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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a mudança do PIS e da Cofins entrará na agenda do próximo ano. Mas afirmou que o governo não cogita mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para atender a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que, na semana passada, proibiu que o governo usasse o excesso de arrecadação como medida compensatória de redução de receita. A compensação é uma exigência do artigo 14 da LRF. Mantega disse que pode mudar o artigo, sem esclarecer como o fará.

Segundo ele, o governo incluiu no projeto de Orçamento da União um aumento de R$ 10 bilhões para novas desonerações. Mas sinalizou que nesse montante não há recursos suficientes para fazer a reforma do PIS e Cofins.

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Ele não mostrou preocupação com a decisão do Congresso de deixar para 2013 a votação do Orçamento. "Existem regras que permitem a execução orçamentária", disse.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o momento de fazer a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é agora. "E temos acúmulo de força", disse. Segundo ele, a reforma tem condições de ser aprovada rapidamente. "Consideramos que é o momento adequado e tem condições de ser aprovada em pouco tempo", disse.

Mantega destacou que a estratégia do governo é fazer a reforma tributária de forma fatiada. "Essa é a estratégia que assumimos publicamente", disse. Segundo ele, o governo não foi bem-sucedido no passado, quando apresentou propostas de mudanças de reforma tributária e encontrou obstáculos muito grandes.

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Ele ressaltou que o governo começou a fazer a reforma tributária fatiada com a desoneração da folha de pagamento das empresas. "Ela já está tendo alguma adesão e está se generalizando. Tivemos que discutir com cada setor produtivo. É um ritmo normal. Não dá para baixar um decreto e impor para todo mundo. Tivemos que discutir e negociar", afirmou.

No caso da mudança do ICMS, disse o ministro, se trata de "reforma total, de uma só vez". "É difícil. São 27 Estados que têm interesses diferentes", afirmou.

Sobre a renovação das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, Mantega afirmou que o efeito econômico das medidas resultou em mais arrecadação de outros tributos. "A filosofia é reduzir tributo para estimular atividade, ganhando em outros", disse.

Segundo ele, a queda nas receitas de IPI por dia útil no segmento automotivo em 2012 foi de R$ 19,5 milhões. Mas, por outro lado, houve um aumento diário de R$ 11,8 milhões no PIS/Cofins e de R$ 11,1 milhões no ICMS. Além disso, teria havido um acréscimo diário de R$ 2,8 milhões na arrecadação diária de IPVA.

"A vantagem por dia foi de R$ 6,2 milhões. Você pode reduzir um tributo e aumentar arrecadação, caso a economia reaja com o estímulo. Os Estados não têm do que reclamar, porque eles têm metade da perda do IPI no Fundo de Participação, mas ganham mais pelo outro lado", acrescentou Mantega.

Segundo Mantega, a renúncia fiscal da desoneração de IPI em 2013 será de R$ 2,63 bilhões com automóveis, R$ 550 milhões com linha branca e de R$ 650 milhões com móveis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (19) a prorrogação das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, linha branca e móveis. "Fizemos desonerações temporárias em 2012 e temos resultados muito bons", afirmou.

A partir de janeiro, o desconto para os automóveis vai ser menor. Para carros de até mil cilindradas (cuja alíquota normal é de 7%), a cobrança deixará de ser zero e passará para 2% entre janeiro e março, e para 3,5% de abril até junho. Para os carros com motores flex de mil a 2 mil cilindradas (cujo IPI normal é de 11%), a alíquota passará dos atuais 5,5% para 7% no primeiro trimestre de 2013 e chegará a 9% no trimestre seguinte. Já os automóveis com essa potência movidos a gasolina (cuja cobrança normal é de 13%), passarão de 6,5% para 8% até março e para 10% até junho.

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"Em julho, todas essas alíquotas voltam ao seus patamares normais", garantiu Mantega. Já para caminhões, cuja cobrança era de 5%, o IPI continuará zerado por tempo indeterminado. "Essa alíquota permanecerá em zero, porque estamos desonerando um bem de capital", completou.

Segundo Mantega, as medidas deram resultado, o setor automotivo aumentou o emprego durante 2012 e está fazendo investimentos. "As vendas de automóveis estavam deprimidas até junho e se intensificaram a partir da redução de IPI, em julho. As vendas vêm se mantendo em um patamar cerca de 30% superior ao do primeiro semestre", acrescentou o ministro.

A desoneração da linha branca com eficiência energética também foi prorrogada. No caso dos fogões (cuja alíquota normal é de 4%), a cobrança deixará de ser zero a partir de fevereiro e será de 2% até junho. O mesmo patamar será aplicado aos tanquinhos, cuja taxa normal é de 10%. Já os refrigeradores e congeladores (cujo IPI normal é de 15%) deixarão de pagar 5% a partir de fevereiro, passando para 7,5% até junho. "Se não tivéssemos feito desoneração, as vendas de linha branca teriam sido de 30% a 40% menores do que foram este ano", disse o ministro.

A desoneração das máquinas de lavar (cujo alíquota normal era de 20%), continuará em 10% por tempo indeterminado. "Essa taxa não volta mais, será permanente em 10%. Trata-se de um objeto de desejo das famílias de renda menor e média e não pode ser mais classificada como um bem de luxo. Metade dos lares brasileiros não possui máquina de lavar, então existe uma demanda aquecida pelo produto", explicou Mantega.

Por fim, os descontos de IPI para móveis e painéis (cujas alíquotas normais são de 5%), passarão de zero para 2,5% de fevereiro a junho. Os mesmos patamares serão aplicados aos laminados, cujo IPI normal é de 15%. Já para as luminárias (cuja cobrança normal é de 15%), a taxa passará dos atuais 5% para 7,5% entre fevereiro e junho. Já a queda de 20% para 10% no IPI de papéis de parede será permanente.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, nesta quarta-feira, a desoneração da folha de pagamentos do comércio varejista. A mudança entra em vigor em abril de 2013, com renúncia fiscal de R$ 1,27 bilhões em 2013. Já em 2014, a renúncia de arrecadação será de R$ 2,1 bilhão. No lugar da contribuição sobre a folha, o setor pagará alíquota de 1% sobre o faturamento. Com mais o comércio varejista, sobe para 42 o número de setores beneficiados pelo desoneração da folha de pagamentos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai intensificar a fiscalização em doze aeroportos do País entre 13 de dezembro e 14 de janeiro para evitar problemas durante as viagens de fim de ano, informou, nesta segunda-feira (10), o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Em 2011, a fiscalização foi feita em seis aeroportos. Segundo ele, a autarquia terá 290 servidores que trabalharão na fiscalização e na prestação de informações aos passageiros.

Os aeroportos que terão esse reforço são: Galeão e Santos Dumont (RJ); Brasília; Congonhas, Guarulhos e Viracopos (SP); Confins (MG); Salvador; Fortaleza; Recife; Porto Alegre e Curitiba. De acordo com Bittencourt, a Anac está oferecendo treinamento para as companhias aéreas e para seus servidores para prepará-los para o fim do ano.

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"Estamos preparando atuação conjunta para que possamos funcionar de maneira estruturada e organizada", disse. A estimativa da secretaria é de que em dezembro 17,4 milhões de pessoas passem pelos aeroportos do Brasil, número 8% maior do que o registrado em igual mês de 2011.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (5) a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2013. "Novo, não, porque não tinha. O atual vence em 2012 e vamos apresentar o PSI para 2013 com suas taxas e condições", disse.

Ele lembrou que o PSI começou a ser praticado em 2009. "É o melhor instrumento para financiar investimento que já tivemos no Brasil, com taxas reduzidas e prazos elevados", argumentou. Segundo o ministro, a intenção é continuar estimulando os investimentos. "Os investimentos têm que crescer mais de 8% para que possamos ter crescimento do PIB mais vigoroso. E temos que reduzir o custo de investimento para as empresas", disse.

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Em função disso, segundo Mantega, foi talhado um novo PSI, que vai vigorar o ano que vem inteiro.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira novas medidas de estímulo à construção civil com o objetivo de incentivar as vendas do setor. São quatro medidas, sendo a primeira a desoneração da folha de pagamento, conforme já havia antecipado a Agência Estado. As empresas do setor vão deixar de pagar 20% de INSS e passarão a pagar 2% sobre o faturamento. "O setor não pagará mais INSS por um longo período", disse o ministro, que aproveitou a cerimônia de entrega da casa de número 1 milhão do Minha Casa Minha Vida para fazer o anúncio.

Segundo Mantega, o setor vai pagar R$ 2,850 bilhões a menos de tributos com a medida. De acordo com os cálculos do ministério, a construção civil pagaria, em 2013, R$ 6,280 bilhões se fosse mantida a contribuição de 20% do INSS. Com a nova medida, as empresas pagarão R$ 3,430 bilhões no próximo ano.

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Além disso, Mantega anunciou a redução do Regime Especial de Tributação (RET) de 6% para 4% sobre o faturamento. Foi ampliado o limite do "RET Social", para habitações sociais, que passarão a pagar, agora, alíquota de 1% sobre o faturamento.

O ministro anunciou também a criação de uma linha de capital de giro da Caixa Econômica Federal para o período da construção. O objetivo, segundo Mantega, é o de "disponibilizar, para a construção civil, capital de giro com preços e prazos competitivos, concessão rápida e utilização ágil, simplificada e automatizada". Ele ressaltou que a linha é voltada para micro, pequenas e médias empresas, com faturamento anual de até R$ 50 milhões. A nova linha terá recursos totais de R$ 2 bilhões para empréstimos.

Mantega ressaltou que "baratear custo de mão de obra na construção civil estimula mais emprego e mais formalização". "As medidas vão reduzir custo da produção, portanto, diminuirão custo das moradias", destacou.

O desempenho ruim da economia brasileira no terceiro trimestre, que cresceu apenas 0,60% em relação ao segundo trimestre, surpreendeu o governo e colocou a equipe econômica sob pressão para antecipar o anúncio de novas medidas de estímulo ao crescimento.

Poucas horas depois da divulgação do fraco resultado do Produto Interno Bruto (PIB), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, participaram de reunião no Ministério da Fazenda para discutir detalhes das medidas, voltadas principalmente para dar fôlego ao investimento. Coutinho e Luciano se reuniram com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

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As medidas deverão ser anunciadas na semana que vem, antes da viagem do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à Paris, no próximo dia 10. O governo está fazendo uma remodelagem nas linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que é gerenciado pelo BNDES.

As linhas mais baratas venceriam em 31 de dezembro, mas o ministro já antecipou que serão prorrogadas. Novas linhas do BNDES deverão ser criadas para ativar o crédito. Segundo fontes do governo, o investimento já está voltando, mas é preciso de mais estímulo para atingir o patamar de crescimento de 8% a 10% em 2013.

Caminhões

Além da renovação das linhas do PSI, o governo também poderá prorrogar benefício de depreciação acelerada para caminhões e vagões de trens. Essa medida reduz a base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e ajuda a renovação do parque industrial. Ela foi adotada em agosto para compras até o dia 31 de dezembro e, agora, o prazo deverá ser estendido.

A ampliação da lista do setores beneficiados pela desoneração da folha está sendo fechada e pode ser anunciada também na semana que vem. Como mostrou na sexta-feira o Estado, um dos setores beneficiados será a construção civil. O governo também deverá lançar outras medidas para o setor da construção que visam antecipar os investimentos e o cronograma das obras. A ministra do Planejamento, Míriam Belchior, disse hoje que o governo tem uma ‘reserva grande’ para aumentar as desonerações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Central (BC) divulgou, nessa quarta-feira (31), o teor de duas resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), que definem nova metodologia e regulam a aplicação dos empréstimos do microcrédito no Brasil. De acordo com a Agência Sebrae de Notícias, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as medidas já eram esperadas pelo segmento.

A divulgação foi realizada durante o encerramento do 4º Fórum de Inclusão Financeira, organizado pelo BC em trabalho conjunto com o Sebrae, em Porto Alegre (RS). Foi estabelecido, pelo CMN, que o limite de endividamento dos tomadores de recursos do microcrédito não poderá passar de R$ R$ 67.750. Se trabalhado um valor superior a esse, a operação não será mais considerada microcrédito.

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Segundo a agência, o limite não se aplica ao teto de endividamento das operações de microcrédito realizadas com recursos direcionados, como o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), e nem nas operações do Programa Crescer, que possuem limites próprios.

Também foi acertado que são consideradas ações de microcrédito aquelas feitas com empreendedores urbanos e rurais, pessoa física ou jurídica e que não dependem da fonte de recursos, mas sim, da metodologia a ser aplicada e da equipe especializada de entendimento, desde que respeitem o limite de endividamento.

A avaliação dos riscos, considerando a necessidade de crédito, o endividamento e a capacidade de pagamento de cada tomador; e a análise das receitas e despesas do tomador, quando for tomador individual, foi o que se definido pela metodologia do Banco. Já a segunda resolução divulgada pelo BC, esta aponta estabelece novas regras para o direcionamento dos depósitos à vista captados pelas instituições financeiras, e destinados às operações de crédito para a população de baixa renda e a microempreendedores, chamado de Microcrédito Produtivo Orientado (MPO). De acordo com a agência, a nova regra ajuda o fluxo de recursos interbancários para a instituições especialistas em microfinanças.

Ainda de segundo informações da agência, o BC mudou o limite de endividamento dos tomadores do MPO, que dobrou de R$ 20 para R$ 40. A alteração ocorreu por causa da decorrência ao aumento do acesso ao crédito, no universo da inclusão financeira.

*Com informações da Agência Sebrae de Notícias

O Fundo Monetário Internacional afirmou hoje que as medidas de austeridade não são uma repreensão pela morosidade da economia da Irlanda, em resposta às reclamações de que o Fundo não compreendeu o impacto dessas medidas.

"Com a sobrecarga dos bancos, famílias, enfraquecimento no crescimento dos parceiros comerciais e uma série de fatores além da consolidação fiscal fazem parte da draga no crescimento na Irlanda", afirmou o diretor do Departamento Europeu no FMI, Ajai Chopra. As informações são da Dow Jones.

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que economistas de mercado ponderam que o Brasil deve crescer 4,3% no segundo semestre e 4% em 2013, o que são previsões em linha com as projeções realizadas pelo FMI na semana passada. O Fundo reduziu as projeções de expansão do Brasil de 2,5% para 1,5% em 2012 e de 4,6% para 4% para o próximo ano.

Tombini destacou que o governo adotou um conjunto de medidas em 2011, sobretudo na área de política monetária, para estimular o nível de atividade. A partir de 31 de agosto, o BC iniciou um ciclo de redução da Selic que a levou atualmente para a marca de 7,25%, uma redução de 5,25 pontos porcentuais no período. Além disso, ele destacou que o BC ampliou a liquidez do mercado, pois os depósitos compulsórios foram reduzidos de R$ 449 bilhões no ano passado para R$ 353 bilhões em outubro de 2012. Segundo o presidente do BC, contudo, devido à vigorosa magnitude da crise internacional pode ser que esteja tornando mais lenta a recuperação da economia em função das ações de incentivo adotadas pelo governo para o incremento dos investimentos e consumo das famílias.

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Como resultado das medidas monetárias e fiscais que o governo adotou nos últimos trimestres para fortalecer a demanda agregada, Tombini destacou que a indústria no Brasil entrou no segundo semestre com estoques menores do que no início deste ano. Segundo ele, com todas as medidas adotadas de magnitude monetária e fiscal, "já demonstra consistência" a recuperação do nível de atividade. "A economia deve gerar velocidade de crescimento de 4% ou mais no segundo semestre", destacou. "Estímulo à economia pode operar com defasagens de tempo maiores", disse. Ele fez os comentários ao participar de seminário promovido pela Câmara Brasileira de Comércio no Japão.

Milhares de manifestantes marcharam neste sábado nas ruas da cidade grega de Thessaloniki, no norte do país, marcando o primeiro protesto em massa contra as próximas medidas de austeridade do governo. De acordo com a polícia, mais de 15 mil pessoas participaram de cinco marchas diferentes convocadas por sindicatos e organizações de esquerda, enquanto mais de 3 mil policiais foram mobilizados em todo o centro da cidade para manter a ordem e fazer cumprir a lei.

Com a forte presença policial, os protestos foram pacíficos, com os manifestantes gritando slogans contra os cortes e carregando faixas que traziam escrito: "Pare com as políticas neoliberais."

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As marchas são o primeiro teste real do sentimento popular desde que o governo de coalizão formado por três partidos assumiu o poder depois das difíceis eleições de junho. As manifestações também surgem num momento em que representantes da troica - um grupo formado por União Europeia (UE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - chegam a Atenas para negociar mais cortes dolorosos.

A troica se reine neste fim de semana na capital grega para avaliar o progresso das reformas feitas pela Grécia e determinar se o país se qualifica para receber a próxima parcela de ajuda multibilionária. As negociações ocorrem após a pausa de verão e devem durar até o fim de setembro.

No topo da agenda, estarão os cortes orçamentários de 13,5 bilhões de euros (US$ 17,1 bilhões) que a troica exige que o governo grego faça em troca da última fatia de socorro no valor de 173 bilhões de euros. Tais reduções de gastos elevaram a taxa de desemprego na Grécia para um recorde de 24,4% em junho e reduziram o poder de compra dos assalariados para patamares que não eram vistos desde 2003.

Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a economia grega no segundo trimestre do ano encolheu em um ritmo mais rápido que o esperado. O Produto Interno Bruto (PIB) do país teve contração de 6,3% na comparação anual. O dado foi pior que a queda de 6,2% apurada na estimativa de agosto. No primeiro trimestre, o PIB grego retraiu 6,5%.

Na manhã deste sábado, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, inaugurou a feira anual de comércio internacional na cidade de Thessaloniki, prometendo que não haverá mais medidas de austeridade no futuro. "Esses são os últimos cortes", disse o premiê grego. As informações são da Dow Jones.

Portugal decidiu retirar um salário inteiro dos trabalhadores do setor privado e reduziu a renda anual do país em 7%. O anúncio ocorreu justamente no momento em que indicadores apontaram que a recessão é mais profunda do que se imaginava. Ontem, a Europa divulgou uma série de novas medidas de austeridade.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou que os trabalhadores do setor privado passarão a sofrer um desconto de 18% de seus salários para financiar a Segurança Social, taxa que era de 11% até agora. Na prática, a medida representa o fim do 13.º salário no país, algo que já havia sido cortado dos funcionários públicos. A medida entrará em vigor em 2013 e aliviará a tributação que era cobrada sobre as empresas. O governo também indicou que a mesma situação será mantida aos funcionários públicos em 2013 e aposentados também ficam sem os benefícios.

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Em junho de 2011, a Justiça portuguesa havia declarado ilegal o fim do 13.º salário apenas para os funcionários públicos, argumentando que essa seria uma injustiça em relação aos demais. O governo decidiu, portanto, que ninguém receberá o benefício, acabando com a "injustiça".

Para receber 78 bilhões, Portugal adotou um duro plano de cortes, incluindo a elevação do IVA (equivalente ao ICMS no Brasil) para 23%, privatizações e corte de salários.

As medidas foram anunciadas no mesmo dia em que dados oficiais mostraram uma agonia na economia. O Produto Interno Bruto (PIB) desabou 3,3% no segundo trimestre, queda bem mais forte que a redução de 2,3% no primeiro trimestre do ano.

Na França, o presidente François Hollande prometeu apresentar até o fim do mês o orçamento, que terá de vir com duros cortes e elevações de impostos. Para atingir a meta de déficit, ele terá de ajustar as contas em 30 bilhões. Cerca de 10 bilhões serão economizados em estatais, mantendo a ajuda a essas empresas sem qualquer tipo de aumento.

Mas grande parte do esforço virá do aumento de impostos, principalmente dos mais ricos. Hollande confirmou que vai manter sua ideia de cobrar impostos de até 75% daqueles que tenham uma renda superior a 1 milhão por ano. Essa era uma de suas promessas de campanha.

Enquanto isso, na Espanha, o governo de Mariano Rajoy informou que desempregados que estejam recebendo o seguro desemprego poderão ser convocados por prefeituras a trabalhar para limpar ou reconstruir áreas atingidas por incêndios e outros desastres.

O governo espanhol, que precisa atender a 24% da população que está desempregada, também alertou que quem não cumprir com a convocação será "sancionado". Entre as penalidades, os desempregados podem perder três meses do seguro e até mesmo ver o fim do benefício. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta sexta-feira novas medidas de austeridade que serão aplicadas em 2013, em uma tentativa de reduzir o déficit orçamentário e cumprir as metas combinadas com os credores internacionais em troca do pacote de resgate de 78 bilhões de euros.

Entre as medidas está um aumento na contribuição para a Seguridade Social no setor privado. A taxa para os trabalhadores vai passar de 11% para 18%. Do outro lado, a taxa para as empresas será reduzida de 23,75% para 18%.

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Para o setor público, a contribuição para a Seguridade Social também vai aumentar para 18%. Após cortar os benefícios de salários extras de férias e Natal para os servidores este ano, em 2013 o governo vai restituir um deles, mas o pagamento será feito em 12 vezes, e não mais em uma única parcela. Para aposentados e pensionistas, os dois benefícios serão novamente cortados no ano que vem.

Segundo Coelho, as medidas são uma forma de tentar combater o desemprego, "que é o principal problema do país". O premiê disse que a medida anunciada na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), que detalhou um novo programa de compras de bônus para ajudar a reduzir os custos de financiamento para os países debilitados da zona do euro, ajuda no processo de ajuste em Portugal, mas acrescentou que o sucesso do programa de resgate depende do próprio país.

Coelho disse ainda que a avaliação feita pela troica de credores internacionais - formada por Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional (FMI) - ainda está em andamento. Ele disse que o país está no caminho certo e que alguns riscos foram substancialmente reduzidos. "Nós estamos reduzindo nosso déficit comercial mais rápido do que o previsto, o que aproxima nosso retorno aos mercados de dívida", comentou. As informações são da Dow Jones.

As recentes medidas de estímulo do governo foram insuficientes para beneficiar toda a indústria. De 27 setores analisados, somente quatro apresentaram tendência de melhora no primeiro semestre, segundo um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Os dados do levantamento do Iedi vão até junho e mostram que a recuperação da indústria foi isolada.

Nesta terça-feira (4), a pesquisa de produção industrial do IBGE referente ao mês de julho será divulgada. Há expectativa de que a indústria melhore no segundo semestre, mas o histórico observado na primeira metade do ano indica que uma recuperação consistente é um desafio.

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"Olhando para as tendências setoriais da indústria há poucos sinais de uma recuperação robusta", diz o professor da Unicamp e consultor do Iedi, Julio Gomes de Almeida. Além dos com tendência de melhora, o estudo do Iedi classificou os setores com desempenho ruim os que tiveram melhora mas após grandes quedas - ou seja, com uma base de comparação baixa - e os com oscilação.

Os setores com tendência de melhora no primeiro semestre foram bebidas; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; veículos automotores e outros equipamentos de transporte. "Um bom desempenho do consumo deve ter colaborado para a trajetória de alta do setor de bebidas", diz o consultor do Iedi. "Máquinas, aparelhos e materiais elétricos é um setor na área de bem de capital. Teve uma melhora tímida, mas tem uma tendência de alta. É o único indicador do ponto de vista setorial que mostra que o investimento pode estar melhorando em alguma dimensão".

O crescimento do setor de veículos automotores está galgado no incentivo fiscal concedido pelo governo, enquanto a melhora de outros equipamentos de transporte é considerada pontual pelo Iedi. "Dessa forma, somente dois setores estão com uma tendência segura de melhora. É muito pouco. O crescimento da indústria deve acontecer, mas ele ainda precisa ser construído", afirma o pesquisador.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, elogiou a atitude do governo em prorrogar até o final de outubro a política de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para veículos e disse que a medida vai garantir um crescimento de, no mínimo, 4% nas vendas ao final de 2012. Nos dados do acumulado do ano, até esta terça-feira (28), o aumento nas vendas chegou perto dos 5%, informou Meneghetti. "Mantido o IPI reduzido até outubro teremos ao menos 4% de crescimento garantido neste ano", disse.

Segundo Meneghetti, o setor automotivo vem mostrando reação e seria "temerário" a não renovação do benefício neste momento. Ele admitiu que pode haver uma pequena desaceleração dos emplacamentos a partir do mês que vem por conta de uma antecipação da compra de veículos nos últimos três meses por parte do consumidor, que correu até as concessionárias para aproveitar o desconto do IPI - previsto inicialmente para valer até esta sexta-feira (31).

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"A média diária de emplacamentos chegou a bater os 17 mil veículos nesse período de IPI reduzido", afirmou. "Nos dois próximos meses, as vendas continuarão firmes. Se a média diária ficar próxima dos 16 mil está muito bom."

A prorrogação do IPI para materiais de construção até 2013 e a inclusão de novos itens nessa lista de produtos beneficiados foi bem recebida pelos empresários do setor, que acreditam na recuperação das vendas nos próximos meses. As vendas tanto na indústria quanto no varejo ficaram abaixo do esperado nos últimos meses, levando os empresários a diminuir suas projeções de crescimento para 2012.

"A notícia é boa e certamente vai ajudar a incrementar as vendas até o fim do ano", afirmou nesta quarta-feira Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). "Temos perspectivas positivas. As medidas são importantes e dão tranquilidade para o setor", disse Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

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Na avaliação de Cover, a prorrogação do IPI até 2013 vai contribuir para o planejamento de obras e reformas de longa duração. "As pessoas vão comprar materiais neste ano e no ano que vem com a garantia de que os preços não vão subir por causa do IPI", observou.

Conz acrescentou que as medidas também devem dar mais tranquilidade para o setor planejar as obras em um momento em que há muitos projetos em andamento e prestes a serem entregues. "Estamos em plena execução de obras como as do Programa Minha Casa Minha Vida. Uma retomada do IPI poderia afetar as obras que estão em andamento", disse.

As medidas anunciadas nesta tarde pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegaram um dia após reunião do chefe da pasta com empresários do setor. De acordo com o anúncio do ministro, as isenções fiscais com materiais de construção devem somar R$ 1,8 bilhão.

Apesar de os incentivos terem sido bem recebidos pelos empresários, Cover lembrou que apenas uma parte das reivindicações foi atendida. Segundo ele, a solicitação de redução do IPI se referia a uma lista com cerca de 50 produtos, e apenas alguns foram inclusos.

O problema disso, segundo os empresários, é a falta de igualdade de condições de concorrência entre determinados produtos. Por exemplo: as telha comuns, beneficiadas por redução do IPI, disputam vendas com telhas onduladas, que não tiveram redução do imposto. "Isso gera uma situação de falta de isonomia para competição", apontou Conz. "Por isso, vamos continuar lutando para que os outros produtos entrem na lista", acrescentou.

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, disse que, ao estender para até o final de dezembro a vigência da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o governo conferiu maior previsibilidade e capacidade à indústria e ao varejo para se programar. "A nossa solicitação é sempre para que a desoneração de impostos seja perene mas, ao prorrogar para quatro meses, o governo permitiu que a indústria e o comércio possam se programar", comemorou Kuçula.

De acordo com o presidente da Eletros, tanto representantes da indústria como do setor varejista que estiveram reunidos na terça-feira, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, temiam que a prorrogação fosse até outubro ou novembro, e não até o final do ano. Isso porque, de acordo com Kiçula, é entre outubro e novembro que a indústria começa a entregar para a rede varejista as encomendas para as vendas de Natal. Agora, com um prazo mais esticado, afirma o presidente da Eletros, a indústria e o varejo podem se programar para contratar mais pessoal, se for necessário.

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Kiçula disse que naquele encontro o ministro Mantega fez uma avaliação sobre os preços dos itens de linha branca. Isso porque nos últimos dias a imprensa estava denunciando aumentos de preços, o que teria ocorrido porque algumas matérias-primas internacionais, como resinas, tiveram seus preços aumentados. "Mas, com a redução do IPI, o consumidor percebeu que não teve repasse de preços", disse Kiçula.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não necessita neste momento de novos aportes de recursos do Tesouro Nacional.

Segundo ele, o banco tem recursos para "estes meses", mas, se precisar, o governo garantirá o dinheiro necessário para garantir os programas administrados pelo BNDES. "Mas por enquanto está dentro do programado", afirmou.

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Mantega disse que as medidas anunciadas nesta quarta não comprometem o superávit primário de 2012 e de 2013. Ele informou que a proposta de Orçamento para o ano que vem, que será anunciada nesta quinta-feira (30), já prevê o impacto das medidas.

Um dia antes do anúncio previsto do Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI), a presidente Dilma Rousseff declarou que gostaria de "boxear todas as coisas que atrapalham o crescimento do País". O comentário foi feito em sala de audiências no Palácio do Planalto, após a presidente receber nesta terça-feira os atletas de boxe que participaram da Olimpíada, os irmãos Esquiva Falcão e Yamaguchi Falcão.

Questionada pela Agência Estado se já havia aprendido lutar boxe, Dilma respondeu: "Estou tendo minhas primeiras aulas. Estou aprendendo com ótimos professores". Diante da pergunta sobre quem gostaria de boxear, a presidente falou bem humorada: "Não quero boxear pessoas. Acho que tenho que boxear todas as coisas que atrapalham o crescimento do País".

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Além dos atletas, Dilma recebeu o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB); o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. A comitiva levou a bandeira olímpica, recebida em Londres pelo prefeito do Rio.

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