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Tudo indicava uma final antecipada da categoria até 78kg já nas quartas de final do Mundial, entre Mayra Aguiar e Kayla Harrison. Mas, em um dia em que a zebra passou solta por Astana, no Casaquistão, nem a brasileira nem a norte-americana conseguiram chegar sequer a esta etapa da competição. Tiago Camilo e Maria Portela também se despediram sem medalhas nesta sexta-feira.

O resultado é surpreendente principalmente por conta de Mayra, que ia seguidamente ao pódio desde 2008, contando suas conquistas em Mundiais de base (2006 e de 2008 a 2010) e adultos (2010, 2011, 2013 e 2014) e nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

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Depois do título mundial obtido em Chelyabinsk (Rússia), no ano passado, Mayra ficou nove meses afastada das competições. Voltou para ser ouro no Campeonato Pan-Americano de Judô e prata nos Jogos Pan-Americanos. Nestes três eventos e também no Grand Slam de Tyumen (Rússia), antes do Mundial de 2014, fez final contra Kayla.

A brasileira, por lutar pouco, entretanto, caiu no ranking. Pelo sorteio, poderia enfrentar a arquirrival nas quartas de final, mas caiu antes. Após vencer fácil a chilena Jacqueline Usnayo, com um ippon após 28 segundos de luta, Mayra foi surpreendida pela polonesa Daria Pogorzelec, número 14 do mundo e de quem nunca havia perdido no Circuito Mundial. Mas também Kayla Harrison ficou pelo caminho, eliminada pela sul-coreana Hyunji Yoon, também na segunda luta.

Para o Brasil, o resultado se soma às más campanhas de Sarah Menezes e Rafaela Silva, que foram eliminadas na estreia das categorias até 48kg e até 57kg, respectivamente. As duas e Mayra Aguiar são as únicas brasileiras medalhistas de ouro em Mundiais ou Olimpíada e, no último grande teste antes do Rio-2016, decepcionaram.

Maria Portela, da categoria até 70kg, venceu duas lutas, contra Aoife Coughlan (Austrália) e Andrea Poo (México), mas perdeu para Maria Bernabeu, da Espanha, nas oitavas de final. Na chave dela ficaram pelo caminho, entre outras, a líder do ranking mundial, a holandesa Kim Polling.

Já Tiago Camilo é a primeira grandes decepção do judô masculino. O veterano, de 32 anos, perdeu logo na estreia para o russo Kirill Denisov, oitavo do mundo, por ter recebido mais shidôs (punições). Na categoria dele, até 90kg, os três primeiros do ranking mundial e os dois últimos campeões mundiais foram derrotados antes das semifinais.

Número 20 do ranking mundial, Tiago não tem um bom resultado em nível mundial desde o bronze no Masters de Almaty, também no Casaquistão, em 2012, antes da Olimpíada. Desde então, só foi ao pódio em competições regionais e em dois eventos da série Grand Prix.

O resultado ruim dos três brasileiros que lutaram nesta sexta-feira deixam difícil de ser alcançada a meta de conquistar cinco medalhas no Mundial. No sábado, último dia de competições nas chaves individuais, lutam Maria Suelen Altheman, David Moura, Luciano Corrêa e Rochele Nunes.

Se nas categorias mais pesadas há uma grande variedade de países brigando pelas medalhas de ouro, nas mais leves o Japão segue soberano. E isso mais uma vez foi comprovado nesta quarta-feira, quando foi disputada a categoria leve, tanto no masculino quanto no feminino, no Mundial de Judô de Astana, no Casaquistão. Os japoneses somaram duas medalhas de ouro e uma de prata.

Até aqui, já conquistaram sete medalhas (três de ouro, duas de prata, duas de bronze), contra cinco (quatro de ouro) obtidas no Mundial passado, em 2014, nessas mesmas categorias. No Rio, há dois anos, foram seis medalhas, sendo três de ouro.

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Entre os homens, a final desta quarta-feira foi japonesa. Shonei Ono venceu Riki Nakaya para ganhar o ouro, deixando a prata com o colega. Os dois se alternam no lugar mais alto do pódio desde o Mundial de 2011 e, agora, cada um tem duas medalhas de ouro. Na Olimpíada, porém, cada país pode inscrever apenas um judoca por categoria.

Isso faz com que os resultados do Mundial não possam ser transportados para o Rio-2016. Na categoria até 60kg (ligeiro), na segunda-feira, dois atletas do Casaquistão fizeram final. Da mesma forma, dois da Coreia do Sul chegaram às quartas de final. Nos leves (até 73kg), nesta quarta), foram dois mongols na repescagem. Algoz do brasileiro Marcelo Contini, o norte-coreano Kuk Hyon Hong terminou em quinto numa chave que, dos oito primeiros colocados, seis eram asiáticos.

Entre as mulheres, a japonesa Kaori Matsumoto faturou o bicampeonato mundial da categoria até 57kg, repetindo a conquista de 2010, em Tóquio, e dos Jogos Olímpicos de Londres. A final, como naquelas duas ocasiões, foi contra a romena Corina Carpioriu.

Algoz de Rafaela Silva logo na estreia, a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, que também venceu a brasileira na semifinal do Pan de Toronto, terminou sem medalha. Ela perdeu da romena na semi e da mongol Sumiya Dorjsuren na disputa pelo bronze. Outra tradicional rival de Rafaela, a norte-americana Marti Malloy, campeã do último Campeonato Pan-Americano sobre a brasileira, também ficou em quinto. Perdeu o bronze para Automne Pavia, da França.

Apesar da eliminação precoce da carioca, campeã mundial em 2013, o desenrolar do Mundial acabou não sendo ruim. Chegaram à disputa por medalhas as mesmas atletas de sempre. Quanto menos surpresas melhor para a brasileira, que é candidata ao pódio no Rio-2016.

Há anos sem sofrer nenhum golpe, Teddy Riner é, de longe, o melhor judoca da atualidade. Campeão Mundial em Chelyabinsk (Rússia) há uma semana com relativa facilidade, o francês segue sem ser o líder do ranking mundial na categoria peso pesado (+100kg). Na atualização divulgada pela IJF (Federação Internacional de Judô), ele agora é o segundo, atrás do brasileiro Rafael Silva.

O Baby, como é chamado na seleção, ganhou bronze no Mundial. Neste ano, venceu um Grand Slam, foi prata em outro e ainda manteve o título pan-americano. Desde meados de 2011, só não foi ao pódio em duas competições.

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"Eu vejo a posição no ranking como uma representação da consistência de resultados que venho apresentando desde 2012, sempre chegando ao pódio nas principais competições do circuito. Acredito que isso é o mais importante. É continuar trabalhando pra me manter no topo da categoria", disse Rafael Silva.

Após a atualização feita nesta sexta-feira no ranking, o Brasil tem oito atletas entre os três primeiros de suas categorias. O outro líder é Charles Chibana (até 66kg), que perdeu nas oitavas de final em Chelyabinsk.

Também são Top3: Victor Penalber (terceiro na até 81kg), Sarah Menezes (segunda na até 48kg), Erika Miranda (segunda na até 52kg), Rafaela Silva (terceira na até 57kg), Maria Suelen Altheman (segunda na +78kg) e a campeã mundial Mayra Aguiar, que ganhou duas posições e agora é segunda na até 78kg. A gaúcha, porém, passou todo o último ano machucada e por isso está atrás da francesa Audrey Tcheumeo, de quem ganhou na final na Rússia.

"O meu objetivo é sempre estar entre as quatro primeiras do ranking para poder sair bem nas chaves nas competições ao longo do ano. Então, fico feliz pela posição", comentou Mayra. O Brasil ainda tem Felipe Kitadai (60kg) em quinto, Alex Pombo (73kg) em sexto, Tiago Camilo (90kg) em 13.º, Luciano Correa (100kg) em 10.º, David Moura (+100kg) em sétimo e Mariana Barros (63kg) em 12.º.

O Mundial de Judô realizado durante toda a semana passada, no Rio, recolocou a ordem no ranking mundial. Por conta do desempenho ruim no Maracanãzinho, Victor Penalber perdeu a primeira posição na lista da categoria até 81kg. Da mesma forma, Rafael Silva, prata entre os pesos pesados, deu seu lugar para quem de direito: o francês Teddy Rinner.

As três brasileiras que chegaram ao Mundial como líderes do ranking em suas categorias lá se mantiveram, apesar de não terem sido campeãs no Rio: Sarah Menezes (bronze na até 48kg), Mayra Aguiar (bronze na até 78kg), e Maria Suelen Altheman (prata na +78kg).

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A atualização da lista, feita nesta quarta-feira pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), mostra a campeã mundial Rafaela Silva no segundo lugar do ranking da categoria até 57kg, atrás apenas da francesa Automne Pavia, que ficou sem medalhas no Rio.

Outra vice-líder do ranking é Erika Miranda. Prata na categoria até 52kg no Rio, ela subiu para o segundo lugar da lista, atrás exatamente da sua algoz, Majlinda Kelmendi, do Kosovo.

As demais brasileiras que competiram no Rio aparecem em posições intermediárias: Maria Portela (até 70kg) é nona, Katherine Campos (até 63kg) está em 16ª, Ketleyn Quadros (até 57kg) ocupa a oitava posição enquanto Eleudis Valentim (até 52kg) aparece em 17º.

No masculino o cenário é pior. Felipe Kitadai caiu para o quinto lugar na categoria até 60kg, Luiz Revite é o 14º na até 66kg, Bruno Mendonça aparece apenas como 10º na até 73kg, enquanto Renan Nunes agora é o 11º na até 100kg. Nesta mesma categoria, Luciano Corrêa aparece na 13ª posição.

O único que aproveitou o Mundial para subir no ranking foi Charles Chibana. Quinto colocado no Rio, ele ocupa esta mesma posição na lista da categoria até 66kg, mesmo não tendo nenhum ponto para somar de agosto do ano passado para trás.

Érika Miranda já foi terceira colocada do ranking mundial, chegou ao Mundial como sexta melhor da categoria até 52kg, mas carecia de um resultado que a fizesse chegar como favorita nas competições. No Circuito Mundial desde 2007, a judoca de 26 anos só tem dois títulos de Grand Slam na carreira. Nesta terça-feira, mudou de status ao conquistar o vice-campeonato mundial no Maracanãzinho, no Rio.

"Minha vitória foi pessoal. Hoje eu consegui uma medalha. Meu objetivo era subir no pódio. Tem muitas vezes que eu estava batendo na trave, faltava uma medalha grande. Essa valeu", disse Érika, com dificuldades, atrapalhada pelo choro intenso, em entrevista ao SporTV.

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Até suas maiores conquistas eram o ouro no Grand Slam de Moscou, no ano passado, e no Grand Slam do Rio, em 2011. Na série de torneios que só é menos importante que a Olimpíada, o Mundial e o Masters, só ganhou mais três medalhas: prata em Moscou, neste ano, bronze no Rio e em Tóquio, em 2009.

Mesmo para ser campeã continental Érika vinha tendo dificuldades. Ganhou no Campeonato Pan-Americano do ano passado, mas ficou fora do lugar mais alto do pódio em outras nove oportunidades. Nos Jogos Pan-Americanos, foi prata no Rio/2007 e em Guadalajara/2011.

No Mundial, a prata veio depois de derrota para a kosovar Majlinda Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, a líder do ranking deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1min20 do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhar um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

"Judô é assim mesmo. Até no último segundo pode ganhar, pode perder. Ele era uma adversária forte, a gente não pode cometer esses erros", disse Érika, explicando sua falha. "Andei para trás, não podia andar para trás com ela. No único momento que eu andei para trás ela venceu."

Masashi Ebinuma provavelmente sairia do tatame principal do Maracanãzinho chorando de qualquer jeito após a final da categoria até 66kg do Mundial de Judô do Rio, na tarde desta terça. O japonês lesionou o braço direito durante a luta contra Azamat Mukanov, do Casaquistão, e lutava já sem força nenhuma, aparentando muita dor. Mesmo assim conseguiu dominar a gola e aplicar um golpe perfeito para vencer com um ippon e ser bicampeão mundial. Na saída, abraçado ao técnico, chorou.

Em dois dias de Mundial, os homens japoneses já deram duas lições. Depois de terminarem os Jogos de Londres/2012 sem ouro, ganharam os dois títulos que foram postos em jogo no Maracanãzinho até agora. E tanto Ebinuma quanto Naohisa Takato, ouro na categoria até 60kg, choraram copiosamente, refutando a frieza tradicional dos orientais.

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O pódio da categoria até 66kg teve dois japoneses, ambos algozes de Charles Chibana. Se Ebinuma venceu o brasileiro na semifinal, Masaaki Fukuoka foi quem tirou o bronze do preferido da torcida. O surpreendente Georgii Zantaraia ficou com a outra medalha. O ucraniano chegou ao terceiro lugar depois de eliminar favoritos como o mongol Tumurkhuleg Davaadorj, líder do ranking. Zantaria é apenas o 28º.

No feminino, a disputa do dia foi na categoria até 52kg e o ouro ficou com a líder do ranking mundial Majlinda Kelmendi, responsável por apresentar o hino de Kosovo para o mundo. O país não é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e por diversas federação internacionais, mas pela de judô sim.

Kelmendi conquistou o primeiro título mundial do seu país. Nos Jogos de Londres/2012, ela defendeu a bandeira da Albânia. Ao Rio/2016, independente da pátria que defender, chegará com a fama de algoz de Érika Miranda no Mundial. Afinal, venceu a brasileira na final no Maracanãzinho.

Numa categoria que as seis melhores do ranking mundial terminaram entre as oito primeiras no Rio, as medalhas de bronze foram para a japonesa Yuki Hashimoto (quinta do ranking) e a alemã Mareen Kraeh (nona). Elas venceram, respectivamente, a romena Andreea Chitu (terceira) e finlandesa Sundeberg (quarta).

Por enquanto o quadro de medalhas do Mundial do Rio tem liderança do Japão, com um ouro, uma prata e dois bronzes. A Mongólia, que passou em branco nesta terça, vem em segundo, com um ouro e uma prata. O Brasil é o outro país que tem mais de uma medalha: uma prata e um bronze. Aparece em quarto.

Dois japoneses impediram Charles Chibana de conquistar a primeira medalha para o judô masculino brasileiro no Mundial do Rio. Nesta terça, o jovem de 23 anos venceu quatro lutas por ippon na fase de classificação, mas foi pouco defensivo nos dois combates decisivos e perdeu a medalha de bronze para o japonês Masaaki Fukuoka. Na semifinal, foi derrotado por Masashi Ebinuma, com um golpe a 20 segundos do fim da luta.

Na disputa pelo bronze, Chibana, sétimo do ranking mundial, começou mais agressivo e chegou a comemorar a medalha quando a árbitra deu comando de ippon. O juiz de vídeo, porém, retirou a pontuação e deu wazari. Pouco depois, o contrário. A árbitra apontou yuko para o japonês, vice-campeão asiático, e a mesa aumentou o golpe para um wazari. Abalado, o brasileiro vacilou e acabou recebendo um ippon, a 1min46 do fim da luta.

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Charles é o mais velho dos três primos Chibana que defendem a seleção brasileira (ele é acompanhado de Gabriela e Mike). Aos 23 anos, ele virou número 1 do País na categoria até 66kg ao vencer o Grand Slam de Moscou, última competição antes do Mundial. Assim, ganhou o direito de defender o Brasil no Rio. Luiz Revite, que até então era o titular da seleção, foi convocado mesmo assim e perdeu logo na sua estreia no Maracanãzinho.

Chibana teve uma ótima manhã no Mundial, vencendo quatro lutas, todas elas por ippon, num total de seis minutos de 42 segundos. Mas não resistiu ao japonês Masashi Ebinuma, oitavo do ranking mundial, na semifinal, já na parte da tarde.

O brasileiro começou a luta mais agressivo e conseguiu que o rival fosse punido. Com essa vantagem, controlou o combate, buscando sempre a luta de chão, para imobilizar o japonês. Ele só não contava que, a 19 segundos do fim do tempo regulamentar, Ebinuma fosse conseguir um wazari. Com Chibana no chão, o asiático ainda foi para a finalização e conseguiu o ippon.

CAMPANHA - Chibana estreou bem no Maracanãzinho vencendo Israel Verdugo, do Equador, em 2min32. Voltou ao tatame contra Patrick Gagne, do Canadá, e, em 1min45, teve tempo para um wazari e um ippon.

Com 1min50 de luta contra o israelense Tal Flicker, estrangulou o rival e conseguiu mais um ippon. Já o russo Pulyaev Mikhail, durou apenas 35 segundos até ser levantado até a altura do ombro de Chibana e jogado de costas no chão.

Ainda não foi nesta terça-feira que o judô feminino do Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em Mundiais. Érika Miranda foi até a final da categoria até 52kg no Maracanãzinho, mas terminou com a medalha de prata depois de ser derrotada, por um ippon de finalização, por Majlinda Kelmendi, atleta do Kosovo que lidera o ranking mundial.

A medalha de Érika é a segunda do Brasil no Mundial do Rio. Na segunda-feira, Sarah Menezes conquistou o bronze na categoria até 48kg. Outras seis brasileiras irão lutar nos próximos quatro dias. No domingo acontece a disputa por equipes.

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De qualquer forma, a prata é a primeira medalha de expressão na carreira de Érika, que já tem oito medalhas continentais mas só foi uma vez campeã pan-americana, no ano passado. Em 2013, ficou apenas com o bronze. Até então, sua única grande conquista havia sido o Grand Slam de Moscou, no ano passado. Este ano, foi vice-campeã lá.

Mas, na final do Mundial, a brasileira não foi páreo para Majlinda Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, Kelmendi deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1min20 do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhar um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

Nascida em Brasília, Érika construiu sua carreira no Minas Tênis Clube. Defendeu a equipe de Belo Horizonte entre 2006 e 2012, rumando para o Flamengo na véspera dos Jogos de Londres. Na Gávea, passou a ser treinada por Rosicleia Campos, que já era sua técnica na seleção brasileira.

Érika, porém, foi dispensada pelo clube carioca quando Eduardo Bandeira de Mello assumiu a presidência e acabou com a equipe de judô adulto. Ficou todo o primeiro semestre sem clube e há duas semanas anunciou sua volta para o Minas.

No Maracanãzinho, a brasileira disputou seu quinto Mundial. Havia sido sétima colocada no Rio/2007 e em Tóquio/2010. Caiu nas oitavas de final em Paris/2011 em Roterdã/2009.

Majlinda Kelmendi também fez história. Com o ouro ela se tornou a primeira atleta a ganhar uma medalha em Campeonato Mundial para Kosovo, país que é reconhecido pela Federação Internacional de Judô (IJF), mas não pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Por conta disso, ela disputou a Olimpíada com a bandeira da Albânia, terminando em nono.

CAMPANHA - A medalhista de prata iniciou a campanha dela no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Numa luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida apenas por conta de a brasileira ter menos advertências depois de cinco minutos de luta.

Diante da finlandesa Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a finlandesa receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve que procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2min52 de luta.

Na semifinal, se vingou da romena Andreaa Chitu, responsável por eliminá-la do Mundial de Tóquio, há dois anos. Com o apoio da torcida, a brasileira foi agressiva, tentou o golpe a luta toda, e acabou vencendo a europeia com um wazari dado depois de três minutos e meio de luta. Depois, praticamente não foi ameaçada.

O Brasil terá dois atletas nas semifinais do Mundial de Judô, nesta terça-feira, no Maracanãzinho, no Rio. Depois de Charles Chibana se garantir na categoria até 66kg, Érika Miranda também avançou para a disputa pela medalha na até 52kg. Na semifinal, de tarde, a brasileira, número seis do ranking mundial, irá enfrentar a romena Andreea Chitu, que a eliminou nas oitavas de final do Mundial de Paris, em 2011.

Érika Miranda, sexta do ranking, iniciou a campanha dela no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Numa luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida apenas por conta de a brasileira ter menos advertências depois de cinco minutos de luta.

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Diante da finlandesa Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a finlandesa receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve que procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2min52 de luta.

As semifinais da categoria até 52kg não terá grandes surpresas. Na outra chave estão Majlinda Kelmendi (Kosovo), líder do ranking mundial, e Yuki Hashimoto (Japão), quinta da lista. Chitu é a terceira. Caso Érika seja derrotada, disputará o bronze contra a cubana Bermoy Costa, vice-líder do ranking, ou a alemã Mareen Kraeh, nona da lista.

ELIMINADA - Outra brasileira de categoria, Eleudis Valentim só chegou ao Mundial graças à nova regra, que permite a cada país inscrever, além de um judoca por categoria, também dois homens e duas mulheres extras.

Ela estreou vencendo por um yuko, pontuação mínima, a argentina Abi Betsabe Cardozo Madaf. Na sequência, porém, ela foi finalizada pela japonesa Yuki Hashimoto, grande favorita ao título, uma vez que passou 2012 invicta e também não perdeu em 2013, vencendo tudo que disputou no período, inclusive o Grand Slam de Paris.

Seis minutos e 42 segundos. Foi o que precisou Charles Chibana para vencer quatro oponentes, todos por ippon, e avançar à semifinal da categoria até 66kg do Mundial de Judô, no Maracanãzinho, no Rio, nesta terça-feira.

Chibana chega à semifinal, que será de tarde, como forte candidato à medalha. Dos quatro cabeças de chave do torneio, três caíram na primeira luta e um foi eliminado na segunda rodada (justamente o sul-coreano que eliminou Luiz Revite na estreia).

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Sétimo do ranking mundial, Chibana vai lutar a semifinal contra o japonês Masashi Ebinuma, o oitavo. Será a primeira luta entre os dois na história. Do outro lado da chave estão duas zebras: Georgii Zantaraia, da Ucrânia, 28º do ranking, e Azamat Mukanov, do Azerbaijão, o 32º.

Com a moral em alta depois de ser campeão do Grand Slam de Moscou, última competição antes do Mundial, Chibana estreou bem no Maracanãzinho vencendo Israel Verdugo, do Equador, em 2min32. Voltou ao tatame contra Patrick Gagne, do Canadá, e, em 1min45, teve tempo para um wazari e um ippon.

Com 1min50 de luta contra o israelense Tal Flicker, estrangulou o rival e conseguiu mais um ippon. Já o russo Pulyaev Mikhail, durou apenas 35 segundos até ser levantado até a altura do ombro de Chibana e jogado de costas no chão.

Já Luiz Revite ficou de bye na primeira rodada no Rio e estreou contra o forte sul-coreano Jun-Ho Cho, quinto da lista. Numa luta parelha, acabou derrotado pelo critério de desempate: o número de punições.

Principal potência do judô, o Japão ganhou a companhia da surpreendente Mongólia nas finais do primeiro dia do Mundial do Rio. Tanto a decisão do ouro da categoria até 48kg feminina quanto da até 60kg masculina tiveram confronto entre japoneses e mongóis, com uma vitória para cada lado.

Entre as mulheres, surpreendente vitória de Urantsetseg Munkhbat. A mongol, que já havia vencido Sarah Menezes na semi, derrotou na final a japonesa Haruna Asami, então bicampeã mundial, com uma chave de braço. Asami só havia perdido cinco lutas em sua carreira no Circuito Mundial.

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As duas medalhas de bronze da categoria ficaram com as duas primeiras colocadas do ranking mundial: a brasileira Sarah Menezes e a belga Charline Van Snick. A europeia derrotou Maria Célia Laborde (Cuba), na decisão da medalha.

Já a final da categoria até 60kg não teve surpresa. O jovem japonês Naohisa Takato venceu, com um ippon, o mongol Amartuvshin Dashdavaa. Vice-líder do ranking mundial aos 19 anos, ele ganhou tudo que disputou no último ano: o Masters, e o Grand Slam de Paris e a Copa do Mundo de Baku.

Dentre os medalhistas olímpicos de Londres na categoria, o único a disputar o Mundial foi Felipe Kitadai, eliminado logo na primeira luta. Seu algoz, o sul-coreano Won Jin Kim, terminou com medalha de bronze.

Mas a maior surpresa do dia foi Orkhan Safarov. Apenas o número 74 do mundo, o atleta do Azerbaijão venceu o líder do ranking mundial Amiran Apinashvili (Geórgia), para ficar com a medalha de bronze. Potências do judô, Rússia e França começaram mal o Mundial, sem conseguir chegar a nenhuma semifinal ou repescagem.

Sarah Menezes não ganhou a medalha de ouro que se esperava dela no Mundial de Judô do Rio, mas o bronze conquistado nesta segunda-feira teve um gostinho especial. Ele veio no último golpe, quando o cronômetro apontava um segundo para o fim dos cinco minutos regulamentares de luta contra a norte-coreana Sol Mi Kim.

Até aquele momento, a luta estava empatada. Sarah Menezes levou as duas primeiras punições, a asiática se fechou, mas também foi advertida duas vezes. A igualdade levaria a luta para o golden score, mas Sarah conseguiu um ippon inesperado, levantando a rival do chão e jogando-a de costas no tatame para o delírio da torcida.

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Ao conquistar o bronze no Rio, Sarah Menezes, piauiense de apenas 23 anos, chegou à sua terceira medalha seguida em Mundiais, a terceira bronzeada. Assim, se iguala ao também campeão olímpico Aurélio Miguel, único, dentre os brasileiros, que também tem três medalhas em competições deste nível.

Sarah Menezes chegou ao Mundial com enorme expectativa para que conquistasse a primeira medalha de ouro do judô feminino brasileiro em mundiais, favorita por ser a atual campeã olímpica e liderar o ranking.

Na fase inicial, pela manhã, venceu três lutas, com um wazari sobre Aigul Baikuleva (Casaquistão) e ippons em cima de Amelie Rosseneu (Bélgica) e Ebru Sahin (Turquia). Contra todas, teve dificuldade de fugir da marcação, uma vez que as adversárias estudaram bastante os movimentos da brasileira.

Na semifinal, já no período da tarde, Sarah Menezes acabou derrotada por Amartuvshin Dashdavaa, da Mongólia. A rival conseguiu pontuar primeiro, com yuko, e obrigou a brasileira a ser mais agressiva. Numa tentativa de queda, Sarah levou o contragolpe e sofreu novo yuko. Em vantagem, a atleta mongol passou a administrar luta, sem competitividade, aproveitando que só quatro punições afetam o resultado pelo novo regulamento.

Após a luta, Sarah saiu do tatame descontente, reclamando principalmente da segunda pontuação da rival, em que poderia ter sido marcado wazari para a brasileira, dependendo da interpretação dos árbitros.

Dos cinco medalhistas nos Jogos de Londres/2012 que lutarem nesta segunda-feira no Maracanãzinho (as quatro da categoria até 48kg e Felipe Kitadai na até 60kg), só Sarah e a belga Charline Van Snick, bronze na Olimpíada, voltaram a subir ao pódio. O brasileiro, que também terminou em terceiro em Londres, foi derrotado logo na sua primeira luta no Rio, pelo sul-coreano Won Jin Kim.

As duas finais do dia terão confronto entre Japão e Mongólia. No masculino, luta entre Amartuvshin Dashdavaa e Naohisa Takato. No feminino, vitória de Urantsetseg Munkhbat com uma chave de braço sobre a então bicampeã mundial Haruna Asami.

Primeira brasileira a lutar no Mundial de Judô do Rio, Sarah Menezes deve ter um caminho tranquilo até a disputa pela medalha, nesta segunda-feira, pela categoria até 48kg. Líder do ranking mundial e campeã olímpica, a brasileira caiu numa chave que tem como rival mais complicada até a semifinal a nona colocada do ranking.

Cabeça de chave no sorteio realizado neste domingo, Sarah vai começar o Mundial de bye. Mas a primeira adversária já é conhecida, Aigul Biakuleva, do Casaquistão. Depois, a brasileira terá que fazer mais duas lutas até chegar à semifinal. A se confirmar os favoritismos, as próximas rivais deverão ser Amelie Rosseneu (Bélgica) e Ebru Sahin (Turquia).

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Principal adversária de Sarah na busca pelo ouro, Haruna Asami está do lado oposto da chave e só enfrentaria a brasileira numa eventual final. Na carreira, japonesa só tem cinco derrotas no Circuito Mundial (quatro delas para compatriotas). Além disso, Sarah só venceu uma das últimas 12 lutas que fez contra japonesas.

Outro brasileiro a lutar nesta segunda é Felipe Kitadai, que terá caminho mais difícil. Medalhista de bronze em Londres, ele também foi cabeça de chave no sorteio. Fica de bye na primeira rodada e depois encara quem vencer da luta entre Juan Postigos (Peru) e Won Jin Kim (Coreia do Sul). O coreano, 13º do ranking mundial, é vice-campeão asiático. Se quiser chegar até a semifinal, Felipe Kitadai terá que fazer outras duas lutas. No seu caminho, o brasileiro Sergio Pessoa, que luta pelo Canadá.

Dos 18 brasileiros inscritos nas disputas individuais do Mundial do Rio, quem tem caminho mais tranquilo é Maria Suelen Altheman. Líder do ranking na categoria +78kg, ela só precisa fazer duas lutas para chegar até a semifinal. E a melhor ranqueada é apenas 24ª do mundo.

Confira as lutas de estreia dos brasileiros:

Feminino

48kg: Sarah Menezes x Aigul Baikuleva (CAS)

52kg: Eleudis Valentim x Abi Betsabe Cardozo Madaf (ARG)

52kg: Erika Miranda X Esther Sando (ZAM) ou Birgit Ente (HOL)

57kg: Rafaela Silva x Katinka Szabo (HUN) ou Hana Carmichael (EUA)

57kg: Ketleyn Quadros x Nekoda Smythe Davis (GBR) ou Hedvig Karakas (HUN)

63kg: Katherine Campos x Yennifer Dominguez (GUA)

70kg: Maria Portela x Emilie Sook (DIN)

78kg: Mayra Aguiar x Keivi Pinto (VEN) ou Assunta Galeone (ITA)

+78kg: Maria Suelen x Sonia Asselah (ALG) ou Gulzhan Issanova (CAS)

Masculino:

60kg: Felipe Kitadai x Won Jin Kim (KOR) x Juan Postigo (PER)

66kg: Luiz Revite x Jun-Ho Cho (KOR)

66kg: Charles Chibana x Rasul Abdusharipov (TJK)

73kg: Bruno Mendonça x Felipe Caceres (CHI)

81kg: Victor Penalber x Josateki Naulu (FIJ)

90kg: Eduardo Santos x Joakim Dvarby (SUE)

100kg: Luciano Correa x Michal Horak (RCH)

100kg: Renan Nunes x Dimitri Peters (ALE)

+100kg: Rafael Silva x Marius Paskevicius (LIT)ou Iurii Krakovetskii (QUI)

Victor Penalber mal aparecia no ranking mundial quando foram definidos os judocas que iriam aos Jogos de Londres/2012. Ele aproveitou bem as etapas do Circuito Mundial realizada sem os principais nomes da categoria até 81kg, se consolidou com bons desempenhos neste ano, e chega ao Mundial do Rio, aos 23 anos, como número 1 do ranking e com boas chances de ajudar o Brasil a liderar o quadro de medalhas.

O judoca, que é natural do Rio, cresceu bairro da Tijuca, vizinho ao Maracanãzinho, palco do evento. Agora, comemora a chance de disputar em casa o seu primeiro Mundial, mas não nega a ansiedade.

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"É um cenário que eu nunca ia imaginar. Chegar novo à primeira posição do ranking e lutar meu primeiro Mundial na minha cidade, o Rio de Janeiro. Se eu tivesse que sonhar, eu não mudaria nada. Estou bastante ansioso, bastante animado. Apesar de ser novo, estou mais amadurecido por conta das últimas viagens e competições e me sinto bastante preparado para lutar uma competição desse nível", disse Victor.

Outra estreante da seleção brasileira tem uma ligação forte com o Rio. Katherine Campos é pernambucana, mas está morando na capital fluminense há quatro anos, defendendo o Flamengo.

"Eu já me sinto um pouco carioca mas sem nunca esquecer minhas raízes pernambucanas. Lutar aqui vai ser muito bom porque minha família vem para cá, meus amigos vão estar todos aqui, além, é claro, de toda a torcida brasileira. Então, eu espero ir lá, dar o meu melhor e conseguir ir o mais longe que eu puder. De preferência, conquistar uma medalha", disse Katherine.

Depois de ficar a uma vitória de medalha de bronze nos Jogos de Pequim, Eduardo Santos vai ter uma nova chance de orgulhar seus pais. Se há cinco anos, ao perder para o suíço Sergei Aschwanden, ele chorou e pediu desculpas aos pais, diante das câmeras de TV, pela derrota, desta vez o brasileiro chega ao Mundial do Rio sem nenhuma responsabilidade. Atleta da Sogipa, de Porto Alegre, ele ganhou de última hora uma vaga na chave até 90kg.

Isso porque Tiago Camilo, titular absoluto da seleção brasileira e campeão mundial no Rio em 2007, sofreu uma lesão no ombro num treino segunda-feira e acabou cortado da delegação. Eduardo Santos, que já havia sido convocado para ser reserva na disputa por equipes, foi promovido para lutar também na chave individual.

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"Eu soube da notícia de que lutaria o individual após uma reunião da comissão técnica, quando eles tomaram a decisão de como proceder após a contusão do Tiago. Fiquei bem triste pelo lado do Tiago, porque eu sei que ele é uma grande pessoa, um atleta fantástico e que fez tudo certinho para estar aqui. Por outro lado, claro, fiquei bastante feliz por mim e por ter a oportunidade de entrar no Campeonato Mundial, mostrar meu trabalho e que eu tenho meu valor", contou Eduardo Santos.

A mudança de status dele abriu uma vaga na seleção, que ficou com Eduardo Bettoni. Chamado no ranking mundial de Eduardo Silva, o atleta do Minas Tênis Clube soube da convocação pouco antes da apresentação dos atletas e teve de correr para o Rio, onde se encontrou com o resto da delegação na manhã desta quarta-feira.

"Fiquei surpreso (com a convocação), claro. Mas para mim é excelente... Tenho um histórico muito bom em competições por equipes e gosto desse tipo de disputa. Infelizmente não foi do jeito que eu planejei estar dentro da equipe, mas pretendo substituir o Tiago muito bem, é um grande atleta, sou fã dele e de toda a sua história", disse Bettoni, que ajudou o Brasil a conquistar a medalha de bronze por equipes na Universíade de Kazan, há um mês. Na ocasião, perdeu duas lutas e venceu só uma.

Não há, na atualidade, nenhum judoca que seja comparável a Teddy Riner. O francês, peso pesado, já ganhou tudo que tem direito. Depois dos Jogos de Pequim, em 2008, só perdeu uma luta, para o japonês Daiki Kamikawa, na final da categoria open do Mundial de 2010. Mas o líder do ranking mundial é Rafael Silva, porque compete com mais frequência do que o rival e, assim, soma mais pontos.

No histórico entre os dois, cinco lutas, todas com vitória de Riner, inclusive na semifinal dos Jogos de Londres. Mas o brasileiro está otimista com o Mundial do Rio, no fim do mês. Acredita que, por lutar em casa, teria uma vantagem contra o francês.

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"Todos os judocas treinam para bater o Teddy Riner, ele é uma referência. Mas estarei lutando em casa, com o apoio da torcida. Tenho certeza que isso será uma vantagem se lutarmos", comenta Rafael Silva, que só enfrentaria Riner numa possível final, uma vez que, como primeiro e segundo colocados do ranking mundial, eles obrigatoriamente ficarão em chaves opostas no Rio.

"Este será meu primeiro mundial em casa. Em 2007 (último mundial realizado no Rio de Janeiro), a torcida foi muito importante nas conquistas do judô e esse ano não vai ser diferente", observa Silva, que vai lutar no Mundial no dia 31. Bronze em Londres, o brasileiro terá também como fortes adversários Adam Okruashvili, judoca da Geórgia e Andreas Tolzer, Alemão que também foi medalhista de bronze em Londres.

Depois de muito suspense, foi convocada nesta segunda-feira a seleção brasileira que vai tentar o recorde de medalhas para o País no Mundial de Judô que terá início dia 26 de agosto, no Maracanãzinho, no Rio. Na lista de 18 nomes, 12 atletas que já defenderam o Brasil em Jogos Olímpicos.

Esta edição do Mundial tem como novidade a possibilidade de um país inscrever nove atletas por gênero. Como são sete categorias femininas e outras sete masculinas, o Brasil vai levar quatro judocas extras além do melhor do ranking mundial em cada uma das categorias.

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Assim, além dos 14 atletas que são os melhores do País no ranking foram convocados Luis Revite (até 66kg), Luciano Corrêa (até 100kg), Eleudis Valentim (até 52kg) e Ketleyn Quadros (até 57kg). Dos favoritos a ficar com essas vagas, ficaram de fora Gabriela Chibana (até 48kg) e David Moura (+100kg).

Com relação à lista brasileira nos Jogos de Londres, ficam de fora Leandro Cunha, que voltou mal de lesão na categoria até 66kg, Leandro Guilheiro, que passou por cirurgia, e Mariana Silva, que foi superada por Katherine Campos na até 63kg. Por outro lado, Ketleyn Quadros, medalhista de bronze em Pequim/2008, volta à seleção.

Como o Mundial de Judô também terá a disputa por equipes, o Brasil ainda inscreveu outros seis atletas para brigar por mais estas duas medalhas: Mariana Silva (63kg), Barbara Timo (70kg), Marcelo Contini (73kg), Mauro Moura (81kg), Eduardo Santos (90kg) e David Moura (+100kg).

A meta traçada pela CBJ é superar o desempenho do Mundial de Paris/2011, quando o Brasil ganhou cinco medalhas: duas de prata e três de bronze. "Queremos conquistar mais medalhas e, pelo menos, um ouro na competição. Não será fácil, pois a cada ano o Mundial está mais difícil sobretudo com a regra de permitir mais de um atleta por país nas categorias. Mas estamos planejando e trabalhando para fazer uma grande competição. O resultado, porém, só saberemos no dia 1 de setembro", afirmou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ.

Se conseguir repetir o desempenho visto na ranking mundial, a meta será atingida com tranquilidade. São cinco líderes brasileiros: Victor Penalber, Rafael Silva, Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman.

Confira os convocados pelo Brasil para o Mundial:

48kg - Sarah Menezes

52kg - Erika Miranda e Eleudis Valentim

57kg - Rafaela Silva e Ketleyn Quadros

63kg - Katherine Campos

70kg - Maria Portela

78kg - Mayra Aguiar

+78kg - Maria Suelen Altheman

60kg - Felipe Kitadai

66kg - Charles Chibana e Luis Revite

73kg - Bruno Mendonça

81kg - Victor Penalber

90kg - Tiago Camilo

100kg - Renan Nunes e Luciano Correa

+100kg - Rafael Silva

Os principais nomes da seleção brasileira masculina de judô que participou do Grand Slam de Moscou, no último fim de semana, ainda não vão voltar ao País. Nesta quinta-feira, os atletas com chances de disputar o Mundial do Rio, em agosto, embarcam rumo ao Japão, onde ficarão por pouco mais de duas semanas se preparando para a principal competição do ano. Eles treinarão na Universidade Nittai Daigaku e voltem em 9 de agosto, exatos 15 dias antes da abertura da competição no Rio.

"O objetivo desse treinamento no Japão é fazer uma lapidação técnica final mas também tem um viés de isolamento, já que os distanciará dos problemas do dia-a-dia e facilitará o foco no Mundial", disse Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento.

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A lista de convocados reduz significativamente a lista de possibilidades de convocações para o Mundial. No Rio, o Brasil terá direito a inscrever nove atletas no masculino: um em cada categoria e mais dois extras. Felipe Kitadai (60kg), Luiz Revite (66kg), Bruno Mendonça (73kg), Victor Penalber (81kg), Renan Nunes (100kg) e Rafael Silva (+100kg) são os melhores brasileiros das suas categorias no ranking e devem ir ao Mundial.

Além deles, irão para o Japão, disputando uma vaga no Mundial: Charles Chibana (66kg), Luciano Correa (100kg), Hugo Pessanha (100kg), Walter Santos (+100kg) e David Moura (+100kg). A grande novidade na lista é a presença de Pessanha, que voltou às competições há cerca de um mês, depois de ficar um ano afastado. Tiago Camilo (90kg), machucado, nem foi a Moscou.

Único homem campeão em Moscou, Chibana aparece como favorito a ficar com uma das vagas, mas prefere manter os pés no chão. "Não posso afirmar que o meu desempenho no Grand Slam tenha colocado algum tipo de dúvida na cabeça dos integrantes da comissão técnica da seleção. Apenas entrei bastante focado, procurando fazer o que sempre tento que é competir bem, chegar ao pódio e subir ainda mais no ranking.

A equipe brasileira de judô já está em Salvador onde será disputada a Copa do Mundo da modalidade, a partir deste sábado (27). Os brasileiros buscam a primeira medalha de ouro na competição.

 “Vamos contar com o fator torcida, o que num evento por equipes faz muita diferença. Além disso, acho que estamos neste evento com uma equipe renovada e bastante forte”, afirmou Rafael Silva, o Baby, medalhista de bronze na categoria peso-pesado dos Jogos Olímpicos de Londres.

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No sábado, será a vez das mulheres subirem no tatame e, no domingo, os homens. O Brasil soma 5 medalhas na competição, quatro e prata e uma de bronze, todas conquistadas pela categoria masculina e, por isso, agora, eles buscam o ouro. Já o judô feminino brasileiro, ouro ou prata, busca mesmo é a primeria medalha.

Durou apenas duas horas e dez minutos a participação brasileira no penúltimo dia do Mundial de Judô, em Paris. Os cinco representantes brasileiros foram eliminados antes das quartas de final e por isso estão fora da briga por medalhas, neste sábado.

Desta forma, o Brasil termina com cinco medalhas conquistadas. É a melhor participação nacional em mundiais no número de medalhas. As mulheres ficaram na frente dos homens com três medalhas: a leve Rafaela Silva, a meio-pesado Mayra Aguiar (ambas prata) e a ligeiro Sarah Menezes (bronze). Entre os homens, apenas o meio-médio Leandro Guilheiro e o meio-leve Leandro Cunha subiram ao pódio e ficaram com o bronze.

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Neste sábado, o pesado (acima de 100 quilos) Daniel Hernandes ficou apenas 1min43 em pé diante do francês Teddy Riner. Na mesma categoria, Rafael Silva venceu o lituano Marius Paskevicius, com ippon seoi nague, mas acabou eliminado pelo francês Matthieu Bataille, com ippon, 1min40 de luta.

Entre os meio-pesados, Luciano Corrêa decepcionou ao perder no primeiro combate. Ele foi desclassificado depois de cometer quatro faltas frente ao georgiano Irakli Tsirekidze. O outro representante brasileiro na categoria até 100 quilos foi Leonardo Leite. O carioca venceu as duas primeiras lutas por ippon, mas perdeu para o egípcio Ramadan Darwish também por ippon.

No feminino, só esteve no tatame a pesado (mais de 78 quilos) Maria Suellen. Ela foi eliminada por yuko (duas punições) pela cubana Idalys Ortiz.

O Brasil volta a lutar no domingo quando haverá o Mundial por equipes. As lutas começam às 4h30 de Brasília. Cinco atletas vão fazer parte do time nacional.

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