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Os partidos políticos e as federações partidárias têm até esta sexta-feira (5) para realizar suas convenções e escolher os candidatos e candidatas que disputarão um cargo eletivo nas eleições deste ano, bem como para decidir sobre a formação de coligações.

Este ano, as 34 legendas políticas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram liberadas para realizar suas reuniões nacionais a partir de 20 de julho. Conforme estabelece o Calendário das Eleições 2022, após definir os nomes que disputarão a um cargo, os partidos, federações e coligações terão até o dia 15 de agosto para solicitarem o registro das candidaturas. No caso de federações partidárias, a convenção deve ocorrer de forma unificada, com a participação de todos os partidos integrantes.

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Até a manhã desta quinta-feira (4), apenas quatro candidatos à Presidência da República tinham registrado suas candidaturas no TSE: Felipe D´Avila (Novo); Léo Péricles (Unidade Popular-UP); Pablo Marçal (Partido Republicano da Ordem Social-Pros) e Sofia Manzano (Partido Comunista Brasileiro-PCB). Seus vices são, respectivamente: Tiago Mitraud; Samara Martins; Fátima Pérola Neggra e Antonio Alves.

Mais de 156,45 milhões de eleitores e eleitoras estão aptos a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. A possibilidade de coligações entre partidos só se aplica à disputa pelos chamados cargos majoritários (ou seja, aqueles em que fica com a vaga o candidato que tiver mais votos, caso da escolha para presidente, governador, prefeito e senador), não valendo para as eleições proporcionais (deputados).

Propaganda eleitoral

A propaganda eleitoral somente será permitida a partir do dia 16 de agosto. Consequentemente, já a partir do próximo sábado (6), as emissoras de rádio e de televisão estarão proibidas de fazer proselitismo político, não podendo dispensar tratamento privilegiado a qualquer candidato ou partido.

As emissoras de rádio e tv também não poderão transmitir, mesmo que sob a forma de material jornalístico, entrevistas sobre intenção de voto que permitam a identificação dos eleitores. E também não poderão divulgar nomes de programas associados a candidaturas ou mesmo atrações com “alusão ou crítica a candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos”.

Em nota divulgada ontem (3), o TSE destacou que o Código Eleitoral veda propagandas alusivas a “processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes; bem como que provoquem animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis; incitamento de atentado contra pessoa ou bens; instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública e que implique oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza”.

Montagem/LeiaJáImagens/Alepe/Agência Brasil/Reprodução Instagram

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Esta quarta-feira (16), último dia para a realização das convenções partidárias, será movimentada no Recife. Isto porque, cinco pré-candidatos terão os nomes oficializados para a disputa pelo comando da capital pernambucana. 

Durante a manhã, às 10h, o Partido Social Cristão (PSC) confirma a postulação do deputado estadual Alberto Feitosa. O vice dele será o pastor Wellington Carneiro, do Patriota. Além do PSC e Patriota, Feitosa também tem no seu palanque o Democracia Cristã (DC). A convenção será presencial, na Faculdade Alpha, em Santo Amaro. Segundo a assessoria de imprensa de Feitosa, protocolos de prevenção à Covid-19 serão obedecidos. 

Com início também a partir das 10h, o PT oficializará, em convenção virtual, a candidatura da deputada federal Marília Arraes à PCR. A petista vai liderar a coligação chamada 'Recife Cidade Inteligente', composta também por PSOL PTC e PMB. O vice da chapa de Marília será o advogado João Arnaldo (PSOL), ex-superintendente do Ibama. 

Já à tarde, será a vez do Democratas confirmar o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, como candidato ao pleito. O evento será às 16h, no Mar Hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e deve obedecer protocolos sanitários para evitar a proliferação do coronavírus. Mendonça ainda não teve o vice anunciado. Conversas de bastidores apontam que o nome deve vir do PSDB, mas também já há rumores de que a chapa - também composta por PTB e PL - poderá ser puro sangue do DEM, com a indicação da deputada estadual Priscila Krause para o posto. 

A delegada Patrícia Domingos (Podemos) também terá a candidatura homologada nesta quarta. A convenção da legenda será às 17h, no restaurante Catamarã, localizado no Bairro de São José, área portuária do Recife. O evento, que acontece conjuntamente com o Cidadania, contará com os pronunciamentos da delegada e do deputado federal Daniel Coelho, que é presidente estadual do Cidadania e desistiu da postulação para a apoiar Patrícia, chamado por ele de "o novo" no Recife. O partido do deputado deve indicar o vice, o empresário Zé Neto e o produtor cultural Léo Salazar são cogitados.

Por fim, às 18h, o PSL vai oficializar a candidatura do o advogado Carlos Andrade de Lima para prefeito do Recife. A chapa será puro-sangue e terá a psicóloga Rosaly Almeida para a vice. O evento será realizado no formato drive-in, em Boa Viagem.

Outros três candidatos à Prefeitura de São Paulo foram confirmados em convenções realizadas ontem na capital. Em uma convenção que ocorreu em um sistema de drive-thru, em espaço público, o Novo oficializou Filipe Sabará. Em eventos que explicitaram a fragmentação da esquerda, o PCdoB confirmou a candidatura do deputado federal Orlando Silva e o PSOL formalizou a candidatura de Guilherme Boulos.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) terá como vice a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) e a economista Marina Helena, egressa do governo do presidente Jair Bolsonaro, será a companheira de chapa de Sabará. O PCdoB, que lança um candidato à Prefeitura pela primeira vez desde a redemocratização, ainda não definiu a candidatura a vice na chapa encabeçada por Orlando Silva.

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Em razão da pandemia do coronavírus, os filiados do Novo depositaram seu voto na chapa (que não tinha adversário) sem sair do carro, no estacionamento da Câmara Municipal. Sabará, ex-secretário de João Doria (PSDB) no Executivo Municipal e ex-presidente executivo do Fundo Social do governo, não poupou críticas ao atual governador do Estado - cujo partido vai lançar o prefeito Bruno Covas como candidato à reeleição. Sabará afirma ser um liberal conservador e que essa visão política era o que permeou as campanhas que levaram Doria à Prefeitura e ao governo do Estado. Mas, segundo o pré-candidato, o tucano teria abandonado essa visão após eleito. Ele ressaltou posicionamentos críticos do governador ao presidente Jair Bolsonaro.

"Começou com o IncentivAuto. Um incentivo para um setor específico (automotivo), dentro da cartilha do liberalismo, não é interessante. Depois, um ataque a um presidente que ele tinha acabado de se vincular para ser eleito, gratuitamente. Muito antes da pandemia, ele começou a atacar: atacou o discurso do (Jair) Bolsonaro na ONU, atacou várias outras coisas do Bolsonaro antes da pandemia", disse. "Doria me frustrou e frustrou os eleitores dele porque não tem demonstrado um viés liberal" e falou também que "a social-democracia (de Doria) se mostrou um socialismo pintado de rosa".

Ex-ministro dos Esportes de 2006 a 2011, entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Orlando Silva - que também foi vereador em São Paulo - está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados e enfrenta a primeira eleição para um cargo no Executivo. O PCdoB tem tradicionalmente apoiado candidaturas do PT na maior parte dos pleitos municipais desde a redemocratização. "O prefeito de São Paulo tem uma missão a cumprir. Não precisa ser amigo nem inimigo do presidente da República nem do governador para fazer a cidade ser respeitada", disse Orlando, sobre suas diferenças políticas com Bolsonaro e Doria.

Ataques ao governo Bolsonaro e às gestões tucanas de Doria e Covas também marcaram o lançamento da candidatura de Boulos. A convenção que homologou as candidaturas foi realizada em um campo de futebol na comunidade do Morro da Lua, em Campo Belo, na Zona Sul da cidade. Boulos destacou em sua fala que só um dos quatro hospitais de campanha abertos em São Paulo fica na periferia. Boulos também aproveitou para alfinetar o pré-candidato Marcio França (PSB), que foi vice do governador tucano Geraldo Alckmin. "Quem vai representar os tucanos não é um só. Tem o candidato oficial, Bruno Covas, mas tem um monte que foi tucano a vida toda, foi vice do Alckmin e está escondendo o bico agora", afirmou.

Procurado pela reportagem, Palácio dos Bandeirantes enviou uma nota assinada pelo presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi, para rebater as declarações do candidato do Novo: "Os meses fora da atual gestão estadual demonstram que Filipe Sabará contraiu amnésia eleitoral com pitadas de oportunismo. Uma semana antes de deixar o governo de São Paulo, Filipe agradeceu publicamente ao governador Doria por, segundo ele, ser seu grande mentor político."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A candidatura à reeleição do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, foi confirmada pelo DEM na segunda-feira (31), durante convenção no Palácio Garibaldi.

Greca busca seu terceiro mandato. Na vice, são cotadas a ex-governadora Cida Borghetti e a deputada estadual Maria Victória (Progressistas), que é filha de Cida.

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O Novo formalizou, em convenção virtual, a chapa encabeçada por João Guilherme de Moraes com Geovana Conti na vice. O PV lançou Renato Mocellin à prefeitura da capital paranaense.

No primeiro dia de convenções partidárias, três legendas confirmaram nesta segunda-feira (31) seus candidatos à eleição municipal de São Paulo. Numa reunião que só foi anunciada no dia anterior, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) criticou até o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu aliado político e amigo pessoal. Embora o governador tucano não tenha sido citado diretamente, o evento de lançamento do ex-ministro Andrea Matarazzo (PSD) teve discursos que lembraram que, se eleito, o candidato não deve sair no meio do mandato para tentar outro cargo. Eleito em 2016, Doria deixou o posto há dois anos.

A terceira convenção de ontem foi do PRTB, que confirmou Levy Fidelix como candidato. Concorrendo pela quinta vez à capital paulista, Fidelix aposta na atuação do vice-presidente Hamilton Mourão, do seu partido, como cabo eleitoral. Mourão não compareceu à convenção do partido.

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A candidata do PSL surpreendeu ao criticar publicamente o governador Doria. "João Doria não foi prefeito. Ele só deu uma passadinha. Foi mais marqueteiro do que prefeito e deixou uma nulidade que é o Bruno Covas", afirmou.

Doria não foi o único alvo de Joice na entrevista coletiva que deu após a convenção do seu partido, que aconteceu de forma virtual. Sobre o eventual retorno do presidente Jair Bolsonaro ao PSL, possibilidade discutida nos círculos bolsonaristas, a deputada condicionou a reaproximação a um pedido público de desculpas. "Por que o presidente Bolsonaro quer voltar ao PSL? Qual a intenção? É para construir ou para destruir? É para fazer uma intervenção inquisidora? Se for para isso, que fique onde está. Se ele vier para construir, que peça desculpas públicas a quem ele tentou destruir. Não adianta pedir desculpa no privado".

Joice também mirou os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. "Não quero sentar ao lado de alguém que fez "rachadinha", que é eufemismo para corrupção", afirmou.

A convenção do PSL foi a primeira da capital paulista e aconteceu de forma virtual. O evento só foi divulgado no fim de semana e pegou de surpresa até aliados da parlamentar.

Vice

Deputada federal mais votada, a jornalista obteve 1.078.659 votos por São Paulo, ficando atrás apenas de Eduardo Bolsonaro, que fez 1.843.715. Sobre seu candidato a vice, Joice disse que está dividida entre nomes, todos do PSL: o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, o empresário Ivan Sayeg Leão e Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal de Bolsonaro.

Matarazzo já foi à convenção com o nome da vice escalado: a deputada estadual Marta Costa (PSD),que foi vereadora por três mandatos tendo como base o eleitorado da Assembleia de Deus. Seu nome é um aceno ao eleitorado conservador que Matarazzo também buscará na eleição. Em seu discurso, Marta citou Deus e a Bíblia por duas vezes. "A Bíblia diz que, quando o justo governa, o povo se alegra. Mas quando o ímpio (cruel) governa, o povo geme".

Presidente do PSD, Gilberto Kassab falou por duas vezes na convenção, que foi transmitida pela internet por causa da pandemia do coronavírus, e saiu antes que os jornalistas fizessem perguntas. Ele está afastado da Secretaria Estadual da Casa Civil do governo estadual desde janeiro do ano passado após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, acusado de ter recebido propinas da J&F entre 2010 e 2016, quando era prefeito. Ele nega as acusações.

Ao atender jornalistas depois da convenção, Matarazzo disse que as acusações contra o ex-prefeito não serão um problema para sua campanha. "Conheço o Kassab há 50 anos." No discurso que o oficializou candidato, citou o combate à corrupção como uma das ações prioritárias. A campanha também deve destacar que Matarazzo conhece particularidades de diversos bairros da cidade.

Ao falar com os correligionários, que participaram da convenção pela internet, Kassab prometeu aos eleitos que, se quiserem, terão apoio da legenda para, já em 2022, se lançarem deputados federais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As convenções partidárias que vão definir as chapas de prefeito e vice-prefeito e vereadores nas eleições deste ano terão início hoje. Em São Paulo, o PSL vai anunciar a candidatura da deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e o PSD oficializa o nome de Andrea Matarazzo. Maior cidade do País, a capital paulista tem até o momento 17 pré-candidatos a prefeito.

A realização da convenção do PSL foi confirmada ontem pelo deputado Júnior Bozzella, presidente estadual do partido e coordenador da campanha de Joice. A decisão, no entanto, surpreendeu até o entorno da deputada. Bozella optou por uma convenção "discreta e barata" para oficializar a candidata. A ideia de acelerar a oficialização da candidatura foi blindar Joice contra movimentos internos do PSL bolsonarista.

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O anúncio da deputada como candidata à Prefeitura se dá no momento em que a sigla retoma conversas com o presidente Jair Bolsonaro, que deixou o partido em novembro do ano passado. "Continuamos crescendo nesse período, isso mostrou que o partido tem uma independência, uma luz própria", disse Bozella ao Estadão.

A vaga de vice da chapa continua aberta. Marcos Cintra, ex-secretário da Receita do governo Bolsonaro, chegou a ser cogitado para o cargo, mas vai assumir a coordenação do plano de governo da candidata. O economista de 74 anos foi demitido por Bolsonaro em setembro do ano passado. "Abriu essa vaga para mais uma pessoa que possa vir a somar. Deixamos possibilidades como os partidos DC, PMB e PTC", afirmou Bozella.

Assim como o PSL, o PSD vai realizar um evento presencial para oficializar a candidatura de Andrea Matarazzo à Prefeitura - por causa da pandemia da covid-19, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu que os eventos sejam realizados virtualmente. "O principal problema da cidade é o prefeito ou a falta de um prefeito que tenha experiência, competência, compromisso com a cidade, que saiba definir as prioridades", disse Matarazzo.

O prazo para que os diretórios municipais das agremiações realizarem as convenções vai até o dia 16 de setembro. O Republicanos adiou para a data limite a convenção para oficializar a pré-candidatura do deputado federal Celso Russomanno.

O adiamento da convenção para o último dia permitido pelo TSE foi anunciado na semana passada pelo partido. Isso dá tempo para o andamento das articulações para que Russomanno defina qual vai ser seu papel na disputa: se vai encabeçar uma chapa, desistir de concorrer ou mesmo ser vice do atual prefeito Bruno Covas (PSDB) ou do ex-governador Márcio França (PSB), com quem também negocia.

Entre os chamados nanicos, o PRTB também programou evento hoje para confirmar a candidatura de Levy Fidelix, presidente nacional da sigla - que tem como principal representante o vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

O grande número de pré-candidaturas majoritárias é considerado um reflexo da proibição das coligações em eleições proporcionais. Candidatos a prefeito que concorrem pelo sistema majoritário continuam podendo formar alianças com outros partidos, mas vereadores ficam impedidos. A medida foi aprovada em 2017 e passa a valer este ano.

As coligações permitiam que partidos pequenos se unissem para, juntos, terem mais chances de atingir o quociente eleitoral.

O fim das coligações também diminui o poder dos "puxadores de voto", candidatos que acabavam distorcendo o sistema proporcional ao alcançar uma quantidade muito grande de votos e eleger colegas com votações bem menores.

Como efeito prático, partidos pequenos terão mais dificuldades para conseguir eleger vereadores. Por isso, as siglas devem lançar uma quantidade expressivamente maior de candidatos ao Executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em decisão unânime, o TSE autorizou nesta quinta-feira, 4, que as convenções partidárias para as eleições municipais de 2020 sejam realizadas por meio virtual. A medida, definida após uma consulta feita pelo deputado federal Hiran Manuel (PP-RR) sobre o tema, se deu em resposta ao cenário imposto pela pandemia do novo coronavírus.

Momento importante no calendário eleitoral, as convenções são reuniões de filiados e delegados das siglas para a oficialização de candidaturas e alianças, e serão realizadas entre o dia 20 de julho e 5 de agosto - apesar da pandemia, o calendário está mantido.

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O TSE também definiu que os partidos poderão usar a ferramenta tecnológica que julgarem mais adequada. O relator, ministro Luis Felipe Salomão, reforçou que as convenções devem seguir as regras já previstas na lei, e propôs que o TSE crie um grupo de trabalho focado na questão das convenções virtuais. A proposta contou com aval do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. O órgão vem mantendo as datas do calendário eleitoral, e a possibilidade de adiar o pleito municipal de 2020 segue indefinida. Barroso admite a possibilidade de adiar as votações até dezembro, mas descarta prorrogar mandatos.

Como a data de realização das eleições é determinada pela Constituição Federal, a aprovação de uma eventual nova data para as eleições cabe ao Congresso Nacional, por meio de um Projeto de Emenda à Constituição (PEC).

O PSTU realizará na noite de hoje (20), 19h, na capital paulista sua convenção partidária para oficializar o nome de Vera Lúcia como candidata do partido à Presidência da República e de Hertz Dias como vice da chapa. A convenção, segundo a legenda, contará com representantes de várias categorias de trabalhadores, como metroviários, professores e metalúrgicos, e também com movimentos sociais.

O partido não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais. 

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Após quatro campanhas com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), o PSTU indicará Vera Lúcia para as eleições presidenciais em outubro. Operária sapateira com trajetória no movimento sindical e popular, Vera Lúcia, 50 anos, nasceu no sertão pernambucano e se mudou ainda criança para Aracaju com a família fugindo da seca. Na capital sergipana, trabalhou como garçonete e datilógrafa antes de começar a trabalhar na fábrica de calçados Azaleia, onde iniciou a militância sindical. É formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e se dedica atualmente à formação política de ativistas.

Hertz Dias é maranhense e desde muito cedo se envolveu com o movimento hip hop. É o fundador do Movimento Quilombo Urbano, que une o rap e a militância política em defesa dos direitos dos jovens negros da periferia. Hertz é também professor da rede pública de ensino.

Ainda com o cenário das coligações indefinido, os partidos políticos iniciam nesta sexta-feira (20) as convenções nacionais que vão decidir os candidatos à Presidência da República, nas eleições de outubro. Os nomes dos candidatos a presidente e a vice têm que ser aprovados nas convenções até 5 de agosto e registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de agosto.

Neste momento, há 18 pré-candidatos, mas esse número já foi superior a 20 - alguns desistiram no meio do caminho, outros foram barrados pelos partidos políticos. O total de candidatos poderá ser menor, já que alguns partidos, como o DEM, o SD e o PCdoB, estão sendo provocados a desistir da candidatura própria para apoiar chapas mais competitivas.

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O quadro de indefinição, segundo o cientista político Leonardo Barreto, se deve a fatores diversos, começando pelo fato de o Palácio do Planalto não estar influenciando o processo eleitoral. "Quando o Executivo está forte, tentando a reeleição ou fazer o sucessor, a tendência é que a coligação governista seja reproduzida, a oposição se organize e até surja a terceira via. Neste ano, o governo não tem um candidato forte nem colocou peso no candidato da oposição. Isso levou à pulverização de candidaturas", argumentou.

Neste cenário com vários candidatos, avaliou Barreto, até agora nenhum nome empolgou nem se apresentou como favorito, o que cria dificuldades para os partidos se posicionarem, pois todos querem apostar em alguém com chances de vitória. Além disso, os partidos querem ter claro o papel que exercerão no futuro governo. "Todos esses fatores levam ao quadro de barata voa nas convenções", afirmou.

Articulações

Três partidos - PDT, PSC e PCB - têm reuniões marcadas para esta quinta-feira. Em Brasília, os convencionais do PDT e do PSC vão decidir se confirmam as candidaturas de Ciro Gomes e Paulo Rabello de Castro, respectivamente. Ciro e Rabello ainda não têm nomes para vice. O PCB se reunirá no Rio de Janeiro, mas não terá candidato próprio na eleição presidencial de outubro.

Amanhã, será o dia de PSOL, PMN e Avante realizarem suas convenções. PMN e Avante tendem a não ter candidaturas próprias, enquanto o PSOL deve confirmar a chapa Guilherme Boulos e Sônia Guajajara. Domingo (22), o PSL se reúne no Rio de Janeiro para debater a candidatura do deputado Jair Bolsonaro, as alianças possíveis e o nome do vice.

Conforme Barreto, a partir das convenções, as articulações políticas para formação das alianças nacionais deverão se afunilar, com vantagem para os maiores partidos que têm "mais meios de troca". Ou seja, as negociações vão levar em conta o tempo de televisão que pode ser agregado nas disputas estaduais, os recursos para finaciamento das campanhas, as bancadas de deputados federais e estaduais e o total de prefeitos, que são cabos eleitorais decisivos nas eleições.

A quatro dias do início das convenções partidárias que definirão os candidatos à Presidência da República, o cenário de indefinição persiste na grande maioria das pré-campanhas. Presidenciáveis ainda negociam alianças e nenhuma das candidaturas consideradas competitivas, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de voto, conseguiu definir o candidato a vice na chapa.

A análise de políticos e cientistas políticos converge num ponto: vivemos uma eleição atípica, com um xadrez político bastante pulverizado - reflexo do desgaste dos principais partidos e da polarização PT-PSDB.

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Outros elementos apontados são a falta de poder de aglutinação do governo federal e a diminuição dos recursos para as campanhas com o fim do financiamento empresarial. Neste quadro, partidos e pré-candidatos têm deixado a definição das articulações para a última hora.

Momento importante do calendário eleitoral, as convenções são reuniões de filiados e delegados das siglas para a oficialização das candidaturas e alianças partidárias.

O PDT será a primeira legenda grande ou média a realizar convenção, na sexta-feira, quando vai anunciar a candidatura de Ciro Gomes. O ex-ministro e ex-governador do Ceará negocia um arco de alianças que vai do PCdoB ao DEM (incluindo agremiações do chamado Centrão, como PP e Solidariedade). Não deve ser anunciado, porém, nenhum acordo partidário nem o companheiro de chapa de Ciro.

"No dia 20, vamos fazer nossa convenção e anunciar a candidatura do Ciro. Se tiver novidade até lá, ótimo. Se não, deixaremos delegados à executiva os poderes para definir (coligações e o cargo de vice)", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.

O complexo cenário eleitoral fez com que, além de Ciro, outras pré-candidaturas mais bem posicionadas nas pesquisas em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) - ainda não tenham fechado acordos para postulantes a vice. O PT insiste em Lula, condenado e preso na Lava Jato, embora o ex-presidente esteja potencialmente enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O partido deverá protelar ao máximo o anúncio de eventual "plano B".

A maior parte das siglas (PSDB, Rede, MDB, Podemos e Novo) deixou as convenções para 4 de agosto, véspera do prazo final. O PSB fará a reunião na data-limite: 5 de agosto.

A mais recente pesquisa Ibope mostrou que a "taxa de alienação", que considera a soma de abstenções com votos em branco e nulos, alcançou 41%. Essa indefinição é considerada inédita a cem dias das eleições desde a redemocratização. Para especialistas, esse fenômeno influencia a escolha do vice, já que ainda não há uma definição clara entre os políticos dos perfis que o eleitorado procura.

'Incertezas'

"A questão do vice está muito ligada ao tempo de TV e à aliança nos Estados. Desta vez, além disso, temos um eleitorado que está tendendo aos extremos. Acredito que os candidatos estejam procurando vices que, além dos benefícios de tempo de TV, agreguem algo à preferência do eleitor. Agora, incertezas geram incertezas", disse o cientista político da PUC Minas Malcon Camargo.

Para Carlos Melo, do Insper, os "partidos estão em compasso de espera". "Vivemos um momento atípico. Uma crise complicada, com os principais partidos em um momento de muito desgaste. O governo federal não tem poder de aglutinação. Não estamos divididos entre situação e oposição, porque o governo é fraco e desgastado. E deixa a oposição um pouco perdida", disse. "Ainda tem o caso do Lula, que provavelmente não será candidato, mas está na narrativa do PT. Isso causa uma indefinição muito grande."

Nesse aspecto, há negociações que abrangem espectros políticos bem diferentes. O PR articula aliança em conjunto com o Centrão ou pode fazer dobradinha com o PT ou o PSL de Bolsonaro. Por enquanto, o PSOL, que fará convenção no sábado, é o único que definiu uma chapa pura para o Planalto: Guilherme Boulos e a indígena Sonia Guajajara. O PCdoB vai decidir entre os dias 21 e 23 a estratégia. Estão na mesa três propostas: a manutenção da candidatura de Manuela d'Ávila, apoio ao nome do PT ou aliança com Ciro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir do próximo dia 20 inicia o prazo para as convenções partidárias, quando as candidaturas majoritárias e proporcionais são oficializadas pelos partidos. Nesta sexta-feira (13), o senador Armando Monteiro (PTB) anunciou que a convenção da frente das oposições "Pernambuco Vai Mudar" será no dia 4 de agosto, no Recife. A informação foi divulgada pelo petebista em entrevista a uma rádio de Petrolina, no Sertão pernambucano, onde cumpre agenda. 

Armando é pré-candidato da chapa a governador e ao lado dele está o deputado federal Mendonça Filho (DEM), pré-candidato ao Senado. As vagas de vice e senador devem ser preenchidas pelo PSC e PSDB, respectivamente. 

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"Vamos fechar essa chapa dentro de alguns dias com uma composição muito forte para que a gente possa realmente dizer a Pernambuco: olha o time está pronto, está escalado, nós vamos à luta e vamos ganhar a eleição", disse Armando, na entrevista.

Do outro lado, com a máquina na mão, o governador Paulo Câmara (PSB) pretende oficializar a disputa pela reeleição no dia 5 de agosto, último dia do prazo para as convenções, durante o Congresso Estadual do PSB. A legenda lidera a chamada Frente Popular de Pernambuco. 

O ato, publicado nesta sexta no Diário Oficial, será no Clube Internacional do Recife, na área central da capital pernambucana, às 9h. Até lá, Paulo espera ter fechado a eventual aliança com o PT e mantido outros partidos considerados essenciais para o seu palanque, como o MDB. 

O apoio do PT dependerá de uma aliança nacional do PSB em prol da candidatura à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aliança tem enfrentado resistência tanto entre petistas quanto os socialistas. A definição deve sair no fim de julho. 

Já o MDB, enfrenta questões judiciais sobre o comando da direção, caso o comando seja mantido com o atual presidente e vice-governador Raul Henry o partido permanecerá na Frente Popular.

O PSDB definiu nesta sexta-feira, 18, as datas para as convenções nacional, estaduais e municipais. De acordo com o site do partido, o principal evento deve acontecer em 9 de dezembro. Já as convenções estaduais serão feitas em 11 de novembro e as municipais, entre 1º e 15 de outubro.

No encontro nacional, será definida uma nova executiva para o partido. No momento, ele é comandado interinamente pelo senador Tasso Jereissati (CE), já que Aécio Neves (MG) está licenciado do cargo desde maio, quando foi atingido pelos áudios da JBS.

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O partido vai organizar também uma reunião com os presidentes de diretórios estaduais em dia 24 de agosto, na sede da Executiva do partido, em Brasília, para tratar das convenções e também da conjuntura política nacional.

Ao som de maracatu, militantes, olindenses e apoiadores da candidatura de Izabel Urquiza (PSDB) à Prefeitura de Olinda começam a chegar no Clube Atlântico de Olinda, no bairro do Carmo. A convenção que homologa a candidatura de Izabel irá contar com a presença do ministro das Cidades, Bruno Araújo. 

Pelo PSDB disputarão uma vaga na Câmara Municipal cerca de 25 pré-candidatos. Um deles, Getúlio Cavalcanti (PSDB) afirmou que Olinda precisa de mudanças. "Nós do PSDB achamos que deve haver mudanças. Izabel é a única candidata que faz oposição a essa gestão municipal. Os outros candidatos, de alguma forma, estão ligados com o PT e o PCdoB. É tudo farinha do mesmo saco. É o PSDB que deve ganhar para haver as mudanças que o povo tanto quer", disse.

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Ele ainda acrescentou que Izabel é filha de Olinda. "O município não pode ser administrado a quilômetros de distância. Além disso, há dezesseis anos o PCdoB está comandando a cidade, por isso, é preciso mudar", finalizou.  

O presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes e o ex-governador Joaquim Francisco também devem participar do ato.

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Diversos partidos aproveitaram o fim de semana para oficializar as chapas que vão disputar o comando de prefeituras pernambucanas. De acordo com os prazos delimitados pela Justiça Eleitoral, as convenções das legendas devem acontecer até a próxima sexta-feira (5). No sábado (30), além das oficializações para a disputa no Recife dos candidatos Priscila Krause (DEM), Carlos Augusto Costa (PV) e Geraldo Julio (PSB), este pela reeleição, também foram confirmadas outras postulações em cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR).

Em Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR) confirmou a participação na disputa. Em Paulista, foi a vez do ex-deputado estadual Severino Ramos (PTB) oficializar a candidatura; o prefeito Mário Ricardo (PTB) homologou a postulação para permanecer no comando da cidade de Igarrassu e Bruno Pereira (PTB) oficializou a participação neófita na corrida majoritária em São Lourenço da Mata.  

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No domingo (31), as convenções continuaram pelo estado. Além de Olinda, onde Teresa Leitão (PT) e Antônio Campos (PSB) deram largada  às candidaturas, em Arcoverde, no Sertão, Nerianny Cavalcanti (PTB), bateu o martelo na postulação. Em Paulista, o prefeito Júnior Matuto (PSB) confirmou a candidatura à reeleição e o ex-prefeito de Moreno, Vavá Rufino (PTB), marcou o retorno para a disputa pelo executivo municipal.

Ainda no fim de semana, o PSB homologou outras 23 candidaturas. Uma delas foi a o prefeito de Abreu e Lima, Marcos José, à reeleição.  

O presidente estadual do Partido Verde (PV) e pré-candidato à Prefeitura do Recife Carlos Augusto chegou, na tarde deste sábado (30), no Colégio Equipe, localizado na Torre, para homologar a candidatura da sua chapa. O pré-candidato, filiado ao PV há três décadas, chegou acompanhado pelo ex-candidato à Presidência da República Eduardo Jorge. A chapa será a “Puro-Sangue”, com o verde Jacques Ribemboim, engenheiro e professor, na vice. 

Na convenção, também serão homologadas 54 candidaturas para a Câmara, das quais 15 são mulheres. O partido espera ter candidatos em cerca de 70 municípios pernambucanos, entre prefeitos e vereadores.

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a todos os partidos ou coligações de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que se abstenham de realizar quaisquer condutas caracterizadas como propaganda política antecipada na realização das convenções partidárias. De acordo com a promotora de Justiça Eleitoral, Vivianne Monteiro de Menezes, a recomendação busca se antecipar a possíveis irregularidades nos eventos.

O MPPE recomendou que, até o dia 15 de agosto, os partidos e as coligações devem ficar atentos para as situações de eventual violação aos limites impostos à propaganda intrapartidária, voltada para os eventos de escolha dos nomes que vão compor as chapas. 

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“As mensagens ou discursos proferidos no âmbito das convenções não podem ser transmitidas ou veiculadas em meios de comunicação que atinjam o grande público, como emissoras de TV e rádio, internet, outdoors ou carros de som. E o uso de faixas e cartazes que aludam aos candidatos é proibido em locais que não sejam aqueles em que estejam sendo realizadas as reuniões partidárias”, detalha Vivianne Monteiro. 

A promotora lembrou ainda que o descumprimento dos limites apontados pelo MPPE podem motivar a aplicação de multa, em valores que vão de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

As convenções partidárias que definiram neste domingo (24) dois dos principais candidatos à Prefeitura de São Paulo amplificaram o clima de polarização que marca a política brasileira desde as eleições de 2014 e que culminou no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Ao lançar o empresário João Doria pelo seu PSDB, o governador Geraldo Alckmin, nome sempre lembrado para a disputa presidencial de 2018, afirmou que "os 13 anos do lulopetismo levaram o País a ser saqueado". "O PT quer vencer a eleição para se redimir e resolver seus problemas", disse.

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Em carta em apoio à reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT), Dilma afirmou que o "recrudescimento" de um "confronto entre forças democráticas e facções conservadoras resultou no golpe que tenta derrubar um governo legítimo". "O impeachment que tentam me infligir é um golpe contra o voto popular e, como tal, deve ser enfrentado", declarou a petista na mensagem a Haddad.

Doria oficializou sua candidatura em uma convenção sem a participação de tucanos históricos e que teve seu padrinho político Alckmin como protagonista. O candidato não esconde que sua campanha é a porta de entrada do governador na disputa ao Planalto em 2018.

Também participaram do ato dois ministros do presidente em exercício Michel Temer - Bruno Araújo (Cidades) e Alexandre de Moraes (Justiça). Sem citar nomes, o titular da Justiça disse que "o brasileiro da cidade de São Paulo não aguenta mais tanta corrupção, tanta incompetência e tanta falta de trabalho".

Dificuldade

Se Doria teve Alckmin ao seu lado, Haddad subiu ao palanque da convenção do PT com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da Operação Lava Jato e líder das principais pesquisas sobre 2018. A avaliação no PT é a de que a reeleição de Haddad representa a sobrevivência da legenda. "Esta, possivelmente, será a eleição mais difícil que a gente vai concorrer em São Paulo", disse o ex-presidente.

O mote da convenção petista foi o "Fora Temer". Lula citou o presidente em exercício ao agradecer a vice-prefeita de São Paulo, Nadia Campeão (PCdoB), que não vai participar da chapa à reeleição. "Se Temer tivesse se preocupado em olhar o comportamento da vice de São Paulo, certamente não teria dado o golpe", disse o petista.

Segundo Lula, padrinho de Haddad, o candidato petista "é mais conhecido que nota de dois reais". "O que não é conhecido são as maravilhas que ele fez pela cidade", afirmou o ex-presidente.

Outros

Também ontem convenções partidárias oficializaram as candidaturas de Celso Russomanno (PRB) e Luiza Erundina (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.

Após participar da Convenção do PT no Recife, nessa quinta-feira  (21), Humberto Costa (PT) irá participar da convenção do PT em Granito, que irá lançar o ex-presidente da Codevasf, João Bosco (PT), à prefeitura municipal. Após a homologação, o senador vai até Ouricuri onde tem encontro marcado com integrantes do partido.

No domingo (24), o parlamentar irá participar de outra convenção municipal, dessa vez, em Exu, no Sertão pernambucano. Lá, disputam o executivo e o legislativo, o vereador Jurandir Santos (PRB) e Francisco Brígido (PT), o Tiquinho, respectivamente.

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O senador ressalta que as agendas neste momento são imprescindíveis porque representam a defesa de um projeto que mudou o Brasil nos últimos 13 anos. “E que, agora, está ameaçado por um retrocesso democrático", afirmou.

O líder do PT também disse que é um momento para escutar a população. “Ouvir as demandas e ver no que a gente pode ajudar, além de um esforço significativo para reforçar as bases para as disputas municipais deste ano”, finalizou.

 

 

Um dos maiores apoiadores de João Paulo na corrida eleitoral pela prefeitura do Recife, o senador Humberto Costa discursou rapidamente sobre a importância da união política neste momento que o país vive, frisando que é preciso "construir um espírito de unidade política". Segundo ele, apenas dessa forma, será possível “devolver ao Recife o que lhe foi tirado”.

O líder petista traçou um panorama de como o Recife está sendo administrado, segundo sua avaliação. "O que vemos é uma cidade governada para uma minoria, para os ricos do Recife que tem limpeza urbana. O outro lado carece das necessidades básicas", criticou. Ele ainda reafirmou que o ato de hoje também é "uma mobilização contra o golpe", disse durante as convenções que oficializam a candidatura de João Paulo para prefeito e Silvio Costa Filho vice.

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Poder da argumentação 

Humberto ainda disse que para o resgate do Recife é preciso voltar os olhos para a população. O parlamentar finalizou seu discurso salientando que engana-se quem pensa que, no momento atual, as campanhas serão feitas através de verba. "Nesta campanha deverá ser usado poder da argumentação para conseguirmos a vitória com o objetivo de construir um recife melhor para todos", concluiu.

 

O deputado estadual, bispo Ossesio Silva (PRB) classificou, durante seu discurso no plenário, a coligação formada entre o PRB e PT como a "chapa da recuperação". Na ocasião, ele  e a vice-presidente estadual do PT, Teresa Leitão também fizeram críticas a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), afirmando que o Recife tem perdido muito. "Além de saúde, segurança, o Recife perdeu a dignidade do seu povo”, criticou.

Ossesio ainda disse que a cidade não pode continuar "refém" de uma gestão onde o povo sofre. "Por isso, denominamos está como a chapa da recuperação", ressaltou. "João Paulo e Sílvio Costa Filho são militantes antigos e com futuros promissores. Desejo que todos que estão aqui se engajem nesta luta com a certeza da vitória para recuperar esta cidade colocando o Recife no lugar de onde nunca deveria ter saído", finalizou.

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A deputada Tereza Leitão e pré-candidata à prefeitura de Olinda, que também compôs a mesa, definiu a chapa como vitoriosa. "Este desafio está à altura da nossa força e do nosso entusiasmo. Não fugiremos à luta. Vamos rumo à vitória", frisou.

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