenagem veio através de um publicação nas redes sociais do jogador do Ajax.

"Para você, Moïse! Nossos pensamentos com você e sua família", escreveu Antony no Twitter, compartilhando a hashtag #JusticaPorMoiseMugenyi, que busca chamar atenção para o caso.

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Moïse Kabagambe foi assassinado no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro. Segundo a família do congolês, ele, que trabalhava no local, teria ido cobrar um pagamento não recebido quando começou a confusão. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o trabalhador foi derrubado e espancado com pauladas e golpes de taco de beisebol. Três suspeitos do crime já foram detidos.

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias. Flamengo e Botafogo foram alguns dos clubes que se solidarizaram com a família do congolês após o episódio.

"O Clube de Regatas do Flamengo lamenta imensamente a morte de Moïse Kabagambe e presta sua solidariedade à família do jovem congolês neste momento de total consternação - escreveu o Flamengo", escreveu o time rubro-negro carioca.

"O Botafogo lamenta a morte do jovem congolês Moïse Kabagambe. O Clube apoia a apuração dos fatos deste crime brutal para que haja justiça. Situações assustadoras como esta não podem acontecer. Força aos familiares da vítima neste momento de dor e revolta", publicou o clube alvinegro.

O técnico Tite sofreu uma baixa de última hora para o jogo da seleção brasileira contra o Paraguai, nesta terça-feira (1º), em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. O lateral-esquerdo Alex Sandro testou positivo para a covid-19 e já está cumprindo quarentena.

De acordo com a CBF, o jogador está sendo acompanhado pelo seu departamento médico e não apresenta sintomas da doença. O exame foi realizado no domingo e o lateral já foi liberado. Ele ficará em isolamento no Brasil, antes de viajar de volta para retomar os treinos com a Juventus, na Itália.

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Sem Alex Sandro, Tite deve escalar Alex Telles entre os 11 para o jogo desta terça, no Mineirão, pela 16ª rodada. A mudança, contudo, já era uma possibilidade uma vez que a seleção já está classificada para a Copa e o treinador indicou que pretendia aproveitar os dois jogos desta Data Fifa para fazer testes na equipe.

Na quinta-feira, Alex Sandro foi o titular da lateral-esquerda no empate por 1 a 1 com o Equador, em Quito. Telles, portanto, já tinha boas chances de aparecer entre os titulares nesta terça.

Nesta segunda, no entanto, Tite evitou projetar quem serão os titulares contra o time do Paraguai.

Por muito tempo, a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) foi vista quase como uma briga entre apenas México e Estados Unidos ditando a supremacia local. Mas o cenário parece começar a mudar, especialmente, com o fortalecimento do Canadá no âmbito regional. O país vai ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2026, ao lado de Estados Unidos e México, e quer se classificar para o Mundial do Catar, esse ano, para servir de preparação.

As expectativas do Canadá mudaram há poucos anos. Até janeiro de 2018, a seleção masculina de futebol havia sido comandada por sete técnicos, incluindo interinos, em um espaço de nove anos, até chegar ao nome de John Herdman. De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje, a equipe nacional é líder do octogonal final das Eliminatórias da Concacaf, com quatro vitórias e quatro empates, além do melhor ataque e da melhor defesa. Essa é a primeira vez que o Canadá chega à fase final da disputa desde 1998.

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"Não temos medo de ninguém", disse o capitão e goleiro Milan Borjan a repórteres, em junho do ano passado. "Os outros que deveriam ter medo do Canadá", desafiou.

O país pulou da 95.ª posição no ranking da Fifa para a 40.ª, desde que Herdman virou treinador. Só em 2021, subiu 38 colocações, maior feito dentre todas as seleções. Na Copa Ouro realizada no ano passado, chegou às semifinais, sendo eliminada pelo México em um jogo tenso, ao sofrer um gol aos 53 minutos do segundo tempo.

O principal responsável apontado pela evolução na seleção canadense é justamente o treinador. O inglês John Herdman trocou a seleção feminina do país pela masculina em 2018, após dois bronzes olímpicos e a conquista dos Jogos Pan-Americanos de 2011, em que derrotou o Brasil na final.

Filho de metalúrgicos em Corsett, perto de Newcastle, Herdman jogou futebol semiprofissional, mas logo percebeu que não teria futuro. Já aos 16 anos, começou a fazer cursos de técnico. Aos 23, ele comandava a Brazilian Soccer School, uma escolinha brasileira de futebol localizada na região. A iniciativa tem como foco a "alegria do jogo", segundo o site oficial. "Não contamos os gols marcados. A nossa missão é uma formação técnica individual e abrangente dos jogadores", informa a organização.

Herdman treinava muitos filhos de jogadores do Sunderland, clube próximo à cidade que ofereceu uma vaga de trabalho na base. Durante o dia, era aluno do departamento de ciências do esporte na Northumbria University e, à noite, trabalhava com os jovens do time.

Hoje, no comando da seleção masculina do Canadá, ele é elogiado por ter dado oportunidades a jovens promessas, atraído jogadores talentosos de dupla nacionalidade e colocado os canadenses com boas chances de voltar a uma Copa do Mundo, após 36 anos. A seleção é comandada por Alphonso Davies, de apenas 21 anos. Mas outros garotos são considerados talentos em ascensão, como os atacantes Jonathan David, do Lille, da França, e Tajon Buchanan, do Brugge, da Bélgica, ambos de 22 anos.

CANADÁ COLHE FRUTOS DO ACOLHIMENTO AOS IMIGRANTES - O treinador deixou claro, desde o início de seu trabalho, a importância de convencer atletas disponíveis para representar o país. "Eu sempre disse isso: representar seu país é sua vocação. É o seu privilégio, é o seu sacrifício, é você retribuir ao seu país. É mais do que futebol. É muito mais profundo: todo o compromisso com sua bandeira, com sua camisa. Isso é diferente. Então eu não "vendo" nada a eles. Eu apenas explico muito claramente: ‘É disso que você pode fazer parte: mudar seu país para sempre’", disse ao site The Athletic.

O Canadá é um dos países que mais abraçaram imigrantes nas últimas décadas, oferecendo novas oportunidades de vida para pessoas de todas as partes do mundo. O déficit de mão de obra em determinados setores da economia representa um dos fatores para justificar o convite aos estrangeiros. "Todas as crianças aqui jogam futebol, essa é a realidade", disse Herdman à BBC. "O país é muito diverso demograficamente. Nós temos muitos imigrantes, incluindo a mim, em que o ‘primeiro amor’ é o futebol".

Essa transformação cultural também se configura nos atletas da seleção. Não são poucos os jogadores do Canadá com dupla nacionalidade. O atacante Jonathan David nasceu nos Estados Unidos, cujos pais haitianos se mudaram de volta para o país da América Central quando ele tinha três meses de idade. Aos seis anos, a família deixou o Haiti rumo ao Canadá.

De pais nigerianos, Ike Ugbo nasceu na Inglaterra e, aos cinco anos de idade, se mudou para o Canadá com a família. Alguns anos depois, retornou para Londres para jogar na base do Chelsea. Ele tem passagens pelas seleções de base da Inglaterra sub-17 e sub-20, mas decidiu representar a seleção canadense principal.

Já Cristian Gutierrez atuava pela seleção do Chile sub-20 até trocar o país sul-americano pelo Canadá. Os pais de Steven Vitória e Stephen Eustáquio são de Portugal, os de Jonathan Osorio nasceram na Colômbia, enquanto a família de Cyle Larin é jamaicana.

"Para alguém como Stephen Eustáquio, (esse processo) levou dois anos. Foram dois anos em que a cada dois meses, ligava, checava como ele estava, primeiro como pessoa, descobrindo um pouco mais da sua vida. Depois, em segundo lugar, como jogador, dando feedback sobre as atuações e depois, por fim, criando uma imagem e também um aviso do que se oferece aqui na seleção, que é criar um legado para um país, não sua própria carreira pessoal", explicou.

Os pais de Alphonso Davies nasceram na Libéria, mas deixaram o país durante a Segunda Guerra Civil do país. As cenas diárias de terror fizeram com que a família encontrasse abrigo no acampamento de refugiados Buduburam, em Gana. Foi lá onde nasceu Alphonso, que tem poucas lembranças do local. A família Davies conseguiu emigrar para o Canadá quando ele ainda era criança. Hoje, com apenas 21 anos, o jogador é o principal nome da seleção canadense, uma realidade no Bayern e embaixador do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A falta de relevância histórica do Canadá no futebol não é nenhuma novidade, mas o desempenho dos últimos anos permite que a seleção sonhe em voltar a uma Copa do Mundo. Os jogadores se adaptaram a características dos jogos fora de casa da Concacaf que não estão acostumados nos clubes onde atuam, como altas temperaturas e gramados de baixa qualidade. São três vagas destinadas à região e o quarto colocado disputa a repescagem. O Canadá ainda tem pela frente El Salvador, Costa Rica, Jamaica e Panamá.

Depois do Brasil empatar por 1 a 1 com o Equador, mais uma partida movimentou as disputas da 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar 2022, na noite desta quinta-feira (28). Depois de três derrotas seguidas, o Uruguai se reabilitou ao vencer o Paraguai, fora de casa, no Estádio La Olla, em Assunção, por 1 a 0. Suárez, nos primeiros minutos do segundo tempo, marcou o gol da vitória celeste.

Com o triunfo fora de casa, o Uruguai voltou para a zona de classificação e agora soma 19 pontos ganhos. Já o Paraguai se complicou de vez e dificilmente irá à Copa do Mundo, afinal estacionou na nona colocação com 13.

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O primeiro tempo da partida disputada em Assunção foi bastante movimentada desde o seu primeiro minuto. Apesar do Paraguai ter começado fazendo pressão, foi o Uruguai que criou as melhores chances. Aos 14 minutos, depois de um escanteio cobrado na área, o novo zagueiro do Atlético-MG, Godín, cabeceou na trave.

No lance seguinte, em mais uma jogada de bola parada, foi a vez de Luis Suárez aparecer livre na pequena área e mandar no travessão. Já aos 23, o Uruguai teve mais uma oportunidade com o próprio camisa 9 pegando um rebote, mas desta vez parou no goleiro Silva. Por isso, o primeiro tempo terminou sem gols.

Na volta do intervalo, Luis Suárez voltou com tudo e logo aos quatro minutos do segundo tempo, conseguiu balançar as redes. Godín fez ótimo lançamento para o atacante, que invadiu a área e bateu na saída do goleiro, colocando a equipe Celeste em vantagem.

A partir daí, o ritmo da partida caiu um pouco e enquanto o Paraguai não tinha poder de reação, o Uruguai seguiu criando e quase fez o segundo aos 25. Suárez cruzou na área em busca de Cavani, mas o goleiro Silva se adiantou e espalmou para longe. No rebote, Oliveira chutou por cima do gol.

Nos minutos finais, o duelo seguiu agitado e os dois técnicos aproveitaram para fazer algumas mudanças em suas equipes. Enquanto, o Diego Alonso fechou o Uruguai na defesa para segurar a vitória, Guillermo Schelotto colocou o Paraguai em cima, mas mesmo assim o duelo terminou com a vitória celeste por 1 a 0.

As duas seleções voltam a campo na próxima semana para a disputa da 16ª rodada das Eliminatórias. Na terça-feira, o Uruguai recebe a Venezuela, no Estádio Centenário, às 20h. Um pouco mais tarde, às 21h30, o Paraguai visita o Brasil, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Tite se sentou ao lado de seu auxiliar, Cléber Xavier, para, resumidamente, falar sobre dois temas em entrevista coletiva após o empate do Brasil com o Equador por 1 a 1 em Quito: explicar a saída de Philippe Coutinho e comentar a confusa arbitragem de Wilmar Roldán, além de dizer o que conversou com Émerson Royal, lateral que foi expulso e desperdiçou uma chance de ouro.

A expulsão de Émerson fez Tite sacar Coutinho e lançar mão de Daniel Alves. O treinador explicou que optou pela saída do meio-campista do Aston Villa porque ele ainda não está em sua melhor condição física e não aguentaria o ritmo intenso da partida com dez de cada lado. Segundo o treinador, o planejamento era de que Coutinho jogasse 70 minutos.

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"Eu pedi desculpas a ele porque naquele momento a necessidade da equipe era ter um jogador que pudesse jogar os 90 minutos, e o Coutinho estava programado para jogar 70 porque vem de um processo de recondicionamento físico", afirmou o treinador. "A altitude, transições, velocidade. Ele iria se desgastar demais. Preferencialmente, precisávamos de um atleta inteiro", acrescentou.

Ele preferiu manter Matheus Cunha, o centroavante, em campo, porque o atleta poderia, na sua visão, também fazer o papel de um meia. "Na Olimpíada, ele jogava com o Richarlison e voltava pra buscar a bola, fazendo a conexão com os meio-campistas. Teoricamente, jogamos com dois atacantes e um flutuador", observou.

Tite poupou Émerson pela expulsão. O técnico reconheceu que o erro do lateral prejudicou a performance da seleção brasileira, mas adotou um discurso de proteção. A infelicidada servirá, segundo ele, de aprendizado para o jogador que busca uma vaga no elenco que irá ao Catar.

"Falei com o Emerson no vestiário. Existem situações de aprendizado na nossa vida. Ele errou e sabe disso. Mas ele não tem um técnico que corta a cabeça e entrega na bandeja. Vai aprender, continuar e evoluir", ponderou.

As trapalhadas do árbitro também foram tema da coletiva. Tite entende que o colombiano Wilmar Roldán "é muito bom árbitro", mas não poderia ter apitado o jogo desta quinta porque a Colômbia, quarta colocada, logo atrás do Equador, também disputa a classificação à Copa do Mundo.

"Hoje esteve mal. Não dá para vir um árbitro da Colômbia, cuja seleção é quarta colocada, apitar o jogo do terceiro colocado. É pressão, desumano. Falta sensibilidade. Dá para colocar outros árbitros. Ele é bom, mas o ambiente pressiona. É um estresse. O árbitro prejudicou o espetáculo. Teve uma noite infeliz", analisou.

Roldán foi salvo pelo VAR quatro vezes. Ele chegou a expulsar duas vezes o goleiro Alisson, mas em ambas ocasiões retificou suas decisões, assim como fez nos pênalti assinalados a favor do Equador e posteriormente revistos. Para o auxiliar Cléber Xavier, "o VAR deu uma aula de como analisar o jogo e foi responsável por não ser resultado diferente do que foi o resultado do jogo".

O Brasil é líder invicto das Eliminatórias, com 36 pontos, e está garantido desde o ano passado no Mundial do Catar. O próximo rival é o Paraguai, terça-feira, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

A Copa do Mundo do Catar, que será realizada em novembro e dezembro deste ano, conheceu nesta quinta-feira mais uma seleção classificada. O Irã é o primeiro país nas Eliminatórias Asiáticas a garantir vaga. No estádio Azadi Soccer Field, na capital Teerã, com a presença de mulheres nas arquibancadas, os donos da casa levaram a melhor sobre o Iraque por 1 a 0 e confirmaram a classificação antecipada para o Mundial, a três rodadas do final do qualificatório.

O único gol da partida foi feito pelo atacante Mehdi Taremi, um dos principais jogadores da seleção iraniana. Após um primeiro tempo que terminou empatado em 0 a 0, o jogador do Porto, de Portugal, abriu o placar aos 3 minutos da etapa final. Após passe preciso de Alizera Jahanbakhsh, Taremi recebeu livre entre a marcação do Iraque e, em posição regular, ficou cara a cara com o goleiro e não desperdiçou.

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No último prêmio Fifa The Best, inclusive, o camisa 9 da seleção iraniana foi um dos três finalistas ao Prêmio Púskas, de gol mais bonito de 2021. Ele concorreu por conta de um belo gol de bicicleta, marcado pelo Porto contra o Chelsea, pela Liga dos Campeões da Europa. O vencedor, porém, foi o argentino Erik Lamela, ex-Tottenham e atualmente no Sevilla.

Com a vitória, os iranianos foram a 19 pontos no Grupo A e seguem na liderança isolada da chave, dois pontos à frente da Coreia do Sul, que também nesta quinta-feira derrotou o Líbano por 1 a 0 como visitante. O Irã vem fazendo campanha exemplar, segue invicto e chegou à sua sexta vitória em sete jogos pelas Eliminatórias.

Esta será a terceira Copa do Mundo consecutiva que o país disputará, já que também se classificou em 2014, no Brasil, e em 2018, na Rússia. O Irã, porém, nunca passou da fase de grupos até hoje.

Nas Eliminatórias Asiáticas, os dois primeiros de cada grupo (A e B) ficam com a vaga direta para o Mundial. Os terceiros colocados se enfrentam em um mata-mata e quem avançar pega na repescagem o quinto colocado do qualificatório da América do Sul. O vencedor irá ao Catar.

OUTROS CLASSIFICADOS - O Irã é o segundo país da Ásia já garantido na Copa - o primeiro a se classificar em campo -, já que o continente conta com o país-sede. Os outros classificados até o momento são Brasil, Argentina, Dinamarca, Alemanha, França, Bélgica, Croácia, Espanha, Sérvia, Inglaterra, Suíça e Holanda.

A seleção brasileira vai entrar em campo para enfrentar o bom time do Equador às 18 horas desta quinta-feira (27), em Quito, em clima de testes. Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, a equipe de Tite não carregará mais o peso de buscar a vaga, mas alguns jogadores estarão sob pressão para conquistar de vez o treinador ou ao menos para manter a esperança de ser chamado para os últimos jogos das Eliminatórias, em março.

Este é o caso de Philippe Coutinho. O eterno meia da seleção de Tite vive um dos seus piores momentos da carreira no futebol europeu. Acostumado a jogar nos grandes do continente, ele deu um passo atrás neste ano ao ser emprestado ao Aston Villa, time mediano da Inglaterra.

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Coutinho vem sendo contestado desde que chegou ao Barcelona em 2018. Sem espaço na equipe catalã, foi emprestado ao Bayern de Munique, onde também não conseguiu se firmar. De volta ao Barça em 2020, sofreu uma lesão no joelho esquerdo que abreviou sua temporada. No ano passado, recuperado fisicamente, ganhou nova chance num time que lamentava a saída de Lionel Messi e apostava em jovens da base e em contratações de custo-benefício duvidoso.

Mesmo com a equipe espanhola em frangalhos tecnicamente, o brasileiro amargava o banco de reservas até ser transferido para o Aston Villa, onde fez boa estreia no dia 15 deste mês, até com gol. "Acredito na qualidade dele, falando isso para o nicho futebol. Falando de maneira mais ampla, do espectro social, humano, eu sei todo lado humano de investimento dele, desafiador, de recuperar da lesão", comentou Tite.

O treinador indicou que o jogo desta quinta será um grande palco para Coutinho mostrar o que sabe. As circunstâncias são favoráveis para o meia. A seleção não terá Neymar, machucado, e nem Lucas Paquetá, suspenso, para ofuscar seu desempenho em campo e as atenções de Tite.

Por outro lado, a pressão será grande. Coutinho vai substituir justamente Paquetá, que vinha sendo um dos melhores jogadores da seleção nos últimos meses. Se exibir boa performance, não apenas estenderá sua sobrevida na seleção como colocará um ponto de interrogação na cabeça do técnico. "Como vai ser depois, não sei. Vamos deixar o campo falar", avisou Tite.

Coutinho é uma aposta antiga do treinador. Não por acaso o meia é o quarto jogador com o maior número de jogos na seleção sob o comando de Tite. Titular na Copa de 2018, o jogador de 29 anos foi chamado em todas as convocações da seleção até a grave lesão no joelho. Até então, ele só havia "falhado" num amistoso de 2017, com a Colômbia, quando o treinador convocou apenas atletas que jogavam no Brasil naquele momento.

Sem defender a equipe nacional desde outubro de 2020, ele voltou a ser chamado no fim do ano passado para os confrontos com Colômbia e Argentina. Mas não deixou o banco de reservas em nenhum momento. Por isso, sua escalação como titular nesta quinta é encarada quase como um ultimato visando o Mundial do Catar, em novembro.

Principal armador da equipe escalada por Tite, o meia também será decisivo por conta da expectativa do treinador para encarar a altitude de 2.850 metros de Quito. "Temos que encontrar estratégias para ter a posse de bola, estabelecer um ritmo adequado", projetou. Será outro desafio para um jogador que disputou apenas 18 jogos até agora na temporada europeia, sendo titular em apenas seis - os últimos dois pelo Aston Villa.

Melhor seleção destas Eliminatórias depois do Brasil e da Argentina, o Equador ocupa o terceiro lugar da tabela, ainda em busca da classificação, e vinha embalado até ser prejudicado pela nova onda de casos da pandemia. Ao todo, 15 jogadores do elenco equatoriano contraíram Covid-19 neste mês. E o atacante Angel Mena está machucado.

Os equatorianos somam 23 pontos em 14 jogos. Mesmo se vencerem o Brasil, ainda não vão conseguir confirmar a vaga na Copa. A seleção de Tite lidera a tabela com folga, com 35 pontos, contra 29 dos argentinos. As duas equipes têm um jogo a menos na classificação por conta do clássico não finalizado em São Paulo, em setembro do ano passado.

A seleção brasileira entra em campo nesta quinta-feira contra o Equador, em Quito, pela 15.ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, mas o pensamento do técnico Tite está mesmo no Catar. Nesta quarta, em sua entrevista coletiva de véspera de jogos, ele revelou que fará mudanças na escalação entre uma partida e outra nesta reta final do torneio qualificatório, que já serve de preparação para o Mundial.

"Sim, podemos esperar mudanças de um jogo para o outro. A média nossa, nesses 13 jogos, são quatro substituições por jogo. Tenho dito aos jogadores que esses que entram vão estar decidindo a partida porque vão estar em momento crucial. Então essa é a preparação, senão dos que iniciam, mas de deixar todos preparados para aquilo que tem que fazer. Principalmente no aspecto organizacional, depois é o talento. Ele com a bola, na qualidade do passe, da verticalidade, do um contra um, da finalização. De um jogo para o outro vou mudar, mas não externando de forma pública", comentou.

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Para o jogo contra o Equador, Tite confirmou que levará a campo o mesmo ataque que enfrentou a Argentina, em novembro do ano passado - empate sem gols, em San Juan -, com Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Junior.

"O tripé da frente, dos homens de lado, como a equipe se moldou e se adaptou bem, vai ser mantido sim. Com Vinicius, Raphinha, Cunha e a gente ter essas amostragens, essa sequência que vai se mostrando. Do meio para trás, a estrutura e o posicionamento ele se mantém. Do meio para a frente ele está se mostrando. Não consigo ver sobre ideia de futebol, dois atacantes centrais, dois volantes fixos e uma lacuna no meio onde pode ter articulador, um pensador. Não consigo conceber futebol assim", declarou.

Tite falou ainda sobre o planejamento da seleção sem Neymar, que se recupera de uma lesão no tornozelo e não foi convocado. "Claro que a gente quer sempre ter Neymar, mas por vezes as situações não ocorrem dessa forma, então o fortalecimento da equipe é sempre o marco mais forte. A equipe é sempre a direção maior, o objetivo maior, a responsabilidade maior. Até porque a equipe carrega e as individualidades acabam acontecendo. Você falou em relação ao (Philippe) Coutinho, ele é jogador da função e acredito na qualidade dele, falando isso para o nicho futebol. Falando de maneira mais ampla, do espectro social, humano, eu sei todo lado humano de investimento dele, desafiador, de recuperar da lesão. É esse o sentido. De termos esses três da frente, sim, porque fizeram grande jogo e devo dar essa continuidade. Como vai ser depois, não sei, vamos deixar o campo falar. Mas a importância, para nós, é da essência", comentou.

O técnico não esconde que, mesmo com a seleção já classificada para o Mundial, a cada jogo a ansiedade é a mesma. "A sensação, a emoção, eu achei que ia estar um pouco mais light, mas não. As mesmas emoções, ansiedades, a possibilidade de dar atleta a condição de fazer o seu melhor, estrategicamente estar preparado para o jogo, continuo com a mesma pressão, te confesso", afirmou.

O Brasil tende a atuar contra o Equador com: Alisson; Emerson, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho; Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Júnior. O meia Lucas Paquetá e o volante Fabinho estão suspensos por terem levado o segundo cartão amarelo contra a Argentina e poderão voltar contra o Paraguai, na próxima terça-feira, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

A seleção brasileira é a líder das Eliminatórias de forma invicta, com 35 pontos. O Equador ocupa o terceiro lugar, com 23, e ainda busca a sua classificação ao Mundial do Catar.

Lionel Messi, camisa 10 e capitão da seleção da Argentina, ficou de fora da convocação feita nesta quarta-feira pelo treinador Lionel Scaloni para os próximos dois jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar contra Chile e Colômbia. A decisão do técnico tem como objetivo de dar um descanso ao craque, já que o time já está classificado ao Mundial, que será no final deste ano.

Messi não joga desde o último dia 12 de dezembro, quando defendeu o Paris Saint-Germain pelo Campeonato Francês. No início deste ano, ele contraiu a covid-19 na Argentina e atrasou o seu retorno a Paris. O craque testou negativo para a doença no último dia 5, quando voltou à França, mas sua recuperação demorou mais que o esperado. Ele retomou os treinamentos junto com o restante do grupo do PSG apenas esta semana.

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A intenção do clube francês é deixá-lo em melhores condições para o jogo contra o Real Madrid, no dia 15 de fevereiro, no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, pela rodada de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa.

A primeira partida da seleção argentina é fora de casa contra o Chile, na próxima quinta-feira, em Calama. A segunda é como mandante contra a Colômbia, no dia 1.º de fevereiro, no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba. As duas partidas serão sem público devido a punições da Conmebol aos chilenos e argentinos.

Apenas um jogador que atua na América do Sul foi convocado: o atacante Julián Álvarez, do River Plate, eleito o melhor jogador do continente em 2021. Scaloni seguiu a mesma linha de Tite, técnico do Brasil, também classificado para a Copa, e convocou grande parte de sua base, mas trouxe algumas novas caras para o elenco principal da seleção argentina.

A Conmebol divulgou nesta terça-feira as datas e horários das próximas duas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. Líder do torneio e classificada com antecedência ao Mundial, a seleção brasileira tem como próximos adversários Equador e Paraguai.

O Brasil abre a 15ª rodada diante dos equatorianos no dia 27 de janeiro, uma quinta-feira, às 18 horas (de Brasília). O duelo será disputado na altitude de Quito. Na rodada seguinte, a 16ª, o time de Tite encara os paraguaios dia 1º de fevereiro, terça-feira, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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É possível que Tite não convoque atletas que atuam no futebol brasileiro para as próximas rodadas das Eliminatórias, repetindo o que fizera na Data Fifa anterior, em novembro. Na ocasião, o treinador evitou chamar jogadores de equipes nacionais para não atrapalhar os clubes que estavam envolvidos em decisões. Desta vez, o motivo pode ser a falta de ritmo dos atletas, que estão de férias e se reapresentam a seus clubes em janeiro.

A seleção brasileira lidera com folga as Eliminatórias. Tem 35 pontos, seis a mais que a Argentina, que também já se garantiu na Copa do Catar, em 2022, e ainda não perdeu na competição. Em 13 confrontos, o time de Tite ostenta 11 vitórias e empatou duas vezes.

Depois desses dois próximos compromissos, restarão mais duas partidas para o Brasil encerrar sua participação no torneio classificatório ao Mundial. Os adversários são Chile e Bolívia. Há também o duelo suspenso com os argentinos, que depende da decisão da Fifa para ser ou não realizado.

O atacante Neymar desfalca o Brasil no clássico desta terça-feira (16), às 20h30 (horário de Brasília), diante da Argentina, fora de casa, pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) , o camisa 10 reclamou de dores no adutor da coxa esquerda durante o treino desta segunda-feira (15), na Academia de Futebol do Palmeiras, em São Paulo.

"Por não haver tempo hábil para a realização de exames complementares, a comissão técnica optou por preservar o jogador que não viajará com a delegação da seleção brasileira para San Juan [Argentina], local do jogo desta terça-feira", informou a CBF, em nota à imprensa.

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A atividade na qual Neymar se contundiu foi realizada no período da manhã. A imprensa só teve acesso às imagens do aquecimento dos atletas, transmitidas pelo canal da CBF TV no YouTube. O treino tático comandado por Tite, com a disposição da equipe que será titular diante dos argentinos, não foi exibido.

No treino de terça-feira (14), Tite fez três mudanças em relação à equipe que derrotou a Colômbia por 1 a 0 na última sexta-feira (12), na Neo Química Arena, em São Paulo: o zagueiro Thiago Silva, o volante Casemiro (suspenso) e o atacante Gabriel Jesus deram lugar a Éder Militão, Fabinho e Matheus Cunha, respectivamente. Na vaga de Neymar, a provável opção será Vinícius Júnior, que também atua pelo lado esquerdo do ataque.

O Brasil deve enfrentar a Argentina com: Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá; Raphinha, Matheus Cunha e Vinícius Júnior.

O técnico Tite descarta qualquer clima hostil para a seleção brasileira na Argentina, nesta terça-feira, em jogo das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022, apesar da polêmica sobre a partida interrompida logo aos cinco minutos, na Neo Química Arena, em setembro.

Na ocasião, o jogo foi paralisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por conta de irregularidades na entrada de jogadores argentinos no Brasil em meio às restrições causadas pela pandemia de covid-19. A interrupção causou atritos e insatisfação por parte dos argentinos.

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Nada disso entrará em campo nesta terça, na avaliação do treinador brasileiro. "É difícil dimensionar isso tudo, não sei a ótica que a Argentina encarou esses fatos todos", declarou. "Que nós façamos um grande jogo, que seja um grande espetáculo e que tenha um cunho de dentro do campo."

"A minha ótica é de lamentação pelo jogo não ter acontecido. Agora devido à compreensão dos fatos, o porquê de não haver... Tenho claro que, antes do futebol, existe saúde, existem leis e correção dos fatos. Isso tudo aconteceu. Agora como se encara essas situações é bastante particular, próprio e pessoal."

Dois meses após aquela partida não finalizada, o clássico será disputado na cidade de San Juan num estádio com capacidade para apenas 25 mil torcedores. Também presente na coletiva de Tite, o auxiliar César Sampaio lamentou a escolha dos rivais sul-americanos.

"Entendemos que Brasil x Argentina merecia uma infraestrutura melhor. Tem dois expoentes sul-americanos em campo, o Messi e o Neymar. E toda uma atmosfera por causa deste jogo que não existiu por variáveis que não controlamos. Esperávamos, sim, um local mais apropriado. Agora temos que nos preparar para esta atmosfera e ambiente", disse Sampaio.

Tite pediu rápida adaptação ao elenco brasileiro para o jogo no acanhado estádio. "Sobre local, logística, para mim é secundário pela grandeza do jogo. Temos que nos adaptar, porque futebol é lá dentro. A exigência é fazer um grande jogo, independentemente do local. O gramado estando bom é o que buscamos."

Para o treinador, a qualidade técnica e também mental serão decisivos no clássico. "Lembrei do Parreira (técnico da seleção na conquista da Copa de 1994), quando ele fala que um jogo de futebol é fundamentalmente a qualidade técnica de seus atletas. Eu acrescento: é a qualidade técnica dos atletas e é também mental, porque nosso corpo responde à nossa cabeça. Essa sintonia entre qualificação técnica, capacidade mental e coragem nos enfrentamentos se equilibram naquilo que pode decidir um jogo."

Tite classificou o confronto desta terça como jogo de Copa do Mundo. Já classificado, o Brasil vai enfrentar o rival que mais deu trabalho ao time sob o comando do treinador. Das cinco derrotas sofridas pelo técnico desde que assumiu esta função, três foram causadas pela Argentina.

"As estatísticas são de três derrotas e três vitórias também. Ela tem uma dimensão de quanto é grande Brasil x Argentina", comentou. "Quando a gente fala de adversários como a Colômbia (e Argentina), são jogos de Copa do Mundo, e vai ser agora também pelo nível e qualidade dos adversários, da qualidade técnica individual, da rivalidade histórica."

Sobre a escalação, o treinador fez mistério. Ele disse que vai definir o time no treino desta segunda-feira, antes da viagem para a cidade argentina.

Vice-campeã da Copa da Rússia em 2018, a Croácia estará em mais uma edição da Copa do Mundo. A vaga para a disputa de 2022, no Catar, foi garantida neste domingo, com uma vitória por 1 a 0 sobre a seleção russa, graças a um gol contra marcado pelo lateral Kudryashov aos 36 minutos do segundo tempo, em Split, na rodada final da fase de grupos das Eliminatórias Europeias. No lance, o jogador tentou interceptar um cruzamento, mas viu a bola bater em suas pernas antes e entrar no gol.

O triunfo, conquistado debaixo de uma forte chuva, deixou os croatas com 23 pontos, na liderança do Grupo H, ultrapassando a própria e Rússia e garantindo a vaga direta no principal torneio do futebol mundial. Já os russos caíram para o segundo lugar, com 22 pontos, e terão que jogar a repescagem para tentar buscar a vaga.

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Com a classificação, a Croácia vai participar de sua sexta Copa do Mundo. Separado da Iugoslávia em 1991, o país disputou o torneio pela primeira vez em 1998, quando terminou em terceiro lugar. Desde então, ficou de fora apenas da edição de 2010.

Após não passar da fase de grupos em 2002, 2006 e 2014, chegou à final em 2018, perdeu para a França e foi vice-campeã. No mesmo ano, Luka Modric, grande destaque do time, foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, superando Cristiano Ronaldo e Messi.

Além da seleção croata, Brasil, Alemanha, Dinamarca, França e Bélgica conseguiram a pontuação necessária nas Eliminatórias e estão garantidas na Copa do ano que vem. O Catar, anfitrião do evento, não precisa disputar a classificação e já tem vaga assegurada desde que foi escolhido como sede.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na tarde desta sexta-feira que o volante Edenílson, do Internacional, está convocado para a vaga de Casemiro, suspenso das Eliminatórias Sul-Americanas pelo excesso de cartões amarelos após ser punido no duelo com a seleção colombiana.

O jogador colorado irá se juntar ao elenco do técnico Tite para o último compromisso da seleção brasileira no ano. Na próxima terça-feira, a equipe nacional encara a Argentina em San Juan. Casemiro é um desfalque bem relevante, entretanto, o Brasil já conseguiu carimbar seu passaporte para a Copa do Mundo do Catar ao vencer a Colômbia nesta quinta-feira por 1 a 0, na Neo Química Arena.

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Juninho Paulista, coordenador da seleção, anunciou a convocação de Edenílson e avisou o Internacional, que concordou e liberou o atleta. O dirigente da CBF já havia dito durante a divulgação da lista de novembro que jogadores que atuam em clubes no País poderiam ser convocados em caso de lesões e/ou suspensões. Até então, apenas jogadores do exterior foram chamados, com o objetido de prejudicar o mínimo possível equipes brasileiras nas competições que disputam.

Porém, Edenílson acaba por não prejudicar totalmente o Inter. Afinal, o volante só irá se juntar a delegação brasileira no domingo, podendo participar normalmente do compromisso do time gaúcho deste sábado, às 19 horas (horário de Brasília) contra o Athletico-PR, no estádio Beira-Rio.

A seleção brasileira ainda realiza três treinos em São Paulo, na Academia de Futebol do Palmeiras, antes de embarcar para a Argentina, na segunda-feira.

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