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O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncia de que missionários não autorizados estão se organizando para ingressar na Terra Indígena Zo’é, na primeira semana deste mês. A área fica no município de Óbidos, no Pará, com cerca de 671 mil hectares e foi homologada em dezembro de 2009.

De acordo com a denúncia, apresentada pela Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema, ligada à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), indígenas Tiriyó da Aldeia Boca do Marapi relataram ter visto grupo de cinco ou seis missionários de Roraima, junto com alguns indígenas, indo em direção ao Rio Erepecuru, por onde passa o acesso à Terra Indígena Zo’é.

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Diante do caso, o procurador da República em Santarém/Itaituba Gustavo Alcântara, solicitou que a Polícia Federal em Santarém investigue a possibilidade de invasão. Ele também pediu à Funai mais informações sobre a identidade dos missionários.

“A possível investida por missionários, não autorizadas pela Funai e pelos Zo'é, é elemento de altíssimo risco à integridade territorial e à saúde coletiva do grupo”, alerta o procurador, em nota do MPF. Alcântara acrescenta que o contato não autorizado é o principal fator para epidemias e genocídio contra os povos indígenas.

Dezesseis americanos e um canadense, ligados a um grupo cristão de ajuda dos EUA, foram sequestrados por uma gangue em Porto Príncipe, capital do Haiti, quando estavam deixando um orfanato. Segundo o grupo Ministério Cristão de Ajuda, com sede em Ohio, os sequestrados são cinco homens, sete mulheres e cinco crianças, uma delas de 2 anos, a base dos missionários e suas famílias fica em Titanyen, cerca de 17 quilômetros ao norte de Porto Príncipe.

A gangue 400 Mawozo, uma das mais perigosas do país, que admitiu ter sequestrado cinco padres e duas freiras em abril, é apontada como a responsável por este sequestro, disse a polícia haitiana ontem. O sequestro do grupo de missionários ocorreu em Ganthier, uma comunidade no leste de Porto Príncipe.

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A gangue, cujo nome pode ser traduzido como "400 homens inexperientes", controla a área de Croix-des-Bouquets, que inclui Ganthier, onde ela costuma realizar sequestros, roubos de carros e extorsão de comerciantes. O Haiti luta contra uma onda de sequestros realizados por gangues. No entanto, mesmo em um país acostumado com a violência, o crime cometido contra um grupo de americanos chocou as autoridades pela ousadia.

A violência vem aumentando na capital haitiana, onde alguns estimam que as gangues atualmente controlem metade da cidade. Ontem, um ônibus foi sequestrado e membros de um grupo criminosos dispararam contra uma escola, ferindo pelo menos cinco pessoas, entre elas estudantes.

As forças de paz da ONU (Minustah) tiveram sucesso em conter a criminalidade em Porto Príncipe e nos subúrbios. No entanto, após o fim da missão, em 2017, as gangues voltaram com força total.

Esses grupos começaram a ampliar suas ações dois anos atrás, quando manifestantes furiosos com a corrupção exigiram a renúncia do presidente Jovenel Moïse e paralisaram o país. Os bloqueios e a violência impediram as pessoas de receberem tratamento nos hospitais, as crianças de frequentarem as escolas e os trabalhadores de comparecerem ao emprego.

O Haiti, um dos países mais pobres do mundo, tem um PIB de US$ 8,6 bilhões (o do Brasil é de US$ 1,8 trilhão) e ocupa a 170ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Partes de Porto Príncipe, incluindo a área onde o sequestro ocorreu, são tão perigosas que muitos residentes deixaram suas casas para viver em abrigos temporários, deixando as ruas praticamente abandonadas.

Membros das gangues vigiam as ruas da capital e poucos pedestres se aventuram a sair, mesmo de dia. Os criminosos têm sequestrado até mesmo ambulantes e, quando a família não tem dinheiro para pagar o resgate, eles exigem que ela venda eletrodomésticos, como geladeiras e televisores.

A insegurança aumentou ainda mais nos últimos meses, em razão do impasse político no país, após o presidente Moïse ser assassinado a tiros em sua residência, em 7 de julho, e um terremoto de magnitude 7,2 que matou mais de 2,2 mil pessoas, em agosto.

Apesar das investigações, a polícia haitiana ainda não identificou os responsáveis pelo assassinato do presidente e os políticos começaram a disputar o controle do governo, acusando uns aos outros de participação na conspiração para matá-lo.

O sequestro dos missionários ocorreu um dia após o Conselho de Segurança da ONU aprovar por unanimidade a extensão de sua missão no Haiti por mais nove meses. Muitos haitianos vêm pedindo que os EUA enviem tropas para ajudar na estabilização do país, mas o governo do presidente Joe Biden está relutante em enviar soldados para o Caribe.

"A segurança e o bem-estar dos cidadãos americanos no exterior são prioridade do Departamento de Estado", disse um porta-voz, em comunicado, sem dar detalhes. Um funcionário americano de alto escalão, que pediu anonimato, disse que os EUA estão em contato com autoridades haitianas para tentar resolver o caso.

O deputado republicano Adam Kinzinger, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, disse ontem à CNN que os EUA precisam localizar os missionários e negociar a libertação deles sem o pagamento de um resgate.

A notícia do sequestro dos missionários veio dias após funcionários de alto escalão do governo americano visitarem o Haiti e prometerem mais recursos para a Polícia Nacional, incluindo US$ 15 milhões para ajudar a reduzir a violência das gangues. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 15 missionários americanos foram sequestrados no sábado (16) por uma gangue criminosa na periferia de Porto Príncipe, disse à AFP uma fonte de segurança haitiana.

Entre 15 e 17 americanos, entre eles crianças, estão nas mãos de um grupo armado que há meses realiza sequestros e roubos na região localizada entre a capital do Haiti e a fronteira com a República Dominicana, afirmou a fonte, que disse não poder confirmar se os sequestradores pediram pagamento de resgate.

"O bem-estar e a segurança dos cidadãos americanos no exterior é uma das nossas principais prioridades no Departamento de Estado. Sabemos desta informação e não temos nada a acrescentar no momento", comentou com a AFP um porta-voz do governo dos EUA.

Na manhã de sábado, a gangue denominada "400 mawozo" desviou vários carros que transitavam por estradas que controla e sequestrou os americanos e cidadãos haitianos.

Os missionários e seus familiares voltavam de uma visita a um orfanato a cerca de 30 km de Porto Príncipe, disse à AFP uma fonte do serviço de segurança.

Para alguns membros dessa organização religiosa sediada em Ohio, EUA, esta era sua primeira viagem ao Haiti.

Em abril, 10 pessoas - incluindo 10 religiosos franceses - foram sequestradas por essa gangue na mesma região.

Libertado após 20 dias de cativeiro, o padre Michel Briand disse então à AFP que o grupo estava "em um lugar ruim, em um momento ruim" e que quem os sequestrou não planejou isso.

As gangues armadas, que durante anos controlaram os distritos mais pobres da capital haitiana, ampliaram seu poder para Porto Príncipe e seus arredores, onde o número de sequestros extorsivos está aumentando.

Mais de 600 crimes deste tipo foram registrados nos primeiros três trimestres de 2021, contra 231 no mesmo período de 2020, segundo o Centro de Análise e Investigação em Direitos Humanos, com sede na capital haitiana.

Uma profunda crise política paralisa o desenvolvimento socioeconômico do Haiti há muitos anos.

O assassinato em 7 de julho do presidente Jovenel Moïse por parte de um comando armado em sua residência privada mergulhou ainda mais o país caribenho na incerteza.

Os quatro missionários norte-americanos que foram expulsos da Venezuela no final de semana disseram, na chegada aos EUA, que estão felizes por poder voltar para casa. Eles afirmaram ainda que planejam retornar ao país algum dia, apesar das manifestações hostis do governo Nicolás Maduro.

O grupo foi detido na Venezuela em meio ao aumento da tensão política entre o país sul-americano e os Estados Unidos. Eles foram informados de que não tinham os vistos de trabalho necessários para atuar no país, algo que não havia sido exigido anteriormente durante os 14 meses em que eles atuaram em projetos sociais.

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O líder do grupo, Arlynn Hefta, classificou o fato como uma experiência "angustiante", mas disse que os religiosos não foram agredidos fisicamente e que eram tratados pelos policiais de uma forma "minimamente adequada". Fonte: Associated Press.

Vinte e dois agentes pastorais, a maioria padres e voluntários laicos católicos, foram mortos em 2013 no mundo, número quase duas vezes maior do que em 2012, informou nesta sexta-feira (3) a agência missionária Fides.

O continente americano lidera o ranking das violências. Com sede no Vaticano, a agência divulga anualmente este balanço. Segundo ela, 19 padres, uma religiosa e dois laicos foram assassinados no ano passado. No ano anterior, 2012, a Fides registrou 13 mortes; 26 em 2011 e 25 em 2010.

Em seu relatório, a agência mostra que a América é o continente com maior número de mortes: 15 ao todo, especialmente na Colômbia e no México. Há casos também no Brasil, na Venezuela, no Panamá e no Haiti. Na África, três pessoas foram mortas: um padre na Tanzânia, uma religiosa em Madagascar e um laico na Nigéria.

A Ásia também contabilizou três mortes: um padre na Índia, outro na Síria e um laico nas Filipinas. Na Europa, um padre foi assassinado na Itália. Na maior parte dos casos as pessoas foram mortas em tentativas de assaltos à mão armada ou de roubo, seguidas ou não de agressão "brutal e feroz" - informa a Fides, que vê um "sinal de delinquência moral e de pobreza econômica e cultural".

A agência menciona também os casos de padres, religiosos ou laicos que foram sequestrados ou estão desaparecidos. O relatório alerta para a situação na Síria, assolada por uma guerra civil, onde alguns prelados ou religiosos não deram mais sinal de vida. É o caso do padre italiano Paolo Dall’Oglio, desaparecido desde o último mês de julho no norte da Síria.

A celebração da Festa de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Recife, nessa terça-feira (16) abriu a programação oficial da Semana Missionária na Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR). Um grupo de franceses que está na Paróquia de Casa Forte por conta do evento religioso visitará na manhã desta quarta-feira (17) o Hospital Infantil Maria Lucinda, no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife. 

As visitas contam com passagem nos leitos, evangelização e interação com os pacientes, das 8h30 às 11h30. A Semana Missionária, preparatória para Jornada Mundial da Juventudo (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro, segue até o próximo sábado (20), e está baseado em três pilares: espiritualidade, solidariedade missionária e cultura.

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Em menos de cinco dias, 15 mil pessoas já assinaram um abaixo-assinado pedindo a libertação de dois missionários brasileiros presos no Senegal há mais de quatro meses. José Dilson da Silva e Zenaide Moreira Novaes - que atuam no continente africano em um projeto de auxílio a crianças de rua - foram detidos sob acusação de tráfico de menores e formação de quadrilha.

A prisão temporária foi decretada em novembro do ano passado, após a denúncia do pai de uma das crianças atendidas pelo projeto, que acusou os missionários de acolherem seu filho sem sua autorização. "A criança procurou o abrigo por livre iniciativa, já que o local oferece alimentação e até atendimento médico. Ele não tinha contato com os pais há muito tempo, morava na rua", diz Antônio Carlos Costa, presidente da ONG Rio da Paz, que encabeça a petição pública.

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Numa primeira audiência judicial, as acusações de tráfico de menores e formação de quadrilha foram consideradas infundadas. Contra os missionários, no entanto, pesam outras duas denúncia: o projeto não estava legalizado e os missionários não tinham permissão dos pais para atender os menores.

Recentemente, um pedido de habeas corpus foi negado sob a justificativa de que poderiam fugir do país e porque apresentariam ameaça à ordem pública.

No ano passado, uma comissão de congressistas chegou a ir ao Senegal falar com as autoridades locais, mas não teve sucesso.

O Itamaraty afirma que a embaixada brasileira no Senegal realiza o acompanhamento jurídico, mas que não pode intervir na soberania de um outro país, desde que o trâmite legal esteja sendo seguido e não haja desrespeito aos direitos humanos.

Mas a "pressão da população já pode ter começado a ter efeito - a prisão dos missionários foi um dos temas tratados em uma reunião, ontem, do ministro Antônio Patriota com o chanceler de Senegal, Mankeur Ndiaye.

História

Silva faz parte do corpo de missionários enviados ao exterior pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, que mantém 130 agentes em 30 países - 9 no Senegal. Ele trabalha há 22 anos em projetos missionários na África, tendo passado a maior parte deles em Guiné-Bissau. Em 2005, foi para o Senegal com a mulher e os três filhos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pastor José Dilson da Silva, da Igreja Presbiteriana Betânia, e a missionária Zeneide Moreira Novaes estão presos em Mbour, no Senegal, desde o dia 6 de novembro. Líderes do projeto Obadias, voltado à assistência e ao acolhimento de crianças de rua, os dois, segundo o Itamaraty, foram denunciados por formação de quadrilha, aliciamento e tráfico de menores.

Segundo o pastor Josué Oliveira, da Igreja Presbiteriana em Niterói, as duas instituições em que os missionários atuam, uma na cidade de Dacar e outra em Mbour, oferecem abrigo a talibés - crianças que acabam nas ruas após fugirem de internatos controlados pelos marabus, líderes muçulmanos e professores de Corão.

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A prisão temporária dos dois foi decretada após a denúncia do pai de uma das crianças atendidas pelo projeto. O homem teria acusado os missionários de maus-tratos e de acolherem seu filho sem que ele tenha autorizado. Após a denúncia, a polícia realizou uma operação de busca e apreensão e, após interrogados, Silva e Zeneide foram presos. Eles estão na prisão de Thiès, capital da região homônima.

O Itamaraty afirma que um advogado teria sido contratado pelos missionários para obter autorização judicial para a guarda de novas crianças. Mais tarde descobriu-se, no entanto, que o profissional era apenas um funcionário da firma de advocacia - sem registro como advogado. Isso invalidou o processo e deixou as instituições irregulares.

Silva faz parte do corpo de missionários enviados ao exterior pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, que mantém 130 missionários em 30 países - 9 no Senegal. Ele trabalha há 22 anos em projetos missionários na África, tendo passado a maior parte deles em Guiné-Bissau. Em 2005, foi para o Senegal com a mulher e os três filhos.

O porta-voz da instituição, reverendo Marcos Agripino, nega os crimes e diz que só houve uma denúncia, mas não uma acusação formal da Justiça. A prisão, diz, deu-se por causa de uma especificidade do sistema senegalês, que prevê a prisão do acusado enquanto a investigação é conduzida. "Quando Silva se apresentou à delegacia, ficou retido. Não teve tempo de apresentar sua defesa. Mas temos todo o apoio do governo brasileiro para que se resolva rápido e para que haja a preservação da integridade física de ambos."

Segundo Agripino, que deve ir para o Senegal na próxima semana, as crianças procuram voluntariamente a instituição. "O projeto é um trabalho social e educacional que oferece alimentação, cursos profissionalizantes e atendimento médico. São esses meninos moradores de rua que procuram a equipe."

Uma comissão formada por um senador e dois deputados da bancada evangélica - Magno Malta (PR-ES), Ronaldo Fonseca (PR-DF) e Paulo Freire da Costa (PR-SP) - foi também criada para tentar resolver a situação.

Em discurso nesta quarta-feira no Senado, Malta disse estar acompanhando o caso a pedido da comunidade evangélica e informou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e com o embaixador do Senegal no Brasil, El Hadji Abdoul Aziz Ndiaye, para encontrar uma solução. Na próxima terça-feira, Malta irá ao Senegal conversar com o ministro da Justiça, o delegado que recebeu a denúncia e a comissão de direitos humanos do país. Também visitará os missionários na prisão.

Silva é diabético e não pode se alimentar da refeição oferecida no presídio. Para que sua saúde não seja prejudicada, sua mulher, Marli, foi autorizada a lhe levar uma marmita todos os dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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