Tópicos | Juiz Luiz Rocha

O Progressistas anunciou, nesta segunda-feira (15), o juiz Luiz Rocha como pré-candidato à prefeitura da cidade de Camaragibe nas eleições municipais deste ano. Luiz, que é recém filiado a sigla, é conhecido no município devido a sua participação no programa Justiça para Todos, na Rádio Camará FM, no qual esclarece questões jurídicas nas comunidades.

O pré-candidato, que assinou sua ficha de filiação na sede do Partido junto com o presidente estadual do PP, deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), assume também a presidência da legenda na cidade, ao lado de Edivaldo Filho (PP-PE) como secretário geral. O abono da ficha de filiação de Luiz ficou por conta do deputado estadual, Jefferson Timóteo (PP-PE).

##RECOMENDA##

Além dos 30 anos de magistratura, Luiz Rocha traz em sua bagagem o conhecimento em importantes programas de assistência governamentais, como o programa mundial de alimentos realizado na década de 80, além do Pró-rural.

“O PP hoje representa uma porta sempre aberta ao diálogo. Vejo as lideranças que valorizam a construção por meio conversa. Eu escolhi com muito critério a casa onde eu queria ficar. O presidente Eduardo é reconhecido por ser cumpridor de sua palavra. E para ajudar Camaragibe, que é uma cidade devastada, é disso que eu preciso”, afirmou o juiz.

 

Autoridades pernambucanas não descartam que a insatisfação de presos com as más condições do sistema carcerário do estado pode ter sido manipulada por grupos criminosos para produzir as cenas de violência e descontrole registradas nos últimos três dias, no Complexo Prisional do Curado, no Recife. Um sargento da Polícia Militar e dois detentos foram mortos antes que a rebelião chegasse ao fim, na noite de quarta-feira (21). Dezenas de encarcerados ficaram feridos – parte deles está detida em caráter provisório, à espera de julgamento.

“Os presos foram usados como massa de manobra. Não tenho a menor dúvida. Falta identificarmos a origem disso”, declarou o juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais, no Recife.

##RECOMENDA##

O juiz disse achar estranho que os protestos contra sua atuação no comando da 1ª Vara tenham ultrapassado os muros do Complexo do Curado – que está sob sua jurisdição – e chegado à Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá – sob a responsabilidade da 2ª Vara. Para o magistrado, isso é um sinal de que faltaram aos presos informações e conhecimento sobre o sistema jurídico. A prova, aponta o juiz, é que muitos detentos que aderiram aos violentos protestos ainda não foram julgados. Seus processos, portanto, tramitam em outras varas, de outras comarcas. Além disso, segundo o magistrado, apenas cerca de 200 dos mais de 6 mil presos do Curado tinham pedido a progressão do regime ou o livramento condicional.

“Por algum motivo, os presos passaram a acreditar que todos os processos eram da minha responsabilidade e que eles não eram chamados para audiências porque eu não permitia. E então, o que começou como uma revolta contra minha atuação, acabou chegando a uma unidade prisional que não está sob a minha jurisdição, como se fosse um movimento articulado”, disse o magistrado, defendendo que a hipótese de os tumultos terem sido coordenados por alguma organização criminosa também deve ser apurada.

“Se há algum vínculo com o crime organizado eu ainda não sei, mas acho que todas as questões devem ser avaliadas. Há, por exemplo, enorme insatisfação com nossas atividades, já que, como corregedor, tenho combatido a corrupção e a presença de drogas e armas no interior dos presídios”, acrescentou o magistrado.

O promotor Marcellus Ugiette, que visitou quarta-feira (21) a Penitenciária Barreto Campelo, diz ter notado que há comunicação entre os presos das duas unidades onde ocorreram problemas. Para o promotor, organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios podem estar por trás dos tumultos dos últimos dias.

“Estou certo de que foi algo articulado por alguns presos ligados a determinadas facções criminosas, a grupos a quem interessa o caos do sistema prisional e que cooptaram os demais, que estavam acuados. Conversando com presos da Barreto Campelo, constatei que houve sim comunicação telefônica entre as unidades. Apesar do medo, vários reeducandos disseram ser obrigados a tomar parte desses atos que, nas palavras deles, 'só fazem atrasá-los'. Prova é que apenas parte dos presos de duas das oito alas do Barreto Campelo se envolveu de fato na confusão”, disse o promotor, lembrando que desde o fim do ano passado, presos pernambucanos têm promovidos motins e tumultos de menor proporção que esse último.

“Temos tido seguidas expressões de rebeliões e insurgência nas unidades prisionais do estado. Isso é uma evidência de que, na ausência do Estado, há grupos se organizando para comandar essas unidades. Faltam, por exemplo, agentes penitenciários. Na Barra do Campelo, no momento da rebelião, só havia três agentes para cuidar de cerca de 1,9 mil presos”, conclui o promotor, garantindo que os responsáveis pelos estragos e pelas mortes registradas esta semana serão identificados e punidos disciplinarmente e, dependendo do caso, por danos ao patrimônio público. 

As transferências de vários detentos do Complexo Prisional do Curado começaram a ocorrer ainda na noite dessa terça-feira (22). A medida foi um dos acordos firmados entre os reeducandos e o juiz Luiz Rocha para encerrar a rebelião que durou três dias, deixando um saldo de três mortos e dezenas de feridos.

Os primeiros a serem conduzidos para unidades prisionais do Estado foram os 13 detentos do Presídio Frei Damião Bozzano. Ainda nesta quinta-feira (22), quatro internos do Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa) e outros dez do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) devem começar ser encaminhados para outras penitenciárias, como a Barreto Campelo, Palmares e Agrícola de Itamaracá.

##RECOMENDA##

Além das transferências, o juiz também garantiu que será feita outra carga de apreciação de processos, como livramento condicional e progressão de pena. Luiz Rocha ainda adiantou que um presidiário do Frei Damião Bozzano será solto em liberdade condicional.

Entenda o caso – O tumulto no Complexo Prisional do Curado começou por volta das 9h da segunda-feira (19). Os detentos realizaram um protesto de forma pacífica para reivindicar mais agilidade no julgamento dos processos judiciais e pedir a presença do promotor Marcellus Ugiette. 

No período da tarde, a situação no presídio começou a ficar tensa. O Batalhão de Choque foi acionado pela segunda vez e precisou agir. Um sargento da Polícia Militar, identificado como Carlos Silveira do Carmo, e um detento morreram. Outros presidiários ficaram feridos.

A situação que parecia controlada se estendeu pela terça-feira (20). O Choque voltou a entrar no presídio. Um detento morreu decapitado e 16 ficaram feridos. 

Na quarta (21), foram registrados mais momentos de tensão, que terminou com a chegada do juiz Luiz Rocha. O magistrado negociou com os reeducandos, chegando ao fim da rebelião.

Depois de longas negociações nos três presídios que integram o Complexo Prisional do Curado, o juiz Luiz Rocha garantiu que a situação em todas as unidades foi normalizada. “Ainda nesta noite, iremos atender a pedidos dos detentos e vários serão transferidos para outras unidades prisionais. Também contaremos, a partir de amanhã (22), com outros 25 novos profissionais na 1ª Vara Criminal para revisitar processos que possam ter atrasos”, revelou o representante da Justiça. 

Ao todo, ainda na noite desta quarta (21), serão transferidos 27 reeducandos: 13 do Presídio Frei Damião Bozzano, quatro do Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa) e outros dez do Présidio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB). De acordo com o juiz Luiz Rocha, estes presos serão encaminhados para diferentes unidades, como a Barreto Campelo, o Presídio de Palmares e Presídio Agrícola de Itamaracá. 

##RECOMENDA##

“Até sexta-feira (23), garantimos que faremos outra carga de apreciação de processos, a pedido dos detentos. São pedidos de transferência, livramento condicional, progressão de pena, serem encaminhados para prisões do Interior. Aqui no Complexo, acredito que são entre 200 e 300 pedidos da população carcerária”, explicou o juiz. Luiz Rocha ainda contou à imprensa que um presidiário do Frei Damião Bozzano será solto em liberdade condicional. 

Sobre denúncia da OAB-PE, juiz disse haver “falta de conhecimento” 

Questionado sobre o posicionamento crítico da entidade estadual da Organização dos Advogados do Brasil (OAB-PE), que o acusou de falta de assiduidade na Vara Criminal e lentidão no despacho de processos, o juiz Luiz Rocha se disse surpreso com a acusação e se defendeu dizendo que atua, muitas vezes, fora da Vara. “Não posso estar no gabinete, se tenho nove unidades sob minha responsabilidade. Tenho que estar nos presídios,como corregedor, ouvir os presos. Acho que é falta de conhecimento de como funciona a Vara”. 

O juiz propôs ao presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Alves, que da próxima vez vá até os presídios para ter consciência da real situação das unidades prisionais. “Assiduidade é uma palavra muito forte. Não sei se o pessoal da OAB veio até os presídios, talvez se o presidente tivesse aqui ele entenderia melhor a situação e a atuação da nossa equipe”, argumentou Luiz Rocha. 

O juiz da 1ª Vara de Execução Penal de Pernambuco, Luiz Rocha, deferiu, nesta quarta-feira (23), o pedido de trabalho ao mensaleiro pernambucano Pedro Corrêa (PP) que cumpre pena, em regime semiaberto, no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho.

De acordo com a Constituição Federal, o benefício para trabalho externo só seria cabível a um condenado em regime semiaberto a partir do cumprimento de 1/6 da pena. O que ainda não é o caso de Pedro Corrêa já que ele foi condenado a sete anos e dois meses de prisão e até agora se passaram 120 dias. No entanto, o juiz Luis Rocha optou por não adotar este seguimento, acreditando que o texto da Lei deixa brechas para outros posicionamentos.

##RECOMENDA##

“A minha decisão foi ser coerente com as decisões que eu já dava aqui na Vara. É absolutamente incoerente indeferir o direito para os reeducandos em regime semiaberto, tão somente porque ele não cumpriu 1/6 da pena. Por que tirar do reeducando esta oportunidade por um apego literal ao texto da lei?”, indagou o magistrado.

Corrêa vai trabalhar na clinica Armando Q. Monteiro, em Garanhuns, cumprindo o horário de trabalho das 8h às 17h30, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados. O progressista será remunerado com três salários e mais uma comissão por atendimentos prestados. Ele deve iniciar as atividades profissionais assim que a direção da unidade prisional seja comunicado e o empregador assuma alguns compromissos exigidos pela Lei.

“O empregador tem um compromisso com os objetivos do trabalho no cumprimento da pena e ele será cientificado. Deverá prestar informações e fazer relatórios. Caso não cumpra com o exigido poderá até responder pelas omissões judicialmente”, explicou Luiz Rocha.  

Assim como todos os condenados, que passam a trabalhar, os dias de atividades profissionais passam a ser contabilizados e reduzidos na pena. Cada três dias de trabalho equivale a redução de um. Durante o período que passou em Brasília, na unidade prisional da Papuda, Corrêa prestou 11 dias de serviço interno, o que já foi contabilizado e encaminhado ao Ministério Público. 

Também foi concedido ao mensaleiro pernambucano, o direito das saídas temporárias. Ele poderá passar, no máximo, 35 dias (além das saídas para trabalhar) fora da unidade prisional, sendo estes divididos em cinco saídas previamente autorizadas pelo judiciário e monitorada pelo controle sistêmico dos presos. 

Outras regalias

Além da solicitação para trabalhar, a defesa do reeducando também havia solicitado a Vara outros benefícios. Alguns deles foram indeferidos, como a autorização para estudar, para não usar a tornozeleira de monitoramento e o direito de aceleração no andamento processual por ele ser maior de 60 anos.  

Sobre a solicitação para estudar Administração Hospitalar, o magistrado entendeu que a regalia seria uma frustração ao cumprimento penal. “Basicamente a unidade prisional seria colocado como apenas dormitório e perderia o ambiente reflexivo da pena. O curso tem a grade de graduação, mas ele já é graduado em medicina. Entendi que esta possibilidade de deferir a ele o estudo, traria intrínseco a frustração do cumprimento da pena”, avaliou o juiz.

Já a extinção do uso da tornozeleira de monitoramento – método usado para que a unidade prisional possa ter controle de localização do reeducando – foi rejeitado, segundo Luiz Rocha, por fazer parte dos procedimentos de segurança e, principalmente, porque todos os presos devem ser tratados de maneira uniforme. “Foi indeferidissímo, continuo dizendo que aqui não temos celebridades. A defesa entendeu que seria constrangedor, no entanto o monitoramento é previsto por lei, como forma de efetivar o controle discreto e a distância”, cravou.

Pagamento da multa

No dia 30 de janeiro, Pedro Corrêa foi intimado a pagar multa de R$ 1,6 milhão como parte da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, foi estipulado um prazo de dez dias para o pagamento da dívida, o que não foi efetivado, e a defesa de Corrêa apresentou a penhora de um apartamento na área central do Recife para a quitação. 

A penhora, segundo o juiz Luiz Rocha, foi rejeitada e a sanção pecuniária será inscrita na Divida Ativa da União nos próximos dias, fazendo assim com que a multa passe a ser cobrada judicialmente. 

“Não era e nem é possível recebermos este valor como penhora. Ou ele paga, ou não paga, ou até manda parcelar. Ele primeiro vai ser inscrito na Dívida Ativa e vai entrar com a execução fiscal. E aí ele poderá oferecer o bem à penhora”, explicou. O apartamento oferecido para o pagamento da multa está avaliado, segundo a defesa de Corrêa no valor de R$ 3 milhões. 

Relembre o caso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do Caso do Mensalão, Joaquim Barbosa, expediu o mandado de prisão do pernambucano, Pedro Corrêa, no dia 5 de dezembro. O ex-parlamentar se entregou, em Brasília, e passou a cumprir a pena no presídio da Papuda. Quinze dias depois, Barbosa Barbosa autorizou a transferência de Corrêa para Pernambuco. 

O mensaleiro desembarcou no estado no dia 27 de dezembro e foi levado para o Centro de Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde ficou até o dia 8 de janeiro, quando foi transferido para o Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho, onde cumprirá a pena.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando