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Em um pronunciamento no Plenário na quarta-feira (20), o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) informou que vai entrar com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador do Ceará, Elmano de Freitas, por abuso de poder político. Girão se referiu à fala do governador durante o 34º Encontro Estadual do MST, que teria instigado os beneficiários do Bolsa Família a se tornarem “multiplicadores da ideologia política do governo atual e a atuarem contra opiniões contrárias”.   

— O governador pode estar incurso também em crimes de responsabilidade, como o de improbidade administrativa, pois, de alguma forma, manipula o povo cearense beneficiário de casas populares, pessoas mais pobres, para a criação de um exército de agentes políticos a serviço deles, de quem está no poder, de quem tem essa ideologia, em especial o PT, ou seja, uma manipulação política e ideológica repugnante — disse.

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O senador ainda condenou o que considera gastos excessivos do governo do Ceará com campanhas publicitárias.   — O governador mantém um orçamento milionário — eu vou aqui falar uma outra coisa, é bilionário, com b de bola e i de índio — com propaganda e publicidade. Nos mesmos níveis do PT, que está lá no poder já há oito anos. O seu antecessor, hoje ministro Camilo Santana, gastou R$ 1,1 bilhão em propaganda. Além desse brutal desperdício, também aumentaram os gastos com o uso abusivo de jatinhos e helicópteros, que só no primeiro semestre consumiram R$ 15 milhões — destacou Girão. 

*Da Agência Senado

Segundo maior colégio eleitoral do país, o Nordeste concluiu o primeiro turno das eleições deste ano com quatro governadores eleitos. Cinco das nove disputas serão definidas apenas no segundo turno. Com o resultado impresso nas urnas e as projeções para a próxima etapa do pleito, a tendência é de que a maioria dos Estados da região siga governada por políticos de esquerda. O PT, por exemplo, já tem o comando de três deles e disputa outros dois, mas mesmo que não saia vitorioso desses, já é o partido com o maior número de chefias dos executivos nordestinos a partir de 2023.  

O quadro eleitoral

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Dos gestores estaduais eleitos ou reeleitos, os três do PT são - Elmano de Freitas, do Ceará, que recebeu 54,02% dos votos válidos; Rafael Fonteles, do Piauí, que conquistou 1.115.139 votos e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, que recebeu 58,31% da preferência dos eleitores. Além deles, Carlos Brandão (PSB) foi reeleito para governar o Maranhão com 51,29% dos votos válidos. 

Já entre os que voltam para o embate nas urnas dia 30 de outubro, estão Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União) em Alagoas; Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União) na Bahia; João Azevêdo (PSB) e Pedro Cunha Lima (PSDB) na Paraíba; Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) em Pernambuco;  e Rogério Carvalho (PT) e Fábio (PSD) no Sergipe.  

Um fato que chamou a atenção é que todos os que venceram no último dia 2 ou ficaram em primeiro lugar para a segunda etapa da disputa eram apoiados ou apoiavam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para à Presidência.  

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A busca por proteção e do lulismo 

Amargando historicamente os altos índices de desigualdade, o Nordeste tem como marca uma votação que vai além das ideologias e viu, durante os governos de Lula, os investimentos chegarem com mais força para a região. O que, segundo o cientista político Arthur Leandro, reforça o argumento de que o voto entre a maioria dos nordestinos não tem origem em questões ideológicas. 

“[No Nordeste] temos uma questão que não é originalmente ideológica, o que temos é uma necessidade histórica da presença do poder estatal de proteção no sentido de certos benefícios e direitos sociais. Existe uma população historicamente carente, temos uma tradição da grande propriedade e do latifúndio... O Nordeste é uma região dos coronéis no Brasil e a vida da população sempre precisou da mediação do Estado dada a assimetria de poder entre as poucas oligarquias que detém quase tudo e o a maioria da população que não detém quase nada. O Estado funciona como um ponto de equilíbrio. As lideranças políticas fortes terminam representando uma instância de mediação nessa disputa e elas tendem a ser reconhecidas como mediação do conflito político com muito poder”, observou o estudioso.

Leandro deu o exemplo da Bahia que por muitos anos viveu o carlismo, mas com a morte de Antônio Carlos Magalhães (ACM), a tendência terminou perdendo forças. “Tivemos na Bahia o período do carlismo, com a morte dele e o declínio do carlismo de modo geral, a Bahia passou a adotar o lulismo. A figura de Lula passou a ser identificada como essa liderança popular que trazia os benefícios e investimentos para Bahia, detalhe que Lula não é baiano, mas o PT governa lá há diversos mandatos”, lembrou. 

Crescimento do PT e da esquerda

O PT e seus aliados vêm crescendo cada vez mais no Nordeste. Em 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez, os petistas conquistaram apenas um governo nordestino, mas a partir da disputa seguinte tanto os candidatos da legenda quanto aliados do líder-mor da agremiação ganharam espaços nos nove Estados.  

Segundo o cientista político Arthur Leandro, essa força pode ser reverberada nas urnas dia 30, com os demais candidatos que disputam os pleitos, mas “não existem tendências irreversíveis no mundo político”.

“A preferência pela esquerda se dá pela força política de Lula. O governo fez com que ele fosse muito popular no Nordeste e o PT, como consequência, herda essa popularidade. Se uma liderança de direita, como Antônio Carlos Magalhães, passa a desempenhar esse papel é possível que esse quadro se inverta. Não existe tendências irreversíveis no mundo político”, declarou. 

O desafio dos candidatos apadrinhados por Bolsonaro

Para se ter uma ideia, Lula recebeu 21.753.139 de votos quando o recorte trata dos nove estados nordestinos, enquanto isso Jair Bolsonaro contabilizou 8.787.394 apoios depositados nas urnas. Se por um lado, viu-se a ascensão de diversos bolsonaristas da região ao Congresso Nacional, por outro nos Executivos o quadro desenhado não é este.

Bolsonaro é um líder político rejeitado no Nordeste. É difícil você fazer uma campanha majoritária tendo como referência máxima, como padrinho da sua candidatura alguém que é rejeitado. Sendo Bolsonaro rejeitado por quase 70% da população é muito difícil você se eleger governador dizendo que é o candidato de Bolsonaro, porque eles pensam, se eu não quero Bolsonaro também não vou querer esse cara que é a presença dele na minha região”, ponderou o especialista.  

No Nordeste você tem um ambiente propício para os candidatos proporcionais, representantes de valores ou bandeiras que estão presentes no discurso de Bolsonaro, mas fica difícil de uma candidatura majoritária que ganhe para governador no Nordeste dizendo que o negro mais leve tinha sete arrobas. O Nordeste concentra a maior população negra do país e isso não cola”, complementou Arthur Leandro. 

O candidato do Partido dos Trabalhadores Elmano de Freitas foi eleito governador do Ceará. Com 94,84% das urnas apuradas, ele é matematicamente o vencedor do pleito, com 53,68% dos votos válidos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em seguida na apuração, aparece o Capitão Wagner (União Brasil), com 32,16% dos votos. Na terceira colocação ficou Roberto Cláudio (PDT), com 14,03% dos votos válidos.

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A promotora eleitoral da 3ª Zona de Fortaleza, Joisa Maria Carvalho, disse que vai denunciar o candidato do PT para prefeito da capital do Ceará, Elmano de Freitas, por crime eleitoral de boca de urna. O petista percorreu na manhã deste domingo (28) vários locais de votação e foi flagrado pela fiscalização do candidato Roberto Cláudio (PSB) entrando na seção eleitoral do Colégio Farias Brito para pedir votos.

A promotora Joisa Carvalho estava no Colégio do Liceu do Ceará, onde Elmano também passou para cumprimentar eleitores e entrar nas seções de votação, e revelou que irá acionar o candidato por boca de urna. A coligação de Elmano informa que visitar locais de votação não significa crime eleitoral. Ele esteve ainda em seções de votação do Colégio Christus.

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Brasília - Os candidatos Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB) disputam o segundo turno neste domingo (28) em Fortaleza (CE). No primeiro turno, Elmano obteve 318.262 votos, ou seja, 25,4% dos votos válidos. Fortaleza tem 1,6 milhão de eleitores. Roberto Claudio ficou com 291.740 votos, o que representa 23,3% dos votos válidos.

Médico formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) com doutorado em saúde pública, Roberto Claudio é deputado estadual de segundo mandato. Em 2010, foi reeleito para mais quatro anos de mandato e se tornou presidente da Assembleia Legislativa de Fortaleza.

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Elmano de Freitas, 42 anos, é advogado com formação também pela Universidade Federal do Ceará. Na prefeitura de Fortaleza, o candidato do PT assumiu o Orçamento Participativo. Também foi do núcleo de governo da prefeitura e secretário municipal de Educação.

O próximo prefeito terá que administrar pelos próximos quatro anos uma cidade de 2,4 milhões de habitantes. O Produto Interno Bruto (PIB) de Fortaleza é R$ 31,7 bilhões segundo dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia da cidade está centrada no turismo, comércio, indústria e no setor de serviços.

A campanha candidato do petista à Prefeitura de Fortaleza (Ceará), Elmano de Freitas, ganhará reforço na reta final para o segundo turno das eleições, que acontece no próximo domingo (22) em 50 cidades com mais de 200 mil eleitores. Isso porque, o ex-presidente Lula (PT), irá a capital cearense fazer um comício em apoio a Elmano. Também participará da atividade, que inicia às 13h no centro da cidade, a prefeita Luizianne Lins (PT).

Já na quinta-feira (25), o deputado federal João Paulo (PT-PE) participa de carreata em apoio à candidatura de Elmano, além de ir a uma plenária da militância do prefeiturável. 

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Elmano disputa a vaga do Executivo municipal contra o candidato apoiado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, Roberto Cláudio (PSB). 

 

Pesquisa boca de urna feita pelo Ibope indica segundo turno em Fortaleza. O candidato do PT a prefeito, Elmano de Freitas, tem 28% das intenções de voto. O candidato à reeleição pelo PSB, Roberto Claudio, tem 25%. O Ibope ouviu 4000 eleitores e registrou a pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número de protocolo CE-00178/2012. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

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