Cursos de idiomas são importantes conhecimentos, principalmente para quem quer ter destaque no mercado de trabalho e conhecer a cultura de outro país. Por esse motivo, muitas pessoas procuram aulas de língua estrangeira e, dentro do contexto mercadológico, existem muitas escolas que oferecem o serviço.
Neste sentido, também existem diferentes métodos de ensino dos idiomas. Diante de tantas propostas, muitas pessoas acabam com dúvidas sobre qual é a melhor maneira de estudar uma nova língua, levando em consideração o ensino e o nível de conhecimento do aluno, bem como a sua idade.
Como é o caso do estudante de publicidade e propaganda, Daniel Santos, de 28 anos de idade. Ele pretende estudar um idioma estrangeiro, no entanto, ainda não começou por falta de tempo e por não acreditar que um curso que tem aula uma vez por semana seja suficiente para quem quer dominar outra língua. “No momento, não tenho tempo para fazer um curso. Também acho que aula uma vez por semana não dá certo. É pouco tempo para aprender”, relata Santos.
Já a estudante de jornalismo Devanyse Cely, 21, no ano passado começou a procurar um curso de inglês. E para escolher entre muitas opções, ela teve que pensar em vários aspectos, tais como, disponibilidade de dias, horários e um ensino que fosse de acordo com o seu nível de conhecimento. “Escolhi um curso que tinha haver com a minha disponibilidade e que abordava o nível básico. Eu estudava duas vezes por semana, por quase três horas”.
Devanyse já concluiu o nível básico do curso e afirmou que a metodologia usada foi favorável ao aprendizado dela. “Aprendi muito, porque a metodologia das aulas assimilava palavras em inglês com coisas do nosso cotidiano. Eu também assistia filmes, escutava músicas e, em casa, continuava estudando. Tive bons resultados com as aulas”, contou a universitária.
Aulas todos os dias ou uma vez por semana. Nada disso define se um curso de língua estrangeira é bom ou ruim, de acordo com Márcia Modesto (foto), professora de idiomas e coordenadora do núcleo de idiomas da Faculdade Fafire. “O que faz dar certo é a vontade do aluno e do professor. É o prazer que se tem quando estudamos e aprendemos um novo idioma. Tem gente que só estuda uma vez por semana e tem melhores resultados do que pessoas que fazem aulas todos os dias”, explicou a professora.
Segundo Márcia, “os cursos devem utilizar métodos de aprendizagem e não de decoração. O aluno tem que aprender. Tem escolas que fazem os alunos decorarem uma lição e pronto. Mas, quando ampliamos a conversa no idioma para assuntos do dia a dia, o estudante não se dá bem”.
A professora também fala que um bom curso de língua estrangeira é aquele que torna o participante um “usuário competente da língua”. “Isso quer dizer que é quando o estudante alcança o uso do idioma e não precisa mais do auxílio do professor. Ele já começa a viver a nova língua, ou seja, o momento em que ele domina o idioma”, explicou Márcia. De acordo com ela, o tempo do curso pode variar bastante, a depender do desempenho do aluno.
Níveis de conhecimento
Márcia defende que as pessoas possuem diferentes talentos e isso serve também para aprender um novo idioma. De acordo com ela, os níveis de conhecimento se dividem em “iniciante I, II, e III”; “intermediário I e II” e “Avançado”, que corresponde à conversação.
Ela também destaca que há o nível instrumental, mas, apenas para o inglês. Esse tipo de conhecimento é de pessoas que dominam o idioma para fazer seleções para mestrado ou doutorado e estudam a língua exclusivamente para uma prova.
Livro e áudio: uma relação inseparável
“Não existe aprendizado de língua estrangeira sem o ouvir. Os livros didáticos são importantes, porém é necessário ouvir e entender conversas em outro idioma”, afirma Márcia. Ela também frisa que músicas e filmes também ajudam muito no aprendizado, além de atividades extras que podem ser proporcionadas pelos cursos, tais como atividades culturais do idioma.
Idades para estudar uma nova língua
De acordo com a professora, existem teorias que apontam a idade de quatro anos para uma criança começar a aprender um novo idioma. Todavia, ela conta que alguns estudiosos defendem que essa faixa etária deve aumentar para os oito anos. “É geralmente nessa idade que as pessoas têm a língua mãe instalada em sua grande parte. Essa sim é uma época para colocar uma criança em um curso de idioma”, explica Márcia.
Para os mais velhos, Márcia diz que não há idade para se aprender outro idioma. Segundo ela, existem idosos que até têm melhor aproveitamento do que muitos jovens. “Basta ter vontade para aprender e dedicação. E, muitas vezes, os mais velhos têm um melhor aproveitamento”, relata a profissional.