Após muita polêmica e protestos, ocorre nesta terça-feira (13) a eleição para presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros dos Recife e Regiões Metropolitanas (STTREPE). Estão disputando o cargo o atual presidente do sindicato, Patrício Magalhães (Chapa 1, Situação); o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Carlos Torres (Chapa 2, Oposição); e o representante do CSP Conlutas, Benilson Custódio da Silva (Chapa 3, Oposição).
O processo será realizado através de sistema eletrônico. Serão 14 pontos de votação, abertos das 4h até meia-noite de amanhã. Estão aptos a votar 3.402 trabalhadores da categoria, formada por cerca de 12 mil funcionários.
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A eleição chegou em estágio crítico quando Patrício Magalhães, presidente do sindicato por 33 anos, abriu um edital de eleição em janeiro com apenas um dia de inscrição, não oferecendo possibilidade de outras chapas fazerem o cadastro. Casos de assédio moral e ameaças também foram denunciados pelas oposições.
Por conta disso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi convocado para gerenciar o processo eleitoral. O órgão terá representantes na mesa receptora e irá fazer a apuração e totalização dos votos. Além do MPT, policiais militares estarão situados nos locais de votação realizando a segurança.
Para votar, os trabalhadores devem apresentar documento oficial com foto. A apuração começará logo após o encerramento da votação. A expectativa é que o resultado do pleito seja divulgado às 2h da quarta-feira (14).
Confira as principais propostas de cada chapa:
Patrício Magalhães, Chapa 1:
- Continuidade do que se faz no sindicato atualmente;
- Integração nacional de campanha salarial;
- Intensificar o trabalho junto aos empregados;
- Combater o monopólio das empresas de transporte coletivo.
Roberto Carlos Torres, Chapa 2:
- Reajuste salarial;
- Auxílio alimentação de R$ 300 (atualmente é R$ 175)
- Equiparação dos salários dos manobreiros (funcionários responsáveis por fazer a limpeza, estacionamento, troca de óleo dos ônibus);
- Exigência de mais segurança para os rodoviários em dias de partida de futebol na capital;
- Exigência de implantação de relógio de ponto na garagem;
- Redução da carga horária;
- Redução do tempo de mandato do presidente do sindicato para três anos (atualmente são cinco anos);
- Programa de conscientização para os usuários de ônibus.
Benilson Custódio da Silva, Chapa 3:
- Reajuste salarial;
- Reintegração de funcionários demitidos;
- Redução do tempo de mandato do presidente do sindicato para quatro anos;
- Criação de departamento de formação sindical, oferecendo cursos de política aos rodoviários;
- Reajuste do auxílio alimentação (a proposta pedida em 2013 foi de R$ 300);
- Assistência psicológica;
- Criação de departamento de cultura e esportes;
- Fortalecimento do departamento jurídico.