Tópicos | Largo da Batata

Instalado no Largo da Batata em dezembro de 2015, um parque infantil desenvolvido pelo estúdio Erê Lab teve três de seus cinco brinquedos retirados na última semana. Criticada por parte dos usuários da região, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, a ação deve dar origem a um espaço remodelado em até três semanas, de acordo com o prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias.

Referência em "espaços lúdicos permanentes", o projeto foi o primeiro do Erê Lab, que depois criou outro no Largo do Paiçandu, no centro, e quatro no Rio, pelos quais recebeu, em 2016, o prêmio Mais Movimento! do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) da Organização das Nações Unidas (ONU). Em parte financiada por edital do Instituto A Cidade Precisa de Você, ele reunia brinquedos de madeira lúdicos doados à Prefeitura.

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Segundo Mathias, a retirada dos equipamentos aconteceu por falta de manutenção. "Estavam completamente deteriorados, abandonados", declarou. Como reação, moradores criaram uma página no Facebook. Os organizadores defendem que o parque infantil necessitava apenas de reparos e limpeza. "Uma zeladoria básica poderia dar conta disso", declararam eles, que também criticam a retirada de um canteiro no local.

Frequentadores

A retirada do parquinho é criticada por coletivos e or frequentadores, como o economista José Ricardo Manéo, de 41 anos, e a pesquisadora Fernanda Peixoto Manéo, de 40, pais de Gabriela, de 3. "Tinha uma coisa diferente dos outros parques - as crianças brincam sozinhas lado a lado, uma ajudava a outra", diz o economista.

"Era diferente de tudo o que a gente tem pela cidade", concorda a psicóloga Maria Cristina Brum Duarte, de 55 anos. Para ela, uma das principais qualidades do espaço era reunir frequentadores de diversas classes sociais por estar um local de grande circulação. "Era um paraíso no Largo da Batata."

Por outro lado, a advogada Flavia Celestino, de 42 anos, parou de frequentar o espaço com o filho Nicholas, de 2 anos, no fim do ano passado. "Começou a aparecer muita garrafa quebrada, bituca de cigarro, camisinha, fezes e muita urina", lamenta. "Não é saudável brincar ali. Uma pena, porque era um dos parquinhos mais legais." Já a secretária Dani Suzin, de 33 anos, acha que a localização do espaço não era ideal. "Teria de ser uma área mais arborizada."

Diretor criativo da Erê Lab, Roni Hirsch negocia com a Regional a instalação de aparelhos em outra praça, ainda indefinida. "Colocar a bandeira da criança na cidade em um território de disputa, como é o Largo da Batata, foi muito simbólico. Acho que ele cumpriu o seu papel, mas poderia cumprir por muito mais anos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ato em São Paulo pela renúncia do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas já dura mais de quatro horas. Até o momento, o festival com artistas e blocos de carnaval transcorre sem problemas no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista.

Não há uma estimativa por parte dos organizadores a respeito da quantidade de pessoas presentes. O público também protesta contra a repressão policial e as reformas da Previdência e trabalhista.

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Até agora, Chico César e os blocos Arrastão dos Blocos e Tarado Ni Você já se apresentaram. Os cantores Maria Gadu, Tulipa Ruiz, Mano Brown, dentre outros, também devem fazer shows musicais.

Representantes de movimentos sociais, como Levante Popular da Juventude, Frente Povo sem Medo, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e União Nacional dos Estudantes (UNE), estão discursado.

Faz quase 100 anos que o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, é conhecido assim. Faz quatro que, por meio de lei municipal, ostenta oficialmente o nome. Mas só agora a administração municipal deve mandar instalar ali plaquetas com a denominação. E elas devem ter a identidade visual de ponto turístico, conforme aprovado pela São Paulo Turismo (SPTuris). Com direito ao pictograma que identifica praças e a tradução para o inglês - não, não será "Potato Square", mas "Batata Square".

Para os moderninhos que, nos últimos anos, transformaram a região em reduto hipster e ponto para manifestações em geral, a notícia vem a calhar. "É fundamental o nome ser reconhecido. Largo da Batata remete à história da própria cidade e principalmente a uma história de vida popular, de ocupação do território desde os primórdios. Faz todo sentido", afirma a administradora de empresas Cecilia Lotufo, de 41 anos, fundadora do Movimento Boa Praça.

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Envolvido em recentes investimentos no Mercado de Pinheiros, vizinho do largo, o chef Alex Atala, de 48 anos, é outro entusiasta da história local. "O Largo da Batata entrou na minha vida antes mesmo da cozinha, quando, por volta dos 14 anos, comecei a frequentar uma loja de pesca que ficava ali", conta. "A vocação gastronômica do Largo da Batata nasce muito antes do nome."

A nomenclatura surgiu nos anos 1920, quando a região concentrava vendedores de batata, próximo da então sede da Cooperativa Agrícola de Cotia - mas a ocupação dos arredores é muito mais antiga. O batismo oficial data de 2012, quando foi aprovada na Câmara a Lei 15.615, do vereador José Rolim (PSDB). Na justificativa, o político dizia ser o local "o primeiro bairro de São Paulo, em razão de suas origens indígenas e portuguesas".

A lei delimitou exatamente o que é o Largo da Batata: "o logradouro delimitado pelas Ruas Martim Carrasco, Fernão Dias, Teodoro Sampaio, dos Pinheiros e pela Avenida Brigadeiro Faria Lima, no Distrito de Pinheiros, Subprefeitura de Pinheiros".

Para os moradores e comerciantes antigos, com ou sem placa, sempre foi Largo da Batata. O sapateiro José Carlos dos Santos, de 63 anos, começou seu ofício ali, aos 13. Cinquenta anos depois, nunca saiu da região. "Quando comecei, via as carroças que traziam batatas e cebola para vender. Parecia cena de filme de bangue-bangue. Agora são prédios por todos os lados. O aluguel subiu, mas a clientela também aumentou", resume ele. "É como digo: do couro sai a correia."

Internet

Enquanto isso, ativistas querem recuperar e valorizar as origens do bairro. "Organizamos até abaixo-assinado na internet. Queremos que a Estação Faria Lima do Metrô seja rebatizada de Largo da Batata", afirma a publicitária Fernanda Salles, de 47 anos, do coletivo BatataMemo. Até ontem, já eram 797 signatários.

Já o coletivo Não Largue da Batata se preocupa com o fato de que a especulação imobiliária tem expulsado os antigos moradores do bairro. "A vocação do lugar, que é de usos múltiplos e heterogêneos, está se perdendo", alerta o movimento.

A proposta de rebatizar a estação de Metrô já foi levada para a Assembleia Legislativa. Em 2014, o deputado estadual Carlos Neder (PT) apresentou a proposta - que já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, agora, tramita na Comissão de Viação e Transportes, sem previsão se será (e quando) liberada para votação. "O que está por trás disso tudo é recuperar uma história que não tem nada a ver com a elite que hoje vive no bairro", afirma o parlamentar.

Membro do Conselho Participativo de Pinheiros e blogueiro do estadão.com.br, o administrador de empresas e urbanista Mauro Calliari, de 54 anos, acredita que a toponímia carrega as marcas do tempo, que são parte essencial do lugar. "Esse tipo de nomenclatura vem de uma fase da cidade em que os nomes tinham a ver com a função do território. Perder esse significado, deixar de honrar esse passado, é como matar uma ligação com a origem", diz.

Placas

Sobre a instalação das placas com a denominação Largo da Batata, a Prefeitura afirma, em nota, que a "Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) elaborou projeto de sinalização do Largo da Batata que contempla a instalação de placas na região de Pinheiros, com a orientação de acesso ao Largo. O Projeto Orientador de Tráfego foi tratado em conjunto com a SPTuris e aguarda o agendamento para execução do projeto".

A SPTuris confirma que deu parecer positivo ao fato de que o Largo da Batata pode "ser considerado um atrativo turístico para receber a sinalização específica" e indicou "o pictograma, topônimos das placas indicativas e de identificação, bem como tradução". "Agora, cabe à CET executar o projeto, confecção e implementação", diz o órgão. A CET ressalta que ainda não agendou a data de execução do serviço.

Para os ativistas, ainda não é o bastante. A ideia é também lutar para que ruas do entorno sejam renomeadas em alusão à história do local. Para Fernanda, nomes como Rua da Olaria - em referência a uma cerâmica colonial que funcionava ali - e Rua do Pierê, por causa dos índios, poderiam constar do mapa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou na quarta-feira, 8, que a Secretaria de Segurança Pública do Estado se reuniu com deputados federais e estaduais, além de políticos, como o ex-senador Eduardo Suplicy (PT), para recomendar que as próximas manifestações não terminem no Largo da Batata.

O local no bairro de Pinheiros, na região oeste da capital paulista, foi palco de conflito envolvendo a Polícia Militar e manifestantes contra o governo Michel Temer no domingo.

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Segundo o governador, por ter apenas uma estação de metrô, a alta concentração de pessoas num único local dificulta a dispersão, levando a tumultos - diferentemente da Avenida Paulista, onde a dispersão das pessoas é diluída porque há várias estações na região.

Mais um protesto contra Temer e a favor de nova eleição presidencial está marcado para esta quinta-feira, com previsão de começar e terminar no Largo da Batata. Na página do evento no Facebook, também está previsto um protesto em frente à casa do presidente em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao discursar no Largo da Batata, durante ato pelo "Fora Temer" que acontece neste domingo, 31, a deputada Luiza Erundina disse que a soberania popular esta em risco com a abertura do processo de impeachment.

"Aqueles que lutaram por décadas para resgatar o direito à soberania popular, que está sendo ameaçado, afrontado, golpeado por alguém que usufruiu seus anos de um governo eleito democraticamente pelo povo", afirmou.

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Segundo a deputada, pré-candidata à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, o presidente em exercício, Michel Temer, está no cargo de forma ilegítima. "Ele agora se senta na cadeira do povo de forma ilegítima e inconstitucional. Isso é inaceitável. Vamos até as últimas consequências em defesa da democracia", disse.

Ciclistas que pedalam nas imediações do Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, ganharão em breve um atrativo na região, que passa por uma grande reforma urbanística desde 2007. A Prefeitura de São Paulo planeja abrir ali um bicicletário de vidro com cem vagas.

O espaço, que já está em fase final de obras, fica ao lado da Estação Faria Lima da Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) do Metrô, na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros.

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Com 32 metros de comprimento e quatro de largura, a estrutura terá portas de vidro e colunas e teto metálicos. Um pequeno banheiro também servirá o local, segundo o projeto divulgado pela São Paulo Urbanismo (SP Urbanismo), empresa municipal responsável pelo projeto do empreendimento.

Além do bicicletário, que ocupará uma área de cerca de 124 metros quadrados, o ambiente terá uma floricultura de 26 metros quadrados.

Segundo a SP Urbanismo, ainda não está definido o modelo de funcionamento do bicicletário, tampouco foi informado se o espaço funcionará de forma gratuita e se haverá funcionários atendendo os ciclistas. Uma hipótese é que cada um prenda sua própria bicicleta no local. O horário de funcionamento da parada de bikes também ainda está por ser definido.

Isolamento

O local ainda permanecia cercado de placas de metal até a semana passada. Não havia ninguém trabalhando lá dentro. Vizinhos da obra dizem que técnicos responsáveis afirmaram que o espaço deve abrir no início de maio, mas a SP Urbanismo não confirmou.

Dono de uma banca de revistas perto do futuro bicicletário, Italo de Francisco Neto, de 49 anos, espera que o espaço seja inaugurado rapidamente. "Vai atrair gente para cá, principalmente nos fins de semana, quando essa praça fica vazia, sem ninguém", diz o comerciante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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