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O papa Francisco anunciou neste domingo que convidará ao Vaticano os líderes cristãos do Líbano em 1º de julho, para que possam refletir e orar juntos pela "paz e estabilidade" neste país do Oriente Médio.

O Líbano sofre atualmente uma crise dupla: econômica e política.

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O país enfrenta a pior recessão financeira desde a guerra civil, entre 1975 e 1990, com mais de 50% da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Mas os líderes políticos estão em uma disputa para alcançar um acordo e criar um novo governo que substitua o gabinete do primeiro-ministro interino, Hasan Diab, que renunciou após a grande explosão no porto de Beirute no ano passado.

"Em 1º de julho me reunirei com os principais líderes das comunidades cristãs do Líbano no Vaticano, para uma jornada de reflexão sobre a inquietante situação no país e para rezar juntos pelo dom da paz e da estabilidade", destacou o papa.

Ao apresentar sua mensagem dominical de Angelus, Francisco pediu a todos os fiéis que "se unam à preparação deste evento com orações solidárias, pedindo por um futuro mais pacífico neste amado país".

As explosões em um depósito de nitrato de amônia no porto de Beirute, no Líbano, que deixaram bairros em destroços, comoveram o mundo inteiro. A Embaixada do Líbano no Brasil, que esteve à frente de ações pedindo doações de suprimentos médicos e equipamentos no enfrentamento à Covid-19, agora solicita ajuda para o atendimento às vítimas da explosão e para a reconstrução da área atingida.

No comunicado que está no site constam: suprimentos cirúrgicos e hospitalares, itens alimentícios (tais como trigo, farinha, grãos e comidas enlatadas de todos os tipos), materiais de construção e instalações e equipamentos necessários para reconstruir e equipar o porto de Beirute.

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Junto com a iniciativa da embaixada, pelo menos três entidades decidiram se unir em uma campanha para arrecadar recursos financeiros, que serão usados para adquirir itens necessários, que, posteriormente, serão enviados ao Líbano.

A Associação Médica Líbano Brasileira (AMLB) divulgou uma conta bancária na quarta-feira. "Estamos em contato também com diversas entidades, entre elas a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e a Câmara de Comércio Brasil-Líbano (CCBL). Conversando para saber como será feita toda a logística. Muitas lideranças libanesas e entidades hospitalares também demonstraram interesse em nos ajudar", afirma Robert Sami Nemer, presidente da AMLB.

Em um primeiro momento, será feita uma ação emergencial para a aquisição e envio dos itens o quanto antes. "Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com capacidade para 22 toneladas fará o transporte nos próximos dias. Já estamos conversando com o governo brasileiro sobre a viabilidade." Procurado pelo Estadão, o Ministério da Defesa não comentou o assunto.

"É muito triste e chocante essa situação que se soma aos transtornos já enfrentados por causa da crise financeira e da pandemia, já que a tragédia pode impactar no número de infectados", diz Rubens Hannun, presidente da CCAB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os libaneses voltaram a sair às ruas na noite desta terça-feira para exigir um novo governo, enfrentando as forças de segurança que tentavam reabrir estradas bloqueadas.

Em todo o país foram organizados protestos, de Trípoli no norte até Sídon no sul, com manifestantes carregando bandeiras libanesas e gritando: "Revolução! Revolução".

Os manifestantes se reuniram nesta terça-feira à noite em uma praça de Trípoli, horas depois de as forças de segurança lhes impedirem de fechar instituições públicas e bancos, como tinham feito no dia anterior.

Nesta cidade, os jovens manifestantes fizeram "panelaços" expressando sua solidariedade a Sídon, onde as forças de segurança desmantelaram um acampamento de protesto durante a manhã.

Desde 17 de outubro, o Líbano vive um movimento com milhares de manifestantes que tomaram as ruas e praças para exigir a saída de uma classe política que permanece praticamente inalterada desde o fim da guerra civil (1975-1990).

Os protestos levaram à renúncia do primeiro-ministro Saad Hariri. Os manifestantes criticaram o presidente Michel Aoun pelos atrasos na formação de um novo gabinete.

Entre suas demandas, os manifestantes pedem a formação de um governo de tecnocratas.

Rebeldes sírios sequestraram 12 xiitas libaneses no norte da Síria nesta terça-feira. Os xiitas voltavam para casa após uma peregrinação religiosa no Irã, quando rebeldes interceptaram seus veículos na província síria de Alepo e sequestraram os homens, informou a emissora de televisão Manar, pertencente ao Hezbollah. As mulheres estão num "local seguro", disse a emissora, sem dar maiores detalhes.

Forças de segurança libanesas confirmaram o sequestro. Alguns libaneses saíram às ruas do setor sul de Beirute, uma área xiita, e queimaram pneus para protestar contra o sequestro. O líder do Hezbollah, o poderoso grupo militante xiita do Líbano e forte aliado da Síria, Hassan Nasrallah, pediu calma e advertiu seus seguidores contra ataques de represália contra alvos sírios.

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"Isto está estritamente proibido", disse Nasrallah em discurso na televisão. Ele pediu aos manifestantes que não bloqueiem as ruas e disse que o governo libanês deve fazer pressão pela libertação dos peregrinos.

"Vamos trabalhar dia e noite até que essas pessoas queridas estejam conosco", afirmou ele.

O Hezbollah mantém seu apoio ao presidente sírio Bashar Assad nesses 15 meses de levante contra seu governo. Os sunitas formam a espinha dorsal do levante, que desencadeou fortes tensões sectárias.

Assad e a elite governante da Síria pertencem à pequena seita alawita, um ramo do xiismo.

Os sequestros desta terça-feira ocorrem num período de profunda tensão no Líbano por causa do conflito na Síria. Os países compartilham uma complexa rede de ligações políticas e sectárias, mas também rivalidades. O conflito já ultrapassou a fronteira, com resultados violentos. As informações são da Associated Press.

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