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O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), negocia a ajuda de deputados federais da coligação que o levou à vitória para obter parte do dinheiro necessário para cumprir a promessa de não aumentar o valor da passagem de ônibus no ano que vem. Doria quer que os deputados destinem suas emendas parlamentares para a Prefeitura custear o subsídio ao transporte público.

"Pedi aos nossos deputados que tragam recursos para São Paulo, principalmente nas áreas de saúde e de mobilidade, até para fazermos a suplementação de verba no caso da tarifa", disse o prefeito eleito no domingo, 9, pela manhã, em um encontro com cicloativistas.

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Os deputados federais têm uma verba para emendas parlamentares de até R$ 16 milhões, em recursos do Tesouro federal. Por força de lei, metade desses recursos tem de ir para a saúde. Doria quer a outra metade.

Um dos deputados da base, Floriano Pesaro (PSDB), secretário estadual de Desenvolvimento Social, confirmou o recebimento do pedido. A ideia, já fechada, é que deputados que não estão exercendo o mandato no momento, como ele, retornassem ao Congresso para trabalhar na elaboração dessas emendas. "Foi um pedido do Doria. Vamos nos reunir amanhã (nesta segunda-feira, 10) para criarmos uma sintonia a esse respeito", informou o secretário.

O encontro será à noite e deve contar com a presença dos deputados federais tucanos Bruno Covas e Samuel Moreira, além dos secretários estaduais de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim (PPS), e de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM).

Pesaro disse ainda que, normalmente, as emendas parlamentares da bancada paulista não vão para a cidade de São Paulo pelo fato de o orçamento do município já ser grande. "As emendas somem no meio desse bolo." Mas, agora, o caso seria tratado de forma diferente graças ao pedido de Doria.

Pelas contas do prefeito eleito, a manutenção da tarifa no valor atual, que é de R$ 3,80, implicaria em um recurso extra de cerca de R$ 450 milhões. O valor gasto neste ano deve superar a casa dos R$ 2 bilhões. A iniciativa de Doria teria potencial para arrecadar cerca de 10% do valor necessário para cumprir a promessa.

Empresários do setor de ônibus, entretanto, estimam que a manutenção dos valores poderia resultar em uma pressão orçamentária de até R$ 1 bilhão a mais, fazendo os subsídios chegarem à casa dos R$ 3 bilhões.

Doria terá chances de reduzir a pressão por recursos se conseguir tocar, a curto prazo, a renovação da concessão do sistema de transportes da cidade, que poderia rever custos dos operadores. A gestão Fernando Haddad (PT) não conseguiu fazer a licitação, primeiro por causa dos protestos de rua, em junho de 2013, e depois porque o Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu a licitação que estava em andamento - o processo foi liberado antes do término das eleições, mas o petista declarou que não tocaria a licitação no fim do mandato.

Metrô

A expectativa de congelamento da tarifa de ônibus no ano que vem levou preocupação para o corpo técnico do Metrô, que em geral aumenta o valor da passagem nos mesmos índices que os coletivos.

A empresa estadual, que fechou com prejuízos de R$ 93 milhões no ano passado, já vem buscando incrementar as receitas acessórias (que não vêm da tarifa). Entre as medidas adotadas estão concessões de terminais, a privatização da Linha 5-Lilás e a redução das despesas, com um Plano de Demissão Voluntária, para evitar novo desempenho negativo. Mesmo assim, técnicos da companhia dão como certa a necessidade de aumento de tarifas em 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Fernando Haddad (PT) e o prefeito eleito João Doria (PSDB) se encontram nesta sexta-feira (7) pela primeira vez após o resultado das eleições. A reunião será na sede da Prefeitura e é ainda a primeira para tratar da transição entre os governos. Na pauta principal estarão as finanças municipais e a proposta orçamentária para 2017 já enviada pelo petista à Câmara Municipal. A estimativa de receita proposta é de R$ 54,7 bilhões, valor que nem sequer contabiliza a inflação do período. Se a correção fosse aplicada, o total deveria alcançar R$ 57,9 bilhões.

Aliados de Haddad acreditam que o petista aproveitará a oportunidade para explicar a Doria que algumas de suas propostas podem comprometer de forma preocupante a saúde das contas municipais. As duas principais são a manutenção da tarifa de ônibus a R$ 3,80 e a decisão de não reajustar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ambas no ano que vem. A primeira medida pode elevar os subsídios pagos às empresas do transporte de R$ 2 bilhões para cerca de R$ 2,5 bilhões.

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Nas próximas semanas, aliados de Haddad ainda tentarão convencer o tucano a não descontinuar ações que consideram importante da gestão atual. Ex-secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy - eleito vereador com 301 mil votos, o maior número da história - afirmou que já combinou um encontro com Doria na semana que vem para tratar de temas como Cracolândia e privatizações.

Suplicy quer convencer o tucano a não tomar medidas já anunciadas por ele durante a campanha, como a extinção das secretarias de Igualdade Racial e Direitos Humanos e do programa De Braços Abertos, que dá moradia e recursos a usuários de crack que aceitam tratamento e trabalho. "Recomendei a ele que falasse com os participantes do programa porque é importante que ele conheça o que aconteceu, quais foram os progressos e como muitos diminuíram o uso de drogas", disse.

O futuro vereador também citou a importância do programa Transcidadania, voltado à população LGBT. Doria afirmou que esse será mantido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Surpreendidas com o desfecho em primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, as coordenações financeiras dos principais candidatos buscam agora alternativas para quitar os débitos de campanha e evitar calote aos fornecedores. Colaboradores já batem às portas de comitês para cobrar por serviços realizados. PSDB e PT foram os partidos que terminaram a corrida eleitoral com as maiores dívidas.

O desafio é grande para os candidatos derrotados, que tendem a encontrar mais dificuldade agora para receber doações. Coordenador financeiro da campanha à reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) disse que pretende lançar uma plataforma colaborativa e promover jantares para pagar os mais de R$ 6 milhões de dívidas restantes após a derrota no primeiro turno.

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Teixeira, que também é um dos vice-presidentes nacionais do PT, admitiu que vai precisar de ajuda do Diretório Nacional do partido para completar o valor. "A diferença vamos pedir para o PT Nacional", disse ele.

O Diretório Municipal não tem autonomia estatutária para destinar verbas do Fundo Partidário para o pagamento de dívidas de campanha, e o Diretório Estadual, com dívidas, não tem condições financeiras para ajudar. Fontes do Diretório Nacional disseram que a ajuda a candidatos, até mesmo a Haddad, ainda não é certa e vai depender de avaliações internas.

Terceiro colocado na disputa, Celso Russomanno (PRB) afirmou à Justiça Eleitoral ter quitado todas as pendências. O total de despesas contratadas é de R$ 3,6 milhões e o mesmo valor é registrado como contas pagas. Desde o início da semana, no entanto, colaboradores da campanha se reúnem no comitê do deputado federal, na Avenida Indianópolis, zona sul, preocupados com a possibilidade de não receber pelo trabalho.

O pagamento pelos serviços deveria ter sido feito na sexta-feira passada, mas o dinheiro não entrou. Na quarta-feira (5) eram cerca de 30 colaboradores no escritório de Russomanno.

O coordenador financeiro da campanha, o deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), disse que os repasses já foram feitos regularmente à cooperativa responsável pela contratação de pessoal. "A cooperativa, quando foi pagar na sexta-feira, perdeu o horário porque era muita gente. Mas o dinheiro está entrando e o último pagamento é amanhã (esta quinta-feira, 6)", disse.

Luiza Erundina (PSOL) não deixou dívidas, disse o candidato a vice na chapa, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). "Usamos um pouco do Fundo Partidário e recebemos algumas doações individuais. Foi o suficiente", afirmou.

Coordenador financeiro da campanha de Marta Suplicy (PMDB), José Roberto Pimentel disse que vai avaliar as contas nesta semana. "Por enquanto, não tenho informação."

Até mesmo o prefeito eleito João Doria (PSDB), o mais rico dentre os candidatos, acumula saldo negativo - aliás, o maior. Ao todo, ele contratou R$ 13,9 milhões em serviços e pagou apenas R$ 4,5 milhões, de acordo com dados fornecidos pela campanha à Justiça Eleitoral. Foram R$ 9,4 milhões em serviços contratados ainda não pagos. O valor devido é maior do que toda a arrecadação do candidato tucano: R$ 7,59 milhões.

Jantar

A campanha de Doria chegou a articular a realização de um jantar de arrecadação, mas desistiu para evitar constrangimentos. "A norma autoriza (a realização de jantar) mesmo após o encerramento da campanha, mas entendemos que não seria ético promover um evento com o prefeito eleito", disse o advogado da campanha, Anderson Pomini.

No caso de não conseguir doadores para quitar a saldo, o prefeito eleito já afirmou que vai pagar o débito do próprio bolso. Com patrimônio de R$ 178 milhões, ele já foi o maior doador individual de sua própria campanha, com um aporte de R$ 2,9 milhões.

O promotor eleitoral José Carlos Bonilha, da 1.ª Zona Eleitoral, afirmou que as doações após a eleição não são mais de campanha e, por isso, podem ser feitas aos partidos sem seguir os limites de valores que lhe são impostos durante o período pré-eleitoral.

"Se aparecer um benemérito que queira quitar a dívida e honrar os compromissos, ele pode", disse o promotor. "O que precisa é ficar atento aos atos que se seguem a isso (doação). Se o sujeito é sócio de empresa que amanhã ou depois vai contratar com o poder público com dispensa de licitação, por exemplo", afirmou Bonilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vitória de João Doria (PSDB) no primeiro turno antecipou a disputa interna na Câmara Municipal pela presidência da Casa a partir de 2017. Eleito para o sexto mandato consecutivo, com 107 mil votos - a segunda maior votação -, Milton Leite (DEM) já articula apoio para ser declarado presidente em 15 de dezembro. Ele esteve na terça-feira (4) no escritório de Doria na capital e saiu com a promessa de que o prefeito eleito não vai interferir no processo.

O vereador do DEM, que está no sexto mandato, fez campanha para Doria e está na fila pelo cargo desde 2010, quando foi derrotado por José Police Neto (PSD). Quem também pleiteia a vaga é Mario Covas Neto (PSDB). Tio do deputado Bruno Covas, vice-prefeito eleito, ele foi o vereador mais votado do partido neste ano (75 mil votos).

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Conta a seu favor o fato de o PSDB ter feito a maior bancada da Casa, com 11 parlamentares eleitos. Pela tradição, o partido com maior representatividade na Câmara tem, em tese, a preferência na escolha do cargo.

O DEM de Milton Leite elegeu quatro vereadores. Aliados dele dizem que Leite sugeriu um acordo a Covas Neto de "fatiar" o mandato. Leite presidiria a Câmara nos primeiros dois anos e não tentaria a reeleição. Covas Neto receberia, em troca, seu apoio nos últimos dois anos da próxima legislatura.

'Dívida'

Doria tem uma "dívida" política com Leite, que somou votos para o tucano na região de M'Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. Covas Neto, no entanto, também foi determinante na construção da candidatura do empresário tucano. Ele deixou de apoiar o então colega de bancada, Andrea Matarazzo, durante as prévias do partido.

A eleição para a mesa diretora do parlamento paulistano ocorrerá neste ano ainda, o que pode favorecer Leite. Boa parte dos parlamentares não foi reeleita e, portanto, não vai compor a base de Doria e tende a apoiá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito eleito João Doria (PSDB) indicou na terça-feira, 4, que, se depender do seu governo, a criação do Parque Augusta, na região central, não sairá do papel. "A Prefeitura não vai gastar dinheiro público nisso, dinheiro que precisa ser priorizado em saúde e educação. Quero deixar bem claro que não comprarei terreno para fazer praça ou parque."

A afirmação de Doria abre mais um capítulo na novela que se tornou o projeto de abrir à população o terreno de 23,7 mil metros quadrados entre as Ruas Caio Prado e a Marquês de Paranaguá. As construtoras Setin e Cyrela, proprietárias da área, exigem ao menos R$ 120 milhões da Prefeitura para abrirem mão de um projeto que prevê a construção de quatro torres de 36 a 45 metros de altura no local - projeto já aprovado pelo órgão do patrimônio municipal. O valor pedido representa o dobro do pago em janeiro de 2014 e não foi aceito pela gestão Fernando Haddad (PT).

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"Essa alternativa (de pagar a desapropriação) é zero. Agora, o entendimento com os proprietários nós podemos ter, para que parte da área possa ser aberta à população", disse.

Para a presidente da Sociedade Amigos e Moradores Cerqueira César, Célia Marcondes, o prefeito eleito está "equivocado". "A gente nunca vai desistir. Esse parque é imprescindível."

O empresário Elie Horn, dono da Cyrela, aparece como doador de R$ 100 mil para a campanha de Doria. Ele também financiou o mesmo valor a Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Haddad. A assessoria de Doria nega que a decisão será tomada levando em conta interesses privados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois dias após somar 3 milhões de votos e vencer a disputa pela Prefeitura de São Paulo, o empresário João Doria (PSDB) recebeu a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na terça-feira (4) à tarde na sede do Grupo Doria, em um prédio luxuoso nos Jardins, com um cronômetro nas mãos.

Ainda em tom de campanha, listou suas principais promessas em pouco mais de uma hora e reafirmou alguns de seus compromissos: vai revogar a redução da velocidade nas Marginais, eliminar parte das ciclovias, vender Interlagos e Anhembi - o que deve render cerca de R$ 7 bilhões - e ajudar o governador Geraldo Alckmin a conquistar a vaga tucana na disputa presidencial, em 2018.

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O posto de gestor deve, aos poucos, ser consumido pelo cargo político. Antes de receber a reportagem, o tucano se reuniu com o vereador reeleito Milton Leite (DEM), o mais votado na sua coligação. "Gosto de conversar", diz ele.

Dados estaduais mostram queda de mortes no trânsito quase três vezes maior na cidade que no Estado. Especialistas atribuem à redução da velocidade nas Marginais. O senhor teme ser responsabilizado caso as mortes voltem a crescer após ampliar o limite?

Houve queda de mortes nas estradas estaduais sem nenhuma redução de velocidade. É preciso lembrar que o processo de recessão pelo qual passa o País reduziu em 11% o número de veículos circulantes na cidade, o que influencia. Sou gestor e vou ser prefeito. Não tenho medo de nada. Não tenho medo de tomar atitudes corretas.

Vai mexer nas ciclovias?

As ciclovias serão preservadas onde funcionam bem, onde têm movimento, ciclistas. Não serão continuadas em calçadas nem onde não são utilizadas. Vamos fazer um estudo para avaliar isso. Já as ciclovias que foram assimiladas pela população vão continuar e serão mantidas pela iniciativa privada porque a Prefeitura faz mal hoje essa conservação. Vamos escolher uma área e permitir ali a publicidade. As empresas interessadas poderão adotá-las por um ano ou mais.

Vai ampliar a rede?

Não. Só se houver uma necessidade real e comprovada. Apenas para cumprir meta, não.

O governo federal tem uma dívida de R$ 400 milhões com São Paulo. E há convênios assinados no valor de R$ 8 bilhões do PAC que ainda não chegaram aos cofres municipais. O senhor vai cobrar essa dívida quando assumir a cidade?

(O presidente Michel) Temer vai ter de pagar. Aliás, tem outras dívidas, de bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil. Nós vamos cobrar. O prefeito Fernando Haddad tomou um cano da Dilma, que nem o recebia, uma anomalia.

Quanto renderá a venda do Anhembi e de Interlagos?

Estimamos cerca de R$ 7 bilhões. É um valor substantivo. Os recursos serão dedicados para saúde e educação.

As empresas filiadas ao Lide, seu grupo de líderes empresariais, poderão participar do processo de privatização?

Todas as concorrências que faremos serão abertas às empresas nacionais e internacionais. As empresas filiadas ao Lide poderão participar, não há qualquer conflito de interesse nisso, até porque não será o Lide.

A sua eleição no primeiro turno fez Geraldo Alckmin furar a fila pela vaga do PSDB à disputa pela Presidência em 2018?

Não acho que exista fila na política. Sou um exemplo disso. Só os velhos da política acham que existe fila. Mas a minha vitória em São Paulo fortalece, sim, a posição do Geraldo. Eu, assim como ele, defendo prévias nacionais para essa escolha. É o modelo mais democrático e amplo.

Ao mesmo tempo em que o senhor fala em plano de privatizações, promete não aumentar a tarifa de ônibus, aumentando o subsídio. Não é incoerente?

O valor social precisa ser preservado. É uma decisão.

O senhor vai permitir que moradores de rua montem barracas?

Não, nós vamos dar assistência e abrigo a eles, o que não foi feito nesta gestão. Vamos revisar totalmente esse programa, fazer com que os abrigos tenham condições adequadas e tenham canil, todos.

O senhor vai pagar ônibus para as pessoas fazerem exames de madrugada, como propôs?

Não, há ônibus 24 horas em São Paulo. Menos, mas tem. E vamos priorizar os horários das 20h às 22h e das 6h às 8h para a marcação desses exames, principalmente no caso de mulheres, gestantes e idosos. É melhor isso do que ficar na fila por dez meses ou mais. Nós vamos zerar essa fila em um ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Triunfo político do governador Geraldo Alckmin, a vitória de João Doria no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo trouxe à tona a rivalidade no PSDB. Na legenda tucana, o resultado na maior cidade do País, que fortaleceu Alckmin como possível candidato à Presidência em 2018, precipitou nos bastidores uma disputa que, a princípio, ocorreria somente no ano que vem. Em maio de 2017, o partido vai eleger uma nova direção Executiva Nacional.

O comando do partido é considerado um grande trunfo para a definição do próximo presidenciável tucano.

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Além do governador paulista, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o senador Aécio Neves (MG) postulam a indicação do partido como candidato em 2018. Logo após o resultado em São Paulo, Alckmin introduziu o tema sucessão presidencial ao defender as prévias partidárias.

Aécio, que é o atual presidente nacional do PSDB, foi na segunda-feira, 3, na mesma linha. "No nosso estatuto estão previstas as prévias. A prévia pressupõe uma questão para que exista mais de uma candidatura colocada formalmente. Se isso ocorrer, dentro do que estabelece o estatuto do partido, ela deve ser vista como uma oportunidade de um debate democrático", disse o senador em Belo Horizonte.

"Tanto eu, Geraldo (Alckmin), (José) Serra, todos nós estimulamos esse debate, e a prévia pode ser um bom caminho. Mas, neste momento, não é correto nem é justo com as nossas lideranças anteciparmos 2018."

Com o patrocínio do governador de São Paulo, Doria foi eleito com 53% dos votos válidos, na primeira vez que a eleição na capital paulista foi decidida na primeira fase. O empresário não teve apoio do grupo de Serra e somente na reta final recebeu manifestações de outros caciques tucanos como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Aníbal (SP). Serra não entrou na campanha.

À coluna Direto da Fonte, do jornal O Estado de S. Paulo, FHC classificou na segunda-feira, 3, o triunfo no primeiro turno mais como "uma vitória pessoal" de Doria, embora beneficie o partido.

Doria fez um discurso conciliador após confirmada sua eleição. Na segunda-feira, 3, o prefeito eleito disse ter estima pessoal por Serra, mas afirmou que não recebeu dele um telefonema de cumprimentos pela vitória.

O ministro, que estava em viagem oficial à Argentina e ao Paraguai, integrando a comitiva do presidente Michel Temer, evitou comentar o assunto. "Eu não tenho interesse (em falar de eleição). Eu sou ministro do governo e estou preocupado com questões de Argentina e Paraguai", afirmou. Questionado se pretendia ligar para Doria, Serra evitou responder diretamente e disse que " muita gente do PSDB deve ter ido para o segundo turno ou ganhado".

Repercussão

Para o vice governador Márcio França, presidente do PSB paulista e operador político de Alckmin no plano nacional, a vitória no primeiro turno "exportou" o governador paulista para o Brasil como o responsável pela maior vitória contra o PT. "Alckmin já é o grande vitorioso de 2016. A eleição de Doria foi a única que teve repercussão nacional", disse.

Doria concorda com a tese. "Não quero nacionalizar, mas não vou negar que a vitória no primeiro turno contribui para o PSDB nacionalmente. A capital do País é a cidade mais importante. É uma reafirmação do PSDB em território do PT. O berço do PT é aqui", disse ao jornal O Estado de S. Paulo na véspera da votação.

Na Executiva Nacional do PSDB, a ideia de antecipar a discussão sobre 2018, porém, é tratada por alguns como "intempestiva" e "inapropriada". "É evidente que o Geraldo se fortalece com a vitória em São Paulo. O Aécio também porque teve resultados bons em Minas, mas a disputa de 2018 está muito longe. Temos que pensar em outubro de 2016. Temos um enorme rio para atravessarmos", disse o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, do grupo de Serra.

Cotado para substituir Aécio no comando do PSDB em 2017, o senador Cássio Cunha Lima (PB) também considerou que o partido deve se concentrar, neste momento, nas disputas de segundo turno. "É preciso esperar que se encerre o processo eleitoral. A eleição acabou na principal cidade, mas ainda acontece em várias outras. Não tem lógica fazer uma discussão interna, quando se está num embate externo. É preciso manter a tropa alinhada", disse o senador.

O PSDB ainda disputa o segundo turno em oito capitais: Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Belém e Porto Velho.

Para se contrapor ao triunfalismo dos aliados de Alckmin, Aécio tentou capitalizar o bom resultado do PSDB nacional. "Essa foi a mais consagradora vitória que o PSDB teve desde 2004, quando já não estávamos no governo federal", afirmou.

Critérios

Além da resistência de alguns líderes em avançar neste momento na discussão sobre a realização de prévias, integrantes da cúpula do PSDB lembram que, até o momento, não há nenhum critério ou modelo definido para a sua realização.

"Se fizermos prévias, vamos ter que estabelecer peso e valor para cada um dos Estados. Não precisamos disso. Aqui o Aécio ganhou na última eleição presidencial por 51% e no segundo turno com 70% do votos. Qual seria o peso de Santa Catarina numa prévia? O peso dos filiados ou eleitoral? Não concordo que seja o critério dos filiados porque aqui o PT nunca ganhou eleição para presidente", disse o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O último debate antes da votação em primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, promovido na noite de ontem pela TV Globo, foi marcado por uma espécie de "dobradinha" entre o candidato do PSDB, João Doria, e a candidata do PMDB, Marta Suplicy.

Na busca por uma vaga no segundo turno, a peemedebista evitou entrar em confronto direto com o tucano, líder da disputa na capital paulista, que, na avaliação das campanhas adversárias, já teria assegurado a vaga na etapa final da campanha.

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Em pelo menos quatro momentos, Marta e Doria trocaram impressões críticas à administração do prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) sobre ações na periferia, habitação, pichações e saúde pública.

Conforme a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada anteontem, Doria tem 28% das intenções de voto, seguido por Celso Russomanno (PRB), com 22%; Marta aparece com 16%, em empate técnico com Haddad (13%). A candidata do PSOL, a ex-prefeita Luiz a Erundina, está com 5% das intenções de voto.

No primeiro bloco, a candidata do PMDB perguntou para Doria com tema livre. Ambos formaram uma tabelinha para atacar a gestão de Haddad, mas sem citá-lo nominalmente.

"Na atual gestão, a Prefeitura virou as costas para a periferia. Não entregou o que prometeu. Dos 20 CEUs (Centros Educacionais Unificados), entregou um, das 49 UBS (Unidades Básicas de Saúde), entregou muito menos. Qual é a sua proposta para a periferia?", questionou a peemedebista. "A Prefeitura prometeu muito e cumpriu pouco. Deixou a desejar. Não é justo que mais de 500 mil pessoas estejam esperando por exames. Não é razoável que mais de 103 mil crianças estejam fora das creches", respondeu Doria.

Marta então emendou prometendo: "Vamos entregar muito do que foi prometido pela gestão anterior". "Vamos entregar 14 CEUs (criados na gestão Marta)." O tucano encerrou a sequência exaltando o CEU. "Considero o CEU um bom programa, que você iniciou e o prefeito Haddad tentou ampliar, mas não conseguiu."

Ao fim do debate, o tucano negou a "dobradinha". "Não teve entendimento prévio entre mim e a Marta. A disputa dela é com Haddad e Russomanno."

Para o petista, a estratégia é tirá-lo do segundo turno. "Talvez Doria não queira me enfrentar no segundo turno", disse.

Em seguida, Russomanno perguntou para Erundina sobre políticas para pessoas com deficiência. Ela aproveitou a deixa para criticar contra Doria, que na campanha disse que acabaria com a secretaria do setor, mas depois recuou. "Sabemos que grupos especiais precisam de uma atenção especial. Tem outro candidato entre nós aqui que ameaçou acabar com a secretaria que existe de atenção ao segmento de pessoas com deficiência. Isso é um retrocesso, uma insensibilidade."

Nacionalização. Na estratégia de nacionalizar o debate, Erundina mais uma vez tentou colar em Marta a gestão do presidente Michel Temer. "O presidente ilegítimo, o seu presidente, editou uma medida provisória modificando o ensino médio no País, alternando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Isso mediante uma medida provisória, sem nenhum debate. O que acha?", questionou.

Marta fez uma defesa discreta de Temer, mas criticou a medida de forma pontual. Nas últimas semanas, a campanha da senadora identificou que a estratégia do PT de colar nela a administração federal surtiu efeito. "Acredito que podia ser mais debatido popularmente. Em linhas gerais é uma medida interessante porque diminui o número de cadeiras que os alunos vão ter acesso." Erundina seguiu batendo na mesma tecla e reclamou da extinção de disciplinas como Sociologia, Filosofia, Artes, Educação Física. "Isso vai empobrecer o ensino."

A senadora então recuou e gaguejou na resposta. "Concordo com parte do que você colocou. Várias coisas que foram eliminadas vão ter de ser repensadas."

No último bloco as duas ex-petistas voltaram a se enfrentar quando Erundina culpou as medidas econômicas do governo Temer pela crise e Marta rebateu dizendo que a responsabilidade é do governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). No final Haddad e Russomanno fizeram um debate direto tendo como tema os aplicativos de transporte tipo Uber. No início da campanha Russomanno chegou a dizer que proibiria o aplicativo mas depois recuou.

No mesmo dia em que mudou seu discurso e declarou pela primeira vez apoio a João Doria (PSDB) na corrida à Prefeitura de São Paulo, o senador tucano José Aníbal foi citado como testemunha de acusação contra o candidato em Ação de Investigação Eleitoral do Ministério Público Eleitoral.

A ação foi proposta na segunda-feira, 26, contra Doria e o governador Geraldo Alckmin por suspeita de abuso de poder político. Na noite daquele dia, Aníbal mudou o discurso de crítica e aderiu a Doria em ato do candidato a vereador Edson Aparecido.

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Além de Aníbal, a promotoria chamou para depor o ex-governador Alberto Goldman e o vereador Alberto Quintas (PSD). Mesmo que a ação seja aceita, nenhuma testemunha é obrigada a depor. Aníbal, Goldman e Quintas podem ficar em silêncio.

Aníbal não quis comentar. Já Goldman afirmou que eles apresentaram denúncia de abuso de poder econômico de Doria nas prévias tucanas em março deste ano, mas que o caso ainda não rendeu uma representação do Ministério Público. "Não declaro publicamente meu voto por respeito à decisão partidária. Mas não voto no Doria por uma questão de consciência", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma ação protocolada no começo da noite da segunda-feira (26) na Justiça Eleitoral pelo Ministério Público pede a cassação da chapa do PSDB, formada por João Dória e Bruno Covas, que disputa a prefeitura de São Paulo, assim como a inelegibilidade do governador paulista, Geraldo Alckmin, por abuso de poder.

Pela acusação, feita pelo Ministério Público Eleitoral, Alckmin teria comprado o apoio do Partido Progressista (PP) ao entregar, em julho, a Secretaria do Meio Ambiente a Ricardo Salles, filiado à sigla que faz parte da coligação de Doria, afilhado político do governador.

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"O PP concedeu para Doria 25% de seu tempo na campanha de TV. Usar uma secretaria de Estado por interesse privado caracteriza desvio de finalidade", diz o promotor José Carlos Bonilha, que compara a situação com o episódio em que a ex-presidente Dilma Rousseff chamou Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro da Casa Civil num momento em que o líder petista era alvo de investigação da operação Lava Jato.

A ação se baseia ainda em outras duas acusações. Segundo Bonilha, Alckmin se afastou da condição de neutralidade quando, mesmo fora da agenda governamental, acompanhou Doria em eventos públicos, com finalidade eleitoral, ainda antes do registro da candidatura.

A última acusação é a "apropriação" pela coligação de Doria do slogan "Acelera SP", criado para o governo de São Paulo pelo publicitário Nizan Guanaes. "O governo deveria impedir a apropriação privada de uma marca que é pública", afirma o promotor.

A ação corre na 1ª Zona Eleitoral da capital paulista e, segundo Bonilha, pode ser julgada antes do segundo turno da eleição municipal, na qual as últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha mostram liderança do candidato tucano nas intenções de voto.

Em resposta, Anderson Pomini, advogado da coligação liderada pelo tucano, disse não ter sido ainda notificado da ação, cujas razões, segundo ele, "são frágeis e carecem dos mínimos elementos probatórios". "Parte-se de uma premissa equivocada e sem respaldo legal que pretende impedir que o candidato João Doria receba apoio de partidos e de lideranças políticas", afirma Pomini.

O governo do Estado, por sua vez, diz ter tomado conhecimento da ação pela imprensa, "menos de uma semana depois do pedido de esclarecimento que foi encaminhado pelo procurador com o mesmo propósito". "Os esclarecimentos que o governo estadual encaminhará serão suficientes para demonstrar a improcedência da referida ação judicial", afirma o governo, em nota.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, defendeu nesta terça-feira (27) o movimento "escola sem partido", que prega a "neutralidade política" no ensino. "Defendo o 'escola sem partido'. Nossos filhos não têm que ter educação política nas escolas. Uma criança de seis, sete ou oito anos não tem capacidade de decidir. Não pode ter política na escola", disse o candidato.

O tucano participa na manhã desta terça de um evento com sindicalistas da Força na Liberdade, região central da cidade.

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Durante o ato, Doria recebeu apoio de lideranças de candidatos do Solidariedade, partido do candidato Major Olímpio. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que é ligado à Força, disse que Olímpio foi convidado, mas não compareceu.

Diretor do sindicato e filiado ao SD, o metalúrgico Ricardo Rodrigues, 54, disse que parte do partido está com Doria para levá-lo ao segundo turno.

Enquanto os candidatos à Prefeitura de São Paulo aparecem comportados no horário eleitoral da TV, uma disputa "subterrânea" acontece em aplicativos, redes sociais e até por meio de chamadas telefônicas.

Ataques de autores não identificados se disseminaram em várias plataformas contra os principais candidatos, que pouco podem fazer para impedir a ação. Enquanto em 2014 o Facebook foi o principal instrumento para esse tipo de estratégia, dessa vez o aplicativo de mensagens WhatsApp ganhou espaço por não ser possível fazer rastreamento.

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Os advogados da campanha de João Doria (PSDB) estão analisando o que fazer em relação a um vídeo de 54 segundos que liga o candidato a uma suposta campanha da Embratur que teria incentivado o turismo sexual nos anos 1980, quando o tucano presidiu a entidade.

"No caso do Facebook, nós fazemos notificações 'inbox' com quem compartilha conteúdo ofensivo. Mas no WhatsApp é praticamente impossível identificar o autor", disse o advogado Anderson Pomini, da campanha do tucano. Segundo ele, já foram feitas 50 notificações na rede social. A maioria apagou o post para evitar processos judiciais.

Telefone

Outra modalidade de ataque apócrifo são as chamadas telefônicas. No últimos dias, centenas de pessoas relataram ter recebido telefonemas com uma gravação com ataques a Celso Russomanno (PRB).

Ao atender o telefone, o interlocutor ouve uma pergunta: "O senhor sabe que Russomanno faliu um bar em Brasília? Se sim, tecle 1. Se não, tecle 2". "Isso está acontecendo na cidade inteira. Nós já fizemos um boletim de ocorrência e pedimos providências da Justiça Eleitoral, mas é muito difícil identificar os autores desse tipo de sujeira", disse Russomanno ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Esse é o mesmo método do WhatsApp, só que, em vez de programar de mandar uma mensagem, a máquina de chip envia um telefonema. Hoje em dia é fácil comprar base de dados. Isso ocorre no Brasil inteiro", disse o publicitário Pedro Guadalupe, que atua como marqueteiro em campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aposta do governador Geraldo Alckmin na disputa eleitoral em São Paulo, o candidato tucano à Prefeitura, João Doria, pretende mostrar que também tem acesso à administração do presidente Michel Temer. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que é filiado ao PSDB, participará de uma agenda nos próximos dias ao lado do candidato tucano.

Moraes será o primeiro integrante do primeiro escalão de Temer a fazer campanha em São Paulo. O local da atividade ainda não foi definido, mas a expectativa é de que seja já no próximo fim de semana.

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Também tucano, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, se ofereceu para vir a São Paulo e pode gravar uma participação no horário eleitoral.

"O Doria tem apoio de vários ministros e eles se dispuseram a fazer campanha. Estamos analisando a melhor maneira. A ideia é que isso aconteça quando houver alguma atividade que tenha relação direta entre os problemas das cidade e as pastas", disse Júlio Semeghini, coordenador da campanha tucana.

Ao mesmo tempo em que Doria tenta mostrar acesso à máquina federal, a associação com o governo Temer, que é do PMDB, tem causado constrangimentos à candidata peemedebista, Marta Suplicy, chamada de "golpista" em algumas ocasiões durante a campanha.

No debate do domingo passado, promovido pela Gazeta, o jornal O Estado de S. Paulo e o Twitter, Marta tentou jogar na conta de Celso Russomanno (PRB) o desgaste por proposta impopular do governo. Questionada sobre mudança na legislação trabalhista que prevê jornada de até 12 horas, a peemedebista cobrou o adversário. "Quem fez a proposta foi exatamente o ministro do Trabalho do PTB, que é do partido do Celso Russomanno", disse Marta na ocasião. O PTB tem a vice na chapa de Russomanno, Marlene Machado.

O partido de Russomanno também está na base de Temer e tem Marcos Pereira, presidente licenciado do PRB, como titular da pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O ministro, porém, deve ficar fora da campanha em São Paulo.

"A orientação do presidente é evitar que ministros participem das disputas para não provocar desarranjos na base", disse José Yunes, coordenador da campanha de Marta e amigo pessoal de Temer. Ele avalia que ministros "não agregam", porque a eleição é mais voltada para os temas relacionados à cidade.

Padrinho

Além de tentar passar a ideia de que tem bom trânsito na esfera federal, Doria reforçou a participação de Alckmin na campanha.

Comerciais com a dupla voltaram a ser exibidos no programa eleitoral da TV e o candidato tucano marcou dois eventos ao lado do padrinho para esta quinta-feira, 22.

O primeiro será um "encontro político" em um hotel na capital. O evento será o terceiro de Alckmin em toda a campanha. O primeiro foi uma caminhada em Paraisópolis e o segundo a convenção tucana.

Após o ato em um hotel da capital, o governador participará de um jantar de arrecadação de fundos. Cada convite custará R$ 2.500. Foram colocados à venda 800 ingressos ao todo.

Em outra frente, Doria receberá o apoio, em vídeo, de quadros tucanos paulistas. Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Aníbal, que era desafeto de Doria, decidiram entrar na campanha.

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, já gravou um depoimento, a exemplo do também senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do governo na Casa. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, deve ficar fora.

A coordenação de comunicação da campanha, porém, minimiza o peso dos apoios. "Todo apoio político é importante, mas, para o cidadão pobre da periferia, não há grande diferença pela falta de identificação com esses nomes", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o publicitário Lula Guimarães, responsável pela comunicação da campanha de Doria.

Candidato tucano diz que, se eleito, vai abrir mão de salário

O candidato João Doria (PSDB) prometeu na quarta-feira, 21, doar seu salário como prefeito, caso seja eleito, a "instituições", em entrevista à Rádio Bandeirantes e à BandNews. Em quatro anos de mandato e um salário de R$ 24 mil mensais, Doria abriria mão de mais de um R$ 1 milhão ao longo dos quatro anos.

"Tenho dinheiro suficiente para viver o resto da minha vida sem trabalhar (…) Quero seguir o exemplo de Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York", declarou o tucano na entrevista.

Bloomberg, que tem fortuna estimada em US$ 31 bilhões, foi prefeito de Nova York de 2002 a 2013. Estima-se que, durante os seus três mandatos, o político e empresário americano tenha gastado cerca de US$ 650 milhões do próprio bolso (viajava nos próprios jatinhos e helicópteros, por exemplo). Por ano, simbolicamente, Bloomberg recebeu US$ 1 por exercer o cargo de prefeito.

Doria declarou à Justiça Eleitoral ter patrimônio de R$ 179,9 milhões. Entre os bens que o candidato tucano afirmou ter estão quatro imóveis, o mais caro deles no valor de R$ 12 milhões, e quatro carros, entre eles dois Porsches no valor de R$ 316 mil e R$ 278 mil. Além disso, declarou R$ 85 milhões em participações em nove empresas e R$ 36 milhões em investimentos em obras de arte e aplicações em dinheiro no Brasil e no exterior.

Ainda na entrevista, Doria foi questionado se o investimento financeiro feito na campanha compensaria. Doria afirmou que "não há investimento nem sentido empresarial, mas, sim, sentido social (…) Fazer esse esforço por quatro anos vai melhorar minha vida com meus amigos e com a cidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma disputa direta por uma vaga no segundo turno, os candidatos Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) afirmaram no domingo (18), no debate promovido em parceria pela TV Gazeta, o jornal O Estado de S. Paulo e o Twitter, que não vão aumentar a tarifa de ônibus caso sejam eleitos. Em São Paulo, o preço da passagem é de R$ 3,80, valor custeado por meio de uma política de subsídio que consome R$ 2 bilhões por ano do orçamento municipal.

Em posição de empate técnico na última pesquisa Ibope, Marta e Doria não explicaram se pretendem congelar a tarifa pelos quatro anos de governo ou apenas em 2017. Também não deixaram claro como conseguirão verba orçamentária para ampliar o subsídio. Os R$ 2 bilhões já gastos representam cerca da metade da capacidade de investimento da Prefeitura.

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"Não vou aumentar tarifas, mas também não vou tirar o que foi conquistado. Passe livre é uma conquista, o direito do idoso também é uma conquista, não vamos mexer. Vamos ter que criar outra oportunidades para a Prefeitura bancar tudo isso", disse Marta, que prometeu ainda concluir a licitação do transporte público, em processo há três anos, e reduzir o tempo de espera entre os ônibus.

"A Prefeitura tem que pensar no trabalhador, tem que pensar nas pessoas que estão se beneficiando com o subsídio, é exatamente isso, para cuidar de quem tem menos, cuidar de quem mais precisa."

Doria afirmou que vai manter o subsídio. "É um programa social que é importante, que seja mantido nas condições que se encontra. Não faremos nenhum tipo de alteração nas tarifas de ônibus. Vamos procurar integrar ainda mais o serviço do Município, com os ônibus, com o serviço do Estado, com os trens", disse.

Ao também ser questionado sobre transporte público, Celso Russomanno (PRB) não entrou na discussão sobre tarifa, mas falou em aumentar o número de micro-ônibus usados em linhas dentro de bairros.

Uber

Principal crítico da regulamentação feita pela gestão Fernando Haddad (PT) para serviços de transporte privado de passageiros como o Uber, Russomanno voltou a dizer que não vai acabar com o aplicativo, caso eleito.

"Eu não sou contra o Uber, eu sou contra que o motorista trabalhe horas por dia sem dinheiro ou descanso, ou de uma empresa de aplicativos levar 25% do motorista. Quem ganha nesse processo com a quantidade imensa de carros é apenas a empresa. Cadê os direitos trabalhistas?", questionou.

Marta também entrou na discussão, acusando Haddad de não divulgar dados sobre a frota autorizada de Uber na cidade - uma resolução publicada pela Prefeitura na semana passada, assegurando sigilo sobre as informações, acabou desautorizada por Haddad após vir a público. A candidata disse que o petista não é transparente na questão. O petista rebateu, dizendo que vai publicar os dados assim que os tiver em mãos, e que a Uber entrou com ação na justiça para evitar repassar as informações à administração municipal.

Russomanno ainda mencionou o fato de um dos sobrinhos de Haddad, Guilherme Haddad, trabalhar na empresa. "Seu sobrinho trabalha lá. Tem todos os dados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aceitou na quarta-feira, 7, o pedido da Ipiranga para que o candidato à Prefeitura de São Paulo João Doria (PSDB) suspenda a campanha publicitária em que faz referência aos anúncios da empresa do ramo de combustíveis - até usando o bordão "pergunta lá".

Na propaganda de Doria, um ator parecido com Antonio Duarte de Almeida Júnior, o Batata, famoso por estrelar os comerciais do posto Ipiranga, repete os trejeitos e o sotaque do original para responder a perguntas de uma garota: "Sabe onde eu encontro UBS sem fila, hospital limpinho e médico especialista por aqui?". A resposta é: "Lá na propaganda do PT" - parodiando o já famoso "Lá no posto Ipiranga".

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Tão logo a peça foi ao ar, os espectadores fizeram a conexão entre a propaganda de sucesso e a paródia tucana - que, em nenhum momento, pareceu tentar esconder ou disfarçar a referência. Assim que foi veiculado, o "pergunta lá tucano" viralizou em redes sociais como Twitter e no Facebook.

Conforme o jornal Folha de S.Paulo, a empresa não gostou de ver o seu bordão sendo usado no horário eleitoral gratuito e entrou com uma representação no TRE solicitando "a suspensão do uso indevido do conceito de sua campanha publicitária". O pedido foi feito na terça-feira e acatado na quarta-feira, no feriado de 7 de setembro.

"Com a ação na Justiça, a empresa buscou proteger seus direitos sobre o conceito de sua célebre campanha", informou a assessoria do posto Ipiranga em nota. "A Ipiranga ressalta que não foi consultada previamente e não cedeu seus ativos publicitários para uso em qualquer campanha eleitoral. A companhia respeita a pluralidade democrática e faz questão de se manter neutra em pleitos eleitorais", afirmou a empresa.

Resolução

Em um primeiro momento, o TRE-SP chegou a indeferir o pedido da empresa - dizendo que ela não tinha legitimidade para acionar a Justiça Eleitoral. Mas a interpretação favorável à campanha tucana foi derrubada pelo juiz Danilo Mansano Barioni, que usou uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para vetar a propaganda de Doria.

A resolução usada pelo juiz na decisão trata da necessidade de "coibir, no horário eleitoral gratuito, propaganda que se utilize de criação intelectual sem autorização do respectivo autor ou titular". O descumprimento da decisão acarretaria o pagamento de uma multa de R$ 5 mil (por dia de exibição da propaganda após a decisão judicial).

Suspensão

A campanha de Doria disse que a propaganda já seria suspensa na quarta-feira, mesmo antes da contestação da empresa. Segundo a campanha, a propaganda "não afrontaria a legislação autoral ou eleitoral" e "não foi observada nenhuma ilegalidade em sua veiculação".

A coluna Direto da Fonte informou que a Justiça Eleitoral também determinou a retirada da versão radiofônica da propaganda. A representação foi feita pela campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição.

Alckmin entra na campanha tucana; Goldman critica

A campanha de João Doria ainda causa fissuras na cúpula tucana. O ex-governador tucano de São Paulo Alberto Goldman postou vídeo em seu blog em que chama de "fantasia" a proposta do candidato de seu partido de criar os chamados "corujões da saúde". Pela proposta, a Prefeitura faria convênios com hospitais privados para utilizar sua estrutura durante a madrugada.

A campanha de Doria respondeu dizendo que "talvez, para o ex-governador Alberto Goldman, seja correto deixar pessoas à espera de um exame".

Enquanto Goldman e a equipe de Doria trocam críticas, o governador Geraldo Alckmin entra na campanha de seu candidato. Nesta quinta-feira, 8, ele vai gravar suas primeiras participações nos programas de Doria. A decisão foi tomada após pesquisas detectarem que o eleitor de Alckmin ainda não o identifica com o afilhado político. Agendas conjuntas dos tucanos também estão sendo preparadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), desistiu de nomear o presidente do PV de Mogi das Cruzes, Romildo Campello, na Secretaria de Cultura. A decisão foi tomada após a repercussão negativa da escolha. Sem relação com área, Campello substituiria José Roberto Sadek, que é graduado em Comunicações e Artes e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP).

"Romildo Campelo não será nomeado. O PV faz parte do meu governo desde 2011", disse o governador em entrevista à rádio CBN.

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Atualmente, o Ministério Público Eleitoral tem um procedimento instaurado para investigar a suspeita de abuso de poder político da campanha do tucano João Doria à Prefeitura de São Paulo. Para o promotor José Carlos Bonilha, que conduz as investigações, a nomeação do novo secretário de Cultura repetiria o que ocorreu na pasta do Meio Ambiente, na qual Alckmin colocou o advogado e seu ex-secretário pessoal Ricardo Salles, do PP, no lugar da professora da USP especialista na área, Patrícia Iglecias. O PP, o PV fazem parte da coligação de Doria, que soma 13 legendas.

O Palácio dos Bandeirantes nega o acerto. Segundo a assessoria de imprensa de Alckmin, não há "qualquer relação" entre a administração pública e a lógica eleitoral.

O governador Geraldo Alckmin promoverá nos próximos dias a última mudança em seu secretariado para acomodar os partidos que entraram na coligação do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria.

Com passagem pela secretaria de Turismo, o presidente do PV de Mogi das Cruzes, Romildo Campello, assumirá a secretaria estadual de Cultura. Ele entra no lugar de José Roberto Sadek, mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo.

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Além de Campello, o governador já nomeara o presidente estadual do PHS, Laércio Benko, no Turismo, e Ricardo Salles, do PP, no Meio Ambiente. As duas siglas também estão com Doria na disputa municipal.

Segundo o PV de São Paulo, Campello assumirá como secretário adjunto, já que teria sido feito um acordo com Alckmin para que o presidente nacional do partido, José Penna, seja o titular quando se recuperar de problemas de saúde. O Palácio dos Bandeirantes nega o acerto.

Alckmin também definiu na terça-feira (30) o nome do economista Hélcio Tokeshi para substituir Renato Villela na Secretaria da Fazenda. O novo secretário assume o posto no dia 1º de setembro. Natural de Piracicaba, Tokeshi é formado em Economia pela USP e doutor pela Universidade Berkeley, da Califórnia.

Abuso de poder

Atualmente, o Ministério Público Eleitoral tem um procedimento instaurado para investigar a suspeita de abuso de poder político da campanha de Doria. Para o promotor José Carlos Bonilha, que conduz as investigações, a nomeação do novo secretário de Cultura repete o que ocorreu na pasta do Meio Ambiente, na qual Alckmin colocou o advogado e seu ex-secretário pessoal Ricardo Salles, do PP, no lugar da professora da USP especialista na área, Patrícia Iglecias.

"Para o Ministério Público o que está ocorrendo na Secretaria da Cultura é muito semelhante ao que já aconteceu com a Secretaria do Meio Ambiente, em que saem pessoas técnicas, vocacionadas e altamente qualificadas para as respectivas áreas e, em seus lugares, assumem pessoas filiadas a partidos políticos e que, em princípio, não estão na mesma condição de servir às secretarias, como os secretários que foram exonerados", afirmou Bonilha, lembrando que os novos secretários são filiados a partidos que compõem a chapa de Doria.

"Os secretários que foram nomeados pertencem a partidos políticos que compõem a coligação com o PSDB e que ofereceram maior tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão", disse.

Em outra acusação de propaganda antecipada contra a campanha de Doria, o juiz eleitoral Danilo Mansano Barioni julgou improcedente uma representação do Ministério Público Eleitoral. Para a promotoria estadual eleitoral, um jantar promovido em junho com a presença de Doria por Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, teria sido "integralmente patrocinado" por empresa privada, sem qualquer contribuição do partido por meio de seu diretório municipal, o que constituiria propaganda antecipada. Para provar a tese, o mesmo promotor, José Carlos Bonilha, anexou um vídeo feito por um convidado com um discurso do tucano no qual ele fala sobre a candidatura e a decisão de deixar o comando do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE). Em sua decisão, o magistrado alega que Doria não extrapola "os elásticos limites" que a legislação atual estabeleceu aos candidatos.

Defesa

Em nota, a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes afirmou que não existe "qualquer relação" entre a administração pública e a lógica eleitoral. "A escolha de secretários - filiados ou não a partidos, participantes ou não de entidades de classe ou demais organizações da sociedade civil - obedece única e exclusivamente a critérios técnicos voltados ao interesse público." A assessoria de Doria disse que a campanha não influiu na escolha dos secretários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, ainda não apareceu na campanha ao lado de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, mas tem usado a criação de versões municipais de programas estaduais como base de suas propostas.

Depois de visitar na terça-feira (30) a obra de um conjunto residencial do "Casa Paulista", projeto que constrói unidades habitacionais por meio de Parcerias Público Privadas (PPPs), o tucano visitará nesta quarta uma unidade do Poupatempo no centro da cidade para anunciar a ideia de criar uma versão paulistana do programa, que oferece em um mesmo espaço diversos serviços de utilidade pública.

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"Vamos apresentar uma versão municipal, que é o Poupatempo SP, e mais o Poupatempo Empreendedor, que será uma vertente do estadual", disse o candidato ao Estado.

Dependentes

Doria também quer substituir o programa De Braços Abertos, que tenta reduzir danos entre os dependentes químicos na região da Cracolândia, pelo projeto Recomeço. A versão estadual, que opera sem coordenação com a municipal, oferece tratamento e acompanhamento multiprofissional ao paciente e aos seus familiares.

"O Recomeço é a alternativa correta para a internação dos dependentes. Nesse caso, a ideia é integrar, e não fazer outro", disse o candidato tucano.

Quase duas semanas após o início oficial da campanha, Doria ainda não participou de nenhuma atividade ao lado de Alckmin e também não apareceu ao lado dele na propaganda eleitoral na TV e rádio.

Questionado sobre a distância, Doria disse que "em breve" isso vai acontecer.

Segundo auxiliares próximos, uma agenda com Alckmin está prevista para a semana que vem. "Não tenho razão para escondê-lo. Alckmin é um bom gestor", afirmou Doria.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no último dia 27, a imagem do governador tucano não agrega muitos votos. Os números do instituto indicam que 51% dos eleitores não escolheriam o um nome endossado por Alckmin.

MTST

Doria criticou na manhã de terça-feira, 30, a ação de integrantes do MTST que bloquearam pontos das marginais do Tietê e do Pinheiros e das avenida Radial Leste e Francisco Morato, em protesto contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e o governo do presidente em exercício Michel Temer. "Movimento de habitação deveria se ocupar com aquilo lhe foi destinado, e não queimar pneus na Marginal", disse o tucano.

Na visita a uma obra de um condomínio residencial popular no centro da cidade, o candidato tucano estava acompanhado de Rosalvo Salgueiro, que lidera o grupo Movimento Terra de Deus e atua na mesma área do Movimento Sem Teto.

"Faz tempo que o MTST deixou de ser um movimento popular de habitação. Virou um faz tudo", disse Salgueiro.

Questionado sobre qual seria a sua estratégia em relação às ocupações, o tucano prometeu diálogo. "Vamos estudar caso a caso", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após acionarem judicialmente o Facebook, os advogados da campanha do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, identificaram que o autor de duas páginas ofensivas ao candidato na rede social é o turismólogo Pedro Barciela, um dos criadores da página "Haddad Tranquilão", que promove o prefeito Fernando Haddad (PT) nas redes sociais.

Os advogados do tucano chegaram ao nome por meio do IP - identificação do computador na internet - que foi fornecido por determinação dos juízes Márcio Teixeira Laranjo e Sidney da Silva Braga, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo.

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As páginas João Escória e João Dólar já haviam sido retiradas do ar na semana passada por ordem dos magistrados após um pedido da campanha tucana, que considerou o conteúdo ofensivo ao candidato.

Relação

"O autor será processado criminalmente e eleitoralmente. Ele deverá justificar sua relação com o candidato Fernando Haddad, já que é autor e coordenador da página Haddad Tranquilão", disse ao Estado o advogado Anderson Pomini.

Coordenada pelo publicitário Daniel Braga, a equipe digital de Doria está monitorando as redes sociais para identificar outros casos como esse.

Barciela não foi localizado pela reportagem. Já a assessoria da campanha de Haddad disse, por meio de nota, que ele é um "militante virtual progressista e único responsável" pelas páginas tiradas do ar. A nota diz que o turismólogo não tem relação com a campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Levy Fidelix (PRTB) é mais conhecido pelo eleitor do que seu adversário do PSDB, João Doria. Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo sobre o potencial de voto dos candidatos a prefeito de São Paulo revela que 49% dos paulistanos não conhecem suficientemente o tucano para opinar se votariam nele ou não. É o maior desconhecimento entre os primeiros colocados nas intenções de voto. O "nunca ouviu falar" sobre "homem do aerotrem" é menor: 29%.

Muito provavelmente por causa disso, só 6% do eleitorado de São Paulo acha que Doria será o próximo prefeito. O principal favorito, aos olhos da população, é Celso Russomanno (PRB), que recebe 43% das apostas, 10 pontos a mais do que suas intenções de voto estimuladas. Marta Suplicy (PMDB), ao contrário, recebe menos palpites, 13%, do que declarações de voto (17%).

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Atual prefeito, Fernando Haddad (PT) é o favorito a se reeleger para 12% dos eleitores, enquanto fica com 9% das intenções de voto. A ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) tem os mesmos 9% de votos, mas apenas 6% das apostas de vitória.

Diferentemente do que acontece com Doria, só 5% dizem desconhecer Haddad ou Russomanno, e 4% falam o mesmo de Marta, que deixou a Prefeitura em 2004. Fora da cadeira de prefeita desde 1992, Erundina conseguiu se manter suficientemente na cabeça do eleitor - apenas 12% dizem não conhecer a deputada suficientemente.

A vantagem de ser desconhecido é que sua rejeição tende a ser menor do que a dos rivais famosos: segundo a pesquisa de potencial de voto em Doria, 31% dos paulistanos dizem que ele não seria o escolhido de jeito nenhum. Esse tipo de rejeição é maior entre os conhecidos: 70% para Haddad, 54% para Marta, 49% para Erundina e 36% para Russomanno.

Na pesquisa de potencial de voto, os eleitores são convidados a manifestar, em relação a cada candidato, se votariam nele com certeza, poderiam votar ou não votariam de jeito nenhum. Outra taxa de rejeição, mais genérica, é medida quando se apresenta a lista de todos os candidatos e se pergunta em qual deles o eleitor não votariam em nenhuma hipótese.

Estratégia. O potencial de voto mostra que os favoritos precisarão adotar ações diferentes para crescer. Enquanto Doria usará o maior tempo de propagada na TV para se tornar conhecido e moldar uma imagem favorável, Haddad precisará fazer em 40 dias o que não conseguiu em quatro anos: vender uma imagem positiva de sua gestão.

Para Marta, o importante é se consolidar pelo menos em segundo lugar para disputar o segundo turno contra o líder Russomanno ou com quem vier a crescer. Precisa relembrar pontos positivos de sua gestão e tentar evitar que adversários, principalmente petistas, colem nela a imagem de vira-casaca.

Russomanno sai do patamar mais alto de todos, beirando seu teto eleitoral. Seu problema é apagar a memória das últimas eleições que disputou, nas quais largou na frente e ficou atrás. Precisa mostrar consistência, mas tem pouco tempo de TV.

Dos cinco líderes, Erundina tem a tarefa mais difícil. Seu potencial de voto (votaria com certeza e poderia votar) é semelhante ao de Marta: 39% a 42%, respectivamente. Mas o tempo de TV curto, o partido pequeno e a ausência nos principais debates limitam sua capacidade de realizar esse potencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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