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A candidata do PSTU à Presidência da República, Vera Lucia, votou na manhã de domingo (2) em São Paulo, na PUC do bairro do Ipiranga. A candidata aproveitou a oportunidade para fazer um balanço de sua campanha e agradecer a seus militantes.  “Fizemos uma campanha bonita, nas ruas, nas portas das fábricas, nos canteiros de obras, nos bairros populares, nos quilombos e territórios indígenas, nas escolas e nas universidades, apresentando uma alternativa independente, revolucionária e socialista, com um programa que aponta medidas concretas aos problemas mais sentidos pela nossa classe”, disse a candidata do PSTU.

  Ela falou sobre as dificuldades de fazer uma campanha de enfrentamento a candidatos financiados por bilionários ou contra projetos de conciliação de classes. “Só um programa, que enfrente os super-ricos, de forma independente, poderá acabar com a fome, o desemprego, a vergonhosa desigualdade social e conquistar soberania para o país”, argumentou em meio a agradecimentos à militância de seu partido, “que fez essa campanha com a garra e coragem de quem sonha e luta por um Brasil justo e igualitário”. 

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“Quero agradecer a cada voto que receberemos no dia de hoje. Pois cada voto é um tijolo na construção de uma alternativa socialista e revolucionária para o Brasil. Cada voto é um passo adiante na derrota, para valer, da ultradireita e, também, das mazelas que, há 500 anos, nos condenam a uma vida sob a exploração e a opressão”, completou.

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou neste domingo (31), em convenção nacional, na capital paulista, o nome da operária sapateira Vera Lúcia como candidata à Presidência da República nas eleições de outubro. O partido também referendou o nome da indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão, como candidata a vice-presidente. 

Durante seu discurso Vera Lúcia defendeu a estatização das 110 maiores empresas do país, os bancos e a agroindústria, além da revogação das reformas e leis que retiraram direitos dos trabalhadores. Segundo ela, a chapa composta por ela e Raquel Tremembé, é uma chapa indígena, negra e operária, que responde aos setores mais oprimidos da classe trabalhadora brasileira. 

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"Nós somos a maioria dos desempregados e precisamos construir um governo e, ao mesmo tempo, organizar a classe trabalhadora para controlar esse governo. Nós queremos governar o país com a classe trabalhadora e os indígenas, porque precisamos devolver suas terras, assim como precisamos devolver as terras dos quilombolas e os direitos que foram conquistados por nós", afirmou. 

Perfil

Kunã Yporã (Raquel Tremembé) tem 39 anos de idade, é indígena da etnia Tremembé, do estado do Maranhão, e é pedagoga. É integrante da Associação de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas. Kunã Yporã (Raquel Tremembé) é parte atuante das mobilizações dos povos indígenas na oposição ao governo atual.

  Vera Lúcia, tem 54 anos e é natural de Inajá, Pernambuco. Operária sapateira, é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe. Iniciou sua militância ao começar a trabalhar em uma fábrica de calçados, aos 19 anos. Está no PSTU desde a sua fundação, em 1994. 

Vera já foi candidata ao governo de Sergipe, à prefeitura de Aracaju e à Câmara dos Deputados. Em 2018, foi candidata à presidência da República e teve como vice o professor Hertz Dias, do Maranhão. Em 2020, Vera foi a primeira mulher negra a disputar a prefeitura de São Paulo (SP), cidade onde mora atualmente.

Por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolheu parcialmente parecer do Ministério Público Eleitoral e desaprovou as contas do diretório nacional do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) relativas ao exercício financeiro de 2016.

Os ministros consideraram que a agremiação cometeu irregularidades graves ao não repassar recursos a diretórios estaduais e desrespeitar a cota mínima de 5% do Fundo Partidário para ações de incentivo à participação feminina na política, entre outras.

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Ao todo, 43,44% do montante recebido pela legenda naquele ano foram considerados irregulares, o que levou o colegiado a impor as seguintes sanções: obrigação de ressarcimento ao erário no valor de R$ 1,39 milhão; aplicação de multa de 10% do valor total das irregularidades, correspondente a R$ 139,5 mil; e transferência para conta específica voltada à concretização de programas de incentivo à participação política da mulher no montante de R$ 85,2 mil.

Segundo o relator do processo, ministro Edson Fachin, a ausência de repasse de recurso aos demais diretórios partidários é irregularidade grave e consiste no descumprimento dos artigos 17, inciso 1º, da Constituição Federal, e 44, inciso 1º, da Lei dos Partidos Políticos. Além disso, as condutas do PSTU representaram impedimentos ao exercício da função de fiscalização das contas pela Justiça Eleitoral.

No parecer encaminhado ao TSE, o MP Eleitoral destacou que o uso irregular de recursos do Fundo Partidário acarreta ressarcimento ao erário dada a sua natureza de recurso público, o que deverá ser feito com recursos próprios do partido.

O LeiaJá entrou em contato com o PSTU para ouvir o partido sobre a desaprovação das contas, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.

Com informações da assessoria do MPF

Os eleitores recifenses já podem ter acesso aos programas de governo dos candidatos ao comando da Prefeitura do Recife. Os documentos estão disponíveis na plataforma DivulgaCand do Tribunal Superior Eleitoral. No site, além das propostas para a gestão, também fica disponível para os cidadãos os dados do prefeiturável, os gastos da campanha, a declaração de bens, a coligação a qual faz parte e a situação do julgamento da candidatura.

A candidata pelo PSTU, Cláudia Ribeiro, apresentou um documento em que lista as ações de uma eventual gestão sua. No plano de governo, ela diz que pretende congelar os preços dos produtos e aumentar os salários dos servidores, além de promover o fim da especulação imobiliária e instalar conselhos populares na cidade. Confira: 

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Após divulgar um falso levantamento atribuído a Mendonça Filho (DEM), enquanto era ministro da Educação, um professor ligado ao PSTU do Piauí vai ter que pagar R$ 50 mil de indenização. A notícia falsa foi publicada no blog Mídia Popular em 2016 e, na época, atingiu os assuntos mais comentados do Twitter.

O docente João Rosa Paes Landim Neto, de 47 anos, foi condenado por divulgar um suposto estudo referente ao corte salarial dos professores baseado em "regalias como piso nacional, aposentadoria, férias de 45 dias, aposentadoria especial e descanso pedagógico". Segundo a Justiça Federal, a reportagem possui um nítido caráter abusivo e ilícito.

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Na decisão, a juíza Marina Rocha Cavalcanti Barros Mendes destaca o uso indevido da imagem de Mendonça Filho e a falsa reprodução de uma suposta declaração, "levando a falsa compreensão pelo leitor de que a frase é de sua autoria".

"A verdade sempre prevalece, mas o dano para a minha imagem foi incalculável. Até hoje sou questionado por uma frase que nunca disse e um estudo que nunca existiu no MEC", declarou em entrevista ao Blog do Jamildo.

"Como não me intimido com mentiras, não meço esforços na minha defesa e na preservação da minha honra", complementou ao garantir que encaminhará a decisão para análise na CPI das Fakes News. O político pernambucano ainda atacou a ala oposta, "a esquerda é mestre em atacar os adversários com mentiras. Debate de ideias não é com eles".

Pouco antes das 9h desta quarta (4), rodoviários da oposição ao sindicato da categoria fecharam o cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, no bairro de São José, no Centro do Recife. De acordo com os organizadores, o protesto foi programado para fechar as ruas até pelo menos as 10h. 

Segundo os manifestantes, a paralisação é contra a demissão dos cobradores, combinada a uma suposta fraude nas eleições do sindicato. Nesta quinta (5), está programada uma audiência no Ministério Público para abordar as eleições do sindicato.

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Os motoristas e cobradores relatam que não houve aviso prévio sobre as demissões e que foram pegos de surpresa. Segundo Aldo Lima, líder da oposição, cerca de 5 mil trabalhadores estão desempregados.

Parte dos rodoviários acredita que o Sindicato está sendo conivente com as demissões em massa.

Com informações de Victor Gouveia

O clima acirrado que o país enfrenta para a eleição presidencial teve um marco, há 12 dias, com o ataque sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL). O esfaqueamento do candidato trouxe à tona uma preocupação sobre os esquemas de segurança utilizados pelos postulantes nos atos de campanha tanto no âmbito nacional quanto no local. 

Em Pernambuco, apesar do teor da disputa ser, em tese, mais tranquilo e o acirramento partir do debate entre os próprios candidatos, o LeiaJá procurou os sete postulantes ao cargo de governador para saber como cada campanha cuida da segurança nos atos e, a maioria, conta com a “sorte” ou a "proteção de Deus".

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Ao contrário do nível nacional, em que a Polícia Federal deve garantir proteção aos candidatos, no estadual, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), cada postulante é responsável pela sua segurança. Um esquema especial, com o apoio da Polícia Militar, é montado apenas em casos de ameaça ou solicitação do candidato à Justiça Eleitoral, o que, de acordo com o TRE, não houve até o momento. 

Na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas pela primeira vez, Maurício Rands (Pros) informou, por meio de nota, que sua campanha é diferente das tradicionais e, por isso, “não possui nenhum tipo de segurança ou pessoa que exerça função semelhante”. 

“Todo o contato de Maurício Rands com o povo é direto, pessoal e sem intermediários. Ele se sente seguro pelo povo e entre os populares. Rands gosta de ambientes com gente, como mercados, feiras, estádio de futebol. Maurício Rands não é um político convencional. Sua campanha não possui comitê, van, bandeiras em ruas e militância paga”, salientou Rands. 

No mesmo sentido da falta de uma equipe de segurança, o postulante da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio, disse que sua proteção nos atos pelo Estado é divina.  “A minha segurança é feita por Deus, que tem me protegido em toda a campanha e nessas caminhadas”, declarou. 

Na corrida pela reeleição, a assessoria de imprensa da campanha do governador Paulo Câmara (PSB) informou que “justamente por uma questão de segurança não podemos informar como se dá sua sistematização para o chefe de Executivo”. Como o pessebista ocupa a gestão estadual, ele tem a prerrogativa de ser protegido pela Casa Militar de Pernambuco. 

A candidata da chapa “A Esperança não tem medo”, Dani Portela (PSOL), também disse que não contratou seguranças para acompanhar o ato, apesar de em outros Estados diversos postulantes do PSOL tenham feito isso por sofrer ameaças.

Já a candidata Ana Patrícia (PCO) observou que a proteção dela na campanha é como a de qualquer cidadão comum. "Corro sérios riscos por tocar em pontos para mostrar a população em que Estado vivemos e que queremos mudar essa condição, sou ciente disso. Os candidatos burgueses já têm essa segurança, não precisam que o Estado disponibilize seu aparato policial para protegê-los  e também se assim precisarem o terão", disse.

Os postulantes Armando Monteiro (PTB) e Simone Fontana (PSTU) não responderam até o fechamento desta matéria.

Dos sete candidatos a governador de Pernambuco, apenas quatro já disponibilizaram suas movimentações financeiras no site do Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com os dados, Paulo Câmara (PSB) - que concorre à reeleição, Armando Monteiro (PTB), Maurício Rands (Pros) e Simone Fontana (PSTU) já arrecadaram R$ 11,6 milhões para as atividades de campanha. Desse montante, R$ 9,6 milhões são oriundo do Fundo Especial de Financiamento da Campanha (FEFC), o que representa 82,7% do total. 

No ranking da arrecadação, Paulo Câmara lidera com R$ 6,9 milhões sendo 93,7% do fundo público repassado pela direção nacional do PSB [R$ 6,2 milhões]. Em segundo lugar aparece Armando com um somatório de R$ 4,4 milhões. Desses, 69% são do fundo especial recebidos através de duas doações registradas pelos diretórios do PTB estadual [ R$1,7 milhão] e nacional [ R$1,3 milhão]. 

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Ao TSE, Maurício Rands declarou ter arrecadado um total de R$ 390 mil. A quantia é toda do fundo público destinado ao PDT, partido da candidata a vice na chapa dele, Isabella de Roldão. Por último aparece Simone Fontana, com R$ 28,6 mil em doações sendo R$ 28,3 mil do financiamento público de campanha destinado ao PSTU nacional.

Não há informações financeiras da campanha dos candidatos Ana Patrícia (PCO), Dani Portela (PSOL) e Julio Lossio (Rede). De acordo com a legislação, os candidatos têm prazo de 72 horas para informar à Justiça Eleitoral as doações recebidas para financiamento da campanha e os gastos. 

Segundo o calendário eleitoral, nesta quinta-feira (13) os partidos e os candidatos devem fazer a prestação de contas parcial da movimentação financeira desde o começo da campanha até o último dia 8. Pelo Artigo 29, da Lei 9054/1997, "a inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar".

Candidato a senador por Pernambuco pelo PSTU, o professor Hélio Cabral afirmou, nesta terça-feira (4), que uma das principais propostas dele é extinguir o Senado e transformar o Congresso Nacional em uma “Câmara Única”. Mesmo sendo postulante a ocupar uma vaga na Casa Alta, Cabral fez duras críticas ao modelo vigente.

"Estamos defendendo o fim do Senado, porque é uma câmara conservadora que funciona como um filtro que vem a barrar aquilo que, por ventura, for aprovado em favor dos trabalhadores na Câmara dos Deputados”, declarou, em entrevista à Rádio Folha. 

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Hélio Cabral disse que a criação de uma “Câmara Única” reduziria a alta despesa dos cofres públicos aos parlamentares. "O congresso brasileiro é um dos mais caros do mundo. Para se ter uma ideia, gastamos mais de R$ 10 bilhões no ano passado com os parlamentares, dinheiro que não foi gasto nem com a saúde nem com a educação", argumentou.

O candidato disparou críticas ainda ao modelo de vices e suplentes existente no país. "Nem o papa tem vice. Quando o papa morre tem aquela fumacinha lá e é eleito outro papa. O presidente da República tem um vice. E sabe quantos vice tem um senador? dois vices. ou seja, o cara tem que morrer duas vezes", ironizou.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sorteou, nesta quarta-feira (22), a ordem de participação dos candidatos na exibição da propaganda eleitoral na televisão e no rádio durante a campanha deste ano. Além disso, durante uma reunião comandada pelo coordenador da Comissão de Desembargadores Auxiliares (CDAUX) desembargador Stênio Neiva, o TRE também confirmou o tempo que cada concorrente terá no guia.

A ordem de exibição, no primeiro dia, ficou definido com a candidata da coligação A esperança não tem medo, Dani Portela (PSOL) em primeiro; o da Rede Sustentabilidade, Júlio Lossio (Rede), em segundo, seguidos do candidato da Pernambuco Vai Mudar, Armando Monteiro (PTB); da O Pernambuco Que Você Quer, Maurício Rands (Pros); do PCO, Ana Patrícia Alves; da Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); e do PSTU, Simone Fontana.

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 Líder de uma coligação com 12 partidos o governador, que busca à reeleição, saiu em vantagem na distribuição do tempo de participação no guia eleitoral. A duração de cada exibição é calculada a partir de cada coligação, tendo como base o número de cadeiras que as legendas ocupam na Câmara Federal.

Segundo o TRE, Paulo Câmara contabilizou 5 minutos dos 9 disponibilizados para o guia dos concorrentes ao Palácio do Campo das Princesas, já Armando ficou com 2 minutos e 40 segundos. O terceiro maior tempo é de Rands, com 40 segundos, seguido de Dani Portela com 13 segundos e Julio Lossio com 9 segundos. As candidatas Ana Patrícia e Simone Fontana terão 7 segundos cada uma.  

Quanto às inserções durante o dia, que são programetes rápidos, o governador terá direito a 7 minutos e 47 segundos de exibição; Armando 4 minutos e 9 segundos; Rands 1 minutos e 3 segundos; Dani Portela 20 segundos; Julio Lossio 15 segundos e Simone e Ana Patrícia, 12 segundos cada.

Senado

Para a disputa pelo Senado, a chapa dos candidatos Jarbas Vasconcelos (MDB) e Humberto Costa (PT) somou 3 minutos e 53 segundos; já a de Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) 2 minutos e 4 segundos. O terceiro maior tempo ficou com a coligação dos candidatos Silvio Costa (Avante) e Lidia Brunes (Pros),  com 31 segundos para os dois.

As candidatas Albanise Pires e Eugênia Lima, ambas do PSOL, terão 10 segundos. O pastor Jairinho e Adriana Rocha, da Rede Sustentabilidade, somaram 7 segundos. O PSTU, com Hélio Cabral, e o PCO, com Gilson Lopes, terão 6 segundos cada.

Neste caso, a ordem de exibição será: Silvio e Lídia; Pastor Jairinho e Adriana; Albanise e Eugênia; Bruno e Mendonça; Hélio Cabral; Gilson Lopes e por fim Jarbas e Humberto.

O guia eleitoral começa no dia 31 de agosto e será dividido em dois blocos de 25 minutos cada, às 13h e 20h30 na televisão e às 7h e 12h no rádio.  Os programas dos candidatos a presidente e deputado federal exibidos às terças e quintas-feiras e aos sábados. Já os programas correspondentes as candidaturas de governador, senador e deputado estadual serão apresentados às segundas, quartas e sextas-feiras.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou nesta terça-feira (21) o pedido de registro de candidatura de Vera Lúcia, do PSTU, à Presidência da República nas eleições de outubro. O candidato a vice-presidente será Hertz Dias, do mesmo partido.

Com uma chapa "puro-sangue", o PSTU não fez aliança para a eleição presidencial. Operária da indústria calçadista, com trajetória no movimento sindical e popular, Vera Lúcia, de 50 anos, nasceu no sertão pernambucano e se mudou ainda criança para Aracaju, com a família, fugindo da seca.

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Na capital sergipana, trabalhou como garçonete e datilógrafa antes de conseguir um emprego na fábrica de calçados Azaleia, onde iniciou a militância sindical. É formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e se dedica atualmente à formação política de ativistas. A candidata declarou patrimônio de R$ 20 mil.

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.  

A declaração de bens feita pelos candidatos a governador de Pernambuco à Justiça Eleitoral chama a atenção, até o momento, pela discrepância do patrimônio entre os postulantes. Com os dados de quatro dos seis candidatos já disponibilizados pelo DivulgaCand, plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde constam as informações de todos os políticos que desejam concorrer ao pleito deste ano, a soma dos bens do senador Armando Monteiro (PTB) é a maior: R$ 16,7 milhões. 

O patrimônio do petebista é pouco mais de R$ 1,8 milhão a mais do que o declarado em 2014, quando ele concorreu pela primeira vez ao Governo do Estado. O valor mais alto no que foi contabilizado pelo senador está no item 'outros bens e direitos' com R$ 11,9 milhões já o menor é de R$ 69,9 mil em 'aplicação de renda fixa'.

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Na última eleição, Armando disse possuir R$ 14,9 milhões em bens. O crescimento do capital financeiro do petebista é ainda maior se comparado ao ano de 2006, quando ele participou da sua primeira eleição. Na disputa pelo cargo de deputado federal, Armando disse ter naquele ano R$ 1 milhão em bens. O vice da chapa dele, vereador do Recife Fred Ferreira (PSC), declarou ter R$ 590,1 mil.

Já na lista do governador Paulo Câmara (PSB) foi possível perceber uma redução no valor do patrimônio declarado. O pessebista que em 2014 afirmou ter R$ 364,2 mil em bens, desta vez apresentou à Justiça Eleitoral um somatório de R$ 272,8 mil. O montante é R$ 91 mil a menos do que no último pleito, quando concorreu pela primeira vez a um cargo público. O bem de valor mais alto declarado é um apartamento R$ 140 mil enquanto o menor foi um ‘depósito em conta corrente no país’ de R$ 1,00. As cifras apresentadas por Paulo são menores, inclusive, do que as da candidata a vice dele, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), que afirmou ter R$ 335,5 mil.

Neófita na política, a candidata do PSOL Dani Portela não teve nenhum bem cadastrado, segundo o site do DivulgaCand. Já a postulante pelo PSTU, Simone Fontana declarou ter R$ 5 mil em bens. O valor é correspondente a um automóvel. Das cinco eleições que já concorreu, apenas em 2012, quando disputou para vereadora do Recife ela teve patrimônio declarado. Naquele ano, Simone apresentou um montante de R$ 24,8 mil. 

Até a manhã desta segunda-feira (13), a plataforma da Justiça Eleitoral ainda não tinha divulgado os dados para o pedido de registro de candidatura dos candidatos a governador Maurício Rands (Pros) e Julio Lossio (Rede). 

A expectativa de aumento da participação da mulher na política é cada vez mais evidente e, este ano, o país tem nas disputas estaduais 25 candidatas a governadora e 67 postulantes a vice. Delas, na disputa pelo Governo de Pernambuco tem cinco candidatas, duas concorrem ao posto de chefes do Executivo - Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) -,  já as outras três - deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) e a educadora social Gerlane Simões (PCB) - buscam ser eleitas como vice nas chapas. 

O quadro pernambucano é positivo, se considerarmos os dados 2014 e 2010, quando nenhuma mulher concorreu a governadora. Já para as vagas de vice, na última eleição duas candidatas estavam na disputa e, em 2010, quatro das seis postulações eram femininas.  

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“O número de mulheres que estão candidatas agora ainda é insuficiente? Sim é, Pernambuco é uma das capitanias hereditárias políticas onde isso é muito marcante. São os mesmos grupos e famílias que vão se revezando e, nesse espaço, quando se fala de novo é o filho de alguém que se candidata. Porém, este ano você tem mulheres fortes na disputa, como Luciana Santos e Isabella de Roldão, entrando na chapa de vice para dar uma cara feminina. E o PSOL que vem com todas as candidaturas majoritárias feministas”, ponderou Dani Portela. 

Para Luciana Santos, que está na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), o cenário em Pernambuco é reflexo da “tradição de luta feminina” que o Estado tem. “Isso tem consequências também na política”, observou a deputada federal. 

“Ter mulheres em espaços de decisão e de poder sempre é muito importante e significativo, incluindo aí os espaços ligados à política. O Executivo tem características especiais, é ali que a gente se depara com questões mais práticas, que tocam a vida dos cidadãos no dia-a-dia. Um olhar feminino sobre as políticas públicas e na definição de quais são prioritárias é importante, traz para o Poder Executivo o olhar de 51% da população, as mulheres, que precisam ser mais ouvidas e consideradas”, completou Luciana. 

Apesar de estudiosos apontarem  que a mudança na questão de gênero com o resultado do pleito não deve ser significativa, o número de candidaturas de mulheres à vice-governadoras, por exemplo, cresceu. O número deste ano representa 37,6% do total enquanto em 2014 o percentual era de 27,7% e, em 2010, 19,5%. 

A crescente foi considerada positiva por Dani Portela. “Acredito que 2018 é o ano da participação da mulher na política. Temos uma desigualdade muito grande no acesso das mulheres aos mandatos Legislativos e Executivos isso torna ilegítima a representatividade nessas Casas. É hora da virada. [...] É hora da mulherada acordar e nós não recuaremos”, cravou a candidata do PSOL a governadora. 

Cotas femininas

Outro aspecto que deve ser considerado quando se trata da candidatura de mulheres é a legislação eleitoral que tem sido modificada, nos últimos anos, no sentido de tentar incentivar ainda mais o ingresso delas seja no Executivo ou no Legislativo. A partir desta eleição, por exemplo, o fundo de financiamento público eleitoral que destina R$ 1,7 bilhão as campanhas dos partidos, destinará R$ 510 milhões exclusivamente para candidaturas femininas. 

Presidente nacional do PCdoB, ao ser questionada se o fato influenciava nas composições das candidaturas e chapas, Luciana Santos disse que sim, mas ponderou “não ser determinante”. “É preciso considerar também que as mulheres já são mais de 40% da população economicamente ativa, a maioria nas universidades, 1/4 entre chefes de família, e portanto têm uma participação objetiva na construção da Nação. Mostramos que somos capazes; onde a gente tem papel público provamos nossa capacidade e construímos nosso próprio espaço”, argumentou. 

A determinação da Lei foi considerada como um “estímulo importante” para Isabella de Roldão, que é vice na chapa do ex-deputado Maurício Rands (Pros). “Os estímulos positivos são sempre importantes. A gente ainda precisa deles. Se não existisse a lei da cota, por exemplo, os homens continuariam dominando a política. Hoje ainda dominam, mas a gente sabe que esse espaço para mulheres existe muito em decorrência de exigência legal. Não é isso que desejamos, não queremos viver na sociedade onde as mulheres só tenham espaço por conta de exigência legal, mas enquanto isso não acontece é óbvio que é importante”, salientou a pedetista. 

Vice e o discurso machista

Quanto ao discurso que aponta as mulheres vices de governos comandados por homens como agentes públicos “meramente figurativos”, tanto Luciana quanto Isabella foram críticas e pontuaram que a postura é de “quem não compreende o papel público”. 

“Embora ter mulheres na política não seja exatamente uma novidade, e de não nos faltar exemplos de mulheres incríveis como Adalgisa Cavalcante, Julia Santiago ou Cristina Tavares, só para citar algumas pernambucanas que abriram caminho nessa frente; muita gente ainda prefere se apegar a estereótipos para justificar posições preconceituosas ou atrasadas. Os tempos mudaram e há muito tempo o papel da mulher na sociedade, enfrentando as mais diversas barreiras, é de resistência, protagonismo e participação”, disse a comunista, em uma postura contundente.

Corroborando, Isabella de Roldão disse que retóricas neste sentido são “extremamente machistas quando se colocam sobre o sexo feminino”, já que o título de figurativo já é atribuído ao cargo de vice normalmente. 

“Temos que perceber como o discurso ainda é machista e a visão é arraigada nesse  contexto. É um processo de construção, este ano a eleição vai ter uma discussão de gênero grande e isso está na pauta. Está muito em evidência nos espaços. A violência nacional é muito grande e a gente precisa trazer essa pauta dos espaços e do respeito a mulher, isso tem que ser discutido pelas mulheres. Devemos participar disso e os homens podem continuar óbvio. A pauta feminista não é para dizer que somos melhores do que os homens, mas dizer que temos capacidade. Eu posso me representar”, cravou a pedetista.

A candidata à Presidência pelo PSTU, Vera Lúcia, foi a segunda a registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apenas ela e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, entraram com o pedido de registro até o momento.

O PSTU não formou coligações para a corrida presidencial e a chapa tem como candidato a vice o professor Hertz Dias, também filiado à legenda.

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Criada em Aracaju, Vera Lúcia tem 50 anos e é apresentada pelo partido como operária sapateira e ativista do movimento sindical. Ela é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe.

Em sua declaração de bens, Vera Lúcia disse ter apenas um terreno avaliado em R$ 20 mil. Ela se declarou “preta” no campo “cor/raça” do registro de candidatura e como ocupação informou ser professora de ensino médio. Hertz Dias disse ter uma casa no valor de R$ 100 mil.

O PSTU aprovou a chapa pura em convenção nacional realizada em 20 de julho, em São Paulo. Na ocasião, o partido apresentou seu plano de governo, que conclama o povo pobre a realizar uma “rebelião contra esse sistema que explora e oprime a classe trabalhadora”. Entre as propostas, está a de estatizar as 100 maiores empresas do país.

Os 13 candidatos à Presidência aprovados em convenção nacional de seus partidos têm até 15 de agosto, às 19h, para pedir o registro de suas candidaturas. Após esse prazo, os registros podem ser alvo de impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral, de outros candidatos, partidos e coligações, caso identifiquem alguma irregularidade. Caberá a um ministro do TSE analisar os argumentos e decidir se o candidato poderá disputar as eleições.

Nos primeiros três dias de convenções nacionais, quatro candidatos a presidente da República foram confirmados pelos partidos políticos: Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello de Castro (PSC), Guilherme Boulos (PSol) e Vera Lúcia (PSTU). Enquanto o PSol e o PSTU lançaram a chapa completa, o PDT e o PSC ainda vão escolher os candidatos a vice-presidente.

Os convencionais do PDT aprovaram uma resolução autorizando a Executiva Nacional a negociar as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC também vai articular um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa.

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O PSol formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias.

O PMN e o Avante realizaram nesse sábado (21) convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a presidente da República. Na convenção, o Avante decidiu dar prioridade à eleição de deputados federais: terá uma chapa com cerca de 80 nomes e pretende eleger pelo menos cinco. 

O Avante não definiu se apoiará algum candidato a presidente no primeiro turno. Já o PMN decidiu que não dará apoio a nenhuma chapa nas eleições presidenciais.

Os partidos têm até o dias 5 de agosto para realizarem suas convenções nacionais. As candidaturas podem ser registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de agosto. No próximo sábado devem se reunir SD, PTB, PV, PSD e DC.

O PSTU realizará na noite de hoje (20), 19h, na capital paulista sua convenção partidária para oficializar o nome de Vera Lúcia como candidata do partido à Presidência da República e de Hertz Dias como vice da chapa. A convenção, segundo a legenda, contará com representantes de várias categorias de trabalhadores, como metroviários, professores e metalúrgicos, e também com movimentos sociais.

O partido não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais. 

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Após quatro campanhas com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), o PSTU indicará Vera Lúcia para as eleições presidenciais em outubro. Operária sapateira com trajetória no movimento sindical e popular, Vera Lúcia, 50 anos, nasceu no sertão pernambucano e se mudou ainda criança para Aracaju com a família fugindo da seca. Na capital sergipana, trabalhou como garçonete e datilógrafa antes de começar a trabalhar na fábrica de calçados Azaleia, onde iniciou a militância sindical. É formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e se dedica atualmente à formação política de ativistas.

Hertz Dias é maranhense e desde muito cedo se envolveu com o movimento hip hop. É o fundador do Movimento Quilombo Urbano, que une o rap e a militância política em defesa dos direitos dos jovens negros da periferia. Hertz é também professor da rede pública de ensino.

Entre os 16 nomes já colocados para a disputa presidencial, a sindicalista Vera Lúcia (PSTU), que também concorrerá ao pleito, fez uma avaliação sobre a atuação política do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos para o cargo. Sob a ótica dela, o adversário na corrida pela Presidência da República, ao contrário do que ele prega, é “responsável direto pela desgraça” que o país vive atualmente. 

“Bolsonaro é o que há de pior na política. É do setor da direita mais conservadora. Ele diz que vai resolver todos os problemas do país, mas ele está no Congresso Nacional há 20 anos. O resultado da desgraça que nós vivemos hoje ele é responsável direto. Inclusive a reforma trabalhista, que retirou direito dos trabalhadores, foi com o voto dele”, salientou, em conversa com o LeiaJá. 

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Vera Lúcia ainda questionou propostas de Jair Bolsonaro. “Ele fala que vai matar, defende a pena de morte, mas nessa pena vai morrer preto e pobre, porque se fosse para matar ladrão começava matando aqueles que são da classe dele. Não existe um rico que não tenha sua riqueza como produto da exploração e muitas vezes combinada com a corrupção. Inclusive ele que teve seu patrimônio mais quadruplicado e não foi com o salário de deputado federal”, ponderou. 

A pré-candidata do PSTU classificou, por fim, que o deputado federal “é extremamente machista, racista e covarde”. 

Pré-candidata à Presidência pelo PSTU, a sindicalista Vera Lúcia é pouco conhecida entre os nomes que se colocam na disputa em outubro. Entretanto, em entrevista ao LeiaJá, a pernambucana radicada no Sergipe, não poupou críticas aos nomes com maior visibilidade, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, para ela, deu “migalhas a classe trabalhadora”. 

“Lula já governou este país, saiu do seio da classe trabalhadora, governou com os grandes empresários, banqueiros e latifundiários e, junto com esses setores, também trilhou o caminho da corrupção e todo mundo viu no que deu”, disparou Vera, lembrando que mesmo preso o líder-mor petista pode disputar, assim como o PT vem reafirmando a candidatura. 

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A pré-candidata que, inclusive, foi do PT, mas terminou sendo expulsa da legenda, declarou também que durante os mandatos de Lula “quem lucrou foram as grandes indústrias”. “O que garantiu a classe trabalhadora foram apenas poucas migalhas, que inclusive, quando vem a crise, boa parte disso já se foi. Poucas concessões que foram feitas à classe trabalhadora, quem lucrou mesmo foram as grandes indústrias”, criticou. 

Vera ainda salientou que Lula foi aliado da direita e ponderou que o presidente Michel Temer (MDB) “está aí porque era o vice de Dilma”. 

Já sobre Temer, a presidenciável declarou que “ainda não caiu” por falta de vontade dos partidos de esquerda. “Já poderíamos ter derrubado o governo Temer. Ano passado esse país viveu uma das maiores greves. O governo não cai porque muitos partidos que dizem querer o Fora Temer não querem de verdade. Se quisessem já tinham mobilizado a classe trabalhadora para derrubá-lo. Na verdade o que eles querem é desgastar o governo para canalizar toda insatisfação que existe para a via das eleições”, declarou. 

Uma mudança no sistema político e na condução do país, a partir de uma revolução trabalhista. Estas são as principais bandeiras da pré-candidata à Presidência pelo PSTU, Vera Lúcia. Pernambucana radicada em Sergipe, a sindicalista é neófita na disputa presidencial, mas apresenta um discurso duro diante do atual cenário político-econômico brasileiro. 

Em entrevista ao LeiaJá, Vera ponderou a necessidade dos trabalhadores se organizem para “decidir sobre os destinos da economia e da política do país”, fazendo com que o Estado e a democracia sejam deles. Além disso, colocou-se como crítica ávida ao “capitalismo e o lucro dos empresários que não pensam na população”. 

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“A primeira tarefa para solucionarmos vários dos problemas que vivemos no Brasil, como a precariedade na saúde, no saneamento básico, no transporte público, seria o não pagamento da dívida pública que hoje leva quase 50% do orçamento da união”, pregou a sindicalista sapateira, de 50 anos.

Na linha de frente das propostas apresentadas pela presidenciável, também há a defesa para que a polícia seja desmilitarizada e a população autodefensora; as reformas feitas no país desde o governo de Fernando Collor revogadas; e a jornada de trabalho reduzida, como forma de ampliar as vagas de emprego no país.

“É importante também que a gente reestatize empresas para que elas sejam colocadas a disposição dos trabalhadores. Com isso garantirmos que todo mundo tivesse acesso ao trabalho, hoje temos mais de 20 milhões de desempregados no Brasil em uma sociedade onde tudo é comprado e tudo é vendido. Retira das pessoas a condição dela sobreviver. A redução da jornada de trabalho garante o pleno emprego. No sistema capitalista isso é impossível”, salientou a presidenciável, que disputará o pleito tendo como vice na chapa o militante do movimento negro, Hertz Dias.

Indagada se entre as suas propostas defenderia a revogação das reformas realizadas no governo do presidente Michel Temer (MDB), Vera disse que se assumisse o comando do país teria que “revogar imediatamente todas as reformas” porque, segundo ela, “todos os governos que passaram por este país fizeram reformas e todas elas foram no sentido de atacar os trabalhadores”. 

“A previdência que Temer queria jogar a pá de cal agora, em sendo reformada desde Itamar, passou pelo governo Lula e agora Temer tentou, ainda não fez, mas vai continuar tentando. A reforma trabalhista, não é apenas a de Temer, mas também a do governo Dilma que, por exemplo, dificultou o acesso dos trabalhadores ao PIS e ao seguro desemprego. No mesmo viés também vai a anulação das reformas do governo Temer e todas que retiraram o direito dos trabalhadores”, ponderou Vera. 

Segurança pública

Na pauta da chapa, a segurança pública também é uma das temáticas em alta. Vera ressalta que os mais atingidos como os índices crescentes de violência no país são negros e pobres. Para a pré-candidata, é necessário desmilitarizar a polícia e fazer com que a população se autodefenda. 

“Defendemos que pessoas se organizem em conselhos ou assembleias, para discutir a melhor forma de garantir a segurança dos locais onde moram e fariam isso com uma polícia unificada e que não fosse militarizada como é hoje, a polícia entra nas periferias e as pessoas tem medo. Em um bairro pobre, onde a maioria é negra, se tem medo da polícia, de sair na rua e encontrar com a polícia, o trabalhador tem que provar logo que não é bandido. Essa violência existe e é fato. Na classe trabalhadora mais empobrecida é uma realidade constante”, lamentou.  

De acordo com Vera, “a desmilitarização diminuiria a violência sim” porque o “monopólio dela é do Estado”. “A classe dominante é extremamente organizada. Ela cria as leis no Congresso de corruptos e sanciona por Executivos e governos corruptos, tem as leis sendo aplicadas por uma Justiça que não é nossa e tem um braço armado, que tem o monopólio de encarcerar e matar. Quem tem o monopólio das armas é o Estado. Do lado de cá as pessoas morrem, são assassinadas, violentadas, torturadas, encarceradas, apanham e morrem. Elas têm que ter o direito de se autodefender da polícia, dos ladrões e das próprias milícias”, disse.

Solução não está nas eleições

Na lista de fundadores do PSTU e apesar de candidata, Vera Lúcia acredita que a solução para o país não está nas eleições. “A democracia que vivemos é de rico, para pobre é ditadura. O PT, PCdoB e PSOL sabem disso e querem passar para sociedade que teremos os nossos problemas resolvidos com a eleição, mas isso não é verdade, porque se fosse não teríamos problema nenhum”, cravou. 

“Estamos chamando os trabalhadores a se rebelarem contra isso e se organizarem nos seus locais de trabalho, estudo e moradia, de forma que possam construir uma nova sociedade. Precisamos fazer uma revolução neste país e transformá-lo. Queremos construir um outro sistema e isso não se dá através das eleições, mas da luta”, completou a presidenciável. 

Os candidatos a prefeito do Recife João Paulo (PT) e Geraldo Julio (PSB) além de polarizar nas intenções de votos também dividem a atenção diante do sentimento do eleitorado. De acordo com um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, os dois são apontados como os mais admirados, confiáveis e indicados como opção para “construir um futuro melhor” para a capital pernambucana. 

Quando o IPMN indagou sobre qual dos oito candidatos sé o mais indicado para melhorar o futuro do Recife, 26,6% apontaram João Paulo e 25,8% Geraldo. O candidato Daniel Coelho (PSDB) aparece com a preferência de 6,1%, Priscila Krause (DEM) 4,5%, Edilson Silva (PSOL) 1,3% e Pantaleão (PCO), Simone Fontana (PSTU) e Carlos Augusto com 0,2% cada. O maior percentual, entretanto, é dos entrevistados que pontuam nenhum deles como opção para a pergunta, 31,6%.

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No quesito confiança, João Paulo aparece com 22,4% e Geraldo 21,2%. Daniel Coelho é confiável para 5,3%; Priscila, 2,7%; Edilson 0,5% e Pantaleão 0,2%. Já 46,5% disseram que nenhum dos oito era confiável. 

Aferindo a admiração, o petista foi citado por 25% dos entrevistados enquanto o socialista por 22%. O tucano é admirado por 5,6% dos recifenses enquanto Priscila tem 3,4% de admiração. O psolista foi mencionado por 0,5%, Pantaleão 0,3% e Simone 0,2%. Em contraponto,  42,1% disseram não admirar nenhum dos mencionados. 

Ao abordar estas questões o IPMN inovou nesta edição da pesquisa. As indagações eram apresentadas a população com um foto de cada concorrente. 

O Instituto foi a campo nos dias 24 e 25 de agosto para ouvir 624 pessoas. A pesquisa foi registrada no dia 23 de agosto no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com o número PE-03829/2016. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em quatro pontos percentuais. 

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