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Os alimentos fazem parte das escolhas cotidianas. Substituir carne, arroz, feijão e salada por uma refeição fast food na hora do almoço pode se tornar um costume para algumas pessoas, por conta da facilidade e da correria do cotidiano. Mas nem sempre esses hábitos são saudáveis e podem levar a problemas de saúde a longo prazo. Por isso, é essencial entender o que são hábitos alimentares e como eles afetam nossa saúde. 

Segundo um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine, as pessoas que seguiram o cuidado padrão alimentar saudável tiveram menos probabilidades de morrerem com câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.

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Os hábitos alimentares são os comportamentos que uma pessoa adota em relação a sua alimentação, ou seja, são as escolhas que ela faz em relação aos alimentos que come diariamente. Um hábito geralmente inclui o que comer, quando fazer isso e como preparar os alimentos. Eles também podem variar entre pessoas, entre diferentes culturas e entre regiões do mundo.  

Os costumes alimentares não surgem de repente. Por ser um hábito, é trabalho ao longo do tempo. Por isso, o que pode prejudicar os bons hábitos é: pular refeições, comer rápido, não incluir alimentos saudáveis, não beber água e fazer dieta sem acompanhamento profissional.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda o consumo de alimentos naturais ou minimamente processados dentro dos hábitos alimentares. Ao entender os hábitos prejudiciais e querer melhorar isso, é preciso fazer um planejamento alimentar para equilibrar os hormônios, para isso, consulte um nutricionista; tenha cuidado em dietas restritivas; mastigue bem os alimentos; hidrate-se durante o dia; coloque mais vegetais, legumes e frutas nas refeições.

As pessoas que se exercitam principalmente nos finais de semana podem colher grandes benefícios para a sua saúde, incluindo um risco significativamente menor de morrer de câncer e de doenças cardíacas do que as pessoas que não fazem nenhuma atividade física, disseram pesquisadores na segunda-feira.

Atualmente, os especialistas recomendam que as pessoas façam 150 minutos de atividade física moderada por semana, ou 75 minutos de exercícios intensos. Mas não há consenso sobre a frequência com que uma pessoa precisa se exercitar, e se as atividades devem ser feitas diariamente ou se podem ser condensadas em um ou dois dias.

Os resultados, publicados na revista médica Journal of the American Medical Association (JAMA) Internal Medicine, mostraram que há um benefício para as pessoas que concentram todo o seu exercício físico em um ou dois dias da semana, e que são muitas vezes chamados de "guerreiros de fim de semana".

O estudo revelou que estes guerreiros de fim de semana tendiam a ser homens que praticavam em média 300 minutos de exercícios por semana, em um ou dois dias, segundo o estudo. Comparando este grupo com adultos sedentários, os pesquisadores descobriram que aqueles que se exercitaram apenas um ou dois dias por semana tiveram um risco 30% menor de morrer por doenças.

O risco de morte por doença cardiovascular foi 40% mais baixo para guerreiros de fim de semana do que para adultos sedentários, e o risco de morte por câncer foi 18% menor.

"É uma notícia muito animadora que ser fisicamente ativo apenas uma ou duas vezes por semana está associado a um menor risco de morte, mesmo entre as pessoas que fazem alguma atividade mas não atingem os níveis de exercício recomendados", disse o autor sênior Emmanuel Stamatakis, professor na Universidade de Sydney.

"No entanto, para obter benefícios de saúde ótimos com a atividade física é sempre aconselhável cumprir e exceder as recomendações", acrescenta. O estudo se baseou em quase 64.000 pessoas que preencheram pesquisas de saúde na Grã-Bretanha, e confiou na intensidade e duração auto-relatadas dos exercícios.

Os pesquisadores também advertiram que, uma vez que 90% dos entrevistados eram da raça branca, os benefícios dos exercícios de fim de semana podem não ser generalizáveis ​​para toda a população.

Mulheres depois da menopausa que ingeriram alguns medicamentos contra a hipertensão durante dez anos ou mais tiveram um risco mais de duas vezes maior de desenvolver câncer de mama, afirmaram cientistas americanos. As mulheres que tomavam remédios bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) para combater a pressão alta apresentaram de 2,4 a 2,6 vezes mais riscos de desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não tomavam este tipo de medicação, destacou o estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).

Segundo os especialistas, as descobertas podem ter implicações importantes para a saúde pública. "Embora alguns estudos tenham sugerido uma relação positiva entre a ingestão de BCC e o risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a observar que o consumo a longo prazo destes bloqueadores em particular está associado ao risco de câncer de mama", destacou o estudo.

Os BBC, também conhecidos como antagonistas do cálcio, foram o nono tipo de medicamento mais receitado nos Estados Unidos em 2009, com mais de 90 milhões de receitas, segundo a JAMA.

Os exemplos incluem amlodipina, diltiazem, felodipina, isradipina, nicardipina, nifedipina, nisoldipina e verapamilo. Esses medicamentos evitam que o cálcio se acumule nos músculos do coração e das artérias, e podem dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a frequência cardíaca. "Outros medicamentos anti-hipertensivos - diuréticos, betabloqueadores e antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA-II) - não se associaram a um risco maior de câncer de mama", destacou o estudo do JAMA.

Os cientistas examinaram o risco de câncer de mama em uma população de mulheres de 55 a 74 anos no estado de Washington (noroeste). No total, 880 desenvolveram câncer de mama ductal invasivo, 1.027 câncer de mama lobular invasivo e 856 não tiveram câncer e participaram do grupo de controle. Os estudiosos descobriram que a ingestão de BCC durante 10 anos ou mais se associava com probabilidades 2,4 vezes maiores de se desenvolver câncer de mama ductal e 2,6 vezes maiores de desenvolver câncer de mama lobular.

"Se o aumento de duas a três vezes maior do risco encontrado neste estudo se confirma, a ingestão de BCC a longo prazo seria um dos principais fatores de risco modificáveis para o câncer de mama", escreveu em um editorial na JAMA Patricia Coogan, epidemiologista chefe do Centro de Epidemiologia Slone da Universidade de Boston.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre mulheres em todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres nascidas hoje terá câncer de mama durante a vida.

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