Tópicos | miséria

O ex-prefeito do Recife João Paulo, que tem tido uma atuação mais discreta após a derrota na eleição municipal de 2016, participou nesta quarta-feira (10) da vigília em defesa de Lula ao lado de nomes como o do deputado federal Silvio Costa (PTdoB) e da parlamentar Teresa Leitão (PT).

Ele declarou que Lula teve um “olhar para os pobres” garantindo a maior inclusão social da história do Brasil. “Depois de muito tempo de luta nós conseguimos colocar na presidência da República o primeiro filho do povo, o primeiro trabalhador na presidência da República, que governou esse Brasil com uma visão diferente”.

##RECOMENDA##

“Foi no governo do presidente Lula que nós tiramos quase 50 milhões da população pobre da condição de miseráveis. Foi o presidente Lula que levou esse Brasil a ser respeitado internacionalmente pelos governos dos Estados Unidos, da França, da Rússia e da China. Foi ele que elevou a autoestima, que levou escolas técnicas e que começou a executar o maior projeto hídrico da história do Brasil, que é levar ao semiárido brasileiro água e sabemos que água é vida”, continuou a defender.

João Paulo, em sua declaração final, falou sobre o governo Temer. “É importante que tenhamos a compreensão do que está por trás desse golpe. O que está por trás de tirar uma presidente eleita que vinha dando continuidade a um projeto de inclusão social. O que está por trás de todo esse processo de perseguição de um companheiro que resgatou a autoestima e a vida do povo brasileiro. Essa perseguição implacável a Lula e ao PT ela se dá em função dos interesses da elite nacional articulada com a elite internacional”.

O Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres pediu apoio urgente de US$ 2,7 bilhões para o plano de recuperação do Haiti, em três anos. O valor equivale à perda que o país sofreu depois da passagem do furacão Matthew, há seis meses, e representa 32% do Produto Interno Bruto  haitiano. O pedido foi feito na véspera da 5ª Plataforma Regional para Redução do Risco de Desastres nas Américas, que começa amanhã (7) em Montreal, no Canadá.

Segundo o representante especial das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, Robert Glasser, o que ocorreu no Haiti revelou "dados perturbadores" sobre os países menos desenvolvidos, que “não têm capacidade para responder adequadamente aos efeitos da mudança climática e ao aumento da intensidade e da frequência dos desastres relacionados ao clima".

##RECOMENDA##

Glasser disse que "apesar dos sistemas do governo para a proteção de civis terem evitado muitos óbitos, é inaceitável que mais de 600 pessoas tenham morrido por causa de um furacão previsto com antecedência".

Desastres arrasadores

A magnitude das perdas é suficiente para "arrasar qualquer economia". Além disso, o desastre aconteceu depois de dois anos de seca no país que afetou a segurança alimentar de um milhão de pessoas e do terremoto de 2011, que custou 120% do PIB.

Calcula-se que o Haiti tenha perdido, em média, 2% do seu PIB todos os anos, entre 1975 e 2012, devido a desastres relacionados ao clima.

O representante especial da ONU disse que, em 2012, mais de 58% dos 10,7 milhões de haitianos viviam com menos de dois dólares e 40 centavos por dia e um quarto da população vivia na extrema pobreza, com menos de um dólar e 23 centavos diários.

Da ONU News

Milhares de civis e rebeldes enfrentam a fome e o frio, enquanto aguardam a retomada das operações de retirada dos últimos redutos controlados pelos insurgentes em Aleppo, na Síria. Um deputado da oposição afirmou hoje (17) que um novo acordo para a evacuação havia sido negociado, mas as autoridades do regime sírio não confirmaram a informação.

Pelo menos 40 mil civis e entre 1.500 e 5 mil combatentes com suas famílias continuam cercados no ponto rebelde da segunda maior cidade síria, de acordo com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.

##RECOMENDA##

No bairro de Al-Amiriyah, controlado em parte pelos insurgentes, e de onde começa o périplo da população a ser evacuada, milhares de pessoas, entre elas crianças, passaram a noite de sexta-feira para sábado em meio às ruínas dos imóveis. Durante a madrugada, a temperatura no local atingiu 6 graus negativos.

Os moradores estão sem água potável e alimentos e muitos deles sobrevivem comendo tâmaras. Segundo um correspondente da agência Agência France Presse, muitos moradores queimaram seus pertences para evitar que sejam tomados pelas forças do regime de Bashar Al-Assad.

Regime acusa rebeldes

Na sexta-feira, o exército sírio suspendeu a retirada acusando os rebeldes de não "respeitarem as condições do acordo". Uma fonte militar afirmou que os insurgentes tinham "aberto fogo e mostrado disposição de sacar suas armas e fazer moradores como reféns".

Um comboio com cerca de 800 pessoas evacuadas teve que dar meia-volta pelas milícias xiitas pró-regime.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (Osdh), desde quinta-feira, cerca de 8.500 pessoas, sendo 3 mil combatentes, foram retiradas dos territórios controlados pelos rebeldes no oeste de Aleppo.

O diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, indicou outro motivo pela suspensão da operação. Segundo ele, a decisão se deve a um bloqueio por parte dos rebeldes para a retirada de feridos dos vilarejos xiitas Foua e Kafraya na província de Idleb, cercados pelos insurgentes.

"A evacuação deverá ser retomada em Aleppo ao mesmo tempo em que forem retirados de Foua e Kafraya cerca de 4 mil pessoas, entre elas feridos, seus familiares, civis e órfãos", disse Rahmane.

O acordo foi confirmado por um dos responsáveis pelo grupo islâmico Ahrar al-Cham, encarregado das negociações. "Nós estamos trabalhando para uma retomada das operações. Haverá retiradas em Foua e Kafraya, assim como em Madaya e Zabadani. Todos os moradores de Aleppo e os combatentes poderão partir", garantiu Al-Farouk Abou Bakr.

Da Rádio França Internacional

A Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) lamentou, neste domingo, as condições desumanas do campo improvisado de Idomeni, onde mais de 14.000 refugiados esperam a reabertura da fronteira entre Grécia e Macedônia, fechada há uma semana.

"A miséria humana chegou a ponto máximo na Europa. As condições em Idomeni são desumanas", disse à AFP o porta-voz do Acnur Babar Baloch.

"Dificilmente se pode imaginar até que ponto se deteriora a situação todos os dias com a chuva. As pessoas sofrem", acrescentou.

Cerca de 12.000 imigrantes e refugiados se amontoam no acampamento de Idomeni, segundo dados oficiais publicados pelas autoridades gregas. Outros 2.000 também estariam acampados nos arredores, segundo ONGs.

As condições de higiene são particularmente ruins, os banheiros estão inundados, e dezenas de crianças tiveram de ser hospitalizadas nos últimos dias pelo frio, por problemas respiratórios e por outras questões de saúde.

Uma garota síria de nove anos foi internada em Tessalônica com hepatite A, anunciou o Centro de Prevenção de Doenças (Keelpno), acrescentando que seu prognóstico é "estável".

Dadas as péssimas condições, centenas de refugiados começaram a voltar para Atenas, onde são dirigidos para abrigos, ou para hotéis. Novos grupos de refugiados chegam todos os dias a Idomeni com a esperança de que a fronteira seja reaberta.

Neste domingo, um grupo de 200 refugiados - formado por famílias sírias e iraquianas com seus filhos - voltou a se manifestar na entrada de Idomeni, pedindo a abertura da fronteira.

O Ministério de Política Migratória distribui, diariamente, entre os imigrantes folhetos em árabe, pashtun e farsi, solicitando-lhes que "cooperem com as autoridades gregas para serem transferidos para centros de acolhida" longe da fronteira.

"Esperamos que as autoridades gregas ajam rapidamente neste sentido porque ficar aqui, mesmo que seja um minuto a mais, não é uma opção", completou Babar Baloch.

Muitos se negam, porém, a deixar Idomeni, esperando que, na cúpula europeia de 17 de março, sejam tomadas decisões a seu favor, e as fronteiras, reabertas.

Dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que, entre 2012 e 2013, o número de pessoas que vivem na extrema pobreza no País teria aumentado em 0,4 ponto porcentual, passado de 3,6% da população para 4%. Os números, recolhidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostram que subiu em cerca de 370 mil pessoas a quantidade de quem vive com menos de R$ 70 por dia. O governo, no entanto, diz que a diferença está dentro da margem de erro e não mostra uma tendência. O aumento é o primeiro desde que o Ipea iniciou a série histórica para esses dados, em 2004.

Os dados não chegaram a ser divulgados pelo governo, mas estão no site do Ipea na internet. Uma última atualização foi feita no último dia 31, mas o governo alega que estavam publicados desde 19 de setembro. Em outubro, o diretor de políticas sociais do instituto colocou o cargo à disposição depois que uma decisão da presidência do órgão proibiu a divulgação de pesquisas durante o período eleitoral. O jornal O Estado de S. Paulo perguntou nesta quarta-feira ao Ipea se essa decisão também foi tomada em anos anteriores, mas não recebeu resposta.

##RECOMENDA##

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou que é "absurda" e "injusta" a acusação de que o governo teria segurado dados por causa da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Os dados são públicos. Nós temos acesso no mesmo momento que vocês. Qualquer cidadão, qualquer pesquisador que conheça um pouco de estatística pode fazer a conta", disse. "Não virou notícia antes porque não houve aumento."

O governo atribui a diferença a uma flutuação estatística, uma diferença na amostra, dentro da margem de erro do levantamento. "Não é correto afirmar que houve aumento", garantiu a ministra. "Se olharmos com cuidado vamos ver que o desemprego caiu, as ações do Brasil sem Miséria chegam fortemente nesse público. Nenhum outro elemento factual ou dado econômico permite supor que houve aumento." Apesar de estar dentro da margem de erro, o pequeno aumento é o primeiro desde que o Ipea iniciou a série histórica para esses dados, em 2004. No ano anterior, o País registrava 23,2 milhões de pessoas na extrema pobreza. Desde então, a queda foi contínua - 60% no acumulado de oito anos, até 2012. O primeiro movimento contrário teria sido no ano passado. A ministra afirmou que, quando se chega a números tão baixos, é normal que as amostras registrem pequenas variações.

SAE

O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, tentou desqualificar o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira, que diz que o número de brasileiros em condição de extrema pobreza voltou a subir em 2013, passando de 10,08 milhões de miseráveis em 2012, para 10,45 milhões um ano depois, um aumento de 3,7%. "Foram dados, que inclusive não são dados oficiais, que foram levantados pelo Ipea, que não tem esse poder de dar o dado oficial de pobreza ou de extrema pobreza da Nação", afirmou Neri, irritado, rebatendo estes números com outros dados também não oficiais, mas favoráveis ao governo.

"E o que eu digo é o seguinte: os dados das duas últimas Pnads (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são muito bons. Eles mostram avanço da renda per capita de 5,5% real, já descontada a inflação, já descontado aumento da população, e foi um dado muito bom". Para ele, a imprensa está focando um dado específico que representa "fatores temporários" e não reflete a realidade.

O ministro negou ainda que o governo tenha escondido este dado social considerado negativo durante o período eleitoral. "Houve uma decisão do Ipea de se manter à margem do período eleitoral em relação a qualquer tipo de dado. Está se falando que existe um estudo sobre pobreza, não existe nenhum estudo sobre extrema pobreza escondido ou de qualquer forma que existe", afirmou.

Perto de completar meio século sob o domínio do grupo do senador José Sarney (PMDB-AP), com poucos intervalos de governos opositores, o Maranhão não teve fôlego para acompanhar os demais Estados na melhoria dos índices sociais. O Atlas do Desenvolvimento Humano da ONU mostrou que, das 50 cidades brasileiras com menor renda per capita, 28 são maranhenses.

Nas últimas três décadas, a expectativa de vida na terra da oligarquia mais antiga em atividade passou de 54 para 68 anos, mas o crescimento foi menor que no restante do País. Nesse ranking do IBGE, o Estado caiu de 23.º para o último lugar, ocupando espaço que antes era de Alagoas, terra da seca e pistolagem.

##RECOMENDA##

Um dos exemplos mais dramáticos da situação do Estado está em Fernando Falcão, a 542 km de São Luís. A cada oito dias, moradores fazem "vaquinha" para comprar e matar um boi. Esse "luxo" não é compartilhado por quem vive em situação ainda pior nos casebres de palha afastados do interior, que não podem contar nem mesmo com serviços temporários e de baixa remuneração da prefeitura. Para a maioria dos 9 mil habitantes do município que aparece em segundo lugar no ranking de pior renda per capita do País, o único alimento possível no prato é a fava. A vagem que garante proteína é comum na região. O município só perde em renda para Melgaço, no Pará, e ocupa ainda a segunda pior colocação no Índice de Desenvolvimento Humano nacional, atrás de Marajá do Sena, também no Maranhão.

A lavradora Laiane Alves Lima, de 22 anos, se queixa da falta de um pediatra no município. Quando a filha Adriele, de 1 ano, passa mal, ela tem dificuldades de levar a criança ao hospital de Barra do Corda, a 95 km de estrada de chão - Fernando Falcão não tem acesso por asfalto. "Aqui, quando adoece, o posto médico não dá remédio. Não tem uma pomada para micose", relata. Laiane prepara a comida, geralmente uma mistura de fava, num fogão improvisado em uma lata de tinta.

A política maranhense está longe de recorrer ao crime de mando como outros Estados do Norte e do Nordeste, mas a miséria de um lugar de mata de cocais e chuvas amazônicas, a ostentação de riqueza e poder e as suspeitas de corrupção, temas dos discursos da primeira campanha de Sarney ao governo estadual, em 1965, estão por toda a parte. Dados do Portal da Transparência do Estado mostram que o governo de Roseana Sarney (PMDB), filha do senador, gastou no ano passado R$ 17,8 milhões com aluguel de helicópteros. Só para comparar o uso do dinheiro público a um exemplo recriminado nas ruas, o governo do Rio, comandado por Sérgio Cabral (PMDB), gastou no mesmo período R$ 9,5 milhões com o uso dessas aeronaves.

Desde os anos 1970, o grupo de Sarney se sustenta com anúncios de obras "salvadoras" da economia. Foi assim com a construção dos trilhos do Complexo de Carajás, a fábrica de alumínio da Alcoa e a base espacial de Alcântara. "Os projetos não agregaram valor nem garantiram a diversificação da cadeia produtiva. O Maranhão é um rico que virou miserável", observa o presidente da Embratur, Flávio Dino. Principal nome da oposição ao grupo de Sarney, ele observa que, na primeira metade do século 20, o Maranhão contou com os ciclos do algodão e das fábricas de tecido, do arroz, e do babaçu. "A economia tradicional foi desestruturada. Essa modernização não deu certo e explica esses indicadores sociais vergonhosos", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois da onda de confrontos das forças rebeldes e das tropas de combate do presidente da Síria, Bashar al-Assad, Aleppo, que era uma das cidades mais ricas e populosas do país, começou a ruir. Moradores vendem seus bens pessoais mais valiosos em mercados improvisados para poder alimentar suas famílias.

Um exemplo disso é o morador Abu Ahmad, que fugiu da cidade de Homs para tentar uma vida nova, mas sofre com a crise e tenta vender um ar-condicionado para comprar comida para os dois filhos. "Todos em volta estão mortos. Ninguém aqui sequer tem o equivalente a 20 reais", comentou o morador.

##RECOMENDA##

Uma outra opção além dos mercados é vender no meio da rua mesmo. "As pessoas não sabem se vão voltar do trabalho vivas, por isso muitas decidiram vender pertences que valem o equivalente a 100 dólares por 20 ou 30 dólares", explicou Abu Bakri, também morador da cidade. No último final de semana, o primeiro-ministro interino dos territórios sob o controle dos rebeldes, Ghassan Hitto, visitou Aleppo.

Ghassan foi eleito em Istambul por 35 votos em um total de 49, após 14h de discussões. Apesar do número alto, o exército Sírio Livre anunciou uma rejeição ao primeiro-ministro, o que torna o cenário mais complicado e a resolução se torna um futuro distante.

Brasília – A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, disse hoje (12) que o desafio do governo federal é melhorar as condições de vida de mulheres para que superem a pobreza e a miséria. O assunto deve predominar nos debates da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será aberta no fim desta tarde, em Brasília, acrescentou a ministra em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.  

“Vamos fazer um balanço [durante a conferência] e nós estamos  buscando colocar o foco bem de acordo com o que é o eixo central do governo da presidenta Dilma [Rousseff], que é a autonomia econômica e financeira como forma de superação da miséria e da pobreza", disse.

##RECOMENDA##

A conferência, que ocorrerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, contará ainda com a presença dos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome).

A ministra informou que o governo está determinado também a intensificar as ações de combate à violência contra mulheres. Segundo ela, uma das alternativas é atuar no desenvolvimento de políticas de formação de crianças e jovens para que tenham “nova postura” sobre o assunto.

“[Vamos investir nas] políticas de desenvolvimento da formação, tanto de adultos quanto das novas gerações,  de uma nova postura e uma nova cultura de respeito, de reconhecimento e de não violência contra as mulheres”, disse Iriny Lopes.

De acordo com ela, a segunda ação do governo é incrementar as relações de parceria entre os órgãos do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público. “Estamos procurando intensificar nossas relações com o Judiciário e o Ministérios Público no sentido de fazer com que a Lei Maria da Penha [que pune com rigor o responsável por agressões às mulheres] seja efetivada com mais rapidez porque ela é um instrumento poderoso de proteção de mulheres agredidas no país.”

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) a Medida Provisória (MP) 535, que institui os programas de Apoio à Conservação Ambiental e de Fomento às Atividades Produtivas Rurais direcionados às famílias em situação de extrema pobreza. A MP integra o Plano Brasil sem Miséria lançado no início de julho pela presidenta Dilma Rousseff. A medida segue agora à apreciação do Senado Federal.

A MP tem entre outros objetivos, incentivar a conservação dos ecossistemas, promover a cidadania, melhorar as condições de vida e a elevação da renda da população em situação de extrema pobreza que exerça atividades de conservação dos recursos naturais no meio rural. Caberá ao Ministério do Meio Ambiente a execução do Programa de Apoio à Conservação Ambiental.

Pela MP, a transferência de recursos financeiros do Programa de Apoio à Conservação Ambiental será feita por meio de repasses trimestrais no valor de R$ 300 por um prazo até dois anos, podendo ser renovada.

A medida provisória também autoriza a União transferir diretamente ao responsável pela família beneficiária do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais os recursos financeiros no valor de R$ 2.400 por família, em no mínimo três parcelas, e no período máximo de dois anos.

O relator da MP, deputado Assis do Couto (PT-PR), incluiu no texto a previsão de prioridade para o atendimento às famílias conduzidas por mulheres e para aquelas residentes em municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Concluída a votação da MP 535, foi feita a leitura do parecer da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) à Medida Provisória 536, que reajusta de R$ 1.916,45 para R$ 2.384,82 o valor da bolsa para médicos residentes retroativo a 24 de junho deste ano.

Os municípios de numerosa população indígena da Região Norte e os mais pobres do Maranhão concentram as maiores proporções de miseráveis que vivem sem renda própria, apontam dados do Censo 2010 recém-divulgados. A radiografia dessa população de 4,8 milhões de habitantes - equivalente à soma dos moradores de Fortaleza e Belo Horizonte - mostra que são, na maioria, negros e pardos e crianças de até 14 anos.

Em maio do ano passado, quando anunciou a existência de 16,2 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza no País, o governo federal dividiu os miseráveis entre sem renda e os 11,4 milhões que tinham rendimento familiar per capita de R$ 1 a R$ 70 mensais. No mês seguinte, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detalhou informações sobre os que tinham renda. O mapeamento dos sem-rendimento foi concluído em agosto.

##RECOMENDA##

Os números do Censo do IBGE mostram que, em Roraima, Estado brasileiro que detém a maior proporção de indígenas, 9% da população total é formada por pessoas que vivem em extrema pobreza e não dispõem de renda própria. No Maranhão, Estado mais pobre do Brasil, 6,7% da população - um contingente de 438 mil pessoas - vive nessas condições.

Critérios. O IBGE reuniu no universo dos miseráveis sem renda aqueles que recebem apenas benefícios como o Bolsa Família e os que não têm nenhum tipo de assistência monetária do poder público, mas não fez uma contabilidade de cada grupo separadamente.

Metrópoles. Embora a proporção em relação à população total seja pequena, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro têm juntas 335,2 mil habitantes em situação de pobreza extrema e sem renda própria. Assim como as capitais, os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo estão entre os poucos em que a população miserável sem renda é maior do que aquela que dispõe de rendimento familiar per capita de R$ 1 a R$ 70 mensais.

A distribuição por raça é outro dado que chama atenção nos números do Censo 2010. Enquanto o total de negros e pardos equivale a 50,7% da população brasileira, no universo dos miseráveis sem renda, eles representam 64,5%. Já a proporção de brancos, de 47,7% na população total, cai para 31,3% entre os miseráveis sem renda. Entre os indígenas a diferença também é grande. Os índios são apenas 0,4% do total de brasileiros e 2,9% da população sem renda que vive em extrema pobreza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando