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Especialistas ambientais confirmaram que a baleia da espécie jubarte encontrada morta nesta sexta-feira (28), na Praia de Muro Alto, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife (RMR), era ameaçada de extinção. O animal do sexo masculino que media 9,3 metros e pesava mais de 4 toneladas tinha morrido há aproximadamente cinco dias. 

Segundo a analista ambiental e veterinária do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), Gláucia Pereira, não foi possível identificar a causa da morte do animal. “Não conseguimos determinar a causa da morte porque a carcaça já estava em avançado estado de decomposição”, explicou. 

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Pereira revelou também sobre a possibilidade de extinção da espécie da baleia encontrada morta. “Essa espécie é ameaçada, mas ela conseguiu um aumento desta população, nos últimos tempos, com apoio do Governo Federal que atua para conservação das espécies”, enfatizou. 

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Além de acompanhar o caso, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos coletou amostras do animal morto e levou para o acervo da instituição. O material recolhido poder servir para análises contaminantes, estudos de patologias e genéticas.

De acordo com a bióloga do Eco Associados, Audenise Cavalcante de Albuquerque, depois de examinada a baleia foi enterrada próximo ao local onde foi encontrada. “Junto à Prefeitura de Ipojuca, a baleia foi enterrado em Muro Alto, distante da linha de praia (onde não há acesso de banhistas)”, detalhou. 

Uma mandíbula com dentes de 2,8 milhões de anos, encontrada na Etiópia, é o fóssil mais antigo do gênero Homo encontrado até agora e, segundo pesquisa publicada na revista Science, sua descoberta antecipa em 400 mil anos a origem da nossa espécie.

A descoberta, anunciada nesta quarta-feira na edição digital da revista, lança luz sobre a origem do gênero Homo, ao qual pertence a espécie humana, explicam os cientistas na Science.

"A época da qual data a mandíbula inferior reduz a brecha na evolução entre o Australopiteco - a célebre Lucy, que data de 3,2 milhões de anos - e as primeiras espécies do tipo Homo como o erectus ou o habilis", explicam os cientistas.

"Este fóssil é um excelente exemplo de uma transição de espécies em um período chave da evolução humana", acrescentam.

Esta mandíbula foi encontrada em 2013 em uma zona de rastreamento denominada Ledi-Geraru, na região Afar, na Etiópia, por um grupo internacional de pesquisadores chefiado por Kaye Reed, da Universidade do Arizona, e Brian Villmoare, da Universidade de Nevada.

Há décadas, cientistas buscam fósseis na África para encontrar indícios da linhagem Homo, embora com sucesso limitado, pois eles descobriram muito poucos fósseis do período entre três milhões e 2,5 milhões de anos atrás.

"Os fósseis da linhagem Homo com mais de dois milhões de anos são muito raros e o fato de ter um esclarecimento sobre as primeiras fases da evolução da nossa linhagem é particularmente emocionante", disse Brian Villmoare, principal autor do artigo.

No entanto, os cientistas alertam que não estão em condições de dizer, com esta única mandíbula, se se trata ou não de uma nova subespécie dentro do tipo Homo.

Uma molécula produzida a partir da saliva do carrapato Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato-estrela, pode ajudar no desenvolvimento de um medicamento contra o câncer. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto Butantan, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Pesquisas identificaram que a proteína encontrada no parasita era capaz de destruir tumores cancerígenos sem causar danos a células saudáveis. O estudo obteve sucesso em camundongos e coelhos e aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar a nova droga em humanos.

Para coordenadora da pesquisa Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, responsável pelo Laboratório de Bioquímica e Biofísica do instituto, os resultados obtidos em dez anos de pesquisa indicam que há regressão significativa e até mesmo a cura de tumores no pâncreas, no rim e na pele. Ela lembra, no entanto, que os testes em animais são feitos em ambiente totalmente controlado. “[No laboratório] eu sei quanto injetei de célula tumoral no animal, quanto tempo depois eu comecei a tratar. Isso não é a realidade de um paciente. Você tem que fazer isso [testar em humanos] para provar que a molécula funciona”, disse.

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Os estudos mostraram que, em animais saudáveis, a molécula foi rapidamente eliminada pelo organismo. No entano, quando injetada em animais com câncer, se ligou diretamente ao tumor e demorou a ser excretada. “Ao analisar as proteínas que induzem à morte desse tumor, eu vejo que, sim, as células foram acionadas pela molécula. A gente está bastante animado com isso”, declarou Chudzinski-Tavassi. Ela explica que é preciso investigar se haverá necessidade de combinar o medicamento com outros tipos de tratamentos já estabelecidos, como a quimioterapia. “Ainda não é possível dizer se vamos conseguir ter um resultado melhor em humanos somente com a molécula”.

A descoberta da célula foi uma surpresa, de acordo com a pesquisadora. Ela conta que, inicialmente, a intenção era buscar moléculas capazes de produzir novos anticoagulantes. “Queríamos saber o que tinha no sistema desse carrapato que mantinha o sangue incoagulável. Se ele é hematófago [parasita que se alimenta de sangue], ele necessariamente tem algo ou que impede a coagulação ou que destrói coágulos já formados”, explicou. Durante o processo, percebeu-se que a molécula poderia atuar na proliferação celular. “Aí foi a surpresa. Começamos a testar tipos de células tumorais e [a molécula] sempre matava células tumorais e não matava as normais”, relatou.

Ao mudar o foco da pesquisa, o instituto solicitou a patente em território nacional e internacional, pois não havia registro dessa molécula. Nas etapas que se seguiram, os pesquisadores estabeleceram uma metodologia de produção escalonável. “Se vamos propor uma nova molécula, temos que ter um sistema de produção que dê conta, para virar de fato um medicamento”, explicou a coordenadora. Além disso, foi feita a formulação, que é a transformação da molécula em produto. “Foi analisada a estabilidade, para ter certeza de que é possível mantê-lo em um frasco por um tempo determinado para que possa viajar e chegar ao destino”, detalhou. Até o momento, todos os testes foram bem sucedidos.

A quantidade de brasileiros que recebem seus salários em dinheiro caiu, mas esta ainda é a forma de recebimento mais comum no país e atinge um pouco mais da metade dos entrevistados, segundo  pesquisa do Banco Central (BC) divulgada nesta quarta-feira (2). Em 2010, 55% recebiam o salário em espécie. Em 2013, esse percentual caiu para 51%. A pesquisa ouviu mais de mil pessoas em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal.

Entre os que recebem o salário por depósito em conta, 29% sacam o dinheiro em caixas eletrônicos, contra 30% da pesquisa anterior. A carteira continua sendo o local preferido para guardar o dinheiro: 61%, em 2010 e 57%, no ano passado. Em um dia típico, o brasileiro costuma carregar, em média, R$ 54,65. Quase metade dos entrevistados (44%) leva, diariamente, entre R$ 50 e R$100.

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A pesquisa também indica que houve redução no percentual de entrevistados que declaram usar normalmente as notas que não estão em bom estado de conservação: de 64% para 56%. Há também aqueles que pedem a substituição da cédula para quem tentou repassar (35%), trocam no banco (6%) e depositam na instituição financeira (3%).

De acordo com o BC, caiu o número de pessoas que usam os cartões de crédito e débito, de 13% para 12% e de 14% para 9%, respectivamente, de 2010 para 2013, para pagar contas ou fazer compras. Já o dinheiro continua sendo a forma mais usada pela população, passou de 72% para 78%.

Na hora de fazer um pagamento, as notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 2 são as que a população mais sente falta. A pesquisa também indicou que a maioria das moedas está em circulação. Para cada 10 moedas que os entrevistados recebem, aproximadamente seis são usadas no dia a dia.

Em 2013 houve redução de 33% para 28% no percentual de pessoas que declarou já ter recebido uma nota falsa. As notas falsas com valores de R$ 50 e R$ 10 continuam sendo as mais frequentes. Na opinião de 95% dos entrevistados, passar nota falsa adiante é crime.

Um crânio assombrosamente bem preservado de 1,8 milhão de anos atrás oferece novas evidências de que o homem primitivo pertenceu a uma única espécie com um leque amplo de aparências diferentes, afirmaram cientistas em um estudo publicado esta quinta-feira (17) na revista Science.

Com um cérebro minúsculo, com um terço do tamanho do humano moderno, fronte projetada e mandíbulas salientes como um símio, o crânio foi descoberto nos restos de uma cidade medieval nas montanhas de Dmanisi, Geórgia, destacaram.

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Trata-se de um dos cinco crânios de homens primitivos - quatro dos quais com mandíbulas - encontrados no sítio, localizado a cerca de 100 km da capital, Tbilisi, juntamente com ferramentas de pedra que sugerem o abate de animais, e os ossos de grandes felinos com dentes de sabre.

O principal autor do estudo, David Lordkipanidze, diretor do Museu Nacional Georgiano, descreveu o grupo como "a coleção mais rica e completa de restos incontestáveis de Homo primitivo encontrada".

Os crânios variam tanto na aparência que, em outras circunstâncias, teriam sido considerados de espécies diferentes, afirmou o co-autor do estudo, Christoph Zollikofer, da Universidade de Zurique.

"Contudo, sabemos que estes indivíduos vieram do mesmo local e viveram no mesmo período geológico. Então, a princípio, poderiam representar uma população só de uma espécie única", afirmou.

Os cientistas compararam a variação em características dos crânios e descobriram que, embora suas mandíbula, fronte e formas do crânio fossem diferentes, seus traços pertenciam todos ao espectro do que se poderia esperar entre membros da mesma espécie.

"Os cinco indivíduos de Dmanisi são claramente diferentes entre eles, mas não mais diferentes do que quaisquer indivíduos humanos modernos ou cinco chimpanzés de uma população dada", afirmou Zollikofer.

"Nós concluímos que a diversidade em uma espécie é mais regra que exceção", acrescentou.

Segundo esta hipótese, as diferentes linhagens que alguns especialistas descreveram na África, como o 'Homo habilis' e o 'Homo rudolfensis' - foram apenas povos antigos da espécie 'Homo erectus', com aparências diferentes entre si.

Isto também sugere que os membros primitivos do gênero Homo, ao qual pertence o homem moderno, primeiro surgiram na África e logo se expandiram para a Ásia, apesar de seu cérebro de tamanho pequeno.

"Estamos emocionados com a conclusão a que chegamos. Também sustenta o que descobrimos", afirmou Milford Wolpoff, paleontólogo da Universidade de Michigan.

Wolpoff publicou um estudo no periódico Evolution no ano passado, no qual também se mediu uma variação estatística das características de fósseis primitivos de crânio na Geórgia e no leste da África, sugerindo uma única espécie e um processo ativo de cruzamento.

"Todo mundo sabe hoje, você pode encontrar seu par em outro continente e é normal que as pessoas se casem com pessoas fora de seu grupo local, de outra religião, de outra cultura", disse Wolpoff à AFP.

"O que isto realmente ajuda a mostrar é que este tem sido o padrão humano na maior parte da nossa história, ao menos fora da África", acrescentou.

"Não temos raças. Não temos subespécies diferentes. Mas é normal que os humanos variem e eles variaram no passado", continuou.

Mas nem todos os especialistas concordam.

"Penso que as conclusões a que chegaram estão mal orientadas", afirmou Bernard Wood, diretor do programa de doutorado em paleobiologia de hominídeos da Universidade George Washington.

"O que temos é uma criatura da qual não tínhamos visto evidências antes", acrescentou, destacando a cabeça pequena no corpo com o tamanho de um ser humano.

"Poderia ser algo novo e não entendo porque estão relutantes em pensar que deve ser algo novo", prosseguiu.

De fato, os cientistas batizaram a descoberta de 'Homo erectus ergaster georgicus', em um sinal de que o crânio é uma forma primitiva, porém recente de 'Homo erectus' encontrado na Geórgia.

O nome também destaca o status de espécie única do 'Homo georgicus', em vista da mandíbula que foi encontrada no ano 2000 juntamente com outros crânios pequenos e primitivos.

A co-autora do estudo, Marcia Ponce de Leon, disse que o Crânio 5 está "perfeitamente preservado" e é "o crânio mais completo de um fóssil de adulto de um indivíduo Homo encontrado até agora".

A descoberta deu aos cientistas uma oportunidade única de medir variações em uma única população de Homo primitivo e "para fazer novas inferências na biologia evolutiva" dos nossos ancestrais, afirmou.

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