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O candidato derrotado no primeiro turno da eleição presidencial, José Maria Eymael (DC), publicou uma mensagem em seu perfil no Facebook declarando apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, após as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro (PSL), virem a público. Segundo Eymael, os comentários "afastam qualquer possibilidade de neutralidade".

"Proponho ao Candidato a Presidente, Fernando Haddad, que ULTRAPASSE as fronteiras do PT e firme, com as Lideranças Político Partidárias Democráticas do País, o PACTO NACIONAL PELA DEMOCRACIA NO BRASIL!", declarou o Eymael, que obteve 41.710 votos no domingo do 1º turno.

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Em uma palestra em julho, cujo vídeo ficou conhecido este final de semana, Eduardo Bolsonaro comentou, ao responder a uma pergunta sobre uma hipotética ação do Exército no caso de o STF tente impedir seu pai de assumir a Presidência, que bastariam "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo. "Será que eles vão ter essa força mesmo (de impugnar)? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer o soldado e o cabo. O que é o STF, cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua?", questionou. Após a gravação vir a tona, o deputado se desculpou.

A seis dias do segundo turno presidencial, o ex-candidato ao Palácio do Planalto Eymael (DC) defendeu, nesta segunda-feira (22), que seja feito um “pacto” pela democracia no país capitaneado pelo candidato Fernando Haddad (PT). Eymael repudiou a fala do deputado federal eleito pelo PSL, Eduardo Bolsonaro, sobre como faria para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) e insistiu que Haddad “ultrapasse as fronteiras do PT” para conquistar apoios pela manutenção da democracia brasileira.

“A afirmação publicada ontem, do Deputado Federal eleito pelo PSL em São Paulo, Eduardo Bolsonaro e considerada golpista pelo Decano do STF, Ministro Celso de Melo, de que basta um soldado e um cabo para fechar o STF afasta qualquer possibilidade de neutralidade! Proponho ao candidato a presidente, Fernando Haddad, que ultrapasse as fronteiras do PT e firme, com as Lideranças Político Partidárias Democráticas do País, o PACTO NACIONAL PELA DEMOCRACIA NO BRASIL [sic]”, declarou, em publicação nas redes sociais.

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Para Eymael, a atitude do filho do adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL), não é capaz de manter a neutralidade declarada pelo DC no segundo turno, por ameaçar as instituições democráticas do país. Em 12º lugar na disputa no primeiro turno, Eymael - famoso pelo jingle “um democrata cristão” - tem pregado a importância do país não voltar a ser regido pela ditadura militar.

Filosofia, história, engenharia e advocacia. Essas são as principais áreas profissionais que figuram entre os 13 candidatos à Presidência da República. Como previsto em lei, os postulantes não são obrigados a apresentar formação superior completa, porém, a maioria dos presidenciáveis mostra uma ficha acadêmica consistente. Com a proximidade das eleições, eleitores buscam conhecer um pouco mais sobre a qualificação dos candidatos. Pensando nisso, o LeiaJá preparou uma lista com a formação universitária de cada candidato.

Alvaro Dias

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Candidato à Presidência da República pelo Podemos, Alvaro Dias é graduado em história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina (FAFILO). Em 2007, recebeu o diploma de Doutor Honoris em Administração Governamental pela South State University, em San Diego (EUA). O título é concedido a personalidades que se destacam em determinada área, mesmo sem formação acadêmica para tal.

Marina Silva

Alfabetizada apenas aos 16 anos, a presidenciável da Rede Sustentabilidade, é formada em história pela Universidade Federal do Acre (UFAC), pós-graduada em teoria psicanalista pela Universidade de Brasília (UNB) e psicopedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB).

Guilherme Boulos

Formado em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), o candidato à Presidência da República pelo PSOL especializou-se em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem mestrado em psiquiatria na Universidade de São Paulo (USP) e leciona psicanálise na Escola de Educação Permanente, em São Paulo.

Geraldo Alckmin

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU), Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República pelo PSDB, fez especialização em anestesiologia no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e cursou políticas públicas na Universidade de Havard por seis meses em 2007.

Henrique Meirelles

Presidenciável do MDB, Henrique Meirelles é graduado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Administração de Negócios (MBA) pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD).

Ciro Gomes

Candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes é graduado em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e também na Havard Law School, atuando como participante no curso direito como Visiting Schoar, professor ou pesquisador visitante.

Fernando Haddad

Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), o petista especializou-se em direito civil. Possui mestrado em economia e doutorado em filosofia. Haddad também atuou como professor de teoria política contemporânea na USP.

João Amoêdo

Fundador e candidato à Presidência da República do partido NOVO, Amoêdo é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em administração de empresas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Jair Bolsonaro

Com carreira militar, o candidato do PSL é formado na Escola de Educação Física do Exército, tendo passado pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército quando jovem. Também estudou na Escola de Ensino Superior do Exército, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAM), em Resende (RJ), fazendo parte da Brigada de Infantaria Paraquedista. Bolsonaro é habilitado a comandar e integrar o Estado-Maior de Organizações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

José Maria Eymael

Formado em filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do partido Democracia Cristã (DC) ganhou um prêmio por ter sido o primeiro colocado em sua turma de direito. Além disso, Eymael também se especializou em direito tributário.

Cabo Daciolo

Pastor evangélico e bombeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, candidato à Presidência da República pelo partido Patriotas, é formado em turismo, mas nunca atuou na área.  

João Goulart Filho

Formado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o candidato do Partido Pátria Livre (PPL) atua como poeta e escritor.

Vera Lúcia

Candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).  

O candidato à Presidência da República pelo Democracia Cristã, José Maria Eymael, defendeu hoje (13) o resgate dos valores morais e o respeito à família. Ele defendeu a criação do Ministério da Família e afirmou que “não é recomendável” que homossexuais adotem crianças e adolescentes.

Eymael foi o entrevistado desta quinta-feira (13) da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com participação de jornalistas da TV Brasil, Rádio Nacional, Portal EBC e Agência Brasil. Ele concorre pela 5ª vez ao Palácio do Planalto.

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O candidato afirmou que, se eleito, vai criar o Ministério da Família para que todas as ações de governo sejam focadas neste núcleo. Questionado sobre o que é família, ele foi categórico: a união entre homem e mulher. Negou que discrimine homossexuais e as uniões homoafetivas.

Ele defendeu ainda o retorno da disciplina de Educação Moral e Cívica como item obrigatório nos colégios como forma de resgatar os valores e os sentimentos patrióticos.

Segundo o candidato, trabalhará para que as instituições financiem 100% dos imóveis para os interessados em comprar a casa própria, como forma de incentivar a economia e gerar empregos. 

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Intervenção federal

O candidato defendeu a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. “Nós temos no Rio de Janeiro uma guerra civil. Vejo a intervenção como algo necessário.” O sistema utilizado no Rio é adequado, segundo ele.

Segurança pública

Ele disse ter sido o autor, em 2010, da proposta de criação do Ministério da Segurança Pública e de ideias associadas, como o uso das Forças Armadas nas fronteiras. De acordo com o candidato, não é necessário mudar o modelo. Mas o sistema, sim. Ele defendeu o fechamento de fronteiras para o controle de armas e drogas.

Presídios

Segundo Eymael, falta “inteligência” e “consciência” no que se refere ao sistema prisional. Para ele, é preciso criar atividades nas penitenciárias para que os presos possam trabalhar e buscar a ressocialização.

Guerra de facções

De acordo com o candidato, o que há atualmente no Brasil é “um absurdo”. Ele defendeu a separação de facções, de tal forma que dentro dos presídios, os grupos sejam separados.

Violência contra a mulher

Ele defendeu a expansão do número de delegacias para as mulheres. Para o candidato, o papel da delegacia da mulher também é social, além de segurança. De acordo com Eymael, o ideal é que todo município tenha uma unidade.

SUS

O candidato defendeu a execução de parcerias entre gestores públicos e empresários. Para ele, é fundamental investir em saneamento, intensificar o programa de Saúde da Família e também o Mais Médicos. Segundo ele, é preciso adotar políticas públicas para levar mais profissionais para o interior do país.

Descriminalização do aborto

O candidato é contra. Segundo ele, o ideal é manter a autorização nos casos já previstos na lei. De acordo com ele, se o Supremo Tribunal Federal descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, como presidente, acatará a medida.

Drogas

Eyamel disse que é contrário à descriminalização das drogas. Segundo o candidato, há o risco de aumentar o consumo.

Ministério da Família

O candidato disse que já existe na Alemanha, Austrália e no Canadá e o objetivo é que todas as ações de governo sejam focadas na família e também seja responsável pela elaboração de políticas públicas destinadas ao tema central – a família.

Família

Segundo ele, família é a união do homem e da mulher. O candidato negou ser contra a união homoafetiva, porém defende que a instituição “família” e “casamento” é baseada na união de um homem e de uma mulher.

Adoção de crianças por homossexuais

De acordo com o candidato, “não é recomendável” a adoção de crianças por homossexuais, porque criaria uma confusão na criança “em termos de sexualidade”.

Educação Moral e Cívica

Eymael defendeu o retorno da disciplina, como obrigatória, em todas as escolas (públicas e privadas) para resgatar os valores morais e da pátria. De acordo com o candidato, a extinção da matéria nos colégios provocou desagregação na sociedade. Porém, sobre ensino religioso, ele manteria como está: facultativo.

ProUni e Fies

Segundo ele, ampliaria os programas, pois apoia mais vagas e bolsas de estudo. De acordo com o candidato, a obsessão do próximo presidente da República deve o desenvolvimento. Conforme afirmou, não pode ser meta, tem de ser “obsessão”.

Reforma Tributária

Ele propõe reduzir impostos por meio da introdução do IVA (Imposto de Valor Agregado). Segundo o candidato, é preciso ter mais equilíbrio entre o sistema tributário e o contribuinte.

Imposto sindical

Eymael criticou a suspensão da obrigatoriedade do imposto sindical. Para o candidato, a medida desestruturou as entidades sindicais. De acordo com o candidato, o “estrago foi grande”.

Reforma da Previdência

O candidato apoia a reforma com a definição de uma idade mínima e defende regras de transição, mas não entrou em detalhes.

Casa Própria

Eymael disse que irá trabalhar para que o financiamento da casa própria seja total – 100% do valor do imóvel. Ele disse que a medida vai gerar empregos e incentivar a economia.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou nesta sexta-feira (31) o pedido de registro de candidatura à Presidência da República pela Democracia Cristã (DC) de José Maria Eymael. O vice será Helvio Costa, do mesmo partido.

O candidato disputa pela quinta vez as eleições presidenciais o DC não fez alianças. Natural de Porto Alegre, Eymael, de 78 anos, cursou filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul.

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É empresário há 46 anos nas áreas de marketing, comunicação e informática. Começou a trabalhar aos 12 anos de idade como auxiliar de tipografia. Mais tarde, foi um dos líderes da Juventude Operária Católica (JOC). Em 1962, ingressou no Partido Democrata Cristão (PDC) em Porto Alegre, passando a atuar na Juventude Democrata Cristã. Declarou patrimônio de R$ 6,1 milhões.

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.

O presidenciável do PSDC, José Maria Eymael, está nesta noite no diretório estadual do PSDB, onde os tucanos comemoram os resultados dessas eleições, com a reeleição do governador Geraldo Alckmin, a ida de Aécio Neves para o segundo turno e a eleição de José Serra para o Senado Federal. Indagado pelo Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, sobre quem apoiaria no segundo turno, disse que iria analisar. Mas, em seguida falou: Aécio Neves.

O candidato do PSDC à Presidência da República, Eymael, defende a aplicação de uma política econômica orientada para o desenvolvimento e geração de empregos. O presidenciável também propõe uma reforma do sistema tributário nacional, com o objetivo de simplificar e reduzir os tributos. 

Confira as principais propostas do candidato, conforme programa de governo divulgado no site da campanha:

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- Combater toda e qualquer forma de corrupção e desonestidade no trato da coisa pública, punindo-se severamente os culpados e não se admitindo a nenhum pretexto, a impunidade;

- Promover adequada distribuição de encargos e recursos entre a União, estados e municípios e valorizar o município como base de toda estrutura federativa;

- Apoiar uma política externa que tenha por objetivo promover uma convivência solidária entre as nações, possibilitando desta forma a superação dos graves desequilíbrios econômicos e sociais e assegurando-se a paz;

- Considerar a educação, como prioridade nacional, garantindo-se, entre outras coisas, a justa remuneração aos professores em todos os níveis, apoio ao ensino profissionalizante e subsídios às escolas particulares mantidas por entidades sem fins lucrativos e colocadas a serviço da comunidade;

- Assegurar a todos o direito de acesso à educação, em todos os níveis, quer através do ensino público, quer através do ensino privado mediante concessão de bolsas de estudos, crédito educativo e formas afins, aos estudantes carentes;

- Promover um Sistema Nacional de Saúde, ao mesmo tempo unificado e descentralizado, que assegure a todos, assistência médica, odontológica e hospitalar, atribuindo-se especial ênfase à prevenção das doenças;

- Promover um Plano Nacional de Segurança Pública, que possa realmente assegurar ao cidadão, o direito de viver e trabalhar em paz e sem medo;

- Garantir aos trabalhadores, direito de reunirem-se em associações e sindicatos, garantindo-se também, a inviolabilidade das assembleias sindicais e o direito de greve, como forma extrema de defesa das próprias razões;

- Tornar efetivo o direito constitucional dos trabalhadores de participação nos lucros ou resultados das empresas, estimulando-se a parceria entre capital e trabalho; 

- Promover uma reforma tributária que assegure, entre outras coisas, a diminuição da carga tributária, viabilizando a existência das empresas, especialmente as pequenas e médias, e liberando recursos para investimentos e melhor remuneração de seus trabalhadores.

Concorrendo pela quarta vez ao cargo de presidente da República, o candidato do PSDC, José Maria Eymael, promete implantar o que ele chama de Estado Necessário. Segundo ele, trata-se de um Poder Público eficiente e moralizado. O presidenciável defende ainda reforma tributária com redução dos encargos. De acordo com ele, isso não significa arrecadação menor se houver racionalização e eficiência no recolhimento dos tributos. 

Confira trechos da entrevista concedida à Agência Brasil:

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Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA para o próximo ano estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como pretende atuar para conter o aumento de preços?

Eymael: Qual é a causa da inflação hoje? São erros de gestão, que tivemos ao longo desses últimos quatro anos. Você teve, com isso, uma má administração dos gastos públicos e, de outro lado, o incentivo ao consumo sem o correspondente aumento de produção. Se a causa primária são erros de gestão, você tem que fazer uma gestão diferente. Estimular o aumento da produção significa fazer o Brasil crescer. O aumento de juros [para conter a inflação] foi uma necessidade. Os erros de gestão foram tantos que não sobrou outra saída e desmoronou todo o crescimento. Nós defendemos a figura do Estado Necessário. É você ter, em cada segmento do serviço público, os recursos humanos, equipamentos e tecnologia necessários. Hoje você tem o aparelhamento do Estado. Cargo de gestão tem que ser cargo de carreira. [Tem que] acabar com a figura do aparelhamento do Estado, enfrentar a corrupção, fazer auditoria nas contas públicas.

Agência Brasil: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com uma tarifa alta. O que fazer para evitar mais aumentos?

Eymael: No curto prazo, você tem que compatibilizar a relação custo-benefício. Tem que compatibilizar o custo da energia com a tarifa. As tarifas de energia foram artificialmente represadas, para evitar que houvesse uma presença maior na inflação. Agora, não tem como. Você pode restabelecer a relação custo-preço tendo uma fase de transição, para não ter um aumento brutal de uma hora para a outra – o chamado tarifaço. No médio e longo prazo, tem que diversificar as fontes de energia que temos no país, ampliar o parque eólico brasileiro, a energia solar.

Agência Brasil: Quais os planos do seu governo para resolver gargalos de infraestrutura?

Eymael: O primeiro ponto é ter consciência de que temos uma infraestrutura completamente deficiente. Você não tem ferrovias nem hidrovias suficientes, tem portos desorganizados. A política para isso é uma só, estabelecer metas. Estabelecer onde quero chegar na área portuária, hidrovias, ferrovias. Na nossa proposta [de governo] existe o que chamamos de metas sociais: para educação, saúde, segurança. Assim como as metas sociais, temos que ter um programa de metas em infraestrutura, em reforma tributária. Mas não adianta só estabelecer metas. Tem que criar um sistema de indicadores, com acompanhamento da sociedade.

Agência Brasil: Diversos problemas relacionados à prestação de serviços por parte das prefeituras [saneamento, fim dos lixões, pagamento do piso dos professores] têm ficado sem solução porque elas alegam falta de capacidade financeira ou de condições de produzir projetos executivos para participar dos programas do governo federal. Já os estados têm cobrado a renegociação das dívidas com a União e ajuda federal. Como o senhor pretende atuar na discussão do pacto federativo e quais são seus projetos para ajudar a solucionar essas questões?

Eymael: A preocupação do governo federal é buscar tudo para ele, pauperizar estados e municípios. Sou um candidato a presidente que compreende que é absolutamente necessário repensar o pacto federativo. Quero uma reforma do pacto federativo. [Para isso], você tem que primeiro ter uma definição dos encargos de cada ente federado e dar os recursos necessários.

Agência Brasil: O debate sobre a reforma política se arrasta há anos e, recentemente, houve a aprovação de um texto que ficou conhecido como minirreforma. Pontos como o voto facultativo, a reeleição e o financiamento de campanha não foram aprofundados devido ao impasse em torno dessas questões. Qual é a sua posição sobre cada um desses pontos e como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?

Eymael: Voto facultativo, sou totalmente a favor. Reeleição sou a favor de acabar, aumentando o mandato de prefeito e presidente da República de quatro para cinco anos. O financiamento público de campanha, sou a favor também. O presidente da República pode apresentar uma proposta de emenda à Constituição [para a reforma política] ao exame do Congresso. Temos uma proposta de reforma política que mudaria completamente o cenário do país. Nas eleições proporcionais para vereador, deputado estadual e deputado federal, o eleitor votaria duas vezes. Primeiro, escolheria o partido no qual ele confia. Escolhido o partido, ele votaria em um candidato desse partido que ele escolheu. Qual a consequência disso? Os partidos teriam que falar da sua história, da sua doutrina, o que eles fizeram. A outra proposta que nós entendemos é ter uma distribuição mais equitativa do Fundo Partidário e do tempo de rádio e televisão. Hoje, a forma como é distribuída é apenas para manter a situação dos chamados grandes partidos políticos.

Agência Brasil: O Brasil é apontado como um dos países com a maior carga tributária do mundo. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?

Eymael: Onde reside a dificuldade da reforma tributária? Na guerra fiscal dos estados, na questão do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Você tem que encontrar outra alternativa, que substitua o impasse existente. Se você estabelece o processo por uma outra filosofia tributária, com redução do número de tributos e introdução no Brasil do IVA, isso reduziria muito ou eliminaria o ruído entre os estados. Até hoje, o governo nunca quis fazer a reforma tributária. É apenas uma coisa para jogar para o público, por isso que a reforma realmente não andou. O que existe de desafio pode ser vencido. Não houve é vontade.

Agência Brasil: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?

Eymael: [A situação da educação] é a mesma situação da saúde. As pessoas dizem “Ah, falta recurso para a saúde”. Mas falta muito mais gestão na saúde. É um problema básico, central. É a incompetência na escolha de caminhos. Com a educação, a mesma coisa. O processo educacional público é incapaz de atrair talentos. Não tem um plano de carreira decente. Uma necessidade é criar a Política Nacional de Educação Inclusiva. Nós temos milhões de crianças portadores de necessidades especiais e não há política nacional de educação inclusiva. [A educação inclusiva] não pressupõe ficar criando escolas. Pressupõe treinamento de professores, salas de aula equipadas para isso.

Agência Brasil: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu um prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. A falta de definição sobre essas áreas acaba sendo uma das principais causas do aumento de conflitos e da violência no campo. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?

Eymael: A primeira proposta do meu plano de governo é cumprir e fazer cumprir a Constituição. Nessa questão de demarcação é a mesma coisa: o direito existe e não é cumprido. Vale o bom-senso. Você tem que ter um diagnóstico correto, ouvindo todas as partes envolvidas. Qual a grande aspiração da nação indígena brasileira? Ser tratada como capaz. Hoje ela é tratada como incapaz. Temos o PSDC Indígena e o que eles falam é isso, querem ser tratados como capazes.

Agência Brasil: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?

Eymael: Existe uma política nacional de mobilidade urbana e foi um planejamento muito bem feito. Mas está no mesmo passo de tartaruga. Tem que ser aplicado, exatamente os vetores formulados. Isso é uma demagogia pura. O dia que o Brasil tiver receita, crescimento, para dizer que o transporte urbano é política de Estado, ótimo. Mas até lá tem que ter bom-senso, dividir os encargos. O usuário paga uma parte, o governo subsidia [outra]. É preciso ter cuidado para não ser demagógico.

Agência Brasil: As unidades básicas de Saúde desempenham um papel central na garantia do acesso. Dotar essas unidades de infraestrutura adequada e de profissionais suficientes é um desafio para o país, que tem hoje 5.570 municípios. Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar esses gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?

Eymael: Os gargalos existem porque não temos o Estado Necessário. Falta médico, falta equipamento. O que nós defendemos é a saúde inteligente. A saúde chegar antes da doença, a prevenção, evitando gastos públicos. Não tem esse foco no Brasil. E o Estado Necessário tem que estar presente em toda a vida nacional. O Estado Necessário não é nem maior, nem menor: é o necessário em recursos humanos, equipamentos e tecnologia. Por que você não tem médicos nas regiões mais isoladas? Porque não tem o Estado Necessário lá. Não tem médico porque não tem estrutura.

Com informações da Agência Brasil.

O candidato à presidência do PSTU, Zé Maria, afirmou em entrevista gravada ao Jornal Nacional, da TV Globo, que defende o não pagamento da dívida interna e externa. Segundo ele, essa medida vai "melhorar a vida do povo". O candidato disse ainda que se eleito quer estatizar o sistema financeiro. "O Brasil não pode continuar subordinado ao mercado internacional", disse.

Já o candidato José Maria Eymael (PSDC) destacou sua ação como constituinte, disse que aprovou 145 propostas e explicou que tentará implementar a Constituição efetiva. Segundo ele, a definição sobre o modelo de sociedade prevê que ela seja "livre, justa e solidária". "A Constituição tem que ser cumprida", disse. O candidato afirmou ainda que é a favor de um novo sistema tributário "mais simples" e com "menos impostos".

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Após encerrar a série de entrevistas ao vivo com os principais candidatos à Presidência, o Jornal Nacional passou a exibir desde ontem uma entrevista gravada de 40 segundos com os candidatos que possuem menos de 3% das intenções de votos, os considerados nanicos. O formato foi acordado com todos os partidos. Ontem, foi a vez de Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL). Ainda terão espaço no telejornal esta semana os candidatos Rui Costa Pimenta (PCO), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB).

A presidente Dilma Rousseff, o candidato tucano Aécio Neves e o então candidato do PSB, Eduardo Campos, já participaram da sabatina do telejornal. A agora candidata pelo PSB, Marina Silva, que também figura entre os principais candidatos, deve ter sua entrevista ao vivo agendada para a semana que vem. Marina assumiu oficialmente o cargo após a morte do ex-governador Eduardo Campos, vítima de acidente aéreo na semana passada.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou a preferência do eleitorado em Pernambuco. De acordo com um levantamento divulgado, nesta segunda-feira (4), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, a petista teria 40% dos votos pernambucanos na disputa pela reeleição. Já o ex-governador Eduardo Campos (PSB), apresenta uma queda na preferência estadual, 30% dos entrevistados apontaram que votariam nele para presidente.   

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O tucano Aécio Neves receberia 4% dos votos e o Pastor Everaldo (PSC) 1%. Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Rui Costa Pimenta (PCO), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) não contabilizaram um ponto percentual. Os indecisos somam 26%.

“O dado deixa claro que ela tem condições de vencer a eleição em Pernambuco”, avalia o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira. “O desenvolvimento da presidente Dilma certamente vem acompanhado de uma recuperação eleitoral, mas prefiro aguardar o guia eleitoral para saber se esta recuperação em Pernambuco também será nacional ou será apenas local”, observa. 

Para o estudioso, a estratégia saída de Campos do estado para tentar angariar votos em outras regiões do país, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, pode causar perda de votos no reduto eleitoral dele. 

“No momento em que Eduardo Campos sai do estado, deixa um vazio. Parece até um paradoxo, eu saio do meu estado para tentar ganhar a eleição para presidente, mas aí eu termino perdendo o capital eleitoral no meu estado. Correndo o risco de perder no próprio estado dele”, pontua Oliveira. 

Campos também aparece com o percentual menor do que o da presidente Dilma, quando a análise dos votos é por regiões. Na capital pernambucana, ela seria votada por 32% dos eleitores, enquanto o ex-governador é preferido por 31%. Aécio teria 3%, Pastor Everaldo 1% e Zé Maria 1%. No Agreste a petista receberia 44% dos votos, Eduardo Campos 26% e Aécio Neves 4%. 

A diferença entre Dilma e Campos fica mais acentuada no Sertão e no São Francisco. A presidente teria 57% no Sertão, Eduardo 20%, Aécio 3% e Pastor Everaldo 1%. No São Francisco, a petista receberia 52% dos votos, o socialista 21%, o tucano 4%, Pastor Everaldo 2% e Levi Fidelix 1%. 

A situação é revertida pelo pernambucano entre os eleitores da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata. Na RMR, Campos configura 34% dos votos, a presidente é preferida por 33%, Aécio Neves por 3% e Pastor Everaldo por 1%. Já na Mata o percentual é ainda maior, o ex-governador aparece com 37%, Dilma teria 35%, Aécio Neves 4% e Pastor Everaldo 1%. 

Quando as intenções de voto são aferidas a partir do nível de escolaridade, para os que concluíram até o ensino fundamental a presidente Dilma configura 41% da preferência contra 30% de Eduardo. Aécio receberia 3% dos votos e Pastor Everaldo 1%. Aos que concluíram o ensino superior 40% votariam em Dilma, 28% escolheriam Campos para presidir o país, 7% prefeririam Aécio Neves e 1% Zé Maria. Os candidatos não citados nas regiões e por nível de escolaridade não atingiram 1% das intenções de votos.

O Instituto ouviu 2.482 pernambucanos, entre os dias 28 e 29 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,0 pontos percentuais e a confiança é de 95%. O levantamento foi registrad junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00010/2014 e BR-00260/2014, no dia 25 de julho de 2014. 

Dados espontâneos

Ao serem provocados para indicar espontaneamente em quem votaria, Dilma permanece na liderança, com 36%, e Campos receberia 24%. Mesmo sem estar na disputa, o ex-presidente Lula (PT) também é apontado pelos entrevistados, 3% votaria nele. Aécio Neves aparece como o preferido de 3% e 2% indicaria outros candidatos não nominados. Os indecisos, neste caso, somam 32%. 

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Nesta sexta-feira (1º), o Portal LeiaJá publica o quinto perfil de candidato à Presidência da República. Desta vez, o eleitor poderá conhecer as propostas de José Maria Eymael (PSDC), que disputa o cargo pela quarta vez.

Nascido em Porto Alegre, Eymael tem 74 anos e é advogado. A vida política começou no Rio Grande do Sul, na Juventude Operária Católica e, em seguida, na juventude do Partido Democrata Cristão (PDC). Eleito para dois mandatos na Câmara Federal, Eymael participou da elaboração da atual Constituição do Brasil. Ele também integrou o grupo que fundou o Partido Social Democrata Cristão (PSDC), em março de 1995, legenda a qual ele preside atualmente.

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Para o pleito de outubro, Eymael tem a companhia do presidente da legenda em Roraima, Roberto Lopes, na chapa como candidato a vice-presidente. O limite de gastos para campanha declarado pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi de R$ 25 milhões. Com pouco tempo para o guia eleitoral no rádio e televisão, a estratégia do partido é utilizar o site da campanha para divulgar as propostas do candidato.

Inclusive, o programa de governo tem 27 diretrizes, em referência ao número da legenda. Uma delas é a aplicação de uma política econômica orientada para o desenvolvimento e geração de empregos. O candidato também propõe uma reforma do sistema tributário nacional, com o objetivo de simplificar e reduzir os tributos.

Na área de saúde pública, a ideia é implantar um "sistema inteligente que foque as ações na prevenção de doenças". Para a educação, o programa prevê a expansão do número de escolas de ensino integral e a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. Para a gestão das políticas públicas, o democrata cristão defende a criação dos ministérios da Família e da Segurança Pública.

O candidato à Presidência da República pelo PSDC, Eymael, lançou o site oficial da campanha. Na página, é possível conhecer as 27 diretrizes que norteiam o programa de governo, entre elas as que tratam sobre reforma tributária, saúde, educação, moradia, serviços públicos, meio ambiente sustentável, política externa e servidores públicos.

Com pouco tempo no guia eleitoral no rádio e televisão, o PSDC irá fazer programas especiais para a internet, através da TV Eymael. O site possui ainda espaços para notícias, galeria de fotos e contatos.

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José Maria Eymael nasceu em Porto Alegre e tem 74 anos. O limite de gastos previstos para a campanha é de R$ 25 milhões. Entre as principais propostas do candidato estão a simplificação do sistema tributário, a reformulação do pacto federativo, a implantação do Ministério da Segurança Pública e a ampliação das ações de prevenção de doenças.

Presidente nacional do PSDC, José Maria Eymael disputa pela terceira vez a Prefeitura de São Paulo, sendo a primeira em 1985 e a última em 1992. Empresário, Eymael nasceu em Porto Alegre, tem 73 anos, foi deputado constituinte em 1986, reelegeu-se em 1990 e já concorreu três vezes à Presidência da República (1998, 2006 e 2010). Sem coligação, o vice de chapa de Eymael é Lindberg Clemente de Morais.

O candidato tornou-se conhecido dos eleitores em sua primeira campanha à prefeitura quando lançou o seu jingle: "Ei, ei, Eymael, um democrata cristão". O jingle foi reutilizado nas campanhas seguintes e se transformou em uma marca do candidato. Após 27 anos usando o mesmo jingle, o candidato adaptou a música para "Ei, ei, ei São Paulo, mais que uma cidade uma nação". Segundo o candidato, a ideia de tratar São Paulo como um País é a "espinha dorsal" do seu programa de governo. "Cada bairro é uma cidade, cada região um Estado e a cidade, uma nação", explicou o candidato.

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Entre as propostas apresentadas durante a campanha estão a Secretaria da Família, para "resgatar e proteger os valores" familiares, criar a Secretaria de Relações Internacionais e a redução do Imposto Sobre Serviço (ISS) de 5% para 2%.

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