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Unidos para tentar manter o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) preso na votação na Câmara dos deputados, os partidos da minoria/oposição definiram que vão fazer uma representação coletiva contra o parlamentar, que foi preso em flagrante nesta terça-feira (16) depois de publicar um vídeo atacando ministros do STF. 

Em nota, publicada nas redes sociais do petista, deputado federal do Ceará, José Guimarães, ele afirma que PT PSB, PDT, PCdoB, PSOL e REDE entendem que Daniel Silveira "quebrou o decoro" com os ataques e que todos deputados que integram os partidos irão votar pela continuação da prisão de Daniel Silveira que será apreciada pelo congresso. O STF nesta quarta-feira, 17, decidiu manter o parlamentar preso. 

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Além disso, a nota também cita que espera a apreciação da representação no Conselho de ètica e  aborda outros pontos como a tentativa de sustar o decreto do presidente Jair Bolsonaro que facilita o acesso a mais armas de fogo e ainda ressalta que nesse momento o foco é na ‘vacina’.

Através de sua conta no Twitter, o deputado José Guimarães (PT-CE) anunciou uma articulação de partidos de oposição que são minoria no Congresso Nacional (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e REDE) para fazer uma representação coletiva contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), alegando quebra de decoro parlamentar. 

A reunião dos partidos, que terminou com a decisão pela representação, foi realizada na manhã desta quarta-feira (17). O deputado teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes na última terça (16) no âmbito do inquérito das fake news após divulgar um vídeo com discurso de ódio contra membros da corte. Já nesta quarta-feira (17) o STF votou por unanimidade pela manutenção de sua prisão, que está repercutindo fortemente em Brasília. 

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“O processo deve ser analisado de forma célere no Conselho de Ética e posteriormente no plenário da Câmara - As nossas bancadas se posicionarão pela manutenção da prisão do deputado infrator e reforçamos a importância do voto aberto nesta questão”, escreveu o deputado José Guimarães, ainda sobre a aliança da oposição contra o bolsonarista preso.

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Outras decisões

José Guimarães também anunciou que a oposição apresentará, coletivamente, um projeto para suspender os novos decretos de Bolsonaro que facilitam a compra de armas de fogoAlém disso, o deputado também alega que outras pautas de prioridade máxima da minoria no momento são “vacina para todos e prorrogação do auxílio emergencial já!”. 

Histórico de Polêmicas 

Daniel Silveira tem 38 anos, foi eleito pelo PSL do Rio de Janeiro, estado onde nasceu, no município de Petrópolis. Em sua conta do Twitter, se descreve como "Policial militar, conservador, bacharelando em direito, deputado federal, totalmente parcial e ideológico". 

Documentos divulgados pelo site de notícias The Intercept revelam que, quando era policial, Daniel Silveira sofreu vários dias de detenção, prisões, sanções disciplinares, repreensões e advertências.

Já na política, esteve ao lado de Wilson Witzel, governador afastado do estado, e do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que quebrou a placa que fazia homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco.

Em 2019, a mesma dupla de deputados entrou sem autorização no Colégio Dom Pedro II para fazer uma "inspeção" em nome da "Cruzada da Educação", entre outros escândalos em seu "currículo". 

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A investida da Justiça Eleitoral para ampliar a participação feminina nas eleições não alterou a ampla predominância de homens nas direções nacionais dos partidos. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que em 19 das 30 siglas que elegeram deputados federais em 2018 as mulheres representam menos de 1/3 da composição da executiva nacional.

O levantamento foi feito com base em documentos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nos sites dos partidos. As legendas com maior representação feminina nas suas direções nacionais são o PT - que é presidido pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) -, com 13 mulheres entre 28 integrantes (46%), e o PSOL, com 8 de 19 nomes (42%).

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Já a legenda com a cúpula mais "masculina" é o PSD, do ex-ministro Gilberto Kassab: são duas mulheres em um total de 34 dirigentes (6%). O DEM, partido que tem três ministérios no governo e preside o Senado e a Câmara dos Deputados, vem logo depois: são três mulheres em um total de 38 integrantes (8%). O MDB, do ex-presidente Michel Temer, tem duas mulheres entre os seus 21 dirigentes nacionais (11%).

No PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, são 35 mulheres em um total de 101 dirigentes nacionais (35%), de acordo com o TSE. O PP, que tem a terceira maior bancada na Câmara, tem onze mulheres entre os 100 integrantes de sua direção executiva (11%).

Além do PT, apenas três partidos com representação no Congresso têm presidentes mulheres: Luciana Santos, do PCdoB, Laís Garcia, que divide o cargo de porta-voz da Rede com um homem, e a deputada federal Renata Abreu (SP), do Podemos.

Apesar dos exemplos, a reportagem identificou que, na maioria das legendas, as mulheres estão em postos de menor relevância, geralmente em pastas temáticas e sem acesso a amplos recursos ou a decisões do dia a dia. Nos partidos, a explicação recorrente é de que existe uma baixa adesão de mulheres à política.

"O número de mulheres que procura a política é menor que o de homens. Enfrentamos dificuldades para ter candidatas. Meu marido, por exemplo, não gosta de ficar longe da esposa três vezes por semana em Brasília", disse Renata Abreu, líder do Podemos. Ela afirmou que seu partido, uma das maiores forças do Senado, planeja fazer alterações em seu estatuto para que todos os diretórios tenham pelo menos 30% de mulheres em suas executivas.

O presidente nacional do Partido Verde, José Luiz Pena, considera "lamentável" que o porcentual de mulheres nas cúpulas partidárias seja tão baixo. "Há um interesse menor das mulheres, além do machismo atávico da nossa sociedade", afirmou o dirigente. O PV tem 18 mulheres entre os 60 membros da executiva.

Para Flávia Biroli, presidente da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e professora da Universidade de Brasília (UnB), a sub-representação das mulheres é estrutural. "Quando você olha as trajetórias dos políticos e das políticas, é muito frequente que o homem tenha sido secretário no município, prefeito, deputado estadual, depois deputado federal ou governador. Com as mulheres, você olha para as secretarias e esse elo é menor. Por que as mulheres não são indicadas pelos partidos para as secretarias? A maioria dos partidos nunca assumiu o compromisso", disse a professora.

Segundo ela, outro problema é o fato de a reserva de vagas para candidaturas de no mínimo 30% ser vista quase como um teto, e não um piso. "Para mudar a situação, a melhor maneira seria reservar assentos nos espaços legislativos."

Taxa

O Movimento Transparência Partidária detectou em um levantamento que, de 2008 a 2018, a taxa de sucesso de mulheres em eleições foi de 6%, ante 18% dos homens. Também identificou que o número de mulheres filiadas avançou de 5,5 milhões em 2008 para 7,4 milhões em 2018. Segundo a instituição, quatro em cada dez filiados são mulheres, mas isso não basta para dar força política às candidatas.

"São positivas as iniciativas que busquem ampliar a participação feminina na política, mas há uma discussão anterior: a participação delas nos cargos de direção partidária, que é esquecida no debate público", afirmou Marcelo Issa, presidente do Transparência Partidária.

"As mulheres ocupam poucos cargos de liderança. Eram apenas 20% dos dirigentes nos órgãos nacionais e isso aumentou de maneira tímida nos últimos dez anos. Há demanda e interesse crescentes das mulheres pela política, mas isso não se reflete na presença delas nas funções de direção nos partidos."

Ranking mundial

Dados da União Interparlamentar, organização que compara Parlamentos ao redor do mundo, indicam que o Brasil ocupa o 133º lugar no ranking mundial de presença feminina no Legislativo, atrás de países como Afeganistão, Paquistão e Arábia Saudita. Ruanda, Cuba, Bolívia e México lideram o ranking.

Em 2019, o número de mulheres na Câmara dos Deputados passou de 51 para 77 parlamentares - 15% do total de cadeiras. A média mundial é de 24,3%. Os Estados do Amazonas, Maranhão e Sergipe não têm representante feminina na Câmara.

Por outro lado, o maior Estado, São Paulo, elegeu uma recordista de votos. A deputada Joice Hasselmann (PSL), estreante na política e líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, foi a segunda parlamentar mais votada na Câmara dos Deputados. Com mais de um milhão de votos em 2018, Joice é a mulher mais votada na história da Casa.

Os primeiros lugares da disputa no legislativo federal também foram ocupados por mulheres no Acre, com Mara Rocha (PSDB), e no Piauí, com Rejane Dias (PT). Já o Distrito Federal elegeu em primeiro lugar Flávia Arruda (DEM) e foi a unidade da Federação que formou a maior bancada com maior proporção feminina: dos oito parlamentares, cinco são mulheres - o que representa mais de 63%.

No Senado, há hoje 12 senadoras para um total de 81 cadeiras (14,8%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes de partidos de oposição (PT, Psol e PCdoB) anunciaram nesta segunda-feira (10) obstrução total nas votações da Câmara dos Deputados, após a divulgação de mensagens atribuídas ao atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a membros da força-tarefa da Lava Jato pelo site de notícias The Intercept.

Em texto que acompanha a publicação das três reportagens divulgadas ontem, o Intercept Brasil sustenta que o teor das mensagens indica “comportamentos antiéticos e transgressões que o Brasil e o mundo têm o direito de conhecer”. Segundo o site, são “discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato.”

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Segundo a líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), partidos da oposição se unirão para inviabilizar todas as atividades na Câmara como forma de pressionar a adoção de medidas. Os parlamentares pedem a renúncia de Sergio Moro do cargo de ministro, o afastamento de procuradores da Lava Jato Deltan Dallagnol e Laura Tessler, além da perícia de telefones funcionais desses procuradores. “Iremos obstruir todas as pautas enquanto não forem tomadas providências. Não vamos votar nada até que medidas sejam tomadas”.

Uma nova reunião com líderes de partidos da oposição está marcada para esta terça-feira (11), na sede do PSB, em Brasília, às 10h30. Segundo Feghali, o grupo de parlamentares está procurando diálogo com deputados dos partidos de Centro e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Base aliada 

A Frente Parlamentar da Segurança Pública divulgou um manifesto em apoio aos procuradores da operação Lava Jato e ao ministro Sergio Moro. Assinado pelo coordenador da Frente Parlamentar, deputado Capitão Augusto (PL-SP), o documento afirma que não se pode deixar que a “operação, as instituições e seus membros, sejam enfraquecidos ou desmoralizados”.

“A divulgação de trechos atribuídos às autoridades públicas em vez de causar espécie diante da utilização de meios escusos, criminosos e violentamente contra a nossa Constituição para a sua obtenção, pasmem, ganhou destaque na mídia sob a insinuação de que os trechos livremente manipulados pelo duvidoso site dariam conta de pôr em cheque a credibilidade da operação e dos agentes públicos envolvidos”, diz o manifesto.

O documento ressalta ainda que a operação Lava Jato “é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o mundo já teve”. “O volume de recursos desviados, conforme apurado, está na casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de corrupção”, completa.

A minoria yazidi, à qual pertence Nadia Murad, que recebe nesta segunda-feira (10) o prêmio Nobel da Paz, tem sido uma das mais vulneráveis no Iraque, e foi particularmente afetada pelas atrocidades cometidas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Assim como milhares de mulheres e meninas de sua comunidade, Nadia Murad foi reduzida à condição de escrava sexual pelo EI em 2014, antes de conseguir escapar. Ela milita para que a perseguição contra os yazidis seja reconhecida como genocídio.

No mundo inteiro, os yazidis somam um milhão e meio, e um terço desta comunidade se encontra no Iraque. Outras comunidades estão estabelecidas na Turquia, na Geórgia e na Armênia, sem contar a diáspora no Ocidente, segundo o site do Vaticano.

Vivendo em cantos remotos das montanhas do Curdistão, os yazidis, comunidade de língua curda, seguem uma religião, cujas origens remontam ao mazdeísmo, nascido no Irã há quase 4.000 anos, e ao culto de Mitra. Com o tempo, incorporaram elementos do Islã e do Cristianismo.

Os yazidis oram a Deus em direção ao sol e veneram sete anjos, sendo o mais importante deles Melek Taus, ou Anjo-Pavão. Eles pronunciam suas orações em curdo e não têm nenhum livro sagrado.

A tradição yazidi proíbe o casamento fora da comunidade e até mesmo em seu próprio sistema de castas. As crenças e práticas dos yazidis - como a proibição de comer alface e vestir a cor azul - são considerados por seus críticos como satânicas.

Os muçulmanos ortodoxos consideram o pavão uma figura demoníaca, e os yazidis foram rotulados como "adoradores do diabo".

Como iraquianos não-árabes e não-muçulmanos, têm sido uma das minorias mais vulneráveis do país. Milhares de famílias fugiram do Iraque em razão da perseguição do governo de Saddam Hussein, em particular para a Alemanha.

A Constituição iraquiana de 2005 reconheceu o direito desta comunidade de praticar seu culto e reservou a ela assentos na Assembleia Nacional e no Parlamento autônomo curdo.

Em agosto de 2007, enormes caminhões-bomba destruíram quase inteiramente duas aldeias yazidis no norte do Iraque. Mais de 400 pessoas foram mortas nas explosões.

Em agosto de 2014, o destino dos yazidis mudou, quando o EI conquistou os arredores do Monte Sinjar, reduto desta comunidade no norte do Iraque. Em poucas horas, milhares de pessoas fugiram pelas montanhas áridas, procurando refúgio no Curdistão iraquiano. Outras centenas, talvez milhares, morreram no ataque, ou durante a fuga nas montanhas.

Segundo a Anistia Internacional, os jihadistas executaram homens e sequestraram centenas, talvez milhares, de mulheres, que foram vendidas como noivas para combatentes, ou reduzidas à condição de escrava sexual.

Dos 550.000 yazidis no Iraque antes da perseguição jihadista, quase 100.000 deixaram o país, e outros foram para o Curdistão.

Desde agosto de 2014, especialistas da ONU pediram à comunidade internacional uma ação urgente para impedir "um potencial genocídio" contra os yazidis. Em setembro de 2017, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução proposta pelo Reino Unido para ajudar o Iraque a reunir provas dos crimes atribuídos ao EI.

E, em agosto de 2018, os investigadores da ONU começaram a recolher no Iraque as provas dos massacres e de outras atrocidades cometidas pelo EI.

Além da minoria yazidi, dezenas de milhares de cristãos iraquianos, a maioria seguidores da Igreja Católica Caldeia, também fugiram em agosto, após a ofensiva do EI, que detém muitas cidades e vilas cristãs da planície de Nínive (norte).

Até 2050 a população britânica será composta por quase um terço de minorias étnicas caso se mantenha a atual tendência de crescimento, revela um estudo publicado nesta terça-feira (6) pelo centro de pesquisas Policy Exchange.

As comunidades negras e outras minorias étnicas se desenvolvem em um ritmo muito mais acelerado que a população branca e estão mudando radicalmente o rosto da Grã-Bretanha, destaca o estudo.

As cinco mais importantes destas comunidades - indiana, paquistanesa, bengalesa, negra africana e do Caribe - representam atualmente cerca de oito milhões de habitantes ou 14% da população total, segundo Policy Exchange.

A população com estas origens duplicou durante a última década, enquanto a branca se manteve estável. Se esta tendência persistir, a primeira representará entre 20% e 30% da população total em 2050.

A metade da população destas comunidades mora nas cidades de Londres, Manchester e Birmingham, segundo números oficiais citados no estudo. Entre estas comunidades, a taxa de desemprego é duas vezes superior à media do país, exceto pela minoria indiana, cujos membros tendem a ser melhor qualificados para o mercado de trabalho.

Os autores do estudo estimam que há "diferenças claras e importantes" entre as distintas comunidades, que deveriam ser levadas em conta pelo mundo político britânico.

O documento revela ainda que tais minorias têm a tendência de apoiar o Partido Trabalhista em detrimento dos Conservadores, do atual premier, David Cameron, independentemente da idade ou camada social de seus membros.

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