Tópicos | Medida Provisória

Sete medidas provisórias enviadas pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional aguardam a formação de comissões para analisá-las. Em março de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que as MPs terão que, obrigatoriamente, ser apreciadas por comissões mistas formadas por senadores e deputados.

Entre as matérias, estão textos importantes para a economia do país e para a ampliação dos programas sociais realizados pelo governo federal. Temas polêmicos, como o do royalties do petróleo, também estão nessa lista.

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A MP 589, por exemplo, autoriza os estados, Distrito Federal e municípios a parcelar junto à Fazenda Nacional débitos relativos a contribuições previdenciárias. Já a MP 590 amplia a cobertura do programa Brasil Carinhoso, incluindo beneficiários de 7 a 15 anos. Atualmente, são atendidas crianças de até seis anos de idade de famílias de renda até R$ 70 per capita. A MP 591 mexe com o bolso dos brasileiros, pois trata da renovação das concessões do setor elétrico e a redução da tarifa de energia dos consumidores brasileiros a partir deste ano.

A MP 592 promete polêmica durante as discussões no Congresso Nacional, pois está relacionada com o uso dos recursos dos royalties da exploração futura do petróleo. A proposta do governo é de que 100% dos royalties dos contratos futuros sejam destinados para a educação. A MP 593 também trata sobre educação, pois altera o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), ampliando a lista de beneficiários e ofertantes de bolsa-formação, incluindo as instituições privadas de ensino superior.

O financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é o tema da MP 594, que amplia em R$ 85 bilhões o crédito. Já a MP 595 estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário.

Tramitação
De acordo com o artigo 62 da Constituição, as medidas provisórias devem ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional e vigoram por 60 dias, podendo ser prorrogadas por mais 60 dias. Caso não sejam apreciadas em até 45 dias, elas entram em regime de urgência, trancando a pauta do Plenário.

Quando a MP é aprovada sem alterações, ela é promulgada pelo Congresso, ou seja, não precisa ser sancionada, pois já veio do Executivo. Se houver alteração no texto, a medida provisória passa a tramitar como projeto de lei de conversão.

Leitura
Outras cinco MPs aguardam a leitura no Plenário, para então serem formadas as comissões mistas específicas. A MP 597 trata sobre novas isenções de Imposto de Renda, enquanto a 599 estabelece o apoio financeira da União para compensar perdas de arrecadação devido à redução das alíquotas do ICMS. A MP 600 dispõe sobre o Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste. Já a 601 desonera a folha de pagamentos da construção civil. Por fim, a MP 602 está relacionada à prorrogação de contratos por tempo determinado do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Orçamento
As medidas provisórias 596 e 598 referem-se à abertura de crédito extraordinário à lei orçamentária anual e tramitam na Comissão Mista de Orçamento (CMO). No entanto, a 598 ainda não foi lida.

O retorno parlamentar está previsto para o dia 4 de fevereiro.

Com informações da Agência Senado.

O governo federal editou uma medida provisória que trata da prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, municípios e distrito federal para compensar as perdas de arrecadação decorrentes da redução de alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A MP, publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, institui também o Fundo de Desenvolvimento Regional, cujos recursos disponíveis previstos pelo governo serão de R$ 4 bilhões em 2014 e atingem R$ 16 bilhões a partir de 2017, totalizando R$ 296 bilhões em 20 anos.

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A Câmara dos Deputados irá concluir a votação da medida provisória 579/12, que trata do setor elétrico, na próxima terça-feira (18). Na sessão dessa quarta (12), o plenário aprovou o parecer da comissão mista que analisou a MP e uma emenda ao texto.

Ficou faltando votar outras emendas apresentadas pelos deputados. Entre elas, a do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que propôe que a energia elétrica fique isenta do PIS/Pasep e da Confins.

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No geral, a MP trata sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica com vencimento entre 2015 e 2017. Ela permite que os contratos nas áreas de geração, transmissão e distribuição sejam renovados antecipadamente, por até 30 anos. Já nas usinas termoelétricas, a prorrogação de concessões é de até 20 anos.

A matéria também diminui os encargos setoriais e poderá reduzir em até 20% o preço das contas de luz a consumidores e empresas. Quando anunciada pelo governo federal, a proposta era de queda do custo de energia em 16% para as residências, e até 28% para a indústria, mas o percentual diminui depois que algumas usinas geradoras não entraram com pedido para antecipar a prorrogação dos contratos.

A ideia do governo é reduzir o custo da energia para estimular a atividade econômica. As novas formas de negociação de energia e de composição de preço estabelecidas pela MP permitem retirar da tarifa a parcela destinada a amortizar os investimentos feitos pelas empresas há décadas. O governo considera que a maior parte deles já foi pago por meio das tarifas.

Com a edição da medida provisória, o governo muda o Marco Regulatório do Setor Elétrico brasileiro e autoriza a União a adquirir créditos que as Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) detêm com a Itaipu Binacional, como forma de compensar eventuais perdas na arrecadação.

Emenda
A única mudança aprovada na sessão dessa quarta-feira foi a aprovação da emenda do deputado Vicentinho (PT-SP), que estabelece que as empresas devam seguir os padrões de saúde e segurança do trabalho definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de respeitar os direitos e as garantias dos consumidores.

Após a votação dos destaques, a matéria seguirá para a votação no Senado.

Com informações das agências Brasil e Câmara.

O Senado aprovou, nessa quarta-feira (17), a medida provisória 573/12, que libera R$ 6,8 bilhões do orçamento 2012 para serem aplicados através do programa PAC Equipamentos, relacionado às compras do governo federal. Serão beneficiados noves ministérios: da Educação, da Justiça, da Saúde, dos Transportes, do Planejamento, do Desenvolvimento Agrário, da Defesa, da Integração Nacional e das Cidades.

O Planejamento receberá R$ 1,7 bilhão para ajudar os atingidos pela seca e enchentes. Já a Defesa contará com R$ 1,5 bilhão para reaparelhamento e modernização dos equipamentos, arsenais bélicos e veículos de emprego militar, como tanques e lançadores de mísseis. A Justiça irá adquirir 500 motocicletas para a Polícia Rodoviária Federa, com um orçamento de R$ 22,9 milhões.

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O MEC contará com 1,44 bilhão, que será repassado a estados e municípios para a compra de 8.750 mil ônibus escolares e três milhões de conjuntos mobiliários escolares. A Saúde usará R$ 279 milhões para a compra de 2.125 ambulâncias e mil furgões, que servirão de unidades odontológicas móveis, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Já o Ministério dos Transportes, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), poderá utilizar R$ 32,1 milhões para obras rodoviárias e hidroviárias.

O Desenvolvimento Agrário receberá R$ 1,09 bilhão para a aquisição de tratores agrícolas e máquinas para recuperação de estradas vicinais em municípios com até 50 mil habitantes. Já o Ministério das Cidades empregará R$ 712 milhões na implantação de trechos ferroviários e na compra de 160 vagões de trens urbanos para a malha ferroviária federal. A Integração Nacional será beneficiada com R$ 13,5 milhões para o programa Água Para Todos, do Plano Brasil sem Miséria, que estende às populações rurais o acesso ao abastecimento de água.

A matéria foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada e agora segue para a sanção presidencial.

Brasília - Depois de o governo federal anunciar o corte de cerca de 20% no custo da energia, o projeto começou a tramitar na Câmara, na forma da Medida Provisória 579/12.

A proposta elimina a cobrança de encargos setoriais, como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR), e reduz a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 25% do valor atual. Além disso, permite a renovação antecipada de 73 contratos de concessão de geração, transmissão e distribuição, que venceriam entre 2015 e 2017. Para a renovação dos contratos, as empresas do setor elétrico terão que garantir a qualidade dos serviços e se submeterem às remunerações calculadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os contratos poderão ser renovados por até 30 anos. Os que não forem prorrogados serão licitados.

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Com isso, a redução para os consumidores residenciais será de 16,2%. Já para os grandes consumidores, a diminuição varia entre 19% e 28%.

A MP altera, ainda, altera o marco regulatório do setor elétrico brasileiro (Lei 10.848/04). A ideia é deixar de passar ao consumidor final o custo de investimentos em usinas e demais instalações feitos pelas concessionárias e já pagos durante a vigência dos contratos.

Para compensar eventuais perdas, a medida também permite que a União faça um aporte anual de R$ 3,3 bilhões, com recursos do Tesouro Nacional. A União utilizará os créditos que a Eletrobras detém junto a Itaipu em razão da construção da usina e pagará a Eletrobras por meio de títulos da dívida pública.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Ao comentar a tramitação do Código Florestal no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, em discurso durante reunião a 39a. Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que o governo não "assume responsabilidade" por negociações feitas sem a presença dele. A comissão especial do Congresso aprovou na quarta-feira a medida provisória do Código Florestal, com alterações que beneficiam as médias e grandes propriedades rurais.

"O governo considera importante alguns itens dessa medida provisória, entre eles, o que nós chamamos de escadinha e também não vê motivos, não há motivos econômicos para que nós não mantenhamos as áreas de proteção ambiental ao longo do leito dos rios, sejam eles perenes ou não", discursou Dilma.

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"O governo está aberto a negociações, mas não assume responsabilidade por negociações que não foram feitas com a presença dele. A gente, inclusive, gostaria de discutir, mas não assumimos responsabilidade por aquilo que não é discutido conosco", ressaltou.

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a medida provisória enviada pelo governo fazia um "equilíbrio entre o social e o ambiental". "Ontem o que nós vimos foi uma decisão, que foi um retrocesso do ponto de vista de recuperação ambiental, porque iguala os grandes proprietários aos pequenos proprietários, diminuindo possivelmente - ainda não temos os números, vamos ver o impacto no meio ambiente - daquilo que é obrigatório de recuperação", criticou Izabella.

Brasília - A reunião da comissão mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que altera o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), realizada nesta terça-feira (26), aponta para um consenso entre governo, Câmara e Senado para aprovar o texto, apesar de haver questões específicas com divergências de opiniões entre os parlamentares.

Presentes nas reuniões, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, defenderam os vetos da presidente Dilma Rousseff que, segundo eles, não desrespeitou o trabalho dos parlamentares, que aprovaram o novo código.

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Segundo Izabella Teixeira, para proteger o meio ambiente e promover a produtividade sustentável foi necessário responsabilizar pequenos e grandes produtores rurais. “A MP não anistia quem cometeu crime, traz todos para dentro da lei, leva ao incremento da produtividade agrícola. Não se planta sem meio ambiente, e o meio ambiente incrementa a produtividade das propriedades”, defendeu ela. Já o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) discorda. “O Estado deveria fazer um fundo e cobrar de toda a sociedade e não responsabilizar o produtor rural. As megaempresas do Brasil não pagam nada, só o produtor rural”, criticou. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) reforça o grupo que acredita que a MP criminaliza o agricultor. “O foco do código é o agricultor porque a floresta está na área rural. Não sabemos qual vai ser o impacto dessa lei, mas é assim que se faz lei no Brasil”, criticou.

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, a MP traz segurança jurídica ao produtor, o que não havia no texto aprovado no Congresso. “A legislação não era boa para a agricultura. Com a Medida Provisória, a lei passou a ser melhor para a agricultura, para o pequeno produtor. Tenho a convicção de que avançamos”.

Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o novo texto permitiu a continuidade de atividades em Áreas de Proteção Permanente (APPs), com garantias de recomposição ambiental, beneficiando os pequenos produtores. “Quando se estabelece diferenças na recomposição de APPs para o proprietário com fazendas de diferentes tamanhos, está se acolhendo um olhar especial para pequenos e médios produtores. Eles terão exigências menores, mas terão que recompor alguma coisa. Estamos convictos de que essas regras não inviabilizam a agricultura, a pecuária, os proprietários rurais. Elas permitirão a produção de alimentos pela agricultura brasileira, inclusive com excedentes para exportação”, defendeu, salientando que a nova lei vai permitir a recuperação de cerca de 25 a 30 milhões de hectares de cobertura vegetal.

Discussão

Ao todo, os parlamentares apresentaram 696 emendas ao Código Florestal. O deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que relatou o novo código na Câmara, ressaltou a necessidade de a União criar apenas normas gerais em relação ao assunto, e os estados e municípios, regras específicas. Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) defendeu a elaboração de regras nacionais. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) acredita que a MP precisa apenas de ajustes, que devem ser discutidos e negociados. Um ponto específico que ela pretende negociar é o estabelecimento de faixas de 15 metros para a recomposição da mata ciliar (vegetação ribeirinha) em médias e grandes propriedades, nos rios com até 10 metros de largura. “Os 15 metros para a média e a grande propriedade já haviam sido votados pela Câmara e pelo Senado. Grande parte dos rios do Brasil tem até 10 metros”, disse.

A MP prevê faixas de 5 a 100 metros, conforme o tamanho do rio e da propriedade. Na avaliação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), tanto nas nascentes de pequenos, médios e grandes produtores a recuperação deve chegar a 30 metros. “A nascente é o começo de tudo. Não tem sentido algum a recuperação ser diferenciada para a pequena, média ou grande propriedade. É a nascente que vai garantir os pequenos e grandes rios”.

Relatório

O relator na comissão mista, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), espera apresentar o parecer no dia 4 de julho. Segundo ele, o relatório reunirá as diferentes posições para ser aprovado rapidamente pelos Plenários da Câmara e do Senado. “Espero produzir um relatório que sirva a essa grande convergência”. A expectativa do presidente da comissão mista, deputado Bohn Gass (PT-RS), é de que o relatório seja votado já no dia 10 de julho, antes do recesso parlamentar. “Precisamos construir o entendimento. Se isto não for feito, a matéria vai ser vetada de novo e voltar para cá”, destacou.

A MP foi publicada em maio, para cobrir lacunas deixadas por vetos da presidente Dilma Rousseff no novo Código Florestal. Ao todo são 32 alterações, das quais 14 se referem a partes resgatadas do texto aprovado pelo Senado e que depois foram modificados pelos deputados.

*Com informações das agências Senado, Câmara e Brasil.

Os médicos federais lotados no Hospital das Clínicas (HC), localizado na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, vão paralisar suas atividades por 24 horas nesta terça-feira (12). A greve também vai afetar outras unidades de saúde que tenham servidores federais, como os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena e Otávio de Freitas.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Os profissionais protestam contra a Medida Provisória 568/2012, do Governo Federal, que além de reduzir pela metade os salários dos médicos federais, altera a forma de pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade.

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Todos os atendimentos ambulatoriais e eletivos dos Hospitais serão suspensos. As emergências e os serviços de hemodiálise, do setor de quimioterapia e as cirurgias de urgência e oncológicas já programadas deverão ser mantidos. As consultas que já estavam marcadas serão reagendadas.

Nesta quarta-feira (13), às 19h30, a categoria promove uma assembleia geral, no auditório da Associação Médica, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, para deliberar os novos rumos do movimento. Na semana passada, a Defensoria Médica o Simepe ingressou com uma Ação Civil Pública (pedido de liminar na Justiça Federal), no sentido de suspender a irredutibilidade dos vencimentos dos servidores públicos federais médicos e todos os efeitos da Medida Provisória 568/2012

Nacional - A paralisação de 24 horas dos médicos federais se estende por todo o país. Em Brasília, será realizado, hoje, um ato público contra a Medida Provisória 568/2012. Profissionais de vários estados brasileiros irão apresentar um relatório à Comissão Mista do Congresso Nacional. 

O governo conseguiu aprovar hoje, na Câmara, a medida provisória que desonera tributos para alguns setores da economia. A oposição tentou derrubar, mas acabou sendo derrotada e o governo conseguiu manter a autorização para que o Fundo de Investimento do FGTS possa financiar obras de infraestrutura ligadas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

O texto que agora será votado pelo Senado cria uma experiência-piloto de desoneração da folha de pagamento dos setores de calçados, confecções, software, call centers, transporte coletivo urbano, couro, botões, ilhoses, colchetes e bolas infláveis. O experimento vai até 2014, dois anos a mais do que a proposta original do governo, e substitui a contribuição patronal sobre os salários por uma alíquota sobre o faturamento das empresas, que varia de 1,5% a 2,5%.

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Os setores têxtil e mobiliário foram excluídos da versão aprovada pelos deputados, a pedido de industriais das áreas. Na avaliação de entidades representativas, a ideia do governo resultaria em pagamento de mais imposto no fim das contas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel), apenas duas empresas do setor recolheriam R$ 5 milhões anuais a mais se o setor fosse incluído na experiência.

Representantes da indústria e parlamentares tentaram negociar com o governo, mas não houve acordo para reduzir as alíquotas sobre o faturamento. Algumas empresas reclamam que pagariam mais porque já não utilizam tanta mão de obra como no passado.

O governo não se manifestou. No lançamento da política industrial, batizada de Plano Brasil Maior, a equipe econômica afirmou que a proposta foi discutida com os setores e que todos os participantes estariam satisfeitos. O plano inicial era desonerar têxteis, confecções, calçados, móveis e software.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) a Medida Provisória (MP) 535, que institui os programas de Apoio à Conservação Ambiental e de Fomento às Atividades Produtivas Rurais direcionados às famílias em situação de extrema pobreza. A MP integra o Plano Brasil sem Miséria lançado no início de julho pela presidenta Dilma Rousseff. A medida segue agora à apreciação do Senado Federal.

A MP tem entre outros objetivos, incentivar a conservação dos ecossistemas, promover a cidadania, melhorar as condições de vida e a elevação da renda da população em situação de extrema pobreza que exerça atividades de conservação dos recursos naturais no meio rural. Caberá ao Ministério do Meio Ambiente a execução do Programa de Apoio à Conservação Ambiental.

Pela MP, a transferência de recursos financeiros do Programa de Apoio à Conservação Ambiental será feita por meio de repasses trimestrais no valor de R$ 300 por um prazo até dois anos, podendo ser renovada.

A medida provisória também autoriza a União transferir diretamente ao responsável pela família beneficiária do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais os recursos financeiros no valor de R$ 2.400 por família, em no mínimo três parcelas, e no período máximo de dois anos.

O relator da MP, deputado Assis do Couto (PT-PR), incluiu no texto a previsão de prioridade para o atendimento às famílias conduzidas por mulheres e para aquelas residentes em municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Concluída a votação da MP 535, foi feita a leitura do parecer da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) à Medida Provisória 536, que reajusta de R$ 1.916,45 para R$ 2.384,82 o valor da bolsa para médicos residentes retroativo a 24 de junho deste ano.

Foi aprovada pelo Senado Federal a Medida Provisória (MP) 532, que autoriza a Companhia de Correios e Telégrafos (ECT) a constituir subsidiárias ou adquirir o controle ou participação acionária em sociedades empresariais. Dos senadores presentes nesta quarta-feira (31), 43 votaram a favor e 12 contra a MP. A medida recebeu algumas emendas de redação no Senado e ainda segue para sanção presidencial.

Com a aprovação da MP serão ampliadas as áreas de atuação dos Correios, que poderá explorar serviços postais eletrônicos, financeiros e de logística integrada. Os Correios, portanto, passaram a ter a mesma estrutura das empresas de sociedade anônima, e suas decisões serão tomadas por assembleia geral.

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Para o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), Alisson Tenório, a medida abrirá brecha para a terceirização dos serviços. “Na verdade a MP 532 vai intensificar essa prática nos Correios, ainda mais, pois atualmente já temos em vários setores profissionais terceirizados”, alertou o secretário.  Ele reforçou que depois de três anos sem realizar concursos públicos o ECT promoveu um este ano, mas ainda não contratou nenhum dos concursados. “Parece que eles estavam esperando aprovar a MP para ter a chance de contratar mais trabalhadores terceirizados”.

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