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A Polícia Federal prendeu o CEO da General Eletric (GE) para a América Latina, Daurio Speranzini Jr., e o executivo da Philips Frederik Knudsen, durante a Operação Ressonância, desdobramento da Fratura Exposta e deflagrada na manhã desta quarta-feira (4).

A GE informou que "as alegações são referentes ao período em que o executivo [Speranzini] atuou na liderança de outra empresa [a Philips]". Por sua vez, a Philips ressaltou que ainda não teve acesso ao processo, mas que colaborará com as investigações.

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Entre os presos também está o empresário Miguel Iskin, que foi solto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes em dezembro de 2017.

Os agentes cumpriram 22 mandados de prisão em São Paulo e no Rio, além de mandados de busca e apreensão no apartamento do ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Sérgio Cortês.

A investigação envolve 37 empresas e crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação busca desarticular organização voltada para o fornecimento de equipamentos médicos e materiais hospitalares para a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e para o Instituto Nacional de Traumatologia (Into).

Cálculos do Ministério Público Federal apontam para desvios que chegam a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017.

Da Ansa

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ) em conjunto com o Conselho de Defesa Administrativa (Cade), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU), a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira, 4, a operação Ressonância, desdobramento da Fatura Exposta, braço da Lava Jato no Rio.

A ação mira contratos na área da saúde celebrados pelo Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). A 7ª Vara Federal Criminal autorizou a prisão preventiva de 13 pessoas e a temporária de nove, além da busca e apreensão em 44 endereços.

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Também foi decretado o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão. Entre os alvos de decreto de prisão, estão o empresário Miguel Iskin, que foi solto por decisão do ministro do STF Gilmar Mendes em outubro de 2017, o executivo da Philips, Frederik Knudsen e Daurio Speranzini Júnior, ex-executivo da Philips e atual CEO da GE para a América Latina. A reportagem está buscando contato com as defesas e o espaço está aberto para suas manifestações.

De acordo com a Procuradoria da República no Rio, a partir das investigações da operação Fatura Exposta, órgãos de controle como o Conselho de Defesa Administrativa (Cade), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) uniram esforços e identificaram um cartel de fornecedores que atuou entre os anos de 1996 e 2017 no Into.

A empresa Oscar Iskin, do empresário Miguel Iskin, era a líder do cartel formado por pelo menos 33 empresas, algumas delas atuando como laranjas das demais, que se organizavam no chamado "clube do pregão internacional".

O Brasil é o país em que há maior desconfiança em relação ao trabalho do governo para regulamentar o ambiente de inovação dentre 20 nações pesquisadas pela GE. Segundo levantamento da multinacional que será divulgado hoje, 91% dos executivos ouvidos no País dizem acreditar que o governo não consegue acompanhar o ritmo das inovações - a média global é de 68%. Os Emirados Árabes Unidos e o Canadá são os menos descrentes, com 41% e 51% dos entrevistados, respectivamente, dizendo que o governo não tem capacidade para regulamentar as inovações na velocidade adequada.

O levantamento mostra ainda que o Brasil tem um ambiente menos favorável à inovação do que a média global. Enquanto 43% dos entrevistados afirmam perceber a existência de um ecossistema propício no País, a média global é de 48%. Para países como Estados Unidos e China, os números alcançam 85% e 73%. Um ambiente que ajuda as empresas a inovarem fortalece também o crescimento delas.

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O diretor do centro de inovação da EY (antiga Ernst Young), Denis Balaguer, lembra que, no Brasil, há entraves na própria lei de propriedade intelectual que dificultam a inovação. "O País não tem patente para softwares, por exemplo. Isso desestimula. E os softwares vão ser a principal matéria da economia nos próximos anos", diz.

Balaguer acrescenta que pode haver também uma contaminação da percepção que os empresários têm do andamento em Brasília das reformas econômicas em geral para o segmento específico da inovação. "A falta de agilidade no Congresso contagia a percepção."

A presidente da GE no Brasil, Viveka Kaitila, aponta como principais desafios para a inovação no País as dificuldades de financiamento e a falta de profissionais talentosos especializados. "Há ainda um terceiro fator, o risco. O investimento em inovação nem sempre traz o resultado que se espera. Em um momento de recessão, isso se torna mais difícil", afirma.

Viveka destaca que a China é o exemplo contrário ao Brasil. Lá, houve um plano de governo de longo prazo para favorecer a inovação. Segundo a pesquisa da multinacional, em 2014, apenas 24% dos chineses afirmavam que havia no país um ambiente propício. Hoje, são 73%. No Brasil, também houve uma melhora no indicador, mas menor - de 14% para 43%.

Protecionismo

Apesar de a teoria econômica indicar que empresas de países abertos tendem a inovar mais incentivadas pela concorrência global, o levantamento da GE mostra que grande parte dos executivos prefere um ambiente protegido. Dos 2.090 entrevistados em todo o mundo, 55% afirmaram que uma política protecionista na área de inovação seria benéfica aos negócios. Entre os que defendem essas medidas, destacam-se os Emirados Árabes (71%) e a Suécia (65%). O Brasil aparece com 51%, menos que a média global.

Para Viveka, essa posição dos executivos também foi surpreendente. Uma das explicações possíveis, afirma ela, seria que empresas de porte menor podem preferir um mercado menos aberto. Entre os que defendem o protecionismo, 86% dizem que essas políticas dão vantagens competitivas às empresas domésticas e 73% concordam que beneficiam a força de trabalho. No Brasil, a GE ouviu 150 executivos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A General Electric Co. revisou sua oferta pelo negócio de energia da Alstom, oferecendo novas garantias de controle francês, enquanto tenta atenuar preocupações políticas e afastar as ofertas das rivais Siemens AG e Mitsubishi Heavy Industries Ltd.

A nova oferta da GE propõe a criação de três novas joint ventures, a serem detidas de maneira igualitária com a Alstom, para manter os negócios de redes elétricas, de energia eólica e hidrelétricas, e a unidade de turbinas nucleares, que tem sido a preocupação das autoridades francesas.

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A oferta melhorada foi revelada no mesmo dia em que o diretor presidente da GE, Jeff Immelt, encontra autoridades francesas em uma pressão final para completar a compra da maior parte dos negócios de energia da Alstom. A GE havia dado prazo de segunda-feira para o conselho de administração da Alstom aprovar a proposta, que não foi alterado.

A GE também ofereceu seu negócio de sinalização ferroviária para a Alstom, o que fortaleceria o negócio de transporte da empresa francesa, fabricante do trem de alta velocidade francês TGV. As duas empresas assinaram um memorando de entendimento para formar uma "aliança global" em transporte, informou a GE.

A nova proposta "irá criar uma aliança entre nossas empresas, tanto em espírito quanto na prática", disse Immelt, acrescentando que a proposta permanece um bom negócio para os acionistas da GE, a quem prometeu uma mudança no negócio industrial, que seria reforçado pelo acordo Alstom.

Immelt também informou que o preço da proposta, inicialmente de US$ 17 bilhões, será ajustado, para refletir a venda das operações de sinalização ferroviária e as joint ventures, mas não revelou qual seria o novo valor. Segundo ele, com a proposta de alianças, o valor em dinheiro será reduzido, mas Immelt salientou que o valor da Alstom na oferta permanece em 12,35 bilhões euros. Segundo ele, a avaliação das alianças propostas "ainda estão sendo finalizadas".

A pedido do governo francês, Siemens e Mitsubishi Heavy também apresentaram proposta pelos mesmos ativos da Alstom no início desta semana. Fonte: Dow Jones Newswires

O governo da França procurou neste domingo desacelerar os planos do grupo norte-americano General Electric (GE) de comprar a divisão de energia da multinacional francesa Alstom, dizendo que não aceitará nenhum acordo "apressado" sobre ativos considerados estratégicos, e afirmou ainda que estuda uma oferta alternativa da alemã Siemens.

Fazendo valer sua influência num fim de semana de intensas negociações corporativas, o ministro de Economia francês, Arnaud Montebourg, disse ter sido informado sobre a intenção da Alstom de vender sua unidade de energia à GE, mas alertou que o governo usará o tempo necessário para avaliar outras propostas.

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"A GE e a Alstom têm sua agenda, que é a dos acionistas, mas o governo também tem a sua própria, que é a da soberania econômica", afirmou Montebourg.

O resultado das conversas tem grandes implicações para a França, que está tentando salvar um ícone industrial que voltou a enfrentar dificuldades dez anos depois de ter sido resgatado numa iniciativa negociada pelo governo.

O executivo-chefe da GE, Jeff Imelt, viajou a Paris com a esperança de garantir um acordo já neste começo de semana, quando a Siemens anunciou uma oferta alternativa pela unidade de energia da Alstom.

Em carta enviada ontem à Alstom, o conglomerado alemão ofereceu uma proposta em dinheiro e uma troca de ativos para adquirir a divisão, avaliada em 10 bilhões de euros a 11 bilhões de euros (US$ 13,8 bilhões a US$ 15,2 bilhões). A Siemens também propôs transferir uma parte significativa de seu negócio ferroviário, que a Alstom poderia fundir à sua divisão de transportes. Além disso, a empresa alemã prometeu preservar os empregos da Alstom na França por pelo menos três anos.

Na sexta-feira, Montebourg já havia afirmado que o governo estava avaliando alternativas à oferta da GE com a esperança de manter a Alstom sob controle francês. Em comunicado hoje a Imelt, o ministro adiou uma reunião marcada com o executivo e avisou que um possível acordo estaria sujeito a condições de Paris.

"Qualquer possível transação terá de ser avaliada por completo pelo ministério, que pode impor condições à sua implementação ou rejeitá-lo", disse Montebourg no comunicado, ao qual o The Wall Street Journal teve acesso.

Montebourg, que é conhecido por seus embates com empresas estrangeiras, foi promovido recentemente numa reforma do gabinete francês. No ano passado, o Yahoo! abandonou planos de comprar o site de vídeos Dailymotion após uma intervenção do ministro. Fonte: Dow Jones Newswires.

A GE Power & Water, da General Electric (GE), assinou um contrato para fornecer 52 turbinas eólicas para a Cong Ly Ltd para a construção de um parque eólico no sul do Vietnã, afirmou a GE.

As turbinas, com capacidade de 1.6 megawatts cada, serão instaladas no parque eólico Bac Lieu, no delta do rio Mekong. O contrato é de, aproximadamente, US$ 94 milhões, segundo o secretário de Estados dos EUA, John Kerry, que participou da assinatura durante sua viagem de quatro dias pelo Vietnã.

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"Esse projeto, com financiamento do banco de importação e exportação dos EUA e do Banco de Desenvolvimento do Vietnã, ajudará a atender a crescente demanda do País por eletricidade... E pode ser um exemplo do novo paradigma energético", disse Kerry.

A GE informou que as turbinas estarão operacionais em outubro de 2014, complementando as 10 turbinas que já geram energia no parque eólico desde maio.

Em outubro, a GE também assinou um acordo, de US$ 1,7 bilhão, para a venda e aluguel de 40 novos motores a jato para a Vietnã Airlines, a serem utilizados para a frota da Boeing 787 Dreamliner Aircraft. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma disputa milionária envolvendo a multinacional americana General Eletric (GE) e a falida companhia aérea Transbrasil está pronta para ser julgada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Transbrasil tenta cobrar da GE uma indenização pela sua falência, decretada em 2002, em ação movida pela empresa. A empresa americana entende que não deve nada.

A Transbrasil alega que o pedido de falência foi baseado na cobrança indevida de uma nota promissória por um grupo de quatro empresas liderado pela GE. Na outra ponta, a multinacional americana afirma que a companhia aérea deixou de honrar suas dívidas, estimadas em US$ 22 milhões na época, e que exerceu seu direito legal de pedir a falência da empresa.

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As desavenças originaram três processos, todos movidos em 2001: no primeiro, de fevereiro, a Transbrasil tentou impedir a GE de cobrar os títulos. No segundo, de julho, a GE pediu a falência da empresa pelo não pagamento de uma nota promissória de US$ 2,7 milhões. E, por último, em agosto, a Transbrasil pediu indenização à GE pela falência da empresa.

A GE venceu a ação de falência e conseguiu uma decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) contra o pedido de indenização da Transbrasil. Mas, no processo que questiona o pagamento de notas promissórias, as decisões de primeira e segunda instâncias da Justiça dão ganho de causa à empresa Transbrasil.

O TJSP determinou que a GE pague o dobro do valor que cobrou da Transbrasil e uma indenização pela quebra da empresa, ainda não calculada. Para recorrer do processo e não ter a execução da sentença, a GE e as demais empresas do grupo tiveram de entregar à Justiça uma carta-fiança de R$ 400 milhões. A dívida cobrada pela GE da Transbrasil é de US$ 22 milhões - o cálculo foi feito pela Transbrasil e acatado por decisão judicial.

O caso chega ao STJ em um processo de 7.218 páginas distribuídas em 32 volumes. A ministra Nancy Andrighi é a relatora da ação e pediu urgência no julgamento. O STJ confirma que a votação sai “em breve”. Após o voto dos ministros do STJ, as partes poderão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Contrato

A relação comercial entre as duas empresas começou nos anos 90, com contratos de manutenção, troca de peças e leasing de aeronaves. Segundo a GE, a Transbrasil deixou de honrar os pagamentos em 1998 e acumulava uma dívida de US$ 11 milhões. O passivo subiu no ano seguinte, atingiu US$ 22 milhões e foi renegociado. A garantia do contrato eram seis notas promissórias.

“A Transbrasil não nos pagou e por isso executamos o título. Era nosso direito”, disse ao Estado o diretor de assuntos institucionais da GE para América Latina, Alexandre Alfredo. A prova apresentada pela GE foi a cópia da própria nota promissória. “Quando se quita o débito, o devedor recebe de volta a nota promissória. É assim com carro, apartamento ou aeronave. Se eles tivessem pagado a dívida, essa nota não existiria.”

A Transbrasil alega que pagou o débito e apresenta como prova uma perícia que traz depósitos da empresa na conta da GE e demais credoras no valor de US$ 21,9 milhões com base em dados de remessas externas do Banco Central. “A nota promissória era garantia da dívida. Não poderia ser executada porque a dívida foi paga”, disse o advogado da Transbrasil, Cristiano Martins, do escritório Teixeira, Martins & Advogados.

Com base nesse argumento, a Transbrasil defende que a GE pediu a falência indevidamente e quer uma indenização por isso. “No dia que a GE pediu a falência da Transbrasil, as consultas diárias de agências de viagens para compra de passagens caíram de 13 mil para 300. A GE quebrou a Transbrasil”, disse Cristiano Martins.

A GE refuta veementemente essa tese. “É absurdo dizer que a GE quebrou a Transbrasil. Ela já estava falida. Ninguém quebra uma companhia aérea com uma cobrança de US$ 2,7 milhões”, diz Alfredo. Ele afirma que, além da GE, outros cinco credores pediram a falência da empresa concomitantemente.

O diretor da GE ressalta que a empresa está no Brasil há cerca de 100 anos e ajudou a “construir a aviação civil” no País com arrendamento de aeronaves. Segundo ele, um quinto da frota das companhias aéreas do Brasil pertence à GE.

Além de uma indenização milionária, a Transbrasil vê no processo com a GE uma possibilidade pedir a reversão de sua falência, 11 anos após a sentença. “A empresa aérea acabou. Mas os acionistas poderão voltar a gerir os ativos e passivos da empresa”, explica Martins. Hoje, a administração está a cargo do síndico da massa falida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A GE Healthcare, divisão de saúde da multinacional GE, anuncia nesta terça-feira, 6, a aquisição da mineira Omnimed, fabricante de equipamentos que monitoram funções vitais de pacientes (como frequência cardíaca) durante cirurgias em hospitais ou Centros de Tratamento Intensivo (CTIs). A compra, cujo valor não foi revelado, deve proporcionar um aumento de 50% no faturamento da empresa.

A operação da GE Healthcare no Brasil teve início em 2010, com a instalação de uma fábrica em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Hoje, a unidade é a terceira mais importante em faturamento para a companhia, atrás de China e Estados Unidos. Os números locais não são revelados, mas a receita global dá uma dimensão da importância do País - em 2012, a empresa faturou US$ 18 bilhões, e a expectativa para 2013 é de alta de 8%. A Healthcare responde por cerca de 12% dos ganhos mundiais da GE, que atua também em energia, transporte e iluminação.

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A Omnimed, sediada em Belo Horizonte, é a segunda aquisição da divisão de saúde da GE no Brasil. Há um ano, a empresa comprou a também mineira XPro, fabricante de máquinas de raios X usadas nos segmentos de cardiologia, neurologia e radiologia intervencionista.

A compra de empresas locais faz parte do plano de expansão da GE no mercado brasileiro de equipamentos médicos, liderado pela Philips. As aquisições dão a companhia um ativo valioso: a noção das demandas de hospitais e clínicas no Brasil.

Uma delas, segundo Joe Shrawder, presidente da GE Healthcare para a América Latina, é um monitor que exiba informações mais completas sobre o estado do paciente em tratamento (algo permitido pelos equipamentos da Omnimed). O executivo conta que a empresa já até tinha um dispositivo sofisticado que atendia a essas condições. "Mas os médicos aqui querem isso numa máquina mais simples, e nós levaríamos anos para construir isso sozinhos."

Shrawder diz que existe também o objetivo de exportar os aparelhos para outros países.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A General Electric teve lucro líquido de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 1,0% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto o lucro por ação aumentou 3,0%, para US$ 0,30. Na mesma comparação anual, a receita caiu 4,0%, para US$ 35,1 bilhões.

O lucro operacional da empresa entre abril e junho deste ano diminuiu 8,0%, para US$ 3,7 bilhões. Por ação, o resultado operacional recuou 5,0%, para US$ 0,36. Analistas previam lucro por ação de US$ 0,35 e receita de US$ 35,56 bilhões. Os custos e despesas totais caíram 2,5%, para US$ 31,39 bilhões.

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Na divisão industrial da GE, que inclui os segmentos de infraestrutura de energia e aviação, houve queda de 0,8% na receita, para US$ 25,17 bilhões, mas o lucro subiu 2,4%. Na GE Capital a receita diminuiu 3,3%, para US$ 10,98 bilhões, e o lucro despencou 9,4%.

Nos últimos anos o executivo-chefe da empresa, Jeffrey Immelt, vem tentando reduzir a dependência que a GE tem de sua unidade financeira e, ao mesmo tempo, ampliar os negócios industriais - que os investidores tendem a valorizar mais. Ativos da GE Capital foram vendidos recentemente, incluindo operações bancárias e de seguros.

Em um comunicado, Immelt destacou que a GE registrou lucro em seis de suas sete divisões industriais e reduziu os custos estruturais durante o segundo trimestre. "Nós conseguimos isso em um ambiente de negócios que melhorou levemente em relação ao primeiro trimestre", afirmou o executivo. "Os mercados emergentes permanecem resilientes e nos EUA vimos forte crescimento nas encomendas no trimestre passado", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

De olho no crescimento da indústria de energia eólica no Brasil nos próximos anos, a GE planeja uma série de novos investimentos para consolidar sua posição como uma das principais fornecedoras de equipamentos eólicos do País. O entusiasmo da multinacional e as declarações sobre novos projetos para o mercado brasileiro coincidem com um período em que o setor vive momentos de incerteza.

Segundo o gerente geral de Energias Renováveis da GE Power & Water, Jean-Claude Robert, a companhia investirá em torno de US$ 5 milhões na construção de uma fábrica de aero geradores, cujas obras devem ter início ainda no segundo semestre deste ano.

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O executivo não revela detalhes sobre a capacidade produtiva e a localização da nova unidade, mas diz que a intenção da companhia é que a instalação esteja concluída até o dia 1º de janeiro de 2015. Esse é o prazo determinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que os fabricantes passassem a produzir os componentes de alta complexidade de um projeto eólico no Brasil para que sejam credenciados ao Finame, uma linha especial de crédito do BNDES para a produção e a aquisição de máquinas e equipamentos novos.

No fim do ano passado, o banco estabeleceu novas regras para o Finame com o objetivo de estimular um maior nível de nacionalização dos equipamentos eólicos. Robert explicou que a companhia já produzia as torres, o ‘hub’ e as pás dos parques eólicos no Brasil. "Hoje, a GE já atende as regras atuais do Finame", assegurou. O executivo citou como exemplo do aproveitamento de conteúdo nacional a parceria com a empresa brasileira Tecsis, de quem a GE adquire as pás eólicas para a instalação dos empreendimentos.

Considerando que a participação da energia eólica na matriz elétrica saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, de 2,09 mil MW de capacidade instalada para 8,8 mil MW, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Robert afirmou que a nova fábrica de aerogeradores atenderá, inicialmente, a demanda do mercado brasileiro.

Porém, o executivo não descarta a possibilidade de a instalação servir, no futuro, para suprir a demanda de outros países da região. "A fábrica terá capacidade de expansão. Só que tudo dependerá de quanto o Brasil vai querer contratar de energia eólica nos leilões", argumentou. Até o fim do ano, a GE terá mais de 1 mil MW de turbinas eólicas instaladas no Brasil em operação comercial.

Competitividade

Caso o Brasil se torne uma plataforma de exportação de equipamentos eólicos para os outros países, o executivo explicou que essa produção terá de ser competitiva. Isso porque, além de competir com os produtos de outras marcas, a unidade brasileira terá que concorrer também com as fábricas da própria GE em países como EUA e China.

Além da fábrica, a GE inaugurou na sexta-feira, 28, na Bahia, seu primeiro centro de serviços de energia eólica no País, com investimento de US$ 1,5 milhão. O suporte à indústria eólica no País também virá do novo Centro de Pesquisas Global, em fase de construção no Rio de Janeiro, a quinta instalação do tipo da GE no mundo. Segundo o executivo, a companhia vem trabalhando no sentido de adaptar as suas turbinas às características dos ventos brasileiros.

Todos esses investimentos da GE em energia eólica acontecem em um momento de grande incerteza da fonte no País. Excluídos do leilão de energia nova A-5 deste ano, os investidores eólicos viram o governo também adotar regras mais restritivas para a fonte nos leilões A-3 e de energia de reserva. Para participar dos certames, o governo só habilitará projetos que possuem garantia de conexão com a malha de transmissão.

Apesar do ambiente mais volátil, Robert reforçou a aposta da GE no mercado brasileiro de eólica e afirmou que a indústria se beneficiaria muito se a demanda anual pela fonte variasse entre 1,5 mil MW e 2,5 mil MW. "Vemos o mercado de energia eólica muito quente e todo mundo está se preparando para o leilão", disse o executivo, em referência ao leilão de energia de reserva, marcado para agosto deste ano e que será exclusivo para eólicas.

No início deste mês, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que 16 mil MW de projetos eólicos foram cadastrados para o certame, mas o número deve cair de forma substancial por causa da regra de garantia de conexão ao sistema de transmissão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com centros de pesquisas nos Estados Unidos, Alemanha, Índia e China, a GE investe agora em uma unidade no Brasil, localizada na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Este será o primeiro espaço da empresa na América Latina. Segundo a fabricante, serão direcionados 500 milhões de reais para a construção do Centro em solo nacional. A expectativa é que sejam gerados 200 empregos e que tenha capacidade para 400 pesquisadores. O empreendimento, de acordo com a GE, será finalizado no segundo semestre de 2013.

Até o espaço ficar pronto, a GE continuará atuando no Parque Tecnológico da UFRJ, onde está desde 1° de setembro de 2011 e conta com mais de 50 profissionais trabalhando em três frentes de pesquisas, em três Centros de Excelência: Biocombustíveis, Sistemas Inteligentes e Integração de Sistemas.

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A escolha do Brasil, diz a GE, levou em consideração aspectos como estabilidade da economia local, potencial de desenvolvimento, qualificação da mão de obra, oportunidades de negócios em infraestrutura, potencial de crescimento, maturidade dos negócios da GE no País e relacionamento com clientes. 

“Nosso Centro de Pesquisas trabalhará para ajudar o Brasil a acabar com gargalos de infraestrutura ao oferecer soluções customizadas e feitas especialmente para a demanda brasileira”, diz Reinaldo Garcia, presidente e CEO da GE para América Latina. 

“A pesquisa é um dos pilares da estrutura da GE, fruto do trabalho de mais 2,3 mil pesquisadores. Injetar 500 milhões de reais no Centro de Pesquisas Global do Brasil é a maneira da companhia aproximar o País de inovações fundamentais para estimular e permitir seu desenvolvimento e colaborar com os desafios locais”, afirma Mark Little, vice-presidente da GE e responsável pelo trabalho dos Centros de Pesquisas Global ao redor do mundo. O trabalho da GE com seus Centros dedicados para pesquisa acontece há mais de cem anos e resultou em 3.615 patentes em 2011.

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