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Na manhã desta terça-feira (24), foi realizada uma audiência entre a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Prefeitura de Paulista, município da Região Metropolitana do Recife, para tentar resolver o impasse quanto à competência do licenciamento ambiental para a instalação do parque de diversões Mirabilandia na Mata do Ronca, na BR 101. As duas instâncias governamentais estão em conflito sobre a quem cabe fiscalizar e liberar a obra, que está parada.

Após a promotoria argumentar em favor da CPRH, a prefeitura de Paulista recorreu, fazendo com que o Ministério Público chamasse as partes para conhecer os argumentos de cada uma. "Pedimos a revisão dos documentos que encaminhamos e que não foram considerados. Nele afirmamos que muitos aspectos legais não permitem que o Estado licencie a obra. Por conta disso, a promotoria pediu para ouvir ambas as partes”, explicou, em conversa com o LeiaJá, o Secretario do Meio Ambiente de Paulista, Leslie Tavares.

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No encontro, foi definido a data do dia 5 de dezembro para que as duas partes apresentem razões para ficar com o licenciamento. Procurado pelo LeiaJá, o Mirabilandia se manifestou, por meio da assessoria: “O parque já apresentou seu projeto ecosustentável e consideramos o prazo determinado razoável, pois ao menos foi definido uma data para a resolução do impasse”.

Funcionários protestam

Em frente à sede do Ministério Público, no Recife, onde estava acontecendo a audiência, funcionários do parque de diversões protestaram contra as incertezas acerca do empreendimento. “Estamos aqui querendo um posicionamento. Independente de ser o Estado ou o município, queremos que essa obra saia do papel. Com o embargo estão também sendo embargados 1000 empregos, sendo 500 diretos e 500 indiretos”, afirmou Israel Torres, Presidente do Sindicato dos funcionários.

Enquanto o licenciamento não é resolvido, a existência do Mirabilandia fica em risco, pois o parque não tem mais autorização para funcionar na área externa do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Com isso, o clima entre os funcionários é de incerteza. “Temos um contrato de dois anos começando em março deste ano, e o medo é que daqui para o fim do contrato o novo parque não esteja pronto para nos receber”, afirma Marilene Amaral, que trabalha no RH do local há 23 anos. “O empreendimento está encontrando várias dificuldades, tanto da parte governamental, que é a questão do nosso terreno atual, que é da Empetur, quanto no terreno lá de Paulista”, comenta.

“Em meio duma crise dessas no nosso país, uma empresa está querendo investir em torno de 50 milhões em um novo empreendimento e o governo não ajuda. Isso é simplesmente absurdo. O Mirabilandia querendo aumentar os empregos e só encontra dificuldades”, completa Fernando Veras, do departamento de marketing do Mirabilandia. 

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Uma despedida silenciosa e com esperança de ainda permanecer no local. É assim que a franquia Mirabilandia Park, após 14 anos de permanência no terreno do Centro de Convenções de Pernambuco - Campo Grande, cessa as atividades, neste sábado (30) e ainda não sabe quando vai retomar. A direção do equipamento ainda está com a expectativa de permanecer no espaço até o novo terreno ter condições de receber as obras e os brinquedos. Atualmente, o local recebe 400 mil visitantes de Pernambuco e de outras localidades.

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O impasse começou em 2011, com a negativa da Empresa Pernambucana de Turismo - Governador Eduardo Campos (Empetur), braço do Governo do Estado, de renovar a locação do terreno. Desde então, várias negociações foram feitas, com prazos de permanência alterados. Porém, a decisão feita na justiça e acordada foi que o parque encerraria as atividades e que, em 31 de março, deixaria o terreno. 

Na prática, esse prazo seria inviável. De acordo com o gerente de marketing, Fernando Veras, não há tempo hábil para desmontar todos os brinquedos nesse período. “Tecnicamente, 30 dias é simplesmente impossível de fazer a mudança. Até porque existem brinquedos que demoram meses para serem desmontados. Além disso, é necessário trazer profissionais especializados da Holanda e da Itália, por exemplo”, explicou.

Ele ainda ressaltou que a importância de permanecer no atual endereço é de viabilizar capital para o nono empreendimento. “Para construir o novo parque e colocar ele para funcionar será necessário investir, aproximadamente, R$ 50 milhões. Caso tenhamos que cumprir esse prazo será praticamente impossível manter o atual e ainda construir o novo. É complicado financeiramente. Precisamos ter recursos e tempo para isso, porque demoraria dois anos em média para inaugurar”, completou.

O novo projeto prevê o parque instalado na Mata do Ronca, no município de Paulista - Região Metropolitana do Recife. Segundo Fernando Veras, o Mirabilandia ocupará 27% de todo o terreno da Mata, o que equivale a 250 mil metros quadrados - 25 vezes maior que a área atual do parque de diversões.

Segundo Veras, estão previstas várias novas atrações para os visitantes. “Vamos ter arborismo e o parque será instalado de forma sustentável, ou seja, de maneira que não prejudique o meio ambiente. Além disso, terá também espaços nomeados com as principais cidades do Estado, como Recife e Olinda, inclusive apresentaremos um novo brinquedo chamado ‘Frevo’, que possui formato de uma sombrinha”, adiantou.  

Despedida

Crianças, jovens e adultos tomam conta do Mirabilandia para aproveitar os últimos dias de diversão. O turista Rômulo França, da Paraíba, trouxe a família para curtir os últimos minutos das férias. “Todos os anos viajo para Recife e trago os meus três filhos. É uma das atividades já programadas, realmente, é lamentável saber que o parque pode fechar e demorar anos para voltar a funcionar”, lamentou.

Já Inês Peruzo, 58 anos, do Paraná, queria aproveitar o tempo que ainda resta para experimentar as atrações mais radicais. “Nunca fui e confesso que estou nervosa, mas vou aproveitar a oportunidade”, disse. Ela foi acompanhada da amiga Marinete Duarte, que levou a filha Maria Júlia, 8, para brincar. “Todo ano venho com minha filha. Aqui é muito bom porque tem diversão para toda a família”, afirmou.

Abaixo assinado 

Após as últimas informações publicadas pelo LeiaJá sobre o destino do parque, dois jovens iniciaram uma campanha nas redes sociais com a hashtag #FicaMirabilandia, com a intenção de mobilizar as pessoas para assinar um documento em prol da permanência do parque no local. Rômulo Soares, de 18 anos, e Dayson Silva, de 14 elaboraram o abaixo assinado na última terça-feira (27).

Soares explicou os planos. “Pretendemos reunir mais de 500 assinaturas para protocolar no cartório, apresentar no tribunal de justiça e tentar, de alguma forma, ajudar o Mirabilândia no processo. É lamentável a possibilidade de não ter mais o espaço para brincar”, concluiu. 

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Em Paulista, Região Metropolitana do Recife, moradores encontraram um bicho-preguiça “perdido” nesta quarta-feira (3). O animal estava numa área residencial próxima à Rua 92 quando foi capturado pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que conseguiu resgatá-lo em segurança. O seu retorno ao habitat natural ocorreu no início desta tarde. Agora, ele passa a morar na Mata do Ronca, no bairro de Jardim Paulista.

De acordo com a prefeitura do município, a Unidade de Conservação Estadual possui todas as características do “lar” original de uma preguiça. A área é repleta de plantas, raízes e frutos que servem de alimento para o bicho.

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O animal encontrado em Maranguape II era uma preguiça macho, estava saudável, sem feridas ou parasitas, tinha entre três e cinco anos, e possuía cerca de 60 cm de comprimento. 

Bicho-preguiça – Animal da fauna brasileira encontrado em países da América do Sul e América Central. O bicho possui hábitos noturnos e chega a viver, no máximo, de 30 a 40 anos. Ele dorme em média 14 horas por dia. Sua alimentação preferida são as folhas da Embaúba, planta facilmente encontrada na Mata Atlântica. 

Continua sem definição o imbróglio entre o Mirabilândia e a Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) em relação à permanência do parque de diversões no terreno do Centro de Convenções. A novidade é que na próxima segunda-feira (16) haverá uma audiência de conciliação em relação ao processo em execução, que determinou a saída do Mirabilândia do local desde o último dia 30 de abril, com multa diária de R$ 10 mil caso a ordem não seja respeitada.

A assessoria do parque de diversões, no entanto, afirma que ainda não foi notificada pela justiça, mas que segue em negociação com a Empetur para permanecer no terreno do Centro de Convenções até depois da Copa do Mundo. A previsão é que depois do mundial de futebol o Mirabilândia se mude para uma área em Paulista chamada Mata do Ronca, com 141 hectares e 25 vezes maior que o terreno atual, apesar do espaço ainda não ter sido liberado para uso pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH).

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Em nota, a assessoria da Empresa de Turismo de Pernambuco não confirma a informação, mas revela a existência da audiência na próxima segunda-feira (16). “A Empetur informa que o prazo de desapropriação progressiva do Mirabilândia Park expirou no dia 30 de abril. O processo encontra-se em fase de execução do acordo homologado em juízo, e cabe ao poder judiciário a notificação ao Grupo Peixoto. No dia 16 de junho, haverá audiência de conciliação nos autos do processo de execução, na Vara da Fazenda”, diz a nota enviada pela assessoria.

A mudança do Parque Mirabilândia para o novo terreno em Paulista, prevista para começar na última segunda-feira (27), teve que ser adiada. Segundo a assessoria de imprensa do parque, o secretário de Turismo de Pernambuco, Adailton Feitosa, anunciou no último dia 8 de janeiro a extensão do prazo de permanência do Mirabilândia na área da Empetur, no Complexo de Salgadinho, para após a Copa do Mundo.

O motivo do adiamento é que falta a liberação de uma licença por parte da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH). Ainda de acordo com a assessoria, a direção do parque não se pronunciou sobre o assunto porque depende de um novo acordo emitido pela Secretaria de Turismo e Empetur – que deve sair no final de fevereiro.

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O Mirabilândia também informou que chegou a contratar um escritório especializado para agilizar este processo e deu entrada em todas as licenças. E como houve um acordo judicial entre o parque e a Setur/Empetur, a mudança só terá início depois de todas as licenças serem liberadas.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Turismo de Pernambuco, a Empetur está em contato com os responsáveis do Mirabilândia sobre a questão do prazo de permanência, mas não há data definida para a saída do parque do local. O novo terreno localizado em Paulista, numa área chamada Mata do Ronca, tem 141 hectares e é 25 vezes maior que o terreno atual, localizado ao lado do Centro de Convenções de Pernambuco.

O Parque Mirabilândia, que vai se mudar para Paulista no começo do ano que vem, ainda não tem a documentação necessária para a mudança de espaço. As obras de terraplanagem no novo terreno, que segundo o projeto inicial deve estar pronto no final de janeiro de 2014, ainda não começaram porque faltam algumas liberações burocráticas.

De acordo com a assessoria de imprensa do Mirabilândia, o sócio-gerente do parque, Antônio Peixoto, está viajando e volta ao Recife nesta quinta-feira (5), quando participa de reuniões para adiantar estes entraves, como, por exemplo, a liberação por parte da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) para uso do novo espaço em Paulista.

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A mudança está prevista para começar no dia 27 de janeiro do próximo ano e terminar no fim de abril. O novo espaço, uma área chamada Mata do Ronca, tem 141 hectares e é 25 vezes maior que o terreno atual, localizado ao lado do Centro de Convenções de Pernambuco. O investimento é estimado em 50 milhões, e inclui a aquisição do terreno, adequação, implantação, compra de novos brinquedos e ampliações.

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