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Um novo terremoto, de magnitude 6,9, foi registrado no México nesta quinta-feira (22) e deixou ao menos duas pessoas mortas. O abalo sísmico ocorreu três dias depois que um forte tremor - de magnitude 7,4 - matou duas pessoas. De acordo com as autoridades locais, desta vez, pelo menos cinco Estados mexicanos foram afetados.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terremoto foi registrado às 1:16 (horário local), com epicentro entre os estados de Michoacán e Colima, a uma profundidade de 24,1 quilômetros. A princípio, não houve relatos de danos às estruturas, segundo as autoridades locais.

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O presidente Andrés Manuel López Obrador compartilhou um vídeo em sua conta no Twitter explicando que o terremoto foi sentido nos estados de Michoacán, Colima, Jalisco, Guerrero e Cidade do México, e que até agora não houve relatos de danos.

A prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, também utilizou as redes sociais para comentar sobre o tremor e lamentar a morte de uma mulher, que faleceu ao cair da escada de sua casa e bater a cabeça após o alerta sísmico ser ativado. Posteriormente, a gestora atualizou o número de mortos. A segunda vítima foi um homem que sofreu um ataque cardíaco durante o terremoto.

Após a conclusão dos protocolos de segurança, Sheinbaum informou que nenhum dano físico ocorreu na capital. Muitos moradores da Cidade do México saíram às ruas no meio da noite depois de ouvir o alerta sísmico.

No início da semana, um forte terremoto atingiu o México - o terceiro registrado em 19 de setembro, como aconteceu em 1985 e 2017. Os abalos de 2017 e deste ano também ocorreram logo após o exercício anual que é realizado todo mês de setembro para relembrar o devastador terremoto de 1985 que matou cerca de 9,5 mil pessoas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Pelo menos nove imigrantes morreram afogados e dezenas foram resgatados da água depois de tentarem cruzar o Rio Grande do México para os Estados Unidos, disseram autoridades na sexta-feira.

O Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos Estados Unidos disse em comunicado à AFP que os afogamentos ocorreram na quinta-feira (1º), quando um grande grupo tentou atravessar o Rio Grande perto de Eagle Pass, no estado do Texas.

O CBP confirmou 37 pessoas resgatadas, mas encontraram os corpos de nove migrantes, três pelas autoridades mexicanas e seis pelos agentes americanos.

Um total de 53 migrantes foram detidos no lado americano e 39 no lado mexicano do rio.

Nenhuma informação foi fornecida sobre as idades ou nacionalidades dos migrantes.

"A busca continua por outras vítimas em potencial", alertou o escritório.

Um funcionário do CBP disse ao The Washington Post que o afogamento em massa parecia ser o pior em anos no Rio Grande.

Quase 50.000 imigrantes foram presos em Eagle Pass no mês passado, segundo dados do governo.

O chefe dos bombeiros da cidade, Manuel Mello, disse ao The New York Times que os migrantes foram arrastados por fortes correntes a 1,6 km ao sul da Ponte Internacional que liga Eagle Pass a Piedras Negras, no México.

Mello indicou que os afogamentos se tornaram frequentes na região, chegando a ocorrer um por dia.

As recentes mortes em massa de migrantes colocaram em evidência as perigosas jornadas que centenas de milhares fazem todos os anos tentando chegar aos Estados Unidos a partir do México.

Em junho, mais de 50 pessoas morreram sufocadas após serem deixadas em um caminhão em San Antonio, Texas.

O resgate de 10 trabalhadores desaparecidos em uma mina do México desde o último dia 3 pode levar até 11 meses, indica um plano apresentado nesta quinta-feira pelo governo a parentes dos funcionários, o que, praticamente, acaba com a sua esperança de encontrá-los com vida.

"Estamos desesperados, não sabemos o que fazer, não podemos aceitar isso", disse à AFP Juani Cabrales, irmã de Mario Alberto Cabrales, um dos mineradores acidentados. A estratégia foi proposta pela titular da Defesa Civil, Laura Velázquez, que se reuniu hoje com parentes dos funcionários na comunidade Agujita, estado de Coahuila, onde fica o complexo de carvão inundado.

Desde que o acidente ocorreu, não há sinais de vida dos trabalhadores. "Tínhamos esperança de que levaria um mês, e agora vêm com isso. É quase um ano, não é possível, deve haver outras formas", protestou Guadalupe Cabrales, também irmã do trabalhador.

Embora desconheçam os detalhes técnicos, as duas mulheres disseram que o plano consiste em fazer uma nova perfuração para entrar na mina. O presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou na manhã de hoje que o plano seria apresentado aos familiares dos mineradores, para que o aprovassem, e divulgado ao público nesta sexta-feira.

O jornalista mexicano Fredid Román foi assassinado na tarde desta segunda-feira (22) em Chilpancingo, capital do Estado de Guerrero, no sul do México. O atentado é o 15 º assassinato de jornalistas que ocorre no país em 2022. Román foi alvo de disparos dentro de seu carro. Segundo informações da Polícia Estadual, o jornalista já estava morto quando os socorristas da Cruz Vermelha chegaram ao local do crime. Os ferimentos das balas atingiram diferentes partes do corpo.

"Os serviços especializados se deslocaram ao local dos acontecimentos para realizar os atos de investigação, o que permitirá obter as provas necessárias para esclarecer os fatos", informou o Ministério Público Geral do Estado (FGE) de Guerrero.

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As autoridades investigam os responsáveis pelo "homicídio por arma de fogo". Román escrevia a coluna La Realidad Escrito com circulação na mídia local. Antes, ele foi o fundador do extinto jornal impresso La Realidade; também dirigiu o periódico Expresión Popular e colaborou em diferentes mídias na capital de Guerrero.

A FGE apontou que uma das possíveis linhas de investigação pode estar relacionada com o assassinato do filho de Román, ocorrido na cidade de Ocotito, Guerrero, em 1º de julho, o que não teria relação direta com o trabalho jornalístico.

Embora Román não tocasse em questões de violência, há poucos dias o colunista foi ao Ministério Público exigir justiça pelo assassinato do familiar, disse a Associação dos Jornalistas de Guerrero. "Exigimos que o procurador-geral de Guerrero inicie prontamente a investigação do homicídio, bem como um suposto vazamento da exigência de justiça que o nosso colega fez perante a FGE", declarou o comunicado.

O Ministério Público Geral de Guerrero sustentou, porém, que "realiza a investigação e o acompanhamento para esclarecer os fatos, para aplicar a lei aos responsáveis por diversos crimes". Com o assassinato de Fredid Román, há 16 jornalistas mortos em Guerrero desde 2000. É o segundo homicídio no atual governo estadual.

Recentemente, o representante adjunto do escritório mexicano do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (UN-DH) alertou que "o número de assassinatos de jornalistas registrados no México é motivo de preocupação".

Segundo dados da organização Articulo 19, desde 2000, ao menos 154 comunicadores foram assassinados no país com possível relação ao trabalho jornalístico.

Entre os pedidos feitos ainda em vida, Catarina Orduña Pérez, de 99 anos, pediu que a escultura de um pênis gigante fosse colocada em cima do seu túmulo. A família atendeu ao pedido e fez uma festa para inaugurar o monumento no último sábado (23), no cemitério da pequena cidade de Misantla, no México.

A idosa morreu em janeiro do ano passado e os familiares recorreram ao engenheiro Isidro Lavoingnet, conhecido por construir objetos com plástico, para atender ao último pedido. 

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Ele achou que se tratava de uma brincadeira, mas foi convencido, e montou uma equipe de mais 10 pessoas, entre escultor e carpinteiro, para confeccionar a escultura de 1,6 m e 300kg. O trabalho foi concluído em um mês, relatou à Vice.

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“Esse tipo de escultura não é comum, muito menos quando é feita em memória de alguém que morreu", comentou. A parte mais complicada foi a modelagem dos testículos, que precisaram ser refeitos. 

Segundo o neto de Catarina Álvaro Mota Limón, a avó afirmava que um pênis gigante em seu túmulo ajudaria a "quebrar os paradigmas dos mexicanos, que, às vezes, deixam as coisas escondidas por não terem mente aberta".

"Ela me disse que esse era o desejo dela, para que ninguém a esquecesse e para que tudo o que amávamos nela fosse lembrado com mais facilidade", acrescentou.

Um golpe virtual, conhecido como doxxing, aproveita-se de pessoas endividadas na busca por aplicativos de empréstimo no México. Após contratar o serviço, os dados confidenciais dos contratantes são expostos e podem chegar ao compartilhamento de fotos pornográficas editadas com seus rostos.

Na denúncia feita ao site Rest of World, a vítima explica que não conseguiu empréstimos nos bancos convencionais e recorreu a diversos aplicativos, entre eles: SolPeso, Rápikrédito, Super Peso, LoanLaLa, Money Flash e iFectivo. O primeiro não transferiu todo o dinheiro combinado e exigiu o pagamento antecipado do empréstimo. O último enviou a foto de uma mulher nua para os contatos da agenda da vítima com seu rosto editado, dizendo que a cliente começou a se prostituir para pagar as dívidas.

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O canal do governo mexicano que acompanha fraudes financeiras identificou ao menos 94 aplicativos de empréstimo suspeitos. Desses, 35 estão disponíveis no Play Store, que abrange cerca de 80,87% dos dispositivos móveis do país. As vítimas alegam que a lei dá brechas aos criminosos e que os órgãos reguladores são omissos no combate a esse tipo de abuso.

Ex-presidente do México e apontado como responsável por algumas das piores matanças políticas do país, Luis Echeverría morreu, aos 100 anos, confirmou neste sábado, 9, o presidente Andrés Manuel López Obrador. Em sua conta no Twitter, López Obrador enviou condolências à família e aos amigos "em nome do governo do México", mas não expressou tristeza pessoal.

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O presidente atual não informou a causa da morte de Echeverría, que governou o México de 1970 a 1976. Echeverría havia sido hospitalizado por problemas pulmonares, em 2018, e enfrentava também problemas neurológicos. Em 2005, um juiz decidiu que ele não poderia ser julgado pelos crimes de genocídio no massacre de estudantes de 1971, retratado no filme Roma, que ganhou o Oscar de filme estrangeiro. O magistrado decidiu que o ex-presidente pode ter sido responsável por homicídio, mas que não poderia ser julgado pois o crime havia prescrito em 1985.

Em 1971, estudantes faziam um protesto a oeste do centro da Cidade do México, nas primeiras manifestações do tipo em larga escala no país desde as mortes em um massacre maior ocorrido em 1968. Eles não conseguiram andar muitas quadras, antes de serem atacados por um grupo paramilitar que seria ligado ao governo.

Em 2004, Echeverría tornou-se o primeiro ex-presidente mexicano formalmente acusado de crimes. Promotores o vincularam à chamada "guerra suja", na qual centenas de ativistas de esquerda e membros de grupos de guerrilha foram presos, mortos ou desapareceram.

Durante o massacre de 1968, na praça de Tlatelolco, Echeverría era o secretário de Interior do país. Em 2 de outubro de 1968, poucas semanas antes do início da Olimpíada na Cidade do México, atiradores de elite das forças oficiais abriram fogo contra estudantes e soldados do Exército na praça. As estimativas de mortes variam de 25 a mais de 300. Echeverría negou qualquer responsabilidade pelo ataque. Já segundo relatórios militares, ao menos 360 atiradores de elite do governo estavam posicionados nos prédios no entorno da manifestação.

Apesar de décadas de pedidos de ativistas e da oposição por justiça, Echeverría nunca passou um dia na prisão. Ele chegou apenas a ser colocado brevemente em uma forma de prisão domiciliar, mas posteriormente as acusações foram arquivadas, sem condenação. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

Se existe algo difícil ultimamente é um brasileiro colocar os pés no México, apesar de não haver barreiras, só a necessidade de se obter uma autorização eletrônica em um site do governo mexicano. O problema é que, para brasileiros, o sistema vem falhando há cerca de um mês. A situação chegou ao ponto de turistas desistirem de viagens marcadas.

Desde dezembro, a autorização eletrônica para entrar no México passou a ser exigida dos viajantes brasileiros, assim como de outros países. O aval precisa ser obtido nos 30 dias anteriores ao embarque e, na ausência dele, pode-se tentar obter o visto mexicano via entrevista presencial. "Aqui em São Paulo eles abrem a agenda para o visto na terceira semana do mês", diz o engenheiro Paulo Blanco, de 47 anos. Com viagem marcada para 9 de julho, ele passou as últimas semanas tentando a autorização para um dos filhos. Nada feito. Correu atrás de uma data no consulado e se deparou com a falta de tempo hábil. "Não vamos mais", afirma.

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O engenheiro entrou no site do governo mexicano para obter a autorização de viagem dentro do prazo exigido, 30 dias antes do embarque. Ao ver que o sistema não funcionava, foi às redes sociais e descobriu que não estava só.

O visto mexicano e a autorização eletrônica são dispensados no caso de o viajante ter o visto para entrar nos Estados Unidos válido. O mesmo vale para quem tem autorização para entrar em Canadá, Japão, Reino Unido ou Espaço Schenguen, composto por 22 dos 28 países membros da União Europeia. Blanco, sua mulher e sua filha têm o visto americano. O do filho está vencido.

Nas redes sociais sobram queixas de "falta de respeito com as pessoas, sonhos sendo jogados no lixo e dinheiro também"; Estou há dias tentando, sem parar. Vou perder tudo. Minha filhinha está em prantos pois sonhamos muito com essa viagem na pandemia."

Blanco ainda tem mais uma reclamação em comum com outros brasileiros. Quem entra no site e muda a nacionalidade para qualquer outra tem uma surpresa. "Aí, funciona! É uma situação surreal", afirma.

No site do órgão, um comunicado informa a quem ainda tem interesse em manter a viagem que "o Consulado não tem participação nesse processo" e "não tem nenhum controle sobre o sistema de autorizações eletrônicas e não assume nenhuma responsabilidade pelas perdas de reservas de passagens de avião, hotéis nem quaisquer outros prejuízos". O Estadão entrou em contato com a Embaixada Mexicana e não obteve resposta.

A Fifa divulgou, nesta quinta-feira (17), as cidades-sede da Copa do Mundo de 2026, o primeiro mundial de futebol masculino a ser realizado simultaneamente em três países: Estados Unidos, México e Canadá. Foram escolhidas 16 cidades, 11 delas americanas, três mexicanas e duas canadenses. Os locais de abertura e o palco da grande final ainda não foram definidos.

Nos Estados Unidos, as cidades escolhidas foram Atlanta, Boston, Dallas, Houston, Kansas City, Los Angeles, Miami, Philadelphia, San Francisco e Seattle. Já o México receberá o evento em Guadalajara, Cidade do México e Monterrey, enquanto o Canadá será representado por Vancouver e Toronto.

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Sede da Copa há 28 anos, os EUA não selecionaram nenhum estádio utilizado em 1994, ano do tetracampeonato do Brasil. Apenas o Rose Bowl, em Pasadena, palco da final, e o Camping World Stadium de Orlando foram considerados para os jogos do maior evento do futebol masculino pela segunda vez, mas acabaram descartados nas rodadas finais.

Ainda que algumas cidades tenha sido repetidas, os estádios escolhidos foram diferentes. Em Dallas, por exemplo, o Cotton Bowl, hoje em dia utilizado apenas para eventos universitários e de menor importância, foi preterido pelo AT&T Stadium, casa do time de futebol americano Dallas Cowboys.

Já o México, que sediou as Copas de 1970 e 1986, verá o Estádio Azteca da Cidade do México se tornar o primeiro estádio a receber três Copas do Mundo. Também serão utilizados o Estádio Akron de Guadalajara e o Estádio BBVA de Monterrey. O Canadá, por sua vez, receberá o evento pela primeira vez na história em seus estádios BMO Field e Commonwealth.

Além das três sedes, o Mundial de 2026 terá outras novidades. Será a primeira com 48 seleções participantes, o que elevará o número de partidas para 80, no lugar das 64 realizadas até então.

Veja as cidades escolhidas pela Fifa:

Canadá - Vancouver e Toronto

Estados Unidos - Seattle, São Francisco, Los Angeles, Kansas City, Dallas, Atlanta, Houston, Boston, Filadélfia, Miami e Nova York.

México - Guadalajara, Monterrey e Cidade do México

Os migrantes que entram em território mexicano pela fronteira sul sofrem "abusos" pelas medidas adotadas pelo México e por Washington para impedir sua chegada aos Estados Unidos, denunciou a Human Rights Watch nesta segunda-feira (6), coincidindo com o início da Cúpula das Américas.

Os pedidos de status de refugiados e as detenções de migrantes no México "têm aumentado drasticamente" na medida em que o presidente americano, Joe Biden, segue restringindo o acesso ao asilo na fronteira sul", alertou a ONG em um relatório.

Segundo a HRW, "aqueles que cruzam a fronteira sul do México fugindo da violência e da perseguição tem dificuldades para obter proteção, enfrentam graves abusos e atrasos".

"Muitas vezes se veem obrigados a esperar durante meses em condições desumanas perto da fronteira sul do México, enquanto batalham para encontrar trabalho ou moradia".

Para Tyler Mattiace, pesquisador para as Américas da Human Rights Watch, "a delegação da aplicação migratória americana ao México deu lugar a graves abusos e obrigou centenas de milhares de pessoas a esperar, em condições assustadoras, para buscar proteção".

Em 2021, o México deteve 307.569 migrantes e 130.863 pessoas solicitaram o status de refugiado, um recorde para ambos, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).

Biden "continuou com muitas das políticas abusivas contra a imigração" de seu antecessor, Donald Trump, "como pressionar o México para que impeça os migrantes de chegar aos Estados Unidos" e bloquear o acesso ao asilo na fronteira através de políticas como o Título 42, uma norma sanitária que Biden tentou rescindir, mas foi impedido por um juiz, e o "Fique no México", denunciou a ONG.

O chefe de Estado mexicano, Andrés Manuel López Obrador, enviou quase 30.000 soldados e agentes do Instituto Nacional de Migração (INM) para deter os imigrantes irregulares no país, acrescentou.

O Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos estima um total de aproximadamente 7.500 detenções de imigrantes não autorizados por dia ao longo da divisa com o México, um número quase cinco vezes maior que a média entre os anos de 2014 e 2019.

E milhares de pessoas continuam chegando a essa fronteira: hoje, uma caravana que se reuniu no sul do México partiu rumo ao norte.

Biden espera alcançar uma declaração regional sobre migração durante a Cúpula das Américas, que acontece esta semana em Los Angeles, um tema essencial a poucos meses das eleições de meio mandato de novembro.

Mas os líderes de países-chave para discutir a crise migratória, como México, Honduras e Guatemala, se recusaram a participar da reunião regional.

A maioria dos migrantes que entra pela fronteira sul do México vem da América Central e do Caribe, e quase metade dos que pediram asilo eram haitianos, informou a Human Rights Watch. A organização apontou também que a maior parte entra pelas redondezas da cidade de Tapachula, no estado de Chiapas.

Segundo entrevistas e documentos da ONG citados no relatório, a maioria afirma fugir da violência ou da perseguição em seus países.

Muitos dizem escapar de ameaças de morte, extorsão e do recrutamento forçado por parte de gangues e cartéis de drogas em Honduras, Guatemala e El Salvador. Fogem também da perseguição política e dos abusos generalizados contra os direitos humanos em Cuba, Nicarágua e Venezuela.

Ao chegar ao México, temem que os agentes do INM os deportem. Alguns afirmam que lhes foi negada proteção, que foram dissuadidos de solicitar o status de refugiados e pressionados a aceitar o retorno voluntário.

"Pensei que nos ajudariam quando chegássemos ao México, mas [...] nos rejeitaram", declarou um homem que afirma fugir do recrutamento forçado de gangues em Honduras, citado no relatório.

A autoridade responsável pelos refugiados no México, a Comissão Mexicana de Atenção ao Refugiado (Comar, independente do INM) recebeu em 2021 mais de 130.000 pedidos, mas só processou 38.000.

Uma cabeça estucada representativa do jovem deus do milho, com mais de 1.300 anos de antiguidade, foi descoberta nas ruínas maias do complexo arqueológico de Palenque, no estado de Chiapas, sudeste do México, reportou o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) estatal.

A obra representa "a mais importante divindade do panorama dos deuses maias", ressaltou o INAH em um comunicado.

Esta escultura tem 45 cm de comprimento por 16 cm de largura, respectivamente, e 22 cm de altura, e no local da descoberta estava com uma orientação leste-oeste, "o que simbolizaria o nascimento da planta do milho com os primeiros raios de sol".

A descoberta ocorreu em 2021 durante outro projeto de exploração nestas ruínas.

"Dentro de um receptáculo semiquadrado formado por três paredes e sob uma camada de terra solta emergiram o nariz e a boca semiaberta da divindade", detalhou o INAH.

Trata-se do "eixo de uma rica oferenda que se dispôs sobre um reservatório de piso e paredes estucadas de quase um metro de largura por três metros de comprimento, aproximadamente, para emular a entrada deste deus ao inframundo em um ambiente aquático", acrescentou.

Também mostra como os maias desta região reviviam a paisagem mítico sobre o nascimento, a morte e a ressurreição do deus do milho.

A peça pertence "ao período tardio da civilização maia, entre os anos 700 e 850 da nossa era, ou seja, "permaneceu oculta por cerca de 1.300 anos", concluiu o INAH.

As autoridades de saúde mexicanas confirmaram neste sábado (28) o primeiro caso de varíola do macaco no país, um homem de 50 anos que vive nos Estados Unidos.

"Hoje [sábado] confirmamos o primeiro caso importado de varíola do macaco no México. É um homem de 50 anos, residente permanente da cidade de Nova York, que provavelmente foi infectado na Holanda. Está sendo tratado na CDMX (Cidade do México)", informou no Twitter o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell.

"Felizmente, ele está estável e em isolamento preventivo. Esperamos que se recupere sem complicações", acrescentou. López-Gatell não especificou a nacionalidade do paciente ou detalhes sobre possíveis contatos com outras pessoas.

Na sexta-feira, as autoridades sanitárias argentinas confirmaram os dois primeiros casos da doença em seu país e na região.

O primeiro confirmado foi o de um homem de 40 anos que retornou da Espanha para a Argentina, enquanto o segundo é residente desse mesmo país europeu que está visitando a província de Buenos Aires e que não tem vínculo com o paciente anterior.

A varíola do macaco é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido aos seres humanos por animais infectados. A transmissão de pessoa para pessoa é possível, mas considerada rara.

A doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo e atualmente é considerada endêmica em uma dúzia de países africanos. Seu surgimento em países não endêmicos é o que preocupa os especialistas. Até agora, os casos confirmados em regiões não endêmicas são geralmente benignos e nenhuma morte foi relatada.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta terça-feira ao governo do presidente Andrés Manuel López Obrador que combata a violência contra as mulheres no México, onde a morte de Debanhi Escobar, 18 anos, provocou uma onda de indignação.

Segundo o secretariado executivo do sistema nacional de segurança pública, de janeiro a março de 2022 houve 229 feminicídios em nível nacional, principalmente nos estados de México, Veracruz e Nuevo León, onde a jovem foi encontrada morta em abril, no fundo da caixa d'água de um motel, perto da estrada para Nuevo Laredo, na fronteira com os Estados Unidos.

O despertou um interesse incomum no país e ultrapassou fronteiras, do Peru aos Estados Unidos. A Comissão Nacional de Busca contabiliza 24.600 mulheres desaparecidas neste ano e, segundo dados oficiais, foram registrados 2.287 estupros e mais de 50 mil casos de violência doméstica ou conjugal.

A violência de gênero faz parte "de um padrão contínuo, que deriva da discriminação histórica e estrutural, enraizada na cultura patriarcal e machista das sociedades da região, que condiciona as mulheres, meninas e adolescentes sob noções estereotipadas de inferioridade", condenou a CIDH.

O governo deve agir "para prevenir, investigar e punir" esses fatos e tomar medidas para que os mesmos não se repitam", acrescentou o órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos que promove os direitos humanos.

Em 2021, houve 3.751 assassinatos de mulheres no México, dos quais 1.004 foram classificados como feminicídios, segundo fontes oficiais.

O jornalista Luis Enrique Ramírez foi assassinado no estado mexicano de Sinaloa, tornando-se o nono comunicador a morrer violentamente no país em 2022, informaram nesta quinta-feira (5) a Procuradoria e a Repórteres sem Fronteiras.

"Infelizmente, está confirmado que o corpo encontrado em uma estrada (...) é do jornalista Luis Enrique Ramírez Ramos", disse a promotora de Sinaloa, Sara Quiñónez, no Twitter.

"Nossas sinceras condolências à sua família e nosso compromisso de trabalhar para esclarecer este fato", acrescentou.

O corpo de Ramírez, 59 anos, foi encontrado na manhã de quinta-feira nos arredores de Culiacán, capital de Sinaloa, depois de ter sido dado como desaparecido na noite de quarta-feira.

"Foi, definitivamente, um assassinato. O corpo foi encontrado fora de Culiacán e envolto em plástico", disse à AFP Balbina Flores, representante do RSF no México.

A organização de defesa da liberdade de imprensa Artigo 19 exigiu que as autoridades esclareçam o homicídio e disse que está documentando os fatos. "Exigimos que o Ministério Público de Sinaloa garanta uma investigação rápida, imparcial e diligente para esclarecer o ocorrido", tuitou.

O governo mexicano, por sua vez, disse que trabalha com autoridades locais para esclarecer o caso: "Iremos reforçar as medidas de segurança para os jornalistas. Não haverá impunidade", tuitou seu porta-voz.

Ramírez era colunista do jornal local El Debate e fundador do site de notícias Fuentes Fidedignas. Anteriormente, trabalhou para os jornais nacionais El Financiero, El Nacional e La Jornada.

Ramírez é o nono jornalista assassinado este ano no México, um dos países mais perigosos para a imprensa, segundo a RSF e a Artigo 19. As outras vítimas são: Armando Linares, Juan Carlos Muñiz, Heber López, Lourdes Maldonado, Margarito Martínez, Roberto Toledo, José Luis Gamboa e Jorge Luis Camero. Este último foi baleado em 24 de fevereiro, duas semas após deixar seu cargo na prefeitura de Empalme, no estado de Sonora.

Cerca de 150 jornalistas já foram assassinados no México desde 2000, de acordo com a RSF.

Sinaloa é um dos estados mais atingidos pela violência ligada ao crime organizado, e onde atua o poderoso Cartel de Sinaloa, fundado por Joaquín "El Chapo" Guzmán, que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos

Uma caravana de cerca de 600 migrantes, a maioria centro-americanos, entrou em confronto nesta sexta-feira (1º), usando pedras e paus, com guardas nacionais, que responderam com gás lacrimogêneo, em uma estrada no sul do México, no estado de Chiapas.

O grupo, que tenta chegar ao norte para cruzar para os Estados Unidos, saiu ao amanhecer da cidade fronteiriça de Tapachula e, após caminhar algumas horas, foi inicialmente reprimido por agentes do Instituto Nacional de Migração (INM) e guardas, informaram autoridades e ativistas.

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As forças de segurança se viram superadas pelos migrantes, que depois de alguns empurrões, conseguiram seguir em frente, ainda que em um número menor. Alguns quilômetros adiante, porém, se depararam com uma segunda operação.

Diante do bloqueio, a caravana reagiu lançando paus e pedras, mas foi dispersada com gás lacrimogêneo, segundo imagens da imprensa local e denúncias de ativistas.

Durante a ação, dezenas de pessoas foram detidas e outras se entregaram, em sua maioria mulheres e crianças. Um grupo conseguiu fugir correndo entre a vegetação.

O ativista mexicano Luis Villagrán, que acompanha a caravana, denunciou o uso da força contra os migrantes e lamentou que as autoridades tenham negado a petição para agilizar sua situação legal.

Há anos, logo antes da Semana Santa, migrantes sem documentos acompanhados por ativistas mexicanos realizam uma jornada pelo país, às vezes até a fronteira norte, que chamam de “Via Crucis migrante” e que em 2018 deu origem às caravanas.

A estratégia do governo do México tem sido montar operações de retenção no caminho dos migrantes, especialmente em Chiapas, na fronteira com a Guatemala.

O número de pessoas que tentam chegar aos Estados Unidos cresceu com a chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca em janeiro de 2021. De acordo com dados oficiais, no ano passado, 307.679 migrantes foram detidos.

Espera-se um fluxo ainda maior após a suspensão nesta sexta pelos Estados Unidos da ordem de saúde pública conhecida como Título 42, que previa a expulsão de migrantes sem documentos como medida de precaução pela pandemia de covid-19.

É segunda-feira e María está pronta para trabalhar em Aguascalientes, no México, mas devido a ameaças de morte esta jornalista deve cumprir um ritual antes de sair de casa: pedir às autoridades que monitorem seus passos e entregar o itinerário aos seus acompanhantes.

Simultaneamente os fotógrafos Jesús Aguilar, em Tijuana; Lenin Ocampo, em Chilpancingo; Martín Patiño, em Guadalajara, e a repórter María Teresa Montaño, em Toluca, voltam às ruas para cobrir a violência do crime organizado e combater a corrupção.

Todos vivem com o medo nas costas, observou a AFP depois de acompanhá-los durante um dia de trabalho. Essa realidade é agravada pelo assassinato de oito jornalistas desde janeiro, em comparação com sete em todo o ano de 2021.

O rastro de sangue continua crescendo no México, um dos países mais perigosos para a imprensa, com cerca de 150 assassinatos de repórteres desde 2000. O mais recente deles ocorreu na terça-feira em Michoacán (oeste), onde Armando Linares foi assassinado.

"Sei que minha vida está em risco todos os dias e é terrível conviver com a ameaça, com o medo de sair e nunca mais voltar", diz María Martínez, de 55 anos, em sua pequena casa em Aguascalientes protegida por várias fechaduras e câmeras de segurança.

Diretora do portal digital "Péndulo Informativo", ela denunciou ameaças por suas investigações sobre corrupção e vínculos entre funcionários públicos e traficantes de drogas.

Vários policiais foram presos após suas publicações.

"Você vai morrer, vadia!", alertou uma das ameaças recebidas em seu telefone e pela qual foi incluída em um programa do governo que protege 500 comunicadores.

- À mercê do crime -

Em Tijuana, o medo de Jesús Aguilar se intensificou em 17 de janeiro, quando o fotógrafo Margarito Martínez, com quem trabalhava diariamente naquela cidade, foi assassinado.

Lá também, dias depois, Lourdes Maldonado foi baleada, apesar de estar no programa de proteção. A trágica saga de 2022 é completada por José Luis Gamboa, Roberto Toledo (sócio de Linares), Heber López, Juan Carlos Muñiz e Jorge Luis Camero.

Cobrir acertos de contas de narcotraficantes e denunciar sua corrupção ou ligações com políticos e forças de segurança deixa esses repórteres à mercê de assassinos de aluguel.

"Quando um carro vem devagar atrás de mim, eu sinto que vai parar e que vão atirar em mim. Ou quando estou estacionando e vejo um veículo mais perto de mim, eu afasto o banco e me deito para me proteger", confessa Aguilar, de 32 anos.

- Impotência -

Em Chilpancingo (sul), o fotógrafo Lenin Ocampo, 40 anos, diz que muitas vezes se depara com membros do Cartel de Nova Geração de Jalisco ou La Familia Michoacana. "Eles nos param, nos revistam. A ameaça é sempre latente."

Durante a noite, ao lado de um carro incendiado por desconhecidos em Guadalajara (oeste), seu colega Martín Patiño (41 anos) declara sua "impotência" pela impunidade nos crimes contra jornalistas, que segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras atinge 92%. "As autoridades não fazem nada."

Desde sua criação, em 2010, a Promotoria Especial para Crimes contra a Liberdade de Expressão alcançou 28 sentenças, em quase 1.500 denúncias por homicídio, agressões e ameaças contra jornalistas. Nem todos os casos entram em sua jurisdição.

O presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador promete "impunidade zero" e destaca que há 17 detidos pelos cinco assassinatos de comunicadores registrados pelo seu governo este ano.

Confrontado com um setor da imprensa tradicional que o acusa de servir a interesses privados, o presidente rejeitou como "interferência" os apelos recentes dos Estados Unidos e do Parlamento Europeu para proteger os repórteres.

Os fotógrafos entrevistados carecem de equipamentos de segurança e, como muitos jornalistas do interior do país, colaboram com diversos veículos de comunicação.

Dias antes de sua entrevista com a AFP, María Martínez sofreu um pré-infarto, o qual ela atribui ao estresse de sua situação e que, segundo ela, já causou um derrame.

A comunicadora, que descarta abrir mão do trabalho que ama, encerra o dia com uma entrevista com a ex-mulher de um traficante para seu primeiro livro.

"Minha família me pediu para sair do jornalismo, mas sou uma mulher com convicções, de valor (...), tenho uma responsabilidade social", justifica.

As autoridades mexicanas anunciaram nesta terça-feira que prenderam 10 torcedores acusados de participarem da "batalha campal" ocorrida no estádio La Corregidora, no sábado. A briga generalizada entre torcedores de Querétaro e Atlas, que chocou o mundo do esporte, deixou pelo menos 26 feridos, de acordo com informações do governo estadual de Querétaro.

A secretária de governo do estado de Querátaro, Guadalupe Murguía, informou que 26 pessoas foram identificadas com algum envolvimento na briga. E avisou que outras buscas estão sendo realizadas em várias cidades para encontrar outros torcedores envolvidos. Não há prazo para o encerramento da investigação.

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O Ministério Público de Querétaro explicou que as dez prisões foram realizadas com base em análises das imagens de vídeo. "Devido ao que aconteceu durante a partida Querétaro x Atlas, informa-se que os primeiros 10 homens foram presos", disse o MP. No mesmo comunicado, informou que os torcedores foram detidos "por sua possível participação em crimes de tentativa de homicídio, violência em eventos esportivos e defesa do crime".

As prisões foram feitas ao longo da segunda-feira, assim que um juiz emitiu 26 mandados de prisão. Ele autorizou ainda a busca nas residências dos suspeitos de participarem da briga. Nestas buscas foram apreendidos 82 itens de materiais esportivos do Querétaro, alguns com suspeita de mancha de sangue.

A briga começou durante o segundo tempo da partida, na arquibancada. Conforme foi tomando maiores proporções, torcedores começaram descer para o campo em busca de proteção. De acordo com o jornal mexicano Excelsior, foram os próprios seguranças do estádio que abriram as rampas de acesso ao gramado.

Como é possível ver em imagens que circulam nas redes sociais, crianças e mulheres estavam no campo. Enquanto isso, os jogadores correram para o vestiário. Aos poucos, o local foi tomado por cada vez mais gente, inclusive aqueles dispostos a brigar, que protagonizaram cenas chocantes de violência.

Alguns atletas, como o goleiro do Querétaro, Washington Aguerre, continuaram em campo para tentar conter os torcedores. Imagens da transmissão televisiva e de fotógrafos presentes no estádio mostram Aguerre rodeado por invasores, dialogando com eles. Em outras imagens, aparece com os braços erguidos para cima, pedindo calma.

Em razão da briga generalizada, a Federação Mexicana de Futebol suspendeu todos os jogos marcados para o último domingo e também abriu uma investigação.

Era para ser apenas uma partida de futebol pela nona rodada do Campeonato Mexicano, no estádio La Corregidora de Querétaro, neste sábado (5). O time da casa perdia para o Atlas, quando, aos 18 minutos do segundo tempo, começou uma briga generalizada nas arquibancadas entre as torcidas. A violência não parou e o campo foi invadido, interrompendo a partida.

A confusão deixou 22 feridos, segundo a Coordenação de Proteção Civil da região, sendo que dois deles estão em estado grave.

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Pela internet, circulam imagens de espancamento. Mesmo desacordadas e sem já nenhuma reação, dois homens seguiam sendo agredidos com chutes e pauladas. Os agressores ainda deixaram as vítimas nuas.

Por conta da barbárie, o presidente da Liga Mexicana de Futebol (LMX), Mikel Arriola, suspendeu todos os jogos da rodada e não descarta uma severa punição aos clubes (Queretáro e Atlas), como a desfiliação dos mesmos. Entretanto, o dirigente explica que o caso será avaliado por uma comissão disciplinar antes de qualquer sanção.

Uma briga generalizada entre torcedores do Querétaro e do Atlas, nesse sábado (5),  deixou dezenas de feridos e pode ter ocasionado mortes. A partida aconteceu no estádio La Corregidora de Querétaro, no México, pela 9ª rodada do Campeonato Mexicano. A Coordenação de Proteção Civil do Estado de Querétaro aponta que 22 pessoas foram levadas aos hospitais com ferimentos, mas não confirma óbitos. Segundo veículos locais, ao menos 15 pessoas teriam morrido.

Foto: STR / AFP

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Pelo Twitter, a Coordenação de Proteção Civil afirmou que dos 22 feridos, apenas duas pessoas estão em estado grave. A Liga Mexicana anunciou a suspensão dos jogos previstos para este domingo (6).

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Segundo relatos da imprensa local, o jogo acontecia normalmente, com o placar de 1 a 0 para o Atlas, quando aos 17 minutos do segundo tempo os torcedores invadiram o gramado e começado a pancadaria. Imagens que circulam nas redes sociais mostram pessoas correndo assustadas e homens sendo espancados. Também é possível ver pessoas tentando proteger crianças e mulheres. 

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O Atlas usou as redes sociais para lamentar o ocorrido e disse que "o futebol deve ser um aliado para promover valores e diversão para a família. Solicitamos às autoridades investigar a fundo e chegar às últimas consequências. Que se aplique toda a força da lei".

O governador de Querétaro, Mauricio Kuri, também condenou os atos de violência. "Dei instruções para aplicar a lei com todas as suas consequências. Em Querétaro não há impunidade", disse. 

Em visita ao México nessa quarta-feira (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que líderes mundiais trabalhem pelo fim da guerra na Ucrânia. O petista discursou em um encontro de lideranças do partido de esquerda mexicano Morena, ao qual o presidente López Obrador é filiado. "Governantes, baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução", disse o provável candidato do PT ao Planalto.

Adotando tom de campanha, o líder petista afirmou que não se sente velho porque tem uma "causa" para viver. Ele tem 76 anos e, se eleito, poderia ficar no poder até os 84. Embora diga com frequência que ainda não decidiu se de fato vai concorrer à Presidência, ele fez promessas para um eventual novo governo: "vou recuperar a democracia e a dignidade para o povo brasileiro".

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O ex-presidente tem aproveitado a viagem ao México para fazer críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e reforçar seu nome como alternativa ao mandatário. Em entrevista publicada nesta terça-feira (1º), pelo jornal La Jornada, ele disse ter convicção de que a "antipolítica" do atual presidente será derrotada nas urnas em outubro.

Lula culpou as "elites" brasileiras pelo surgimento da mencionada "antipolítica", que, segundo ele, seria uma resposta aos avanços sociais obtidos em seu governo. "Esse governo desastroso, que é resultado direto do sentimento antipolítica que as elites plantaram no Brasil, será derrotado este ano nas urnas", afirmou.

O ex-presidente também disse à publicação que o Brasil está sendo "destruído" e classificou a gestão federal como "um governo que não governa, que se concentra em mentiras e não respeita absolutamente nada".

Lula viajou ao México acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, dos ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante e do senador Humberto Costa. Na agenda, encontros com políticos mexicanos, incluindo deputados, senadores e o próprio presidente Obrador, além de líderes do Morena. Segundo Gleisi, a pauta das reuniões é o "fortalecimento das relações latino-americanas".

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