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Secretário de saúde do estado frisou também o convênio com a Prefeitura de Olinda, para gerir leitos na maternidade Brites de Albuquerque. (Reprodução)

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Diante da procura global por insumos, Pernambuco aposta na produção de equipamentos para suprir sua demanda de combate à pandemia do novo coronavírus. Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça (7), o governo estadual informou que acaba de receber a primeira remessa de álcool em gel produzido pelo Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), com 200 galões de 5 litros do material. Até o fim do mês de abril, Pernambuco espera produzir um total de 70 toneladas de álcool em gel.

O secretário de saúde do estado, André Longo, frisou ainda que, também nesta terça, assinou contrato para a gestão da maternidade Brites de Albuquerque, localizada em Olinda. “Já na próxima semana, teremos leitos em operação lá, fruto de um convênio entre governo do estado e prefeitura de Olinda”, comunicou.

Longo comentou ainda que, para a próxima semana, há também a expectativa é de que sejam iniciadas as operações no Hospital Alfa, no Recife, que contará com 230 leitos, sendo 100 destes de UTI e 130 de enfermaria, para receber os pacientes acometidos pela covid-19. No momento, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no Recife é de 61%.

Na manhã deste sábado (21), uma fábrica clandestina de álcool gel foi desmontada em uma residência localizada na rua Tejipió, bairro do Desterro, no município de Abreu e Lima, no Grande Recife. De acordo com a Polícia Militar, sete pessoas estavam no local, dentre elas uma criança, de 10 anos.

Sem qualificação técnica ou autorização para produzir o higienizador, um homem apresentou-se como responsável pelo imóvel. Dentro do local, o efetivo constatou o maquinário usado na confecção e bambonas, nas quais o álcool era armazenado.

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No momento da abordagem, outros cinco suspeitos estavam trabalhando, além de uma menina, de 10 anos, filha do responsável. Um caminhão, um carro e uma carroça, usados para realizar as entregas comprovaram a atuação da fábrica ilegal.

 

Enquanto os frascos de álcool em gel desaparecem das prateleiras das farmácias, o comércio informal encarregou-se de suprir a procura pelo higienizador considerado o principal método de prevenção do novo coronavírus. Após as primeiras confirmações em Pernambuco, as drogarias recifenses foram tomadas por clientes, que esvaziaram os estoques rapidamente. O aumento da demanda e a falta do produto na praça fez um vendedor de artigos eletrônicos investir no mercado de saúde.

“Nas últimas duas semanas, a procura foi enlouquecida”, relata Silvia Pereira, balconista de uma farmácia localizada no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife. Em um estabelecimento próximo, o atendente Clayton Teixeira reafirmou receio da população em ficar desprotegida. “Tava um caos, todo mundo desesperado”, complementa.

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Com a carroça instalada na frente de uma drogaria da Avenida Guararapes, área Central do Recife, o ambulante Hugo Vanderlindo observava a movimentação frenética atrás do produto e decidiu ampliar a oferta aos populares. Com preços entre R$ 8 e R$ 10, e promovendo a possibilidade da compra em crédito, o comerciante afirma que já vendeu cerca de 50 unidades e está sendo a "salvação" dos que não conseguem encontrar o gel em estabelecimentos convencionais.

Confira

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Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma orientação sobre a eficácia da utilização de álcool gel como medida preventiva e mitigatória ao Covid-19. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O uso de álcool gel para higiene das mãos como prevenção ao coronavírus é eficaz. Em nota, o Conselho Federal de Química (CFQ) criticou a disseminação de fake news por meio de um vídeo, com informações equivocadas e incorretas a respeito do emprego do álcool gel, divulgado por um “químico autodidata”.

Assinada pelo presidente da entidade, José de Ribamar Oliveira Filho, a nota do conselho esclarece que o álcool etílico (etanol) é um eficiente desinfetante de superfícies/objetos e antisséptico de pele. “Para este propósito, o grau alcoólico recomendado é 70%, condição que propicia a desnaturação de proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular, e a consequente destruição do microrganismo.”

Segundo a entidade, o etanol age rapidamente sobre bactérias vegetativas (inclusive microbactérias), vírus e fungos, sendo a higienização equivalente e até superior à lavagem de mãos com sabão comum ou alguns tipos de antissépticos.

O conselho lembra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou obrigatória a disponibilização de preparação alcoólica (ou sua versão em gel) para fricção antisséptica das mãos pelos serviços de saúde do país.

A entidade lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma orientação sobre a eficácia da utilização de álcool gel como medida preventiva e mitigatória ao Covid-19, tanto nos setores da saúde quanto para a comunidade em geral.

“Tão importante quanto proteger a população no que diz respeito ao contágio do novo vírus é evitar o alarmismo e a viralização de conteúdos sem a devida verificação”, afirmou o presidente do CFQ, apelando para que a sociedade busque informações válidas e de fontes confiáveis, em especial as emitidas pelas autoridades de Saúde.

Denúncia ao Ministério Público

O CFQ afirmou ainda que não reconhece como válida a denominação de “químico autodidata” ou a de pessoas que atuem nas atividades da química sem o devido registro profissional.

Segundo a entidade, a falta do registro configura infração tipificada no artigo 47 da Lei de Contravenções Penais (3.688/41) como exercício ilegal da profissão – sem prejuízo de enquadramento em outras normas legais.

Constatadas irregularidades no que tange à qualificação e ao registro profissional, o conselho vai oferecer denúncia junto ao Ministério Público, observando a devida proteção à população.

Medidas preventivas

O Ministério da Saúde recomenda como medidas de prevenção ao novo coronavírus:

- lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool quando a primeira opção não for possível;

- evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;

- evitar contato próximo com pessoas doentes;

- ficar em casa quando estiver doente;

- usar um lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, e descartá-lo no lixo após o uso;

- não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal;

- limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Outros cuidados importantes são manter ambientes bem ventilados e higienizar as mãos após tossir ou espirrar. O Ministério explica que não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

O Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (Nichd) dos Estados Unidos desenvolveu um gel contraceptivo masculino, que bloqueia temporariamente a produção de esperma no corpo humano. O novo método começará a ser testado em abril, com 400 casais.

Os testes durarão aproximadamente quatro anos e serão realizados com parceiros dos Estados Unidos, Itália, Grã-Bretanha, Chile, Suécia e Quênia. Batizado de NestoroneGel, o produto contém dois hormônios sintéticos: testosterona e progestagênio. O progestagênio impede os testículos de produzir testosterona o suficiente para o nível normal de esperma. E a testosterona substitutiva é necessária para contrastar o equilíbrio hormonal, mas sem produzir espermatozoides.

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O gel deve ser aplicado nos braços e nas costas dos homens diariamente. "Não é um grande esforço. Só é necessário lembrar de usá-lo todos os dias" , explicou Diana Blithe, diretora do programa de desenvolvimento de contraceptivos do Nichd. O método é capaz suprimir o nível de esperma por aproximadamente 72 horas. A princípio, os homens deverão usá-lo por pelo menos quatro meses e as parceiras deverão usar algum contraceptivo também. Enquanto isso, pesquisadores monitorarão os níveis de espermatozoide dos homens, que devem cair a menos de um milhão por mililitro para prevenir de maneira eficaz a gravidez.

Uma vez que o número seja suficientemente baixo, o casal utilizará somente o gel contraceptivo por um ano. O método já havia demonstrado eficácia em 2012, porém eram dois produtos diferentes a serem aplicados na pele. Atualmente, as únicas opções contraceptivas masculinas são o uso de preservativo e vasectomia.

Da Ansa

Um gel injetável que foi administrado em macacos se revelou eficaz para prevenir a gravidez, afirma um estudo publicado nesta terça-feira (7), que pode significar uma solução, potencialmente reversível, para os homens que desejam evitar a vasectomia.

As mulheres contam com várias opções de controle da natalidade, enquanto para os homens as possibilidades são limitadas: os preservativos e uma solução a priori definitiva, a vasectomia.

A vasectomia consiste em um procedimento cirúrgico para a secção de um segmento dos ductos deferentes, por onde transitam os espermatozoides, para impedir que o esperma se una ao fluido ejaculado durante o ato sexual.

Cientistas americanos estão desenvolvendo uma possível alternativa, um gel chamado Vasalgel, que demonstrou ser efetivo em coelhos e, agora, também nos macacos rhesus, mais próximos aos humanos.

Dezesseis macacos adultos foram tratados com o gel injetável nos ductos deferentes, no California National Primate Research Center.

Os animais, que vivem ao ar livres com fêmeas de fertilidade comprovada, foram monitorados por um período de até dois anos, incluindo pelo menos uma temporada reprodutiva.

"Os machos tratados não tiveram nenhuma concepção desde as injeções de Vasalgel", afirmam os cientistas em um artigo publicado na revista especializada Basic and Clinical Andrology.

A taxa de gestação esperada nas fêmeas que vivem com o grupo deveria ter sido, a princípio, de algo por volta de 80%, segundo os cientistas.

Os animais toleraram o gel, que apresentou poucos efeitos colaterais, informaram os autores do estudo. Um dos 16 macacos apresentou sintomas de granuloma espermático (acúmulo no canal deferente), uma complicação registrada, segundo os cientistas, em 60% dos casos de vasectomia em humanos.

A reversibilidade do método ainda não foi testada nos macacos, apenas nos coelhos, com a remoção do gel com uma solução de bicarbonato de sódio.

Um teste clínico do gel para os homens está sendo preparado, de acordo com a Fundação Parsemus, uma organização sem fins lucrativos que financia o desenvolvimento do produto.

Um gel que tem como matéria-prima o próprio tecido do coração recuperou parcialmente a função cardíaca perdida após o enfarte. A estratégia, aplicada com sucesso em porcos, deve ser testada em humanos neste ano, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia. Ainda não existem terapias que promovam a reconstituição do músculo cardíaco afetado pelo enfarte.

O material foi injetado no coração de seis porcos, duas semanas após terem sofrido enfarte. Outros quatro porcos enfartados não receberam a terapia. Três meses após a aplicação, testes mostraram que os porcos que receberam o gel tinham melhorado a função cardíaca, enquanto os que não o receberam apresentaram piora. Foi observada a migração de células musculares para a região que recebeu o gel, além da formação de vasos sanguíneos nas áreas enfartadas. No grupo-controle, o tecido afetado tornou-se fino e fibroso.

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Karen Christman, uma das autoras do estudo, publicado na Science Translational Medicine, observa que, quando alguém sofre um enfarte, a estrutura do músculo cardíaco é degradada, o que faz com que novas células não tenham onde se fixar para que o tecido cresça. "Pensamos que a melhor coisa para se injetar no coração seria o mesmo que estava lá inicialmente. Então, desenvolvemos a forma líquida dessa estrutura muscular."

Também foi constatado que o gel reduz a cicatrização, o que é importante, segundo o cardiologista Leopoldo Piegas, do HCor, porque a cicatriz que se forma após o evento atrapalha a contração cardíaca. Uma das críticas feitas ao estudo, afirma José Eduardo Krieger, diretor do Incor, é que os testes não foram realizados utilizando, para efeito de comparação, a medicação administrada hoje a enfartados. Isso permitiria determinar se os efeitos do gel são superiores aos medicamentos disponíveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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