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O governo federal reconduziu Maurício Antonio Lopes ao cargo de presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O decreto que garante novo mandato a Lopes na função está publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O documento é assinado pela presidente Dilma Rousseff e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Pesquisador, Lopes está no quadro da Empresa desde 1989 e no comando da empresa, desde 2012.

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Por Tatiane Monteiro

Mais de duas mil abelhas de espécie nativa da Amazônia são monitoradas por microchips nas colmeias do meliponário científico da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, no Pará. O estudo é uma parceria da Embrapa, do Instituto Tecnológico Vale, da Universidade Federal do Pará e do CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Reserarch Organisation) - agência de pesquisa australiana. A pesquisa pretende observar o comportamento rotineiro das abelhas e as mudanças na temperatura.

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As abelhas da espécie uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata) são monitoradas 24 horas ao dia por meio de antenas que enviam sinal para o chip implantado em cada abelha, que funciona como uma etiqueta de identificação. Os microchips têm o tamanho da metade de um grão de arroz e com cerca de cinco miligramas. As informações armazenadas nos chips são enviadas pra um minicomputador. Com os dados apurados é possível entender se as mudanças climáticas comprometem o trabalho dos insetos.

Segundo Giorgio Venturieri, pesquisador da Embrapa, é a primeira vez que o estudo é aplicado em abelhas brasileiras. De acordo com pesquisador, o estudo está na fase inicial, mas algumas descobertas já são visíveis. “É possível saber com precisão o horário de entrada e saída da colmeia de cada abelha monitorada e esse dado é comparado com o clima do dia. Assim sabemos quais as condições ideais para coleta de das operárias e fazer projeções, em um possível cenário de mudanças ambientais, de como a sobrevivência da colônia pode ser afetada”, disse Giorgio.

Outra importante constatação feita pelos pesquisadores é que as abelhas nem sempre voltam para a mesma colmeia. “Uma das técnicas de manejo que desenvolvemos foi agrupar as colmeias dentro de um abrigo coletivo, onde colocamos 30 ou 40 caixas de abelhas juntas e verificamos que as abelhas entram umas nas caixas das outras e elas têm mais afinidade pra entrar nas caixas de nível horizontal”, afirmou Giorgio.

O pesquisador conta ainda que com essa descoberta é possível fazer o deslocamento de uma caixa de abelhas sem se preocupar com a perda de operárias. “É possível levar uma caixa de um lugar para o outro durante o dia que o criador não perderá abelhas, pois elas vão entrar nas caixas do lado”, contou Giorgio.

O próximo passo da pesquisa é aprimorar o sistema eletrônico para futuramente responder a mais questionamentos. “Estamos ajustando a tecnologia e aprimorando o sistema de monitoramento remoto dos dados e assim fazermos futuros questionamentos, como por exemplo, como qual é a idade da abelha que se dedica a uma determinada tarefa?”, finaliza Giorgio Venturieri. 

Especial para o LeiaJá Pará.

Abelhas nativas sem ferrão aumentam a renda de produtores com maior safra de frutas, comercialização de mel e subprodutos. Técnicas de escalada viabilizam a coleta de sementes florestais para reflorestamento e plantações comerciais. A imitação da floresta garante produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas, com renda o ano inteiro para os agricultores. Essas temáticas e outras tecnologias agroflorestais integram o V Curso Internacional de Capacitação em Sistemas de Tecnologia Agroflorestal, que a Embrapa Amazônia Oriental inicia no dia 19 de outubro, em Belém, com técnicos de Colômbia, Brasil, Equador, Peru e Venezuela.

O curso promove a intensificação do intercâmbio entre entidades dos países amazônicos, agências de cooperação e instituições regionais, na busca do uso sustentável dos recursos naturais da região ao difundir alternativas produtivas de recuperação de áreas alteradas, combate à pobreza e perda da biodiversidade.

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As tecnologias passadas no curso possibilitarão aos técnicos que atuam no setor produtivo ampliar sua capacidade para elaboração e adoção de propostas de projetos, com a visão inovadora de inserção da produção agroflorestal no contexto da agricultura familiar e do agronegócio, com valor agregado de serviços ambientais de interesse global.

Durante três semanas, os participantes percorrerão os municípios de Belém, Tomé-Açu, São Domingos do Capim, Castanhal, Igarapé-Açu, além do distrito de Mosqueiro, com aulas teóricas, práticas e visitas a áreas de produtores. O curso mostrará experiências bem-sucedidas que geram impactos na redução e reversão da degradação dos recursos naturais, bem como contribuem para o aumento da renda e melhoria da qualidade de vida de agricultores familiares.

O uso de tecnologias agroflorestais oferece uma alternativa adequada ao cultivo em terras amazônicas, por reunir princípios ecológicos que aumentam a fertilidade do solo, absorvem carbono, resgatam espécies nativas e recuperam os serviços ambientais disponíveis em terras agrícolas, além de gerar benefícios econômicos e sociais.

A capacitação é fruto de uma parceria entre os governos brasileiro e japonês, sob coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores e Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), tendo a Embrapa Amazônia Oriental como instituição executora, que vem contribuindo para o desenvolvimento e uso sustentável dos recursos naturais nos países da Pan-Amazônia. Parte do Programa de Treinamento para Terceiros Países (TCTP), o curso ocorre há quase uma década e já formou mais de 200 profissionais da Pan-Amazônia e de outras regiões do país. Nesta edição, serão 14 brasileiros e 15 estrangeiros.

A abertura do curso ocorre no dia 19, às 8h30, na Embrapa Amazônia Oriental. O evento segue até o dia 6 de novembro.

Com informações de Kélem Cabral, da Assessoria de Comunicação da Embrapa.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Amazônia Oriental   promove nestas terça e quarta-feiras, 13 e 14, uma Oficina de Concertação para Inovação na Agricultura Familiar. O evento que chega à capital paraense vem sendo realizado em todo o Brasil, por meio de uma parceria entre a Embrapa e Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), e tem como objetivo ampliar os canais de demandas e estabelecer parcerias entre diversos segmentos por resultados que tragam mais benefícios para os agricultores e alinhar estratégias para o desenvolvimento de tecnologias.

Após os dois dias de oficina, uma caravana sairá de Belém com destino a Santarém, passando por 10 municípios paraenses, com o objetivo de debater temas ligados à agricultura familiar e conhecer experiências praticadas por agricultores. O grupo segue na estrada por duas semanas, a convite da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), na “Caminhada da Agricultura Familiar no Centro-Oeste do Pará”, para dialogar com gestores, movimentos sociais, ONGs e organizações de trabalhadores rurais e identificar potencialidades e entraves ao desenvolvimento das organizações produtivas ligadas à agricultura familiar paraense.

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Para Silvio Brienza, chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental, oficina e caminhada representam um importante passo para a integração de atores institucionais junto aos agricultores familiares na consolidação de uma rede, na qual todos tenham oportunidades e acessos para dialogar. Também significam um momento de apresentar demandas e necessidades para o fortalecimento desse importante segmento produtivo.

Brienza explicou ainda que, em Belém, a oficina visa estruturar uma agenda de ações para fomentar a integração institucional e a criação de redes de inovação e formação com foco na agricultura familiar, reunindo pesquisa, ensino e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Serão formados grupos inter e transdisciplinares que discutirão gargalos e soluções em ATER, produção na agricultura familiar, agroecologia e organização social. Como resultado, espera-se que as diferentes visões e percepções sobre cada tema contribuam para a construção dessa agenda positiva de propostas e de ações para o fortalecimento do setor.

A oficina começa nesta terça-feira, 13, a partir das 9 horas, no Espaço Memória (Embrapa Amazônia Oriental), em Belém. A saída do comboio da caminhada será nesta quarta, 14, às 14 horas, do mesmo local.

Com informações de Kélem Cabral, da Assessoria de Comunicação da Embrapa. 

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Um tomateiro que fornece o dobro de frutos, é capaz de suportar o forte calor do Sertão nordestino e está livre de um vírus que dizimou boa parte da lavoura há alguns anos. Parece bom não? Pois ele existe. O Ferraz IPA8, denominado assim em homenagem ao pesquisador que o criou, deu sua primeira safra e suas sementes devem ser produzidas em larga escala para serem comercializadas ainda este ano.

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O autor do feito é o pesquisador Edinardo Ferraz, do Insituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Em conversa com o LeiaJá, ele conta que foram 12 anos de pesquisa até chegar ao produto ideal. “O vírus ‘vira-cabeça’ destruiu a lavoura de Petrolina e a partir daí iniciei essa pesquisa que buscou livrar os tomateiros desse mal, transmitido pela mosca branca, mas também criar uma variedade resistente ao calor e com bom tamanho, formato, firmeza e a coloração”, afirma.

Além disso, a quantidade de agrotóxicos – o tomate é um dos que mais necessita deste produto para sobreviver em grandes lavouras – cai para pelo menos seis vezes para o Ferraz IPA8. “Geralmente são necessárias pelo menos 24 pulverizações do plantio até a colheita, no mínimo. Aqui nessa região então são mais de 40. Nessa variedade eu fiz de 3 a 4, o que melhora o produto e também deixa a produção mais barata, beneficiando consumidores e produtores”, comenta Ferraz.

Para completar, o tomateiro criado pelo pesquisador pernambucano rende mais frutos que o normal. Enquanto o tipo mais cultivado dá algo em torno de 6kg por planta, o Ferraz IPA8 rendeu 14kg em sua primeira colheita, realizada no início do mês de fevereiro em Belém do São Francisco, Sertão do Estado. Mas isso não deixa Edinardo Ferraz acomodado. “Já estou trabalhando em um ainda melhor”, promete.

A patente, já registrada no Ministério da Agricultura, pertence ao IPA, órgão do Governo de Pernambuco. O estudo foi feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão federal.

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram um plástico filme comestível que pode ser produzido a partir de alimentos como espinafre, mamão, goiaba e tomate. As características do produto (resistência, textura e capacidade de proteção), no entanto, são muito similares às de um papel-filme convencional.

A pesquisa foi desenvolvida pela Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano) da Embrapa e recebeu investimentos de R$ 200 mil. Os trabalhos foram coordenados pelos pesquisadores Luiz Henrique Capparelli Mattoso e José Manoel Marconcini.

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“É uma forma de processamento de alimento na forma de filme, mas eles têm características similares aos filmes convencionais, seja a diminuição da passagem de gases ou do contato com outros organismos. É algo que não deixa você ter contato direto com o alimento”, destaca o líder da Rede de Pequisa de Nanotecnologia para Agronegócio da Embrapa, Cauê Ribeiro.

Aves envoltas em sacos que contêm o tempero em sua composição, sachês de sopas que podem se dissolver com seu conteúdo em água fervente, goiabadas vendidas em plásticos feitos de goiaba, sushis envolvidos com filmes comestíveis no lugar das tradicionais algas, são algumas possibilidades imaginadas pela equipe da Embrapa para aplicar a nova tecnologia.

Os alimentos, usados como matéria-prima do filme, passam pelo processo de liofilização – tipo de desidratação em que, após o congelamento do alimento, toda a água contida é transformada do estado sólido diretamente ao gasoso, sem passar pela fase líquida. O resultado é um alimento completamente desidratado, mas com propriedades nutritivas.

O processo pode ser aplicado aos mais diferentes alimentos como frutas, verduras, legumes e até alguns tipos de temperos. Os pesquisadores adicionaram quitosana, um polissacarídeo formador da carapaça de caranguejos, com propriedades bactericidas – o que pode aumentar o tempo de prateleira dos alimentos.

“O tempo para chegar ao mercado depende muito do tipo de alimento o do tipo de parceria que a gente vai desenvolver com empresas. Temos de dar ênfase é no processo para fabricar esses itens”, destaca Ribeiro.

Dois dias depois do leilão do Campo de Libra, que deve requerer US$ 180 bilhões de investimentos - boa parte dedicada ao desenvolvimento de tecnologia para a exploração de petróleo a 7 mil metros de profundidade no mar -, o Financial Times (FT) traz nesta quarta-feira, 23, um suplemento de quatro páginas sobre inovação e pesquisa no Brasil. No artigo de abertura, o jornal britânico destaca a necessidade do País de abraçar a pesquisa para elevar a produtividade da economia e estimular o empreendedorismo criativo, pois não basta para a nação ser uma grande exportadora de commodities.

O suplemento traz casos emblemáticos de empresas e centros de pesquisa que estão viabilizando inovações tecnológicas no Brasil. O primeiro focaliza a Petrobras, que investiu em pesquisa e desenvolvimento US$ 1,14 bilhão no ano passado, mais que outras gigantes internacionais do setor de energia, como Sinopec, BP, Total e Exxon. Um dos objetivos dos gastos é elevar a eficiência de produção da companhia, que passa por um processo de estagnação desde o início de 2012.

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Entre os maiores projetos realizados pela Petrobras, está a criação de dois fluidos sintéticos em parceria com a companhia norte-americana Baker Hughes. Os produtos vão facilitar a extração de petróleo dos campos localizados na camada de pré-sal. Outra novidade é que a estatal desenvolveu no começo deste ano uma técnica de exploração de óleo num ângulo de 85 graus, o que vai permitir expressivas reduções de custos de produção.

O FT também expõe o caso da Embraer, uma das principais fabricantes de aviões de médio e pequeno porte no mundo. A empresa desenvolveu um modelo de negócio no qual seus engenheiros desenham o corpo da aeronave, asas e cauda, mas utilizam uma cadeia global de fornecedores de componentes. Isto permite que a companhia possa adotar as melhores tecnologias disponíveis com preços competitivos. Seus aviões podem ter motores da Pratt & Whitney, sistemas de navegação da Northrop Grumman, ambas empresas norte-americanas, e sistema de reabastecimento aéreo da britânica Cobham.

Há um destaque para o desenvolvimento de um avião de transporte militar para a Aeronáutica do Brasil, o KC-390, que vai competir com o C-130 Hércules, desenhado pela Lockheed Martin. O projeto tem um total de 80 ordens de pedidos, que incluem também outros países, como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.

A Embrapa também é destaque do suplemento especial do FT. A companhia investiu R$ 3,5 bilhões em uma década para desenvolver um feijão geneticamente resistente ao vírus mosaico dourado, que desenvolve uma das mais danosas doenças para a leguminosa na América do Sul. De acordo com a reportagem, este feijão estará no mercado em 2015. O jornal também enfatiza a produção de grãos no Brasil geneticamente modificados. No caso da soja, 85% da produção nacional está nesta categoria. Dentre as multinacionais que atuam nessa cultura está a Monsanto.

Redes sociais

Mas a inovação no Brasil, aponta o FT, também está nas ruas, especialmente nas redes sociais, viabilizada por avanços em telecomunicações. O jornal ressalta que o País é o segundo mercado mundial para o Facebook, um campo muito fértil para empresas que atuam diretamente com a internet.

Há no mercado nacional 270 milhões de aparelhos celulares em atividade, número que deve subir para 350 milhões em 2018, segundo um estudo da Ericsson. E o tráfego de dados deve aumentar 12 vezes nos próximos cinco anos. A reportagem destacou que o uso das redes sociais foi fundamental para as manifestações populares por melhores serviços públicos em junho, que envolveram cerca de um milhão de pessoas em grandes capitais.

Parlamentares da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados se reúnem nesta terça-feira, 20, com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, para pedir informações sobre estudo realizado pela autarquia que aponta inexistência de ocupação indígena em áreas reivindicadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

O presidente da comissão, deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), explica que o encontro será na sede da Embrapa, após duas tentativas frustradas do colegiado de promover audiência pública para discutir o estudo que apontou a inexistência de povos indígenas em áreas reivindicadas pela Funai para fins de demarcação no Paraná.

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Segundo Goergen, por duas vezes o governo desautorizou a Embrapa de discutir com o Legislativo. "Diante dessa postura desrespeitosa para com o Parlamento, na semana passada aprovamos um requerimento de convocação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e forçamos esse diálogo."

Ele lembra que na semana passada os integrantes da comissão e membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estiveram reunidos com a presidente da Funai, Maria Augusta Assirati, que alegou desconhecer o trabalho realizado pela Embrapa. Goergen afirmou que a Funai não recebeu nenhum comunicado oficial solicitando a suspensão de processos de demarcação. "Ao contrário, cinco novas portarias determinando a abertura de estudos visando à desapropriação de terras foram publicadas no Diário Oficial nos últimos 60 dias", disse ele.

O deputado disse esperar que "o governo cumpra com a palavra e anuncie o decreto mudando as regras para a demarcação de terras indígenas. A promessa é que outros órgãos participariam desse processo, inclusive a Embrapa com seus estudos de ocupação do solo, e que os produtores teriam o amplo direito de defesa, o que hoje não existe", argumentou.

Uma nova espécie de praga está causando perdas elevadas na produtividade das lavouras de milho. A Helicoverpa armigera destruiu diversos plantios no Oeste da Bahia, mesmo com a aplicação de inseticidas químicos. 

Um grupo de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está criando ações emergenciais para controle da praga. Ela é muito próxima de uma espécie mais comum e já conhecida pela maioria dos agricultores, a lagarta-da-espiga, ou Helicoverpa zea. 

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Segundo o pesquisador Ivan Cruz, do Núcleo de Pesquisa em Fitossanidade da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), as diferenças entre as duas espécies são muito sutis. “Não são facilmente separadas visualmente. As diferenças estão na genitália das duas espécies”, afirmou. 

Segundo Cruz, Helicoverpa armigera é muito severa em países da Ásia, África e Austrália e tem como hospedeiros o milho, soja, algodão, sorgo granífero, painço, girassol, cereais de inverno (trigo, aveia, cevada e triticale), linhaça, grão-de-bico, feijão e culturas hortícolas, como cerejas, tomate, pepino e frutas cítricas. Seu ciclo de vida dura em torno de uma mês.

A praga possui alta mobilidade e grande taxa de reprodução, o que torna ela uma espécie severa. “Um problema agravante ao manejo da praga tem sido também o desenvolvimento da resistência aos inseticidas, fato já documentado na literatura, especialmente em relação a piretroides sintéticos”, explica.

Geralmente os ovos são postos sobre o “cabelo” do milho e ao eclodir, as larvas consomem os grãos em desenvolvimentos e causam as infecções bacterianas secundárias. A praga também pode se alimentar das folhas do cartucho, das folhas mais desenvolvidas na planta e do pendão.

Os pesquisadores da Embrapa estão identificando genes promissores que possam ter eficiência comprovada contra a Helicoverpa armigera. No portal da empresa também está disponível o serviço Alerta à Helicoverpa, com informações técnicas sobre a nova praga e medidas de controle. 

Com informações da assessoria

O Ministério da Integração Nacional e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmaram, nesta sexta-feira (10), um acordo de cooperação técnica com as secretarias de Agricultura dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí. A medida visa garantir a alimentação dos rebanhos e recompor a renda dos agricultores familiares durante a estiagem.

O ministro Fernando Bezerra Coelho, acompanhado do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), assinou o documento durante a solenidade de inauguração do Centro Administrativo Agropecuário da SARA, em Petrolina (PE).  “O objetivo é que, nos próximos quatro anos, a gente possa alcançar segurança alimentar para o rebanho nas regiões afetadas pela estiagem”, disse o ministro.

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O investimento total será de R$ 100 milhões. Desses, R$ 60 milhões serão aplicados para retomar o plantio da palma forrageira e R$ 40 milhões para a produção de mandioca. No mesmo evento, o ministro Fernando Bezerra Coelho assinou convênio de R$ 105 milhões para construção de mil pequenas barragens. O investimento, que faz parte do Programa Água para Todos, vai beneficiar em torno de 50 mil famílias nas áreas mais remotas do agreste e do sertão pernambucano.

À noite, no município de Santa Filomena, o ministro Fernando Bezerra Coelho formalizou um acordo de cooperação, no valor de R$ 1 milhão, para a construção de barreiros, com capacidade para 8 mil litros de água. Em convênio com o Governo de Pernambuco, o Ministério da Integração Nacional também está investindo R$ 192 milhões para implantar 1,4 mil sistemas coletivos de abastecimento e R$ 21,7 milhões na construção de 440 barreiros.

Durante a inauguração do Centro Administrativo Agropecuário que ocorrerá em Petrolina, Sertão pernambucano, ás 16h desta sexta-feira (10), com a presença do governador Eduardo Campos (PSB), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), assinará um acordo de cooperação técnica com a Embrapa e alguns governos de estados nordestinos.

O objetivo da medida, que prevê investimento de R$ 100 milhões até 2014, é garantir a alimentação dos rebanhos e ajudar a recompor a renda dos agricultores familiares atingidos pela estiagem prolongada. Na ocasião, também serão anunciados mais recursos para ações do Programa Água para Todos no Estado.

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A cooperação também promoverá o incentivo à produção e distribuição de mudas de mandioca e palma forrageira. Serão beneficiados com a ação os Estados de Pernambuco, Piauí, Bahia e Ceará.

Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ser a solução para os estragos causados pela estiagem nas lavouras. Pesquisadores descobriram no café o gene CAHB12, com tolerância à seca.

O gene pode ser introduzido em outras culturas que não a do grão e seu desempenho já se mostrou bem sucedido em uma planta de testes. O próximo passo será aplicá-lo à cana, ao arroz, ao trigo, à soja e ao algodão e observar o comportamento do CAHB12. Se tudo sair como esperado, a tecnologia pode estar no mercado em um período de cinco a seis anos.

O CAHB12 foi descoberto durante um projeto para traçar o genoma da café. Dentre cerca 30 mil genes foram encontrados alguns com tolerância ao estresse hídrico. Um grupo começou a estudá-los e detectou um que, quando submetido à seca, aumentava sua expressão e se adaptava.

“Nós retiramos do café e introduzimos em outra espécie, a Arabidopsis thaliana, uma planta modelo de testes. A planta que recebeu o gene ficou muito mais resistente à seca. As que não tinham recebido após aproximadamente 15 dias sem água, morriam. As que recebiam sobreviviam até 40 dias. Além disso, suas sementes ficaram resistentes à seca até a terceira geração”, explica o pesquisador da Embrapa Eduardo Romano, doutor em biologia molecular.

Se os resultados observados na planta de testes se repetirem nas culturas comerciais como arroz, trigo e afins, ainda será necessária uma série de estudos de biossegurança ambiental e alimentar antes de disponibilizar o CAHB12 para comercialização. “Há um caminho longo pela frente, mas a perspectiva é interessante”, diz Eduardo Romano.

Segundo Romano, a probabilidade é que, caso a tecnologia chegue ao mercado, seja oferecida a custos baixos a pequenos produtores afetados pelo problema da seca. “Pensamos sempre em desenvolver tecnologias que promovam a inclusão e ajudem a minimizar problemas sociais”, diz.

O pesquisador explica que o gene pode ser benéfico em muitos sentidos. Além de alternativa para combater os efeitos da seca que tendem a ser potencializados em um cenário de mudanças climáticas, a tecnologia pode contribuir para a economia de água. “Um total de 70% da água doce do mundo é utilizada na agricultura. Com o aumento da população, é preciso produzir mais alimentos usando menos água [pois não é um recurso renovável]. Gasta-se água e energia. A tecnologia pode resultar em uma redução direta do consumo de água”, disse. Romano prevê ainda alimentos mais baratos. “Em um país como o Brasil, com vários processos de perda de produtividade por causa da seca, tenderia a evitar a flutuação de preços”.

Para produtores rurais da Região Nordeste, que em 2012 e 2013 estão enfrentando níveis de chuva abaixo do normal e sofrendo perdas na safra e nas criações, uma tecnologia do tipo representaria uma margem de segurança para plantar. De acordo com Noel Loureiro, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e membro do Comitê da Seca daquele estado, os produtores do sertão alagoano colheram menos de um décimo da safra de milho e feijão no ano passado e a perspectiva para 2013 é semelhante. O período de chuvas na área costuma ser de março a julho, mas as precipitações foram escassas em 2012 e a previsão é a mesma para este ano.

“A maioria [dos agricultores] não chegou nem a plantar. Foi o aconselhamento do Comitê da Seca. Mas não dá para evitar o prejuízo com o gado, que tem que ser alimentado. O pessoal está usando bagaço de cana e comprando milho pela metade do preço do governo”, diz. Na avaliação dele,  uma tecnologia que tornasse a lavoura mais resistente seria “muito importante”.

“Nós temos uma geografia de catástrofe. Como [o clima] é muito volátil, se tem qualquer oscilação perdemos a safra. Hoje só não se vê mais aquelas cenas de gente se retirando, com fome, porque o governo tem muitos programas sociais”, avalia. 

A descoberta dos pesquisadores da Embrapa e UFRJ já foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O próximo passo será solicitar a patente internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), gerido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), com sede em Genebra, na Suíça.

O prefeito de Petrolina, Sertão de Pernambuco, Julio Lossio (PMDB), solicitou a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa) uma maior integração da agricultura irrigada em pesquisas e experimentos do órgão. No documento, o peemedebista diz “todos os programas de convivência com a seca, desenvolvidos em nosso semiárido foram incapazes de trazer verdadeiramente cidadania para nosso povo”, cita o gestor.

O prefeito também solicita que seja avaliada a possibilidade de integrar aos estudos, pesquisas e experimentos da Embrapa Semiárido à agricultura irrigada, que segundo ele, é o único modelo de desenvolvimento sustentável para a região.

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Veja o documento na íntegra:

Petrolina-PE, 28 de fevereiro de 2013.

Caro Presidente,

A EMBRAPA Semiárido constitui uma grande conquista para a nossa região. Contudo, percebemos que todos os programas de convivência com a seca, desenvolvidos em nosso semiárido foram incapazes de trazer verdadeiramente cidadania para nosso povo.

Senão vejamos: segundo o Ministério da Integração Nacional mais da metade (58%) da população pobre do país vive na região. Estudos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) demonstram que 67,4% das crianças e adolescentes no semiárido são afetados pela pobreza. São quase nove milhões de crianças e adolescentes desprovidos dos direitos humanos e sociais mais básicos e dos elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento pleno.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no semiárido é considerado baixo para aproximadamente 82% dos municípios que possuem IDH até 0,65, significando um déficit em relação aos indicadores de renda, educação e longevidade para 62% dessa população.

A irrigação implantada da região do Vale do São Francisco produziu importantes mudanças na renda e nos índices sociais das áreas irrigadas.

Assim sendo, solicito a Vossa Senhoria que avalie a possibilidade de integrar aos estudos, pesquisas e experimentos da EMBRAPA Semiárido a agricultura irrigada, a meu ver único modelo de desenvolvimento sustentável para a nossa região.

No aguardo da avaliação positiva ao nosso pleito.

Atenciosamente,

JULIO EMILIO LOSSIO DE MACEDO

Prefeito

 

São Paulo - O Ministério da Ciência e Tecnologia e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assinaram na quarta-feira (3) um memorando de intenções para a criação de uma empresa destinada a estimular a busca de inovações tecnológicas no setor industrial. A ideia é que o novo órgão siga o modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por isso ele está sendo chamado de Embrapi.

O memorando foi assinado na abertura da quarta edição do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, na capital paulista. Em junho, ao participar do lançamento da Frente Parlamentar de Ciência e Tecnologia, o ministro Aloizio Mercadante já havia falado sobre a proposta de criação da empresa.

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Na ocasião, ele informou que a ideia é integrar nesse órgão centros de excelência como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e centros de alto desempenho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ligado à CNI.

No encontro em São Paulo, Mercadante também informou que o nome da pasta que ele comanda passa a ser Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo o ministro, essa decisão foi tomada na terça (2) pela presidenta Dilma Rousseff.

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