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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou hoje ser contrário à comercialização de bebidas alcoólicas em jogos de futebol. A proposta de liberar a venda e o consumo em bares e restaurantes dentro dos estádios está no relatório do deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto que trata da Lei Geral da Copa. "Sou totalmente contra a essa brecha da Lei da Copa que diz que bebida alcoólica poderá ser vendida dentro dos estádios de futebol", disse o ministro durante audiência de uma subcomissão da Câmara que discute o consumo de bebidas.

A posição de Padilha é oposta a do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que participa de uma audiência da comissão de Turismo e Desporto. Aldo afirmou que, seguindo esse caminho, em breve as bebidas poderão ser barradas do carnaval e da sociedade. Questionou ainda por que não se pode vender bebidas em jogos, mas se permite o comércio em outro tipo de evento. "Em um estádio de futebol durante uma partida não pode ter bebida e no show da Madonna pode ter?", questionou Rebelo.

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O ministro do trabalho da França, Xavier Bertrand, afirmou hoje que o país deve divulgar amanhã dados que revelarão um aumento do desemprego no país. À rádio RTL, Bertrand declarou que o cenário do mês de outubro "não será bom" e acrescentou que o desemprego foi maior do que no mês anterior. Entretanto, o ministro se recusou a dar mais detalhes sobre números específicos. As informações são da Dow Jones.

O ministro chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, evitou hoje polemizar sobre a reunião do PDT para discutir as condições de Carlos Lupi continuar no cargo de ministro do Trabalho. Segundo Carvalho, "Lupi continua ministro e a vida segue para nós". O assunto, segundo ele, está encaminhado.

Carvalho contou que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, no encontro que teve com ele ontem, disse que o partido ia apoiar o ministro Lupi, assim como a continuidade do PDT no governo.

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Ele acrescentou que, na conversa que manteve com Paulinho, o deputado não falou em nenhum momento da disposição do PDT em trocar Lupi para garantir a permanência do partido na reforma ministerial. "A posição do Paulinho foi ao contrário". Lembrado do fato de que o partido está rachado, Carvalho declarou: "Não há nenhuma posição formal do partido".

Ele argumentou que o governo é presidencialista e que as decisões deste tipo de regime são tomadas pelo presidente da República. "Primeiro, não estamos num parlamentarismo. Segundo, não há manifestação formal do PDT de se retirar da base aliada. Pelo contrário, há uma reafirmação e a atitude deles é muito nobre de reafirmar o apoio ao governo".

O ministro reiterou que Lupi continua à frente da pasta e disse que "nós precisamos é de produzir, é de trabalhar. É o que nós queremos". Questionado sobre o ânimo da presidente Dilma sobre esse assunto, Carvalho respondeu: "ela segue tranquila e ela sempre está preocupada com tudo. Mas não há nenhuma novidade no ânimo dela nesta questão".

Lula

Gilberto Carvalho disse estar confiante na recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carvalho, que esteve com Lula na segunda-feira, disse que conversou ontem com a ex-primeira dama Marisa Letícia e que havia sido decidido que Lula passasse mais uma noite no hospital para se recuperar da segunda sessão de quimioterapia.

"Nesse tipo de doença, a condição espiritual de ânimo é fundamental", disse Carvalho, lembrando que Lula está com "muita vontade de se recuperar e tem sido muito forte". "Ele está com muita vontade de voltar logo (para suas atividades)".

Em que pese a questão social em que a falta de atividade esportiva regular torna crianças e adolescentes mais vulneráveis a descaminhos, Aldo Rebelo vê nisso uma preocupação suplementar. Na  verdade, diz ele, “a prática do esporte tem um objetivo mais elevado, que é educar e formar a criança de maneria mais completa, de abrir seus horizontes”.

Como o ministro se ressente da falta de infraestrutura nas escolas para o esporte, ele acredita que um dos caminhos para suprir essa lacuna é a promoção de jogos que possam despertar na criança o interesse pelos esportes. Por isso, o ministério tem se empenhado, segundo Rebelo, na organização das Olimpíadas Escolares, e agora, também, dos Jogos dos Povos Indígenas, que vão começar amanhã (5) na Ilha Real, município de Porto Nacional, no Tocantins.

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De acordo com números divulgados pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, organizador dos Jogos, mais de 1,4 mil atletas de 38 etnias participarão da competição, que envolve práticas esportivas comuns a todas as tribos e outras com participação parcial, além de atividades esportivas que não são de origem indígena, como futebol, que são bem aceitas por eles.

Aldo Rebelo entende que além do caráter propriamente esportivo, os Jogos Indígenas, que ocorrem de dois em dois anos, são também uma celebração cultural, uma forma de os indígenas cultivarem suas tradições e protegerem a identidade de seus povos. O ministro disse que Marcos Terena, diretor do Conselho Intertribal, levantou a hipótese de internacionalizar os jogos indígenas. Ele gostou da ideia e prometeu que, como ministro do Esporte, fará o possível pela concretização do torneio internacional. Garantiu também que “o Brasil acolheria com muita simpatia e honra” a realização dos primeiros jogos indígenas em caráter internacional.

 

São Paulo - De acordo com boletim médico divulgado hoje (4) pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é "muito bom" o estado de saúde do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, de 56 anos. Ele foi internado na terça-feira, após sentir forte dor de cabeça. “Seu estado clínico e neurológico é muito bom”, informou o hospital por meio de boletim. O ministro continua recebendo medicação e se submete a sessões regulares de fisioterapia.

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No dia 14 de outubro, Mendes Ribeiro foi operado para retirar um tumor no cérebro. A nova internação do ministro aconteceu uma semana após receber alta. Os médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Marcos Stávale, Paulo Hoff e David Uip coordenam a equipe médica que acompanha o ministro no hospital.

No cargo há cerca de três meses, Mendes Ribeiro assumiu o ministério em meio a uma série de denúncias de irregularidades envolvendo o antecessor, Wagner Rossi, que pediu demissão.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, voltou a ser internado ontem, em São Paulo. Segundo boletim médico divulgado esta tarde pelo Hospital Sírio-Libanês, ele deu entrada no hospital para exames de rotina. "Com o objetivo de reforçar os pontos de uma das suturas, o paciente foi internado em um apartamento para receber medicamentos e antibióticos", diz o comunicado. No mês passado, o ministro passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro no mesmo hospital. Ele teve alta em 22 de outubro.

Ainda de acordo com o boletim médico, o ministro passa bem mas deve permanecer internado por mais alguns dias. As equipes que o acompanham são coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Marcos Stávale, Paulo Hoff e David Uip.

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"Não vamos permitir que qualquer país venha a mandar lixo hospitalar para o Brasil", afirmou hoje o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi a primeira declaração pública do ministro sobre a apreensão, nas últimas semanas, de contêineres em Pernambuco com toneladas de lençóis e outros tecidos usados provenientes de hospitais dos Estados Unidos. Segundo ele, a prática é ilegal e os responsáveis serão "severamente punidos.

O ministro avaliou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teve "papel correto", detectando o problema e acionando a Polícia Federal (PF), que investiga o caso. Padilha disse que a vigilância nos portos foi reforçada e que a Anvisa está esclarecendo "muito bem" quais são as regras que caracterizam lixo hospitalar, orientando as vigilâncias estaduais.

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O ministro ressalvou que é importante "não misturar o que ocorreu, esse lixo hospitalar ter vindo de fora para o Brasil, com outras situações que não são lixo hospitalar". "Hospitais às vezes doam os seus lençóis limpos que não são lixo hospitalar para instituições, ou mesmo vendem", disse.

Padilha participou, no Rio, do encerramento da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Após três dias de reuniões e palestras, com a participação de representantes de 120 países, chegou-se a um documento batizado de Declaração do Rio. Representantes de organizações não-governamentais do setor criticaram o resultado, considerado tímido. David Sanders, de uma entidade da África do Sul, reclamou, dizendo que a declaração não abordava a questão do mercado. Foi um dos mais aplaudidos.

"Construir um consenso com mais de 120 países é um grande esforço", disse o ministro. "A Declaração foi um passo importante, que dá algumas mensagens para o mundo. Primeiro, reafirma que saúde se faz com políticas sociais e econômicas que reduzem a desigualdade. Segundo, quando afirma que o acesso a medicamentos tem que ser uma prioridade e o interesse da saúde pública deve estar acima de qualquer interesse econômico. Terceiro, quando diz que se enfrenta a crise econômica ampliando políticas sociais ", acrescentou Padilha.

O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, reafirmou a defesa brasileira da flexibilização de patentes de medicamentos. O ex-ministro José Gomes Temporão, coordenador-executivo Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (ISAGS), braço da Unasul, destacou o fato de os países reunidos concordarem com a visão de que "saúde não é medicina, não é hospital", "é política e socialmente determinada". "As ONGs têm uma visão crítica, muitas acharam que a carta teria que ser mais radical. Ótimo. Há que se entender as limitações de uma carta com que todos os países concordem. O Brasil defendeu posições mais avançadas, não foi possível. Por outro lado, é muito importante que ONGs tenham colocado com clareza aqui que existem outras visões", disse.

Brasília – A cirurgia de retirada de um tumor no cérebro do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ocorreu sem problemas, informou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com comunicado divulgado há pouco, o ministro recupera-se na unidade de terapia intensiva (UTI) dentro das expectativas médicas.

A operação ocorreu na manhã de hoje (15). Segundo o hospital, os médicos ainda avaliarão o resultado da cirurgia para definir as etapas seguintes do tratamento. “A cirurgia transcorreu sem intercorrências e alcançou plenamente seus objetivos. Os médicos aguardam resultado de avaliação anátomopatológica para definição de condutas subsequentes”, destaca a nota enviada pelo hospital.

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O ministro está sendo acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Milberto Scaff e Marcos Stávale. Segundo o Ministério da Agricultura, Mendes Filho deverá ficar afastado por pelo menos dez dias. Até o retorno, o secretário executivo José Carlos Vaz assume a pasta interinamente.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (12) que a universalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) faria da prova um melhor  indicador da qualidade do ensino. Atualmente o exame é voluntário. O Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, prevê que o Enem se torne um componente do currículo e, portanto, obrigatório.

No ano passado, 56% dos concluintes do ensino médio fizeram a prova. Outras avaliações aplicadas pelo Ministério da Educação, como a Prova Brasil, são universais.

“Seria uma atividade obrigatória para a conclusão dos estudos. Não significa que o estudante precisaria atingir uma nota específica, mas a mera participação [seria suficiente]. Seria como o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] em que todos os alunos são convocados a fazer a prova e obrigados a participar”, disse.
Haddad avaliou que “ainda nesta década” o Enem deve acabar com os vestibulares. Desde 2009, a prova passou a ser usada como critério de seleção por parte das universidades públicas, o que fez crescer o número de inscritos no exame. Para o segundo semestre de 2011, foram oferecidas 26 mil vagas em 48 instituições públicas de ensino superior, por meio do Enem, no Sistema de Seleção Unificado (Sisu).

“Vai ser natural esse movimento das universidades de abrirem mão de algo que não diz respeito a elas [cuidar dos exames de seleção]. Em lugar nenhum do mundo é assim. A evolução tem sido muito boa e nosso prognóstico é que a cada ano haverá mais vagas para ingresso no Sisu e no ProUni [Programa Universidade para Todos]", disse Haddad.

O Bureau Político do Partido Comunista Cubano anunciou que o ministro da Defesa da Cuba, Julio Casas Regueiro, morreu neste sábado aos 75 anos, depois de um ataque cardíaco. Seu corpo foi cremado.

Casas era ministro da Defesa cubano desde 2008, quando o então titular da pasta, Raúl Castro, foi eleito presidente. As informações são da Dow Jones.

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a negar hoje que tenha pegado carona em aviões de empresários do Paraná em troca da liberação de obras no Estado. Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, o ministro novamente foi confrontado pelos parlamentares da oposição acerca das denúncias de tráfico de influência durante sua gestão no Ministério do Planejamento.

A pedido dos oposicionistas, a pauta da reunião foi invertida, para que Bernardo preste esclarecimentos sobre as denúncias antes da discussão sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e o PL 116, aprovado este mês pelo Senado, que abre o mercado de TV a cabo para as teles e reduz as limitações de capital estrangeiro nas empresas de TV paga.

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Em resposta ao senador Aloyzio Nunes (PSDB-SP), Bernardo voltou a argumentar que o Contorno Viário de Maringá - obra sobre a qual recaem as denúncias de favorecimento à empreiteira Sanches e Tripoloni - foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a pedido de parlamentares da região, independentemente de seus partidos. "O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi o primeiro a assinar o pedido. Eu quero entender como é que eu passo a estar sob suspeita por ter liberado o recurso", afirmou o ministro.

Segundo ele, a decisão de incluir empreendimentos no PAC é tomada por um colegiado de ministros. "Nunca aceitei carona para liberar obras. Nunca vai aparecer alguém que diga que o Paulo Bernardo pediu para incluir obra. Era justamente o contrário, eu sempre jogava na retranca", completou.

O ministro voltou a admitir que pegou caronas por diversas vezes em aviões de pequeno porte - e não em jatinhos - alugados pela campanha da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao Senado. Bernardo, porém, manteve a versão de que não conhece os proprietários e nem os prefixos das aeronaves utilizadas pela esposa durante o período. Segundo ele, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode liberar maiores informações sobre esses voos.

O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira, oficialmente, o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) para o comando do Ministério da Agricultura, em substituição a Wagner Rossi. Nota oficial, assinada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informa que "por solicitação da presidente da República, Dilma Rousseff, que está em viagem, informo que o deputado federal Mendes Ribeiro assumirá o cargo de ministro da Agricultura".

A nota prossegue afirmando que "a oficialização do convite ocorreu na manhã de hoje em conversa da presidenta com o deputado" e acrescenta que "ao retornar de viagem, amanhã à tarde, em Brasília, a presidenta terá sua primeira reunião com o novo ministro". Nesta manhã, Mendes Ribeiro esteve no Planalto conversando com Gleisi Hoffmann.

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O processo de escolha do sucessor de Wagner Rossi foi concluído por volta de meia-noite desta quarta-feira, quando Dilma já havia aceito a indicação e formalizado o convite.

O nome de Mendes Ribeiro foi definido pela cúpula do PMDB, que se reuniu ontem à noite no gabinete da vice-presidência. Em seguida, o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), levou a indicação ao conhecimento dos deputados no gabinete da liderança na Câmara. Parte da bancada irritou-se por não ter sido consultada previamente. Alguns deputados, como Danilo Forte (PMDB-CE) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), chegaram a defender que o PMDB deixasse a base governista, como fez o PR. "Ficam nos humilhando por causa desses ministérios medíocres", criticou Danilo Forte.

Mendes não tem experiência na área de agricultura. No entanto, é próximo a Dilma, que o nomeou líder do governo. A escolha de Mendes Ribeiro resolve várias equações políticas com a saída de Rossi, que era apadrinhado por Temer. Em primeiro lugar, abre vaga na Câmara para o suplente de Mendes, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Padilha é amigo de Temer e integrante da Executiva do PMDB. Além disso, a vaga do ministério continua com o PMDB da Câmara. Por último, a escolha de Mendes reabre a vaga de líder no Congresso, que será negociada. O PMDB do Senado estava de olho no cargo. Um dos candidatos para o posto era o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, divulgou uma nota neste sábado negando envolvimento com Júlio Fróes, apontado por reportagem da revista Veja como um lobista que teria sala no prédio onde funciona a pasta e atuaria para liberar verbas e corromper servidores. Rossi pedirá que a Controladoria Geral da União (CGU) investigue os contratos apontados pela revista como suspeitos e anunciou que os funcionários citados serão ouvidos em procedimento disciplinar.

A reportagem da revista afirma que Fróes redigiu um documento usado como base para o Ministério contratar sem licitação por R$ 9,1 milhões a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A entidade tinha o lobista como representante e após conseguir o contrato ele teria dado pastas com dinheiro a funcionários que o tinham ajudado no processo. A revista diz ainda que Fróes pediu uma "gratificação" de 10% a uma gráfica para que esta conseguisse renovar um contrato com o ministério. O lobista negou as acusações e chegou a agredir o repórter da Veja, que registrou boletim de ocorrência em Brasília.

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Na reportagem, o próprio lobista se descreve como amigo de Rossi. O ministro nega com veemência. "Nunca participei de reunião com este senhor. Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança", diz Rossi na nota.

O ministro destaca as medidas tomadas e garante que a pasta está de acordo com "boas práticas administrativas e de controle interno". Nega ainda que tenha cometido qualquer ilegalidade nos casos citados pela revista. "Não fui, não sou e não serei conivente com qualquer tipo de desvio".

Em manifestação anexa ao pronunciamento do ministro, a pasta dá detalhes sobre o contrato fechado com a Fundação São Paulo. A justificativa para a dispensa de licitação é que a entidade atua nas áreas de pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional. O convênio é para a capacitação de 12 mil servidores. Segundo informa o ministério, até julho deste ano foram atendidos 6.560 funcionários da pasta e a Fundação já recebeu R$ 5,2 milhões. A nota afirma que este contrato já foi auditado pela Controladoria Geral da União.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que não cabe aos militares gostar ou não da indicação do ex-chanceler Celso Amorim para ocupar o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim. Lula fez essa declaração ao ser questionado se Amorim conseguirá desempenhar um bom trabalho à frente da pasta, uma vez que militares já manifestaram insatisfação com a escolha. "Não cabe aos militares gostar ou não gostar de uma indicação da presidenta da República. Temos que aprender a trabalhar para depois ver se vai dar certo ou não", afirmou, em Bogotá.

Perguntado se o número de ministros demitidos não é grande para o pouco tempo de governo da presidente Dilma Rousseff, Lula respondeu que é sempre um sofrimento a tomada de decisão para demitir um colaborador. E lembrou, contudo, que em período eleitoral, por exemplo, alguns ministros entram na sala do presidente com a carta de demissão nas mãos para deixar o cargo, sem saber se este é o desejo do mandatário, sob a alegação de que o "dever à pátria" os chamam.

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Lula não quis entrar na discussão sobre o motivo que levou Dilma a demitir Jobim, mas entende que a escolha de Celso Amorim foi acertada. "Eu não sei o que aconteceu com o ministro Jobim, mas eu penso que quando se analisa a competência intelectual e o trabalho, não tem pessoa igual ao Amorim no Brasil", disse, lembrando que, se a Dilma convidou Amorim, é porque ela sabe que o ex-chanceler tem condições de fazer um bom trabalho, e se Amorim aceitou o cargo, é porque ele sabe que pode fazer um bom trabalho.

Lula fez essas afirmações em rápida entrevista a jornalistas brasileiros após proferir palestra no evento Nutrição Infantil para Prosperidade de Todos, realizado pela Fundação Êxito, organização não-governamental que trabalha no combate à desnutrição de crianças colombianas. (O repórter viajou a Bogotá a convite da Proexport, Agência de Promoção do Turismo, Investimento e Exportação do Ministério do Comércio e Indústria e Turismo da Colômbia)

Por orientação da presidenta Dilma Rousseff, o vice-líder do governo na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), levou aos partidos oposicionistas a proposta de que todos os ministros envolvidos em denúncias irão à Casa prestar esclarecimentos sem precisarem de requerimentos de convocação. O acordo, anunciado na reunião de líderes partidários, teve a chancela do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).

Na segunda-feira, Dilma avisara os aliados que as denúncias de corrupção nos ministérios comandados pela base terão de ser tratadas no Congresso. É a nova estratégia para tirar do colo da presidenta a necessidade responder cotidianamente por irregularidades no governo e reservar a Dilma uma agenda positiva.

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Na nova estratégia palaciana, o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, tomou a dianteira. O ministro Wagner Rossi comparecerá hoje à Comissão de Agricultura da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a denúncia feita por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que há um esquema de corrupção na pasta. Outra audiência nos mesmos moldes deve ocorrer nas próximas semanas no Senado.

A tática peemedebista foi acertada em reunião entre Temer e caciques do partido. O PMDB quer mostrar união em defesa da legenda e rebater logo as suspeitas de corrupção, para evitar uma "faxina" nos moldes da ação em curso no Ministério dos Transportes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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