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O deputado estadual Gilmar Júnior (PV-PE) apresentou, nessa terça-feira (17), um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que tem como objetivo punir as práticas de esforços ou terapias de conversão de orientação sexual e de identidade de gênero no estado.

Se o PL for aceito, profissionais ou clínicas que submetam pessoas LGBTQIAP+ ao tratamento de "cura gay", que consiste em práticas que vão de internação até mesmo cirurgias, podem ser punidos com multas que variam até R$ 50.000. Em casos no qual a vítima for menor de 18 anos, os valores das multas poderão ser elevados em até dez vezes. Além das multas, as clínicas estão sujeitas a cassação da licença estadual para funcionamento.

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“É importante mencionar que tais práticas são, na espécie, formas de tortura psicológica e física das pessoas vítimas que, por vezes, são submetidas aos tratamentos mais degradantes e a todo tipo de violação dos seus direitos humanos. Tudo, com a pretensão de adaptar-se a um modelo social hegemônico quanto à orientação sexual, identidade ou expressão de gênero”, diz trecho da justificativa do PL.

A proposta vem em meio a comoção da morte da influenciadora bolsonarista Karol Eller. O caso foi registrado pela polícia Civil como suicídio consumado, ocorrido na última quinta-feira (12), pois o corpo da influenciadora foi encontrado após cair do prédio onde ela morava, em São Paulo. Karol era lésbica e, em um mês antes de sua morte, havia passado em um "retiro de conversão" organizado pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás.

Na última segunda-feira (16), os deputados federais Erika Hilton (PSOL-SP), Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e o Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) solicitaram ao Ministério Público Federal (MPF) a investigação sobre a morte por suicídio da influenciadora e da prática da chamada "cura gay" proposta pela instituição religiosa.

Desde 1999 a prática já é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), que estabeleceu que não são recomendados ou reconhecidos eventos ou serviços de tratamento para tentativa de reversão da homossexualidade. Além disso, não é permitido associar a orientação sexual  ou  identidade  de  gênero  a  transtornos  psicológicos.

Os deputados federais Erika Hilton (PSOL-SP), Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e o Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) solicitaram ao Ministério Público Federal (MPF) a apuração sobre a morte da influenciadora digital Karol Eller e da prática da chamada “cura gay” a que ela teria sido submetida na igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás.

Eller morreu na última quinta-feira (12), aos 36 anos. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio consumado, ocorrido às 22h no bairro do Campo Belo, zona sul da capital paulista. 

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Os parlamentares alegam que a igreja evangélica é responsável pela realização do retiro de jovens Maanaim, que oferece práticas para “conversão” de jovens bissexuais e homossexuais à heterossexualidade. Segundo o documento apresentado ao MPF, Karol Eller foi uma das vítimas dessa prática. 

“Serve a presente [representação] para solicitar deste órgão [MPF] a apuração dos fatos narrados com a devida investigação da prática de ‘cura gay’ pelos representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cabíveis para a devida ação de tutela coletiva e a devida ação penal pública pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio pelas autoridades religiosas envolvidas”, diz o documento.

Sem respaldo científico, a prática é vedada por resolução do Conselho Federal de Psicologia desde 1999. Isso porque a bissexualidade e a homossexualidade não constituem doença nem distúrbio. 

“A história da Karol se confunde com a de várias outras pessoas que passaram ou passam por essa violência chamada de ‘cura gay’. Algumas igrejas desenvolvem essa prática acreditando que a homossexualidade, bissexualidade e transexualidade são patologias, doenças e pecado. Cria-se um ambiente de verdadeira tortura emocional, gerando culpa, medo, frustração, angústia, depressão”, afirmou o pastor Henrique Vieira em sua página na rede social X. 

Ele acrescentou que ouve relatos de pessoas que foram expulsas de casa, de atividades ministeriais, que foram submetidos a ritos de exorcismo. “Tudo fruto de uma leitura literalista, descontextualizada, dogmática e fria da Bíblia”, escreveu. 

O Ministério Público Federal (MPF) informou que recebeu a representação nessa terça-feira (17) e que o caso está em fase de análise preliminar para definição dos próximos passos. A procuradoria pode decidir por instauração de inquérito, arquivamento ou outras medidas cabíveis. O órgão informou ainda que não há prazo para conclusão da avaliação inicial.

A Agência Brasil buscou contato com a igreja Assembleia de Deus, de Rio Verde, em Goiás, pelos meios disponíveis no site e nas redes sociais, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.

ATENÇÃO: Este texto aborda assuntos que podem ser gatilhos emocionais para algumas pessoas, como depressão e suicídio.

Morreu, aos 36 anos, a influenciadora bolsonarista Karol Eller (PL). A morte foi confirmada na noite dessa quinta-feira (12) pelas redes sociais. Karol era ativista de direita e defensora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O perfil dela no Instagram soma 666 mil seguidores.

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--> Youtuber amiga de Bolsonaro sofre ataque homofóbico

Karol era assessora do deputado federal Paulo Mansur (PL), que publicou uma nota lamentando a morte dela. Além disso, também era servidora lotada na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mas foi exonerada do cargo depois de participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro

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Diversos políticos da direita lamentaram a morte da influenciadora. O senador Flávio Bolsonaro (PL), usou o X (antigo Twitter) para falar sobre a amiga. "Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!", escreveu.

O senador Magno Malta (PL) também demonstrou pesar: "Perdemos Karol Eller. Que notícia triste! Agradecemos à amiga pela vida que ela viveu em prol da Pátria".

"É com imensa tristeza que recebo a notícia de falecimento da Karol Eller. Faltam palavras para expressar esse momento de dor! Peço a Deus que em sua infinita misericórdia conforte o coração de seus parentes e amigos! Guardarei para sempre o seu sorriso em meu coração! Descanse em paz, Karol!", lamentou ainda o deputado federal Hélio Lopes (PL).

Os políticos de direita, contudo, não foram os únicos. O deputado federal André Janones (PT) também desejou conforto ao coração dos amigos e familiares da influenciadora. "Precisamos falar da pauta de saúde mental, que não é da direita ou da esquerda, é uma pauta da humanidade. Muito triste a notícia do óbito da influenciadora Karol Eller, que Deus em sua infinita misericórdia possa confortar o coração da família e dos amigos. Saúde mental é coisa séria!", disse. 

Saúde mental

Janones citou o caso de saúde mental, porque Karol Ellen cometeu suicídio. Antes, ela chegou a publicar no Instagram o que aconteceria. O post foi apagado, mas o deputado Nikolas Ferreira (PL) compartilhou e tentou pedir ajuda no momento. Na publicação, ela chegou a dizer: "perdi a guerra... Me perdoem por causar dor aos que me amam. Se cuidem por aqui." No mesmo post, ela acionava o Corpo de Bombeiros para um caso de suicídio em seu endereço. Pouco tempo depois, Nikolas publicou a confirmação da morte. 

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Nas redes sociais, Karol Ellen tinha publicado há cerca de um mês sobre sua conversão. Ela era lésbica e estava participando de retiros religiosos. Karol havia anunciado sua "cura gay" e a renúncia a homossexualidade.

Centro de Valorização da Vida

Caso você precise de ajuda, queira e precise conversar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio do telefone 188, além das opções chat e e-mail

A influenciadora Karol Eller, amiga Jair Renan Bolsonaro, se filiou ao Partido Liberal (PL) na última terça-feira (24). A cerimônia de filiação aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com a participação e a “benção” o ex-presidente, atual patrono da sigla. Nas redes sociais, a nova filiada disse que sua trajetória política se iniciou em 2015 e que a assinatura Jair Messias Bolsonaro é um passo importante na sua luta por “Deus, Pátria e Família”. 

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A influenciadora esteve presente nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e fez transmissões ao vivo das invasões, à época. Na ocasião, ela ainda exercia um cargo de confiança na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do qual foi exonerada no dia seguinte após os atos. 

Atualmente, Karol Eller está lotada no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL). Como assessora especial recebe uma remuneração líquida de R$ 12.872,04. A youtuber é amiga próxima do filho 04 do ex-presidente e, por isso, esteve no Palácio do Alvorada e em carros oficiais da Presidência ao longo da gestão de Bolsonaro. Ela também já posou ao lado do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, do filho Eduardo Bolsonaro, e tem um vídeo abraçando a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). 

 

A youtuber Karol Eller, conhecida nas redes sociais por seu posicionamento pró-Bolsonaro, foi agredida no fim da tarde de domingo (15), em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Ela estava acompanhada da namorada e teria sido vítima de um ataque homofóbico. O agressor a atacou com socos e pontapés, deixando Karol com o rosto desfigurado.

No fim da tarde desta terça, a youtuber e a namorada foram à 16ª DP (Barra da Tijuca) prestar depoimento. O agressor e um casal de amigos também estão depondo.

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A informação sobre a agressão foi divulgada inicialmente pelo colunista Leo Dias, do Jornal de Brasília. Karol ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.

Nas redes sociais, políticos de diferentes partidos se solidarizaram com a youtuber. "O que aconteceu com a youtuber Karol Eller, agredida num ataque homofóbico no Rio, é inaceitável. Repudio a violência, não importam quais sejam as convicções políticas da vítima. Me solidarizo com Karol e com a comunidade LGBT, alvo de discursos de ódio que alimentam a barbárie", escreveu o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também fez uma postagem em apoio à Karol. "Deixo aqui minha solidariedade a Karol Eller. As fotos são bizarras! Lésbica e apoiadora do Presidente Bolsonaro, ela já superou muitas situações difíceis, oro pra que logo se recupere. Pela direita, o agressor teria pesada prisão. Será que a esquerda apoia tal medida?", escreveu.

A youtuber Karol Eller, amiga dos familiares do presidente Jair Bolsonaro, foi brutalmente agredida no último domingo (15), no Rio de Janeiro. Na companhia da namorada, Karol sofreu um ataque homofóbico enquanto curtia a praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Um homem insultou a mineira, e em seguida partiu para cima dela com socos e chutes. Ela chegou a desmaiar.

Segundo informações do colunista Leo Dias, do Jornal de Brasília, Karol e a namorada foram direto para o Corpo de Bombeiros que ficava próximo ao quiosque de onde aconteceu o espancamento. Com mais de 270 mil seguidores no Instagram, Karol Eller se pronunciou.

"Gostaria que vocês lembrassem de mim com esse rosto! Deus tá no comando de tudo. Agora estou sem condições de falar ou fazer vídeos explicando! Mas quando eu estiver bem eu volto pra falar com vcs! Obrigada a todos pelo suporte. Orem por mim", escreveu.

Confira:

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No inícvo do mês, Karol Eller, que é amiga próxima do filho mais novo de Bolsonaro, Jair Renan, ganhou um cargo na EBC do Rio de Janeiro, com um salário de R$ 10.700.

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