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O filme Faroeste Caboclo, de Rene Sampaio, foi o grande vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, entregue nesta terça-feira (26), à noite, no Teatro Municipal do Rio. O longa, inspirado na música homônima de Renato Russo, ganhou sete troféus, incluindo o principal, de melhor filme; depois dele vieram Flores Raras, de Bruno Barreto, com quatro, e Serra Pelada, de Heitor Dhalia, com três.

O prêmio é realizado desde 2002 pela Academia Brasileira de Cinema e é considerado o Oscar brasileiro. Curiosamente, numa noite que tinha um prêmio novo e especial só para comédias, nenhum dos três se enquadra na categoria.

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As escolhas foram feitas por 200 sócios, representantes da indústria e críticos. O público votou para escolher melhor filme nacional, estrangeiro e documentário: ganharam Cine Holliúdy, Django Livre e Elena.

A noite foi de homenagem ao cineasta Domingos Oliveira, cujo primeiro filme, Todas as Mulheres do Mundo, de 1966, norteou o roteiro. Ele foi aplaudido de pé pelo Municipal ao fim da cerimônia e agradeceu dizendo que "tem recebido homenagens desproporcionais". "Não admito que ninguém diga que tem uma vida melhor do que a minha", brincou.

A paródia da música Faroeste Caboclo, da Legião Urbana, que conta a vida do apresentador Sílvio Santos, rendeu um processo para o empresário mineiro Pedro Guadalupe, idealizador da brincadeira que já foi assistida por mais de 170 mil pessoas no YouTube. A ação judicial partiu do filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, detentor dos direitos autorais do pai.

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A Legião Urbana Produções Artísticas, empresa que representa a família de Renato Russo, irá processar Guadalupe por danos morais e materiais. O vídeo já foi retirado do ar pelo mineiro após a produtora alegar violação de direitos autorais, mas outros usuários do Youtube já fizeram o upload da paródia.

Guadalupe deu entrevista nesta segunda (2) para o portal Adnews, e demonstrou surpresa com o caso. “Já havia ficado quando tiraram o vídeo do ar, mas a decisão deles é inadmissível. Principalmente por se tratar de uma empresa que cuida do legado de Renato Russo, um dos músicos responsáveis por difundir o sentimento de liberdade no Brasil pós-Ditadura Militar em suas músicas”, comentou ele durante a entrevista.

Este não é o primeiro incidente envolvendo o empresário mineiro e a família de Renato Russo. Há alguns meses, outra paródia feita por Guadalupe, desta vez sobre Lula e Dilma Rousseff, foi retirada do ar a pedido de Manfredini.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Legião Urbana Produções Artísticas disse ser contra a utilização das músicas tanto para elogiar quanto para depreciar alguém. “A obra de Renato não precisa de nada que não seja sua própria difusão”, afirmou a nota.

Baseado na canção homônima da banda Legião Urbana, o filme Faroeste Caboclo ganhou as telonas dos cinemas de todo o Brasil na última quinta (30). Estrelado por Fabrício Boliveira, Ísis Valverde e Felipe Abib, que interpretam respectivamente João de Santo Cristo, Maria Lúcia e Jeremias. Com uma verba de R$ 6 milhões, o longa usou a icônica música como inspiração para narrar a história do anti-herói sertanejo que segue em busca de uma melhora de vida na Capital Federal.

"O nosso grande desafio no começo do projeto foi encontrar um roteiro que traduzisse o que a gente gostaria de contar. Muita gente diz que a letra é um roteiro pronto, mas a gente sabe que não é. A letra tem liberdades e possibilidades que a dramaturgia de um filme não tem", disse o diretor René Sampaio durante uma entrevista coletiva realizada na terça (28). Sampaio destaca que Faroeste Caboclo não é um videoclipe, e sim um filme com 105 minutos: "O maior estímulo era transpor a essência da música para a tela sem ser literal. Buscar fazer o que é essencial para que a gente reconheça a música na tela sem cair nas armadilhas de fazer tudo exatamente igual ao que fala a música e virar um videoclipe para as pessoas sentirem que veem um filme de cem minutos agora".

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Sobre sua estreia no mundo dos longas-metragens, o diretor pareceu otimista. "Eu acho que comecei com os dois pés, foi com o direito, foi com tudo. Foi um começo com muita energia, eu acho que foi uma escolha muito acertada fazer este filme". A trilha sonora ficou a cargo do vocalista da Plebe Rude, o músico Phillipe Seabra. Sobre sua escolha, René Sampaio revelou ter sido um processo natural.

"Escolhemos o Phillipe Seabra por vários motivos, principalmente por que eu gosto do trabalho dele como músico, além dele ser produtor musical há bastante tempo e também por que eu queria uma pessoa que fosse ligada ao rock dos anos 1980, que entendesse muito do assunto para poder nos orientar em escolhas como, inclusive, que bandas que esse povo ouvia na época", disse ele.

Questionado sobre uma possível eleição de um membro da Legião para ficar a cargo da parte musical do projeto, ele foi enfático: "Nem chegamos a pensar se chamaríamos algum integrante da banda para fazer a trilha. (A escolha de Seabra) foi natural e, como eu sou muito próximo a ele, a gente fechou a trilha e eu acho que ele fez um belíssimo trabalho", afirmou o diretor.

Antonio Calloni, que vive um personagem especialmente criado para o projeto cinematográfico, contou como surgiu o convite para viver Marco Aurélio: "Foi através da Bianca de Fillipes, a produtora. Ela tinha essa ideia e me convidou, me mostrou o roteiro e eu o adorei, então eu tive uma reunião com o René e foi tudo fluindo, tudo muito bem, muito tranquilo, e o trabalho aconteceu", conta o ator.

Segundo Calloni, a película tem "Tudo o que existe na trajetória humana". "Sem exagero nenhum, é amor, é ódio, é prazer, é dor, é vontade de ser feliz e tem uma morte no final, que acontece com todo mundo", explica. Você pode conferir a entrevista exclusiva de Fabrício Boliveira ao Portal LeiaJá e também conhecer a opinião do sobre o faroeste sertanejo criado por René Sampaio. Também assista a entrevistas exclusivas no programa Classificação Livre.

Estrelado por Fabrício Boliveira, Isis Valverde, Felipe Abib e Antonio Calloni, o filme Faroeste Caboclo chega aos cinemas de todo o Brasil nesta quinta (30). A produção marca a estreia de René Sampaio como diretor de longas e apresenta ao público uma obra inspirada na canção homônima da banda Legião Urbana. Os 168 versos da música se transformaram em uma história completa com 105 minutos recheada de romance, crítica social e momentos impactantes.

O longa conta a trajetória de João de Santo Cristo (Boliveira), sertanejo, negro e sem família, que parte do povoado baiano de Santo Cristo para Brasília em busca do sonho de mudar de vida depois de passar um tempo no reformatório. Ao chegar à Capital Federal no meio do natal, ele segue para a cidade-satélite de Ceilândia, periferia onde encontra um primo distante de seu pai, único parente vivo.

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Sem nada a perder, João corrompe seus valores mais uma vez e se envolve com o tráfico. Em meio a uma fuga, ele conhece Maria Lúcia (Valverde), filha de um senador que está longe de ser um pai presente. A paixão pela bela patricinha e o sucesso de vendas das drogas do sertanejo incomodam Jeremias (Abib), que comandava o comércio ilegal de drogas para os bem nascidos do local e nutre um amor não correspondido pela herdeira do político.

Com referências ao western spaghetti, Faroeste Caboclo promete arrastar milhares de pessoas para as salas de cinema de todo o Brasil. Fabrício Boliveira constrói um personagem único e cativante, em que a cada cena o espectador consegue se envolver e torcer para o anti-herói moderno. Ísis Valverde mostra-se segura e convincente, fato nem tão comum ao longo de sua carreira.

Cores marcantes ajudam a contar a história criada por René, que estreia memoravelmente como diretor de longas. A trama enxuta, direta e sem rodeios mostrou-se um acerto. Destaque para a cenografia e figurino, que nos leva para a década de 1980. A trilha sonora recheada de hits internacionais do momento ajuda a ilustrar a realidade dos jovens burgueses brasilienses, exibidos sem nenhum disfarce e ajudando a compor os caminhos que levam para o nascimento da paixão entre esse casal tão improvável.

Um final de tirar o fôlego pontua a película, que mesmo conhecido consegue surpreender, seja pelas cores usadas, pela atuação fervorosa de Boliveira ou simplesmente pelo modo poético de se contar. Longe de ser um videoclipe, Faroeste Caboclo é um filme que merece ser visto e revisto. Faz refletir, cativa e passa sua mensagem.

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Soteropolitano, com 31 anos de idade, Fabrício Boliveira estreou no cinema no ano de 2005, com o longa A Máquina. Na TV, ele apareceu em 2006, na novela gobal Sinhá Moça. Sua estreia como ator, no entanto, foi em cima dos palcos foi em 2002, no espetáculo Capitães de Areia.

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Em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, ele conta os desafios que passou para dar vida ao icônico personagem João de Santo Cristo no longa Faroeste Caboclo, declara sua paixão pela Legião Urbana e afirma: "O filme fala um pouquinho da gente. Dá pra rir, chorar e, principalmente, refletir".

Como você se sentiu ao receber o convite para atuar em Faroeste Caboclo?

Claro que eu pensei na responsabilidade que é fazer um personagem desse, mítico, que todo mundo tem uma ideia, uma imagem sobre a história e sobre ele também. Mas eu me senti provocado, sabia que era um desafio. Eu me sentia preparado como profissional também, pela experiência que eu tenho com meu trabalho e pela experiência que eu tenho como ser humano, para poder contar essa história como resposta, e como artista também dar um retorno social. Então foi grande a felicidade em poder trabalhar com a obra do Renato Russo. Dialogar com o meu trabalho, com o grande artista, que eu acredito muito, foi de grande prazer.

Como se deu a composição do personagem?

O João é um personagem super complexo. Eu pesquisei em várias vertentes, mas o essencial para entender nessa música qual era a questão primeira e tentar suprir as expectativas através disso. Eu trabalho também com uma equipe de diversos fãs de Renato Russo, então eu pude beber deles aquilo que desejavam para esse João, como eles o imaginavam. E, de verdade, eu acredito que esse João já existia dentro todos nós os brasileiros, independente da cor que ele tenha, da situação financeira que ele tem, de onde ele tenha vindo, é a nossa formação como pátria, como país, então de algum jeito a gente dialoga com esse João e eu soube ler e enquadrar o personagem para achar o que tinha de semelhança dentro das possibilidades que existiam.

Qual o maior desafio para viver João de Santo Cristo?

Um desafio, que é até engraçado, é que eu tive que perder dez quilos, então eu peguei pesado por um mês e meio para poder ficar com um corpinho de garoto, mais magro e mais ágil. Mas acho que o desafio maior era poder dialogar com essas pessoas sobre uma história que é tão inerente, tão enraizada. A história de um negro, nordestino, do êxodo rural brasileiro, das pessoas que construíram Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, de onde elas vieram, onde elas estão agora. Então eu pude adaptar essa história para os dias de hoje e dialogar e as pessoas verem essa coisa séria, as pessoas do hoje. Para mim essa foi a maior dificuldade e eu tive um ótimo retorno a respeito disso com um papo que a gente teve em Brasília, por que o filme também fala sobre essa cidade, e a gente conversou com moradores das cidades-satélite e eu vi que as pessoas estavam entendendo e sabiam de cada cena o que é que eu queria falar, para mim foi como um "eu cumpri minha função de ator".

Fabrício Boliveira conversou com exclusividade ao LeiaJáQual a cena mais marcante para você?

Tem duas cenas que eu gosto muito. Uma é quando João tenta bloquear a ignorância do outro, a gente fala sobre preconceitos e intolerância com as diferenças, que é quando ele chega na casa do Jeremias e ele o agride. Ele zera a ignorância do outro e isso é um aprendizado para muita gente também, que é como você não entrar no combate, de quando a intolerância chega no lugar limite, o que é que você faz? Você dá um beijo na boca? Você abraça? Você pega uma arma e mata alguém? Entender quais são essas ações. E a outra cena que eu gosto muito é uma em que o João entra na casa do Jeremias já para se vingar. É uma cena silenciosa, que tem muita tensão, você sabe de onde aquele cara veio, cada olhadinha do personagem quer dizer alguma coisa, eu sinto que as pessoas ficam muito conectadas com o personagem nesse instante.

O que a Legião Urbana representa para você?

Eu adoro a Legião Urbana e para mim, e para todo brasileiro também - e eu amplio por que eu acho que é algo que tem em comum entre a gente -, é que no momento da adolescência, quando a gente tem as primeiras questões com o eu, de criação da sua identidade, com os pais, com Deus, com o mundo, com o destino, Renato Russo e a poesia dele entram nesse instante como válvula de escape para o nosso íntimo, fala de coisas que a gente queria falar. Então, ouvir Renato Russo para mim na adolescência e até hoje como eu ouço, por que eu acho que essas questões não falam só da minha vida, é um estado de extâse. Eu canto muito, eu grito, eu pulo, e durante toda a minha história eu fiz isso.

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A pré-estreia do filme Faroeste Caboclo aconteceu na terça-feira (28), no Recife e contou com a presença do diretor, produtores e atores do longa, que conversaram com a equipe do Classificação Livre. O filme é baseado na música homônima de Renato Russo e conta a história de João de Santo Cristo, interpretado por Fabrício Boliveira, que se vê obrigado a fazer escolhas na vida que o distanciam da mulher por quem é apaixonado, Maria Lúcia, interpretada por Ísis Valverde.

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No sábado (25) o dia foi para exclusivo para os nerds e a Livraria Cultura do Shopping Paço Alfândega, na Região Central do Recife, preparou uma programação especial para comemorar esse dia especial. Quem foi ao evento pode curtir palestras, lançamentos de livros, show, além vários fãs que fizeram cosplay dos seus personagens preferidos.

Você também vai conferir uma matéria especial sobre a Feira de Adoção de Animais. Promovido pela Secretaria dos Direitos dos Animais (SEDA), o evento foi o segundo do tipo e aconteceu no Parque Dona Lindu, na Zona Sul da capital pernambucana.

Você também vai ficar por dentro das principais notícias do mundo audiovisual e da agenda cultural do fim de semana.

O Classificação Livre é produzido pela TV LeiaJá, em parceria com o Núcleo de Comunicação Social da UNINASSAU, e apresentado por Areli Quirino. Toda quarta-feira um novo programa é publicado aqui, no Portal LeiaJá.com.

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Faroeste Caboclo é uma das mais icônicas músicas da banda Legião Urbana. Com seus 168 versos, a canção narra à trajetória de João de Santo Cristo, uma espécie de anti-herói sertanejo, que se apaixona por Maria Lúcia, filha de um senador e estudante universitária. E foi inspirado nesta história que o cineasta René Sampaio desenvolveu sua trama.

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O longa homônimo chega as salas de cinema brasileiras na próxima quinta (30). Para promover a produção, a estrela do filme, Fabrício Boliveira - que interpreta o protagonista desta epopeia musical – veio ao Recife e participa da pré-estreia no complexo de cinemas Cinépolis (antigo Box Guararapes).

Antônio Calloni - que vive um personagem especialmente criado para a trama -, Sampaio e Marcello Ludwig Maia - um dos produtores executivos do projeto -, também marcam presença. O filme é apresentado a convidados e promete bater recordes de bilheteria. 

Na tarde desta terça (28) também foi realizada uma entrevista coletiva, nela os presentes revelaram um pouco sobre o processo de gravação e produção do longa. O LeiaJá preparou uma série de entrevistas especiais, que você pode conferir a partir desta quarta (29), não perca.

Sucesso do Legião Urbana, Faroeste Caboclo é símbolo de uma geração e conta, nos seus mais de nove minutos, a história de  João de Santo Cristo, da sua infância no sertão bahiano até sua morte, ainda muito jovem, na capital nacional.

Para muita gente, ouvir a música de Renato Russo já fazia a mente imaginar cada uma das cenas, como num bom filme. E coube ao diretor René Sampaio, estreante em longa-metragem, o desafio de transformar a epopéia musical num longa metragem de 100 minutos, estrelado por Fabrício Boliveira (Subúrbia e Tropa de Elite 2) e Ísis Valverde, com grande currículo televisivo.

A produção não se compromete a retratar todos os 168 versos da canção, mas promete contar, com muito ritmo, os principais momentos da vida de João, que mesmo depois de se apaixonar por Maria Lúcia é levado de volta ao mundo das drogas e da violência, com um desfecho movido por vingança. 

Só uma observação, o ator e diretor Marcos Paulo fez, no filme, sua última participação no cinema, emprestando sua imagem ao Senador, pai de Maria Lúcia. 

Para aguardar o lançamento, que acontece no dia 30 de maio, confira abaixo o trailer do filme: 

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