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Depois da baixa em outubro de 2014, o índice de confiança do consumidor para a compra de imóveis tem apresentado números crescentes nos dois meses seguintes. Saindo dos 72,4 pontos em outubro para os 89,3 pontos em novembro, os números apontam, em dezembro, o crescimento de 5,2 pontos em relação ao mês anterior. Fatores como a tendência de crescimento do consumo de bens no último mês do ano, além do recebimento do 13º salário, são alguns dos fatores atribuídos ao crescimento dos números do índice. Entretanto, para a maior parte dos entrevistados, o cenário econômico ainda causa incerteza na hora de comprar a casa própria. 

Para o economista Djalma Guimarães, essa confiança também acontece devido à baixa no cenário imobiliário. “Temos um pessimismo no mercado por causa dos desdobramentos das eleições e da situação da economia. Estamos num momento em que as pessoas realmente consideram comprar imóveis porque não se sabe até quando os preços irão permanecer baixos”, explica. 

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A incerteza de compra no momento atual também é considerada pela pesquisa do IPMN. Através da análise do Instituto, é possível perceber que a maior parte dos entrevistados não tem tanta segurança para adquirir um imóvel em dezembro. A maior parte dos que não têm tanta certeza para comprar tem entre 25 e 34 anos. Entretanto, há uma parcela dos entrevistados – entre 35 e 44 anos – que classifica positivamente o momento atual. 

“Essa faixa etária já vem se preparando para comprar porque, provavelmente, eles já pagaram aluguel por muito tempo e querem conquistar a casa própria. Por isso, eles estão mais propensos a comprar do que as faixas etárias mais jovens, que não têm como prioridade a compra de um imóvel”, explica o economista. 

PESQUISA – Ao todo, foram entrevistadas 625 pessoas pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN), sendo 55,2% desse número composto por mulheres. Cerca de 44,1% dos entrevistados são casados, enquanto 32,6% estão solteiros e 23,3% não se classificaram nos estados civis anteriores. Do total, 57% afirmou fazer parte da classe C e, quanto à escolaridade, 47,4% dos entrevistados afirmaram ter completado o ensino médio ou ter o ensino superior incompleto. O indicador considera o mês de fevereiro (base 100) como ponto de partida para a análise dos meses seguintes. 

Ao observarmos a confiança do consumidor recifense anda mal das pernas desde o distante Dez/2012, a confiança do consumidor entrou em uma tendência de queda. Neste ano de 2014, percebe-se uma recuperação, mas o que pode esta por trás do tombo da confiança e dos indicativos de sua recuperação nestes primeiros meses?

O que mudou de 2012 para cá?

Uma das principais interfaces de contato da economia com a vida da pessoa comum é a administração de seus rendimentos, tarefa que tem encontrado dificuldades nos últimos tempos em virtude do arrefecimento da inflação, ano passado tivemos casos emblemáticos, como “a crise do tomate” que se tornou o fruto, mercadoria de alto valor que necessitava de vigilância na plantação e escolta no transporte, ou “a crise das passagens” que foi o estopim para a onda de manifestações em junho passado. O fato é que os preços dos produtos têm subido e as famílias tem sentido tal incomodo.

Podemos falar ainda do modesto crescimento da economia na “era Dilma”; do grande fracasso da aposta do governo nas grandes multinacionais brasileiras, que nos diga o Grupo X; e das mudanças e manobras contábeis e até na interferência no IBGE.

O cenário atual não é muito diferente desse panorama apresentado, e ainda contamos com o tempero eleitoral nessa salada, então, o que pode estar levando a uma recuperação na confiança do consumidor recifense, visto que a inflação, o modesto crescimento e os erros na condução da política econômica persistem?

Possíveis explicações:

- O mercado de trabalho continua aquecido, como poucas vezes se viu na história do país;

- Crescimento da renda de uma parcela significativa de brasileiros, com a elevação da escolaridade ocorre elevação na renda de tais indivíduos e ampliação no consumo;

 - A despeito do noticiário a maior parte dos entrevistados acredita que a economia brasileira terá um melhor desempenho nos próximos seis meses, do que o observado no período anterior;

- Ou simplesmente a manifestação da “lei de tiririca”, ou seja: “Pior do que tá não fica”.

A confiança do consumidor recifense, inferida pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (ICC-IPMN), continua descendo a ladeira desde janeiro. Este mês o indicador atingiu 73,3 pontos, vale ressaltar que somente nos últimos dois meses tal indicador recuou 23,2 pontos. Outro agravante de tal contexto é o recorde negativo, o indicador nunca apresentou um patamar tão baixo na série pesquisada que data de Nov/2010.

O conjunto de notícias ruins diariamente repercutidas: Inflação, modesto desempenho da economia, elevação das taxas de juros, fraco desempenho do setor externo, problemas de infraestrutura; cenário político conturbado; parecem estar contribuindo para a disseminação de uma percepção pessimista e talvez ajudem a compreender uma queda tão rápida do indicador nos últimos dois meses. O comportamento de tal indicador pode ser visualizado abaixo:

 

Fonte: Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo – Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau

 

Mas qual é a importância de tal indicador para o nosso dia a dia?

A confiança do consumidor é um indicador que antecipa o consumo futuro das famílias. Quando as famílias estão menos otimistas, adiam compras, passam a consumir menos, etc., fato que cria um efeito recessivo sobre toda a economia. Alimenta-se assim um ciclo no qual as empresas contratam menos e com menos emprego as famílias consomem menos e a economia entra em recessão.

Outros indicadores da mesma pesquisa apontam para o aumento da cautela do consumidor. A intenção de compra de bens duráveis este mês é 5,81% inferior ao valor obtido no mesmo período do ano passado, bem como pela primeira vez na série pesquisada a intenção de aquisição de bens a vista é superior à intenção de aquisição de bens a prazo.

Ou seja, o consumidor está mais cauteloso em suas estratégias de consumo, diminuindo o consumo e controlando o endividamento.

Quando acaba tal declive e retomamos o crescimento?

O segundo semestre do ano é uma época em que o consumo e o investimento se ampliam, no entanto tal crescimento pode não ser suficiente para recuperar as expectativas.

Desta vez, medidas conjunturais “tapa buracos” isenções de impostos sobre determinado grupo de produtos e a facilitação do crédito podem não resolver o problema.

Cabe ao governo criar um ambiente positivo na economia a partir do controle da inflação e ao mesmo tempo expandir o investimento em áreas prioritárias que historicamente tem se colocado como limitadores do nosso crescimento, tais como infraestrutura, qualificação da mão de obra, etc. Além de fazer o dever de casa e acertar alguns ponteiros: diminuir a burocracia, tornar mais simples e mais barato o sistema tributário, dentre outras reformas tão necessárias.

A equação que o governo precisa resolver não é fácil, mas é necessária para manter o nível de crescimento que o país necessita e recuperar a confiança dos consumidores e investidores. 

A percepção de desaceleração das vendas no mês de abril levou o Índice de Confiança no Comércio a cair 2,9% no período de fevereiro a abril, em comparação com o mesmo período do ano anterior, informou nesta sexta (3) o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda supera a registrada no primeiro trimestre do ano (janeiro/fevereiro/março), 2,3%, também em relação ao ano anterior.

A percepção de que a demanda diminuiu foi verificada pelo Índice da Situação Atual, que havia variado 4,1% no trimestre encerrado em março, ante o ano anterior, e caiu para 0,7% quando analisados em conjunto os meses de fevereiro, março e abril.

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No trimestre encerrado em abril, 16,9% das empresas consultadas avaliaram o nível da demanda como forte, enquanto 18,5% classificaram-no de fraco. No mesmo período de 2012, essas proporções eram 18,6% e 20,9%.

Apesar disso, o Índice de Expectativas, em relação às vendas, teve um avanço considerado expressivo pela FGV. Depois de ter caído 8,9% no mês março, ele teve redução da taxa negativa para 1,3% em abril. O resultado trimestral encerrado em abril também foi melhor que o do trimestre encerrado no mês anterior: -5,2% contra -6,4%.

De acordo com a pesquisa, 50,2% dos entrevistados no trimestre encerrado em abril preveem aumento das vendas nos próximos três meses, enquanto 5% esperam que o movimento caia. Em março, os números eram 45,2% e 5,5%, enquanto em abril do ano passado eram 60,6% e 5,2%. A previsão de 53,8% dos comerciantes para os próximos seis meses é que haverá melhora, enquanto 3,5% esperam piora.

No varejo, a variação negativa da confiança continua a aumentar, tanto no restrito quanto no ampliado. No primeiro, a variação verificada entre os anos de 2012 e 2013 passou de -2,3% para -4% na passagem do trimestre janeiro/fevereiro/março para fevereiro/março/abril. No segundo, o percentual passou de -2,8% para -3,6%.

O varejo ampliado teve uma queda mais discreta porque os dois setores que o diferenciam do restrito tiveram alta. O segmento veículos, motos e peças saiu de -1% para 0,7% na mesma base de comparação. Já o de material para construção reduziu a queda de -8% para -6,3%.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou, nesta quarta-feira, os resultados do Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (ICMPE). De acordo com o estudo, mais de 70% das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras têm a expectativa de aumentar o faturamento até o mês de novembro deste ano, além disso, 28% tiveram crescimento do faturamento em agosto deste ano, em comparação ao mês anterior. Os números foram apresentados em São Paulo, pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Segundo a Agência Sebrae de Notícias, este é o primeiro estudo nacional sobre a evolução da ocupação nas micro e pequenas empresas. A pesquisa apontou que a maior expectativa de alta no faturamento até novembro foi dos microempreendedores individuais (MEI), com 78%, e as pequenas empresas ficaram com 73% e as micro, com 64%. Por região, o Nordeste brasileiro teve destaque, com 80%.

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A partir de agora, o Índice de Confiança será divulgado mensalmente, levando em consideração o desempenho dos empreendimentos no mês anterior, bem como as perspectivas para o trimestre seguinte. De acordo com o Sebrae, o estudo vai funcionar como termômetro da atividade de 99% das empresas brasileiras, que são de micro e pequeno porte.

Através de uma escala de 0 a 200 as respostas fornecidas são medidas, e neste contexto, o ponto “100” é considerado o de equilíbrio. Superior a ele, o resultado é considerado como positivo. Sobre o mês de setembro, o Índice de Confiança está em 122. “É uma expectativa que está embasada no aumento real do faturamento das empresas verificado no mês de agosto. Por isso, estamos confiantes neste crescimento”, avaliou o presidente do Sebrae, em depoimento a Agência Sebrae de Notícias.

*Com informações da Agência Sebrae de Notícias.

A confiança entre os consumidores e as empresas da zona do euro caiu para o nível mais baixo em quase três anos em agosto, abaixo das previsões e sugerindo que a economia do bloco terá mais contração.

O Indicador de Sentimento Econômico da Comissão Europeia recuou para 86,1, de 87,9 em julho, o quinto mês seguido de queda e o menor patamar desde o fim de 2009. A estimativa dos economistas consultados pela Dow Jones era de declínio para 87,6.

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A confiança do consumidor diminuiu fortemente, passando de -21,5 em julho para -24,6 em agosto, em linha com as previsões. No setor industrial a confiança caiu de -15,1 para -15,3, ante previsão de -15,0, e no setor de serviços a confiança diminuiu de -8,5 para -10,8.

O índice de clima para negócios subiu levemente de -1,27 para -1,21, melhor do que a estimativa de queda para -1,30. As informações são da Dow Jones.

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