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Muitas igrejas na Síria restringiram as celebrações de Natal e limitaram as atividades a orações em solidariedade aos palestinos que sofrem com a guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

"As pessoas estão sofrendo na Palestina, o local de nascimento de Jesus Cristo", disse Dionysius Antoine Shahda, o arcebispo católico de Aleppo (nordeste da Síria), à AFP.

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Na cidade do sul de Azizia era comum colocar uma árvore de Natal e organizar um mercado natalino, mas este ano a praça central está vazia e não há decorações tradicionais.

"Na Síria, cancelamos todas as celebrações e eventos em nossas igrejas em solidariedade às vítimas dos bombardeios em Gaza pelo exército de Israel", explica Antoine Shahda.

A decisão da Igreja Católica Síria recebeu o apoio das instituições dos ortodoxos gregos e dos ortodoxos sírios (jacobitas), que também limitaram suas atividades natalinas.

"Dadas as circunstâncias atuais, especialmente em Gaza, os patriarcas sentem muito, mas não organizarão eventos natalinos", afirmaram em comunicado os líderes religiosos católicos, jacobitas e ortodoxos gregos.

O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, anunciou no domingo que os bombardeios e incursões terrestres de Israel naquele território palestino causaram 20.424 mortes, a maioria de mulheres e menores de idade, desde 7 de outubro.

Quase 1.140 pessoas morreram em território israelense no ataque sem precedentes do Hamas que desencadeou a ofensiva israelense.

A situação no território palestino, totalmente cercado por Israel desde 9 de outubro, é catastrófica. A maioria dos hospitais está fora de serviço e a população enfrenta altos níveis de insegurança alimentar, de acordo com a ONU.

- "Não é hora para alegria" -

Antes do início da guerra civil na Síria em 2011, 1,2 milhão de pessoas de confissão cristã viviam no país do Oriente Médio.

Durante o longo conflito, as celebrações de Natal diminuíram, mas registraram uma recuperação nos últimos anos, à medida que os combates perderam intensidade e o governo de Damasco retomou o controle da maior parte do território.

Mas neste mês de dezembro paira um clima sombrio na capital síria, onde o espírito natalino se limita a um mercado. A catedral mariamita (ortodoxa) de Damasco colocou uma pequena árvore e decorações simples.

"Este ano estamos muito tristes. Começou com o terremoto e terminou com a guerra em Gaza", afirma Rachel Haddad, de 66 anos, moradora de Damasco, referindo-se ao terremoto de fevereiro que deixou um rastro de 55.000 mortos, principalmente na Turquia e na Síria.

Além disso, ela lamenta a fragilidade da situação econômica na Síria, onde há escassez de combustível e frequentes cortes de energia.

"Não há eletricidade. Como vocês esperam ver decorações e luzes em qualquer lugar?" pergunta de maneira retórica.

As eleições para conselheiros tutelares, ocorridas no último domingo (1º), elegeu cerca de 70% de candidatos conservadores e 50% declarados evangélicos, segundo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar divulgou um vídeo nas redes sociais celebrando a mobilização da direita para eleger candidatos apoiados por políticos da oposição ao governo. 

“A direita se mobilizou ao longo dos últimos meses, trabalhou ativamente, de forma impressionante, com muito menos recursos do que eles, e nós elegemos 70% dos conselheiros tutelares no Brasil. São mais de 30 mil conselheiros tutelares, sendo 70% conservadores e aproximadamente 50% são evangélicos. Isso é uma vitória estupenda”, diz o deputado. 

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O papel do conselheiro tutelar é garantir a proteção e os direitos das crianças e dos adolescentes, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Gayer celebra que agora “temos um batalhão de pessoas para defender os nossos filhos contra a doutrinação, contra a pornografia por parte da esquerda, que quer enfiar goela abaixo, e o conselheiro tutelar tem uma autoridade gigantesca”. 

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“Despertar da direita” 

Após mostrar um vídeo mostrando um local de votação repleto de eleitores, ao que ele nomeou como “um despertar da direita”, Gayer declara que “resgatamos o Conselho Tutelar do nosso país”. 

Informação falsa 

Durante o vídeo, o deputado ainda argumenta que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, teria feito pedido ao Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas da União (TCU) para anular parte das eleições dos conselhos tutelares, informação que foi refutada pela pasta

 

 

Mais de 360 milhões de cristãos foram "fortemente perseguidos e discriminados" no mundo em 2022, e a Coreia do Norte aparece como o pior país para a profissão dessa fé — afirma um relatório divulgado pela ONG Puertas Abiertas nesta quarta-feira (18).

Esta ONG protestante publica todos os anos um "índice mundial" da perseguição aos cristãos, que inclui todos os ataques, desde a "discreta opressão cotidiana" até a "violência mais extrema".

Entre 1º de outubro de 2021 e 30 de setembro de 2022, "mais de 360 milhões" de católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais etc, de 76 países foram "fortemente perseguidos no mundo, ou seja, um em cada sete cristãos", disse Patrick Victor, diretor da Puertas Abiertas França, em entrevista coletiva na terça-feira. O número foi o mesmo no ano de 2022.

No entanto, nos últimos trinta anos "a perseguição se ampliou" com "76 países com forte perseguição contra 40" identificados no primeiro informe da ONG em 1993, destacou Guillaume Guennec, responsável pela defesa jurídica.

Além disso, "a perseguição está se intensificando nos países afetados", acrescentou.

Em 2022, 5.621 cristãos foram mortos, em comparação com 5.898 no ano anterior. A ONG também contabilizou “4.542 cristãos detidos” (entre eles, 1.750 na Índia), contra 4.277 no ano anterior, e “5.259 cristãos sequestrados” (dos quais 4.726 na Nigéria), contra 3.829.

O número total de igrejas fechadas, atacadas, destruídas chegou a 2.110, uma diminuição em relação a 2021, com 5.110. Com todas as perseguições, a Coreia do Norte passou a ocupar o primeiro lugar neste ranking anual, superando o Afeganistão. Em seguida vem a Somália, depois Iêmen, Eritreia, Líbia, Nigéria, Paquistão, Irã, Afeganistão e Sudão.

Na Coreia do Norte, uma lei aprovada em 2020 determina que "ser cristão ou ter uma Bíblia é crime punível", detalha a ONG. "Muitas igrejas secretas foram descobertas, cristãos presos e enviados para campos de prisioneiros políticos e executados", segundo Victor.

Três tendências foram observadas nos últimos 30 anos.

"O continente africano foi marcado por um aumento do extremismo islâmico", com 26 países sofrendo forte perseguição contra sete em 1993.

Além disso, “os cristãos são muitas vezes vítimas do nacionalismo religioso ou ideológico”, acrescenta a ONG, citando a China, desde 2017, ou mesmo a Índia, com uma “explosão de violência” contra cristãos e muçulmanos desde 2014.

Por fim, a organização lamenta o "êxodo cristão" no Oriente Médio. "As extorsões do grupo Estado Islâmico levaram os cristãos a fugir do Iraque e da Síria."

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro se comprometeu a não ampliar legislação do aborto em caso de vitória na disputa pelo Planalto, em uma "carta aos cristãos" divulgada ontem. Atualmente, a interrupção da gravidez é permitida no País em caso de estupro, de feto anencéfalo e em casos em que a vida da mãe está em risco.

"Defenderemos a não ampliação da legislação em relação ao aborto e faremos a defesa da preservação da vida humana em todas as suas manifestações", diz o texto. O documento, chamado de "Carta de Princípios aos Cristãos", foi lançado em Fortaleza (CE) em ato com presença de evangélicos.

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No texto, o ex-ministro também se comprometeu a não divulgar propaganda política nas missas e cultos promovidos pela igreja e não fomentar "discursos de ódio". "Respeitaremos e trataremos com dignidade todas as pessoas, religiões e crenças, sem fomentar discursos de ódio, disseminação de preconceitos ou estereótipos contra qualquer pessoa, religiosa ou não", diz a carta. Segundo Moro, o objetivo do texto é esclarecer as dúvidas sobre as suas ideias.

Durante o evento, ele reiterou respeitar a laicidade do Estado. "Nós todos sabemos que o Estado é laico. O Estado não vai estabelecer e a gente também não pretende estabelecer nenhuma preferência religiosa. Mas isso também não significa que nós não podemos valorizar a nossa tradição cristã. Sem preconceito, sem estereótipos em relação a qualquer outra religião ou qualquer outra crença, e até mesmo a falta de crença", afirmou o presidenciável.

Mais de 360 milhões de cristãos sofreram "forte perseguição ou discriminação" por causa de sua fé no mundo em 2021, em particular no Afeganistão, de acordo com um estudo da ONG francesa Portas Abertas, publicado nesta quarta-feira (19).

"A perseguição atingiu níveis recordes, em um contexto de crise sanitária mundial, chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão e o horror para os cristãos vítimas dos extremistas islâmicos na África subsaariana", disse Patrick Victor, diretor da ONG para França e Bélgica, em uma coletiva de imprensa nesta quarta.

Essa ONG protestante publica todo ano seu "índice mundial" de perseguição de cristãos, desde a "discreta opressão diária" até a "violência mais extrema".

Entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, a discriminação e a perseguição afetaram “mais de 360 milhões de cristãos”, incluindo católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos e neopentecostais, etc, de 76 países. Isso representa um aumento em relação aos 340 milhões de pessoas dessa religião que foram afetadas no período anterior, destaca o relatório.

Em 2021, 5.898 cristãos foram assassinados, um aumento de 24% em relação ao ano anterior (4.761 casos). Segundo o relatório, "oito em cada dez morreram na Nigéria".

Por outro lado, o número total de igrejas invadidas, destruídas ou que tiveram que fechar foi de 5.110 no ano passado, em comparação com 4.488 no ano anterior. A China sozinha contribui para 59% dos fechamentos. Este país "está agora estendendo discretamente esse seu trabalho utilizando a crise sanitária (...). A manobra é simples (...): as igrejas fecham por conta dos confinamentos, enquanto as autoridades aproveitam para declarar oficialmente (seu) fechamento", segundo a ONG.

A Portas Abertas também observa "um aumento de 44% no número de cristãos detidos por causa de sua fé", com 4.277 casos registrados em 2020, 6.175 casos em 2021. O Afeganistão é o país mais perigoso para os cristãos, seguido pela Coreia do Norte, Somália, Líbia, Iêmen, Eritreia e Nigéria.

Com a ascensão do Talibã ao poder, a perseguição religiosa no Afeganistão "assumiu uma nova dimensão", diz a ONG. "Os talibãs apreenderam documentos que permitem que alguns convertidos ao cristianismo sejam identificados. Eles os procuram ativamente. Homens que se convertem são executados imediatamente, mulheres ou meninas estupradas ou casadas à força com jovens talibãs", declarou Guillaume Guennec, outro responsável pelo Portas Abertas. Difícil saber "quantos foram mortos, embora não tenha comparação com anos anteriores", explicou Guennec.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é a preferência de 45% dos evangélicos para as eleições de 2022. Disparado nesse arco da religião cristã, o presidente perde em todas as outras religiões quando enfrenta o seu principal possível oponente para o próximo ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados são da mais recente pesquisa do PoderData divulgada nesta sexta-feira (6).

No mesmo grupo, de evangélicos, Lula têm 26% da preferência. Nos demais, aparece em primeiro, como entre os católicos, onde possui 39% do favoritismo, contra 21% de Bolsonaro. Na umbanda e candomblé a diferença é ainda mais larga: 78% indicam votar em Lula e só 3% em Bolsonaro. Para os espíritas, o petista também é o preferido: 54% contra 24% do atual mandatário.

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Entre os ateus, Lula tem 38% e seu oponente tem 20%; entre os que não têm religião, são 41% da preferência para o petista e 8% para o conservador. Outras práticas e crenças religiosas registraram preferência de 34% para Lula e 31% para o atual presidente.

A pesquisa também indicou quatro nomes da chamada terceira via. Ciro Gomes (PDT) se destaca entre os ateus, com 24%; Datena (PSL) vai melhor entre quem não tem religião, com 23%;  João Doria (PSDB) tem seu melhor percentual entre os católicos, 11%; e Luiz Henrique Mandetta (DEM) vai bem entre quem marcou a opção ‘outros’, com 16%.

Foram ouvidas 2.500 pessoas nas 27 unidades da Federação entre os dias 2 e 4 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O papa Francisco anunciou neste domingo que convidará ao Vaticano os líderes cristãos do Líbano em 1º de julho, para que possam refletir e orar juntos pela "paz e estabilidade" neste país do Oriente Médio.

O Líbano sofre atualmente uma crise dupla: econômica e política.

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O país enfrenta a pior recessão financeira desde a guerra civil, entre 1975 e 1990, com mais de 50% da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Mas os líderes políticos estão em uma disputa para alcançar um acordo e criar um novo governo que substitua o gabinete do primeiro-ministro interino, Hasan Diab, que renunciou após a grande explosão no porto de Beirute no ano passado.

"Em 1º de julho me reunirei com os principais líderes das comunidades cristãs do Líbano no Vaticano, para uma jornada de reflexão sobre a inquietante situação no país e para rezar juntos pelo dom da paz e da estabilidade", destacou o papa.

Ao apresentar sua mensagem dominical de Angelus, Francisco pediu a todos os fiéis que "se unam à preparação deste evento com orações solidárias, pedindo por um futuro mais pacífico neste amado país".

O feriado da Semana Santa é comumente aproveitado por muitos estudantes e trabalhadores para descansar. Mas, é importante lembrar que as celebrações da Páscoa não são apenas ligadas a um ritual religioso, uma vez que existe muita história por trás. O período é uma chance para os estudantes aproveitarem os dias de folga para relacionar alguns fatos históricos com o que pode ser cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O professor de história, sociologia e filosofia Hilton Rosas conta ao LeiaJá, em parceria com o Vai Cair no Enem, cinco fatos curiosos sobre o feriado, em que os feras podem estudar o contexto. Confira

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1 - A Páscoa é um feriado judaico

Segundo o professor, durante a chamada Semana Santa, é celebrado o período do êxodo. Período este em que os Hebreus eram escravos no Egito durante a fase do Novo Império e que foram conduzidos por Moisés, que recebeu os dez mandamentos que unificaram o povo hebreu na volta à Palestina.

2 - Roma dominava a Palestina

Durante as pregações de Jesus pela Galiléia, no século I da era cristã, a Palestina estava sob domínio dos romanos no Império Ocidental. Durante sua expansão territorial, eles também ocuparam regiões do Oriente Médio.

3 - A origem da crucificação

O professor de história relata que a crucificação era uma condenação romana. A técnica era usada como forma de punir os acusados e alertar o povo para as consequências de cometer crimes.

4 - A relação do Carnaval com a Páscoa

A páscoa cristã é marcada pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, na elaboração do calendário gregoriano (cristão). Esse foi colocado no período que antecede o Solstício de Primavera, no Hemisfério Norte, quando após o inverno, povos pagãos consumiam em festas e banquetes seus estoques de comida, para não apodrecer. Essa festa ficou conhecida como festival da carne ou carnaval, quando aguardavam pelo retorno do sol, que para muitos destes povos era visto como a renovação da vida.

A Igreja Cristã usa dessa prerrogativa para instaurar o período de resguardo da quaresma até a espera do retorno do sol (luz) que cabia muito bem com a ideia da ressurreição de Jesus; a luz que traria uma nova vida. Esse sincretismo foi muito favorável na conversão desses povos pagãos para o cristianismo durante a idade média, período marcado pela centralização religiosa do teocentrismo.

5 - A Páscoa como ferramenta de conversão

A páscoa cristã também retrata não só a renovação do povo hebreu/judeu, mas também a ressurreição de Jesus pelos cristãos, feriado importante e tradicional para esse povo, pois reforça a ideia da importância do Cristo para o despertar de uma nova vida. Esse discurso favoreceu a ampliação da fé pelo ocidente e regiões colonizadas por europeus.

Cerca de 340 milhões de cristãos foram "fortemente perseguidos" no mundo em 2020, um fenômeno em constante crescimento e que foi agravado pela pandemia de coronavírus, de acordo com um relatório da ONG Portas Abertas, publicado nesta quarta-feira (13).

"As minorias cristãs perseguidas enfrentaram violência sem precedentes e aumento da discriminação. A Covid-19 ampliou as tendências que temos constatado há vários anos", escreve a ONG protestante ao apresentar sua lista anual de 50 países onde os cristãos estão no centro da mira.

Cerca de 340 milhões de cristãos - católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais... - foram "fortemente perseguidos", contra 260 milhões em 2019, denuncia a ONG, que registra os ataques, de "discreta opressão diária" à "violência mais extrema".

"Isso representa 1 cristão em cada 6 na África e 2 em cada 5 na Ásia", destaca Patrick Victor, diretor da Portas Abertas França, que garante que os números estão "abaixo da realidade".

As causas desta perseguição extrema ou muito forte na África Subsaariana, no Sul da Ásia e no Oriente Médio estão ligadas ao "nacionalismo religioso", particularmente na Ásia, e ao "extremismo islâmico que está se espalhando" na África.

O número de cristãos mortos aumentou 60%, passando de 2.983 para 4.761. "Mais de 90% na África Subsaariana", explica Victor.

Pelo sexto ano consecutivo, a Nigéria lidera "os países onde mais pessoas foram mortas por sua fé" (3.530 mortos), à frente da República Democrática do Congo (460) e do Paquistão (307).

Em contrapartida, a ONG observa que o número de igrejas atacadas (fechamentos, ataques, danos, incêndios) reduziu pela metade (4.488) em comparação com 2019.

A China lidera esta lista com 3.088 igrejas atacadas (contra 5.576 em 2019), à frente da Nigéria.

"Na China, assim como na Índia, a perseguição aos cristãos é sistemática e até sistêmica", diz Victor.

O número de cristãos detidos por sua fé aumentou para 4.277, contra 3.711 em 2019, com cerca de metade na Eritreia (1.030) e na China (1.010).

Se levados em conta todos os tipos de perseguição, a Coreia do Norte, onde "a fé em Deus é um crime contra o regime", segundo a ONG, lidera o ranking mundial, seguida pelo Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão e Eritreia.

"Não há motivos estritamente religiosos por trás das perseguições. Elas podem estar relacionadas ao nacionalismo religioso, como na Índia ou na Turquia, ou ao controle do Estado, como na China, ou ao crime organizado e cartéis de drogas como na Colômbia e México", resume a associação.

Em clima de campanha, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou nesta terça-feira, 12, os resultados positivos da Caixa Econômica para destacar medidas do seu governo no evento de comemoração dos 160 anos do banco público. Em seu discurso, o chefe do Executivo ressaltou a religiosidade dos membros do seu governo e fez propaganda da atuação de ministros, da Caixa e também da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

"Como é bom estar na frente de uma nação que mais de 90% do povo é cristão. O Estado é laico, mas seu presidente e seu ministério são cristãos. Quem diria, temos ministros terrivelmente católicos e três pastores entre nós", disse. Além da religião, Bolsonaro recorreu à sua defesa pela liberdade da população. "A liberdade não tem preço, quem vai mudar o Brasil não será um homem ou uma mulher, mas todos nós. Estamos aqui porque acreditamos em Deus", declarou.

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No evento, o presidente elogiou e afirmou se orgulhar do trabalho desempenhado pela Caixa. Ele atribuiu ao presidente do banco, Pedro Guimarães, e à primeira-dama a contratação de pessoas com deficiência, como ação de inclusão do governo. "Também, senhora primeira-dama, você participou e você sabe o seu poder no governo. Em grande parte (devemos) a você e ao Pedro (Guimarães) a contração de 3 mil pessoas com deficiência. Isso era discurso no passado", disse.

Para uma plateia que incluía lotéricos e representantes da categoria, o presidente ressaltou que o governo se antecipou às demandas do setor em seu primeiro ano de gestão. "Apresentamos para vocês uma cesta de direitos e de benefícios. Muitos se surpreenderam porque geralmente só se é atendido no Brasil quando se faz reivindicações. Nós nos antecipamos a problemas, buscamos soluções, nós trabalhamos dessa forma."

Bolsonaro também enalteceu a atuação da equipe econômica sob a liderança de Paulo Guedes e elogiou o trabalho "incansável" das ministras Tereza Cristina, da Agricultura, e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos. No evento, o ministro do Turismo, Gilson Machado, tocando sanfona e cantando, acompanhou a apresentação da Orquestra Criança Cidadã, projeto social de Recife (PE).

Ao final de seu discurso, após dias seguidos de duras críticas à imprensa brasileira, Bolsonaro afirmou que a mídia "nunca teve tanta liberdade" como em seu governo. "Minha adorada imprensa, vocês nunca tiveram tanta liberdade como no nosso governo. Nunca se ouviu falar no meu governo de controle social da mídia ou democratização da mesma. Vocês têm liberdade demais, de sobra."

Ele lamentou em seguida "o fechamento, a censura às mídias sociais". "Elas não concorrem com vocês (imprensa), uma estimula a outra", disse. Antes de sua fala, o chefe do Planalto ouviu ainda palavras de apoio de uma beneficiária da Caixa que foi levada ao palco por Pedro Guimarães para falar e cumprimentar o presidente e a primeira-dama.

Comparada à majestosa árvore de Natal de 15 metros em frente à igreja de sua cidade natal no Iraque, aquela que Saad Polus Qirayaqoz comprou este ano para decorar seu apartamento na Jordânia não parece grande coisa.

Em 2014 quando o grupo do Estado Islâmico (EI) invadiu a planície de Nínive, forçando-os a fugirem, os cristãos nesta região do norte do Iraque celebravam o Natal com alegria por um mês inteiro.

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“Éramos felizes até que os jihadistas destruiram tudo” na cidade de Bartella, lembra Saad Polus Qirayaqoz, engenheiro e pai de três filhos, em seu humilde apartamento em Marka, um subúrbio operário da capital jordaniana.

Mais de 66.000 iraquianos vivem na Jordânia, segundo estatísticas dos Estados Unidos, tendo fugido, em ondas, após a primeira Guerra do Golfo (1990), a invasão americana (2003) e, posteriormente, pela chegada do grupo EI.

- "Estamos sozinhos" -

Em 2016, dois anos depois que o grupo do EI foi expulso de Bartella e de outros feudos cristãos da região pelas forças iraquianas, Qiryaqoz, que havia encontrado refúgio em Erbil - capital do Curdistão iraquiano - voltou para sua cidade. E ele foi duramente atingido.

“Não havia outra opção a não ser fugir para encontrar um lugar seguro para minha família”, disse o homem de 56 anos. Na primavera de 2017, eles se mudaram para a Jordânia.

“Apresentamos quatro pedidos de emigração para a Austrália, mas todos foram rejeitados, apesar de falarmos inglês e termos família lá”, lamenta.

Emile Said também vai passar as férias de fim de ano na Jordânia, longe de seu país natal. “Aqui o Natal é triste”, diz o homem de 53 anos, pai de três filhos.

- "A guerra" -

O padre Jalil Jaar, pároco da Igreja da Virgem Maria de Marka, conhece bem as angústias sofridas pelos seus compatriotas. Em 2014 montou uma escola, uma clínica, uma oficina de costura e uma sala de informática para eles, dentro do complexo religioso.

Em cinco anos, ajudou mais de 2.500 famílias a preencherem seus documentos de imigração para outros países, mas, segundo ele, “500 famílias cristãs do Iraque ainda aguardam” autorização.

“Quando pedimos ajuda a ONGs locais e internacionais, elas nos dizem que a guerra no Iraque acabou e que, na realidade, os refugiados deveriam voltar para casa”, diz ele.

Este ano, graças a uma doação de uma rica família iraquiana que vive em Amã, o padre Jaar preparou cupons no valor de 50 dinares jordanianos (cerca de 57 euros) para que as famílias possam comprar roupas para seus filhos no Natal.

Cerca de 260 milhões de cristãos foram "severamente perseguidos" em todo mundo em 2019, um número crescente, embora a quantidade de fiéis mortos por causa de sua fé tenha diminuído - revela um relatório da ONG Open Doors publicado nesta quarta-feira (15).

Esta organização protestante publica anualmente seu índice que usa dados de 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. O período avaliado vai de novembro de 2018 a outubro de 2019.

No total, 260 milhões de cristãos - católicos, ortodoxos, protestantes, batistas, evangélicos, pentecostais - foram "severamente perseguidos", contra 245 milhões em 2018, segundo a organização.

Por "perseguição", a ONG entende toda e qualquer violência, que pode chegar ao assassinato, começando por uma opressão diária mais discreta.

"Este aumento pode ser explicado, em particular, pela deterioração da situação da liberdade religiosa na China em nível nacional, afetando cada vez mais regiões, e pela implantação do jihadismo na África", escreve a ONG.

O número de cristãos mortos caiu de 4.305 para 2.983, uma diminuição de 31% em relação ao ano anterior.

"Por três anos esse número continuou aumentando", de acordo com a Open Doors, que explica essa diminuição pela "queda do número (conhecido) de cristãos mortos na Nigéria".

No entanto, a Nigéria permanece no topo dos países com o maior número de cristãos mortos por sua fé (1.350 mortos).

Além disso, em um ano, o número de igrejas atingidas (fechadas, atacadas, danificadas, ou queimadas) aumentou cinco vezes em todo mundo, de 1.847 para 9.488, enquanto o número de cristãos detidos subiu de 3.150 para 3.711.

Com todos os tipos de perseguições combinados, a Coreia do Norte está novamente no topo deste ranking anual.

"O controle totalitário do regime sobre cada indivíduo faz de sua fé em Deus um crime contra o regime, motivo suficiente para terminar sua vida em um campo de trabalhos forçados", relata a ONG.

Na sequência, aparecem Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Sudão, Iêmen, Irã e Índia.

Parceira da Open Doors International (que opera em 60 países), a Open Doors diz que seus números, que incluem apenas os assassinatos "comprovados com certeza", estão "abaixo da realidade".

Essa associação, que "fornece apoio espiritual, moral e humanitário" aos cristãos perseguidos, existe na França desde 1976.

Uma facção nigeriana do grupo jihadista Estado Islâmico divulgou, neste Natal, vídeo de quase um minuto, durante o qual 11 homens são executados, um a tiro e os restantes decapitados. O grupo afirmou que se tratava de cristãos e a intenção com as execuções foi, segundo um dos islamitas, "uma mensagem para os cristãos do mundo inteiro".

O grupo nigeriano responsável pelas mortes seria proveniente de uma cisão no grupo islamista nigeriano Boko Haram, que mudou de campo e assumiu o nome Província da África Ocidental do Estado Islâmico (Iswap na sigla em inglês).

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O vídeo de 56 minutos, gravado "nas últimas semanas" numa localidade do estado de Borno, no nordeste nigeriano, foi produzido e publicado dia 26 de dezembro à noite, pela agência Amaq, o órgão de propaganda do Estado Islâmico.

De acordo com a mensagem, os cristãos foram executados para vingar a morte do líder do grupo, Abu Bakr al-Bagdhadi, e do seu porta-voz, Abul-Hasan Al-Muhajir, numa operação norte-americana na Síria.

A operação dos EUA, que resultou na morte dos dois líderes, ocorreu em outubro de 2019. Quase dois meses depois, em 22 de dezembro, o Estado Islâmico anunciou nova campanha para "vingar" as mortes. Desde então, uma série de ataques ocorreu em vários países.

Na África, os principais alvos têm sido as forças militares e as comunidades cristãs, procurando conversões forçadas ao islamismo e executando quem se recusa.

Em sua mensagem de Natal, o papa Francisco denunciou esses ataques. O pontífice desejou conforto àqueles que são perseguidos pela fé religiosa, especialmente missionários e membros dos grupos de fiéis que foram raptados, além das vítimas dos ataques de grupos extremistas, particularmente em Burkina Faso, no Mali, Níger e na Nigéria.

Em Washington, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que o governo brasileiro está "particularmente apreensivo" com a perseguição contra cristãos em diferentes partes do mundo. "Não dá mais para admitir a perseguição e morte de tantos cristãos no mundo", disse a ministra, em discurso de quatro minutos durante encontro sobre avanço da liberdade religiosa, realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Ela anunciou a criação de um comitê nacional de liberdade religiosa e de crença e também de uma "coordenação nacional para promover iniciativas para garantir o pleno exercício da liberdade religiosa". A ministra não explicou a competência de cada um dos nos órgãos criados e nem detalhou quais iniciativas serão tomadas, mas disse que será dada "atenção especial às religiões de matriz africana", sem citar ataques a esse segmento.

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As religiões africanas são as mais atingidas por ataques de intolerância religiosa no Brasil, segundo dados do Disque 100, canal do governo para denúncias de violação de direitos. Antes de ir a Washington, Damares, que é evangélica, esteve em Miami e disse durante evento que "já foi para a porta de terreiro proteger o espaço".

Damares afirmou que a liberdade religiosa é um valor central das políticas públicas do País e defendeu a lei sancionada pelo presidente, Jair Bolsonaro, que permite que alunos faltem na escola por motivo religioso.

"É preciso combater narrativas que promovam o ódio e repudiar legislações que restrinjam a liberdade religiosa. Entretanto, essas ações não são apenas responsabilidade dos governos. Os líderes religiosos também desempenham papel central em razão da influência que exercem na sociedade", disse Damares, que criticou também o que chamou de "pequenos atos que manifestam descaso pela crença alheia".

Evento

O uso da liberdade religiosa como pilar da política externa americana ganhou força no governo do presidente Donald Trump, a despeito de o republicano não ser considerado uma pessoa religiosa. Segundo estudo do Pew Research Center, de 2007 a 2017, houve crescimento nas restrições religiosas impostas por governos ao redor do mundo e hostilidades praticadas contra grupos religiosos.

A avaliação corrente nos EUA é de que o tema agrada parte da base eleitoral de Trump, que são os cristãos evangélicos preocupados com a discriminação ao redor do mundo. Críticos do presidente consideram, no entanto, que o governo americano é seletivo na defesa das liberdades ao condenar países como Irã e China sem denunciar abusos cometidos por aliados, como a Arábia Saudita.

O deputado federal, pastor e presidente da Assembléia de Deus, Marco Feliciano (PSC), postou em suas redes sociais um vídeo dando sua opinião sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por 8 votos a 3, em permitir a criminalização da homofobia e da transfobia no Brasil.

De acordo com ele, a decisão atinge “mortalmente a liberdade religiosa em nosso país”. Feliciano afirma que o STF quebrou um acordo feito com a bancada evangélica. “Eles prometeram aguardar a apresentação de uma lei que pudesse agradar a grande maioria”, disse.

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O pastor falou que a interpretação do texto vai deixar os cristãos em perigo. “O texto aprovado até tenta amparar a liberdade religiosa, porém usa um parágrafo dúbio. Ele diz que ‘é assegurado o direito de pregar e divulgar livremente desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio’. Pois bem, esse tal ‘discurso de ódio’ é tão vago que nós cristãos estaremos constantemente em perigo”, lamentou.

Ainda em seu vídeo, Feliciano afirmou que o texto é prejudicial porque compara a homofobia com o racismo. “Nem o movimento LGBT aceita isso. Qualquer diferença de opiniões pode abrir, então, caminho para uma autêntica caça aos religiosos do nosso Brasil”, disse.

Sete cristãos coptas morreram nesta sexta-feira (2) no Egito quando homens armados abriram fogo contra um ônibus no qual viajavam, em um atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

As vítimas estavam em um ônibus que passava pela província de Minya, a 200 quilômetros ao sul do Cairo, onde faziam uma peregrinação ao monastério de São Samuel.

Nesta sexta-feira, "um ônibus transportando coptas foi atacado perto do monastério de de São Samuel (...) deixando sete mortos e sete feridos", declarou uma fonte dos serviços de segurança.

"Dispararam contra um ônibus que transportava um grupo de coptas quando voltava do monastério de São Samuel", detalhou a Procuradoria-Geral, que anunciou a abertura de uma investigação e o envio de uma equipe ao local.

O bispo Makarios, da província de Minya, indicou em uma conversa por telefone que o ataque aconteceu "na estrada do monastério de São Samuel", e detalhou que o veículo se dirigia a Sohag, 500 km ao sul da capital egípcia.

O EI reivindicou este atentado por meio de órgão de propaganda Amaq.

"Os autores da emboscada aos visitantes (cristãos) no caminho do 'monastério de São Samuel', em Minya, são combatentes do Estado Islâmico", indicou o Amaq em comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram.

Em maio de 2017, homens armados mataram 28 peregrinos coptas, incluindo muitas crianças, enquanto viajavam em um ônibus. O Egito respondeu a esse ataque, reivindicado pelo EI, com bombardeios aéreos contra campos extremistas na vizinha Líbia.

"Meus pêsames, com profunda tristeza, aos mártires que morreram hoje pelas mãos de traidores (...)", escreveu o presidente egípcio, Abdel Fatah Al-Sisi, no Twitter depois do ataque desta sexta.

"Desejo que os feridos se recuperem rapidamente e confirmo a nossa determinação de continuar lutando contra o terrorismo e perseguir os autores", continuou.

Um braço egípcio do EI está ativo no norte da península do Sinai, de onde ataca as forças de segurança, especialmente desde que o Exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi, em 2013.

Também ataca os cristãos coptas, forçando dezenas de famílias a fugir da região.

Em fevereiro de 2018, o Exército realizou uma ofensiva contra os extremistas no Sinai e afirma ter matado mais de 450.

Os coptas representam a comunidade cristã mais antiga do Oriente Médio e a mais numerosa, com cerca de 10% dos 100 milhões de egípcios.

O papa Francisco defendeu o repouso aos domingos, que permite aos cristãos "fazer as pazes" com a própria vida, mas criticou a sociedade de "diversão" e "evasão".

O domingo permite "fazer as pazes com a vida", disse Francisco diante de milhares de fiéis reunidos na praça São Pedro do Vaticano para a tradicional audiência de quarta-feira.

"A verdadeira paz não é mudar a própria história, e sim acolhê-la e valorizá-la", disse o pontífice.

"O homem nunca descansou tanto como hoje e, no entanto, nunca sentiu tanto vazio como hoje".

Francisco fez um apelo por uma distinção entre o verdadeiro repouso e o falso descanso em um mundo que estabelece a sociedade como "um grande parque de diversões".

"O conceito de vida que domina atualmente não se baseia na atividade, e sim na evasão. Esta mentalidade leva a uma vida anestesiada pela diversão, que não é repouso", advertiu.

Em entrevista concedida ao LeiaJá, a vereadora do Recife Irmã Aimée Carvalho (PSB) mais uma vez ressaltou a importância dos valores da família. “Valores que não mudam com o tempo e que são a base das boas práticas da nossa sociedade. Estes valores não são uma moda passageira, mas os pilares do processo de construção de nosso povo. Defendo sim os valores cristãos e a família formada por homem, mulher e seus filhos”, ressaltou. 

Segundo Aimée, por todo o Brasil cresce o número de representantes dos valores tradicionais pelas câmaras e assembleias estaduais. “Estamos vivendo nos tempos da relativização. Dizem que tudo é relativo, que tudo depende de um ou de outro ponto de vista, mas, em meio a todos estes ataques, eu estou ali na Câmara do Recife para garantir que os valores absolutos não sejam relativizados. Estou firme no propósito de honrar a família recifense e fazer valer os nossos direitos. Estamos juntos em prol da família”. 

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A vereadora, que faz parte da Assembleia de Deus desde 1975, também falou sobre o atual cenário político em Pernambuco e no país. A pessebista ressaltou que o momento é difícil e se mostrou preocupada. “Eu vejo com muita preocupação este processo de descrédito com a política. Os escândalos de corrupção e as questionáveis formas de fazer política fazem com que a população enxergue o trabalho dos parlamentares com maus olhos e que deixem de acreditar no trabalho sério”. 

Ela ainda afirmou que é necessário separar o trigo do joio. “Há na política pessoas que se dedicam a realizar o seu dever, que é o de trabalhar e representar o seu povo. Ao mesmo tempo, é importante que as más práticas venham à tona para expor aqueles que andam com imoralidade e que não representam a honradez do nosso povo”. 

No seu segundo mandato na Câmara dos Vereadores, irmã Aimée já apresentou 50 projetos de Lei Ordinária. Entre os projetos que considera mais relevantes, destaque para o que proíbe a venda de narguilés para menores de 18 anos, que já está aprovado e aguarda a sanção do prefeito Geraldo Julio (PSB). A parlamentar propôs Botão do Pânico nos ônibus que circulam no Recife. Para ela, sendo aprovado ou não, o projeto é importante porque levantou a discussão sobre a violência urbana. 

Em maio deste ano, uma espécie de um documentário elaborado pela TV norte-americana HBO ganhou grande repercussão ao mostrar o crescimento das igrejas e dos líderes religiosos no Brasil, em particular da classe evangélica. O vídeo mostrou uma vantagem indiscutível do segmento: se é verdade que uma grande parte dos brasileiros perderam a fé na política, a máquina evangélica se impulsiona por possuir uma arma secreta, que é uma base fiel de eleitores. 

Com detalhes, a reportagem mostrou o surgimento de novas “megaigrejas” para atender a demanda e até mesmo o pastor, durante um culto, incentivando os religiosos a votarem e doarem a seus candidatos. O candidato a vice-governador do Distrito Federal, o pastor Egmar Tavares, chegou a falar sem medo que reuniões são feitas para orientar os fieis a votarem em seus candidatos. “Não podemos esconder isso”, ressaltou também dizendo que a igreja só cresce quando tem novos “filhos”. 

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Para se ter ideia, o pastor Tavares falou que sua congregação começou com 39 igrejas e hoje já são mais de 250 templos. Em um pouco mais de uma década, segundo ele, o número de fieis passou de três para 25 mil. 

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) já falou em tom de lamentação, mas sem medo de críticas, o fato de não possuir apoio de grandes instituições religiosas e que não tinha apoio dos grandes líderes para campanha política. Ele, que se definiu como “um pastor sem pedigree”, chegou a contar que quando o ano eleitoral se aproximava, desaparecia dos grandes púlpitos do estado de São Paulo. O pastor Eurico também está em visibilidade desde a semana passada ao defender a representação evangélica na política. “Se outros têm porque é que a organização que eu faço parte não pode ter seu representante?”, indagou. 

Não é apenas a bancada evangélica, que são 30% da população e que contam com uma bancada de 97 deputados e 3 senadores, que busca se fortalecer no pleito eleitoral deste ano. A católica, que tem 48 deputados, também tem essa mesma missão. Desde o começo do ano, as duas bancadas no Congresso se articulam sobre apoio mútuo para a disputa com a finalidade de mostrar cada vez mais a representação dos cristãos na sociedade. 

Em Alagoas, por exemplo, o deputado Givaldo Carimbão (PHS), da Renovação Carismática Católica (RCC), receberá o apoio dos evangélicos para a sua campanha rumo ao Senado Federal. Carimbão já chegou a dizer que “é melhor abrir uma igreja evangélica do que um cabaré”. Somente a RCC deve tentar eleger cerca de 30 candidaturas. 

Além da força dos cultos e missas, o apoio também acontece dentro do próprio Congresso. Os evangélicos realizam um culto semanal, no plenário da Câmara. Por sua vez, os católicos se reúnem em um grupo de oração nas manhãs de quarta-feira. 

Uma parte dos presidenciáveis, como o deputado Jair Bolsonaro (PSL), buscam conquistar o eleitorado evangélico. Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, no mês passado, se reuniu na capital paulista com um grupo de pastores composto em sua maioria por batistas, luteranos e presbiterianos, que já a apoiaram anteriormente. 

Em Pernambuco, o poder das igrejas também não está sendo deixado de lado. No ano passado, ainda um pouco distante da eleição, o governador Paulo Câmara (PSB) começou as articulações em busca de mais aliados. O pessebista chegou a participar do aniversário do presidente da Assembleia de Deus, pastor Aílton José da Silva. De joelhos, ele recebeu orações dos pastores.

Paulo Câmara chegou a falar que tinha certeza de que a igreja estava dando forças para que pudesse “continuar trabalhando por um Pernambuco melhor e mais justo”. Ainda pontuou que, pelo momento difícil que o Brasil vivencia, era muito importante ter Jesus no coração. 

Apesar das articulações feitas, o governador perdeu o apoio de uma família com grande espaço no segmento evangélico: os Ferreira, que anunciaram no final do mês passado o rompimento com o socialista. Eles se aliaram ao grupo da oposição denominado “Pernambuco Vai Mudar” e ainda detonaram o governo Câmara afirmando que faltava diálogo, capacidade administrativa e liderança. 

Outra família de peso no estado na classe evangélica são os Collins. A vereadora do Recife Michele Collins (PP) e o seu marido, o deputado estadual Cleiton Collins (PP) formam uma dupla dona das votações mais expressivas para a Câmara do Recife e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), respectivamente. Cleiton, que cumpre hoje o quarto mandato consecutivo de deputado estadual, na última eleição recebeu 216.874 votos, cinco vezes mais do que na primeira. A missionária Michele marcou cadeira na Câmara em 2012 e, em 2016, conquistou 15.357 votos, quase cinco mil a mais do que quatro anos antes.   

Em todo esse cenário repleto de polêmicas, a vereadora Irmã Aimée (PSB) deixou um recado que muito causou ao ressaltar que os evangélicos não irão parar de crescer. “Se lutar contra essa inversão de valores significa ser um problema é melhor que as revistas se acostumem com essa gente incômoda porque não iremos parar de crescer”, avisou. 

Durante a missa na Casa Santa Marta nesta sexta-feira (12), o papa Francisco pediu que os cristãos rezem de "maneira corajosa" e não fiquem repetindo as palavras apenas como "papagaios".

"Sempre, quando nos aproximamos do Senhor para pedir qualquer coisa, deve-se partir da fé e fazê-lo na fé. 'Eu tenho fé que Tu podes me curar', 'eu acredito que Tu podes fazer isso' e ter a coragem de desafiá-lo. Não façamos isso como papagaios e sem interesse no que pedimos", disse o líder católico segundo o "Vatican News".

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Segundo Francisco, os cristãos precisam "suplicar ao Senhor para 'ajudar nossa pouca fé' também diante das dificuldades".

"São tantos os episódios no Evangelho no qual se aproximar do Senhor é difícil para quem está em dificuldades e isso serve de exemplo para qualquer um de nós. O paralítico, no Evangelho de Marcos, por exemplo, é levantado para o teto para que sua maca chegue ao Senhor que está rezando entre a imensa multidão. A vontade faz encontrar uma solução", disse ainda o Pontífice.

Jorge Mario Bergoglio aconselhou ainda que os cristãos devem "colocar-se em campo" para obter seu pedido e destacou que a "oração que não é corajosa, não é cristã". 

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