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Mayra Aguiar continua fazendo história para o judô brasileiro ao conquistar o Grand Slam de Tóquio. O ouro inédito veio com vitória sobre a atual campeã mundial, a israelense Inbar Lani, na madrugada deste domingo. Com a conquista, o Brasil encerrou sua participação com a melhor campanha da história e em quarto lugar no quadro de medalhas.

O Brasil ficou atrás apenas de Japão, Rússia e Belarus, que jogaram sob a bandeira neutra, e Coreia do Sul. No sábado, Jéssica Lima já havia feito história, na categoria até 57kg, ao conquistar a medalha de prata. Mayra Aguiar, no entanto, foi ainda melhor e se coloca como uma das favoritas em Paris-2024.

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Mayra Aguiar começou derrotando a russa Antonina Shmeleva nas punições. Na sequência, a brasileira passou pelas japonesas Mizuki Sugimura e Mami Umeki, a última com uma vitória arrasadora com apenas sete segundos de luta.

Na decisão, a brasileira tomou a iniciativa do combate e foi logo marcando um waza-ari. Em vantagem, passou a administrar o resultado. Não deixou a israelense entrar na sua guarda e deu uma chave de braço no final para matar tempo e conquistar a tão sonhada medalha de ouro.

Ainda na madrugada deste domingo, Larissa Pimenta ficou muito próxima de conquistar a medalha de bronze, mas acabou sendo derrotada pela israelense Gefen Primo, número 7 do mundo, por punições. Com isso, terminou em quinto lugar da categoria até 52kg.

Destaque também para Willian Lima, na categoria até 66kg. O brasileiro chegou até as quartas de final, mas acabou sendo derrotado pelo mongol Baskhuu Yondonperenlei, número 2 do mundo, no golden score. Na repescagem, caiu para Hekim Agamammedov, do Turcomenistão.

Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva (+100kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Jéssica Pereira (52kg) estrearam com vitórias, mas não chegaram às quartas de final. Michel Augusto (60kg) caiu na primeira para o vice-campeão olímpico, Yeldos Smetov, do Cazaquistão.

O Grand Slam de Tóquio foi a última etapa do Circuito Mundial IJF em 2023 e distribuiu até mil pontos (ouro) no ranking de classificação olímpica para Paris 2024. A seleção brasileira seguirá por mais algumas semanas treinando no Japão até a pausa de fim de ano. O circuito retorna no ano que vem, em janeiro, no Grand Prix de Portugal.

A judoca Mayra Aguiar se sagrou tricampeã mundial nesta terça-feira, em Tashkent, no Usbequistão. A brasileira obteve o feito inédito na história do judô brasileiro ao garantir mais uma medalha de ouro na categoria até 78 kg, desta vez na final contra a chinesa Zhenzao Ma, a quem venceu por waza-ari.

Mayra se tornou a primeira brasileira da modalidade a vencer três Mundiais. Antes, havia faturado o título em Cheliabinsk, em 2014, e em Budapeste, três anos depois. Aos 31 anos, a atleta faz história e coloca seu nome como uma das maiores judocas do Brasil.

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O ouro marca sua sétima medalha individual em Mundiais. Ela soma também uma prata e três bronzes. Em 2013, participou da conquista da prata por equipes. A judoca é dona ainda de três medalhas de bronze em Jogos Olímpicos. Em Tóquio, no ano passado, faturou seu último pódio, como fizera no Rio-2016 e em Londres-2012.

Na final, Mayra foi para cima da chinesa e obteve um waza-ari logo nos primeiros segundos da luta. O golpe foi tão certeiro que a judoca pensou ter aplicado um ippon. A empolgação, contudo, não atrapalhou a brasileira, que sustentou a boa vantagem até o fim, mesmo após duas punições por falta de combatividade para cada finalista.

A brasileira chegou à final embalada por grandes vitórias. Na luta de abertura, superou a croata Petrunjela Pavic por punições. Na sequência, já pelas oitavas de final, a brasileira brilhou com um ippon sobre a casaque Aruna Jangeldina. Nas quartas, ela enfrentou seu maior desafio e não decepcionou. Derrubou a japonesa Saori Hamada, atual campeã olímpica, por ippon.

A judoca brasileira, atual número seis do mundo, ainda contou com uma ajuda da sorte. Do outro lado da chave, alemã Ana Maria Wagner, sua algoz nos Jogos Olímpicos de Tóquio e atual campeã mundial, foi eliminada nas quartas de final pela compatriota Alina Böhm. Na semifinal, Mayra superou a rival alemã, atual campeã europeia, com um waza-ari.

As medalhas de bronze ficaram com a ucraniana Yelyzaveta Lytvynenko, de apenas 18 anos, e a polonesa Beata Pacut-Kloczko. A jovem judoca obteve um ippon rápido e fulminante sobre Shori Hamada. E a polonesa desbancou Alina Böhm.

MASCULINO

O brasileiro Rafael Buzacarini, 12º do ranking mundial, teve trajetória curta no Mundial. Ele venceu o casaque Islam Bozbayev por punições em sua estreia na categoria até 100kg. Mas foi eliminado logo em seguida nas oitavas de final pelo holandês Michael Korrel, atual número dois do mundo, com um waza-ari.

Apesar da eliminação precoce de Buzacarini, o Brasil soma três medalhas no Mundial de Tashkent até agora. Antes de Mayra, Rafaela Silva faturou o ouro no sábado, mesmo dia em que Daniel Cargnin levou o bronze no masculino. O Mundial será encerrado na quinta-feira.

A judoca Mayra Aguiar conquistou sua terceira medalha de bronze olímpica, ao derrotar nesta quinta-feira (29) na disputa do terceiro lugar da categoria até 78 kg dos Jogos de Tóquio a sul-coreana Hyunji Yoon por ippon.

Mayra também venceu o bronze em Londres-2012 e nos Jogos Rio-2016. Ela é a primeira atleta brasileira a ganhar três medalhas olímpicas em um esporte individual.

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Em sua campanha nos Jogos de Tóquio, a gaúcha de 29 anos estreou nas oitavas de final contra a israelense Inbar Lanir e venceu por ippon. Na quartas de final, Mayra foi derrotada pela alemã Anna-Maria Wagner por waza-ari no golden scores.

Ela se recuperou na repescagem e derrotou Aleksandra Babintseva, do Comitê Olímpico Russo. Mayra buscou a luta o tempo todo e provocou três punições da adversária.

Na disputa pelo bronze, ela enfrentou a sul-coreana e conseguiu o ippon por imobilização de 20 segundos.

E a medalha em Tóquio veio depois de um grande esforço da judoca. Mayra passou por uma cirurgia em novembro, depois de sofrer uma lesão grave no ligamento cruzado do joelho esquerdo.

"Acho que é a conquista mais importante. Foram difíceis os últimos tempos, bem difíceis. Você tem que superar, superar de novo e de novo. Não aguentava mais fazer cirurgia, ainda mais no momento que vivemos, tive medo, angústia. Mas continuei. Dar o nosso melhor vale a pena", afirmou a judoca depois da conquista do bronze à TV Globo.

Após dois dias de resultados ruins, o judô brasileiro foi duas vezes ao pódio no encerramento do Grand Slam de Düsseldorf, na Alemanha. Neste domingo, Mayra Aguiar faturou a prata e Rafael Silva, o "Baby" (+100kg), ficou com o bronze. Beatriz Souza (+78kg) e Rafael Buzacarini (100kg) perderam suas lutas pela medalha de bronze.

Campeã em Düsseldorf em 2019, Mayra fez a sua estreia no ano olímpico no evento alemão. Em sua campanha, a brasileira venceu por ippon a equatoriana Vanessa Chala, assim como a russa Alexandra Babintseva. Nas quartas de final, passou pela austríaca Bernadette Graff nas punições.

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Mayra reencontrou nas semifinais a cubana Kaliema Antomarchi, a quem venceu na final do Pan de Lima, no ano passado, e voltou a derrotá-la, agora no golden score e com um waza-ari. Na decisão, porém, foi imobilizada pela japonesa Shori Hamada, ficando com a medalha de prata.

Sem subir ao pódio no circuito após sofrer fratura na mão em junho de 2019, Baby encerrou o jejum em Düsseldorf. Ele venceu o alemão Erik Abramov, o venezuelano Pedro Pineda, e o bielo-russo Aliaksandr Vakhaviak, o algoz do brasileiro David Moura na primeira rodada.

Porém, nas semifinais, caiu para o georgiano Guram Tushishivili, campeão mundial em 2018. Depois, se recuperou na luta pela medalha de bronze ao derrotar o húngaro Richard Sipocz pelas punições.

Buzacarini (100kg) venceu Daniel Dichev, da Bulgária, Danilo Pantic, de Montenegro, Karl-Richard Frey, da Alemanha, e Giorgi Chikovani, da Geórgia. Mas perdeu nas semifinais para o usbeque Mukhammadkharim Khurramov e na luta pelo bronze para o húngaro Miklos Cirjenics.

Beatriz (+78kg) derrotou Paula Kulag, da Polônia, e Nina Cutro-Kelly, dos Estados Unidos, ambas por ippon, e perdeu nas quartas de final para a azeri Irina Kindzerska. Na repescagem, venceu Nihel Chekh Rourhou, da Tunísia. Só que perdeu para a cubana Idalys Ortiz, a número 1 do mundo, na luta pelo bronze.

Outros quatro brasileiros - David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Rafael Macedo (90kg) e Leonardo Gonçalves (100kg) - competiram neste domingo em Düsseldorf e foram eliminados nas etapas preliminares.

Os judocas brasileiros voltarão a competir daqui a duas semanas, no Grand Prix de Rabat, no Marrocos, de 6 a 8 de março, e no Aberto Pan-Americano de Bariloche, na Argentina, nos dias 7 e 8.

Uma das melhores judocas do Brasil e número 1 do ranking na categoria meio-pesado (78kg), Mayra Aguiar era a maior favorita a conquistar nesta sexta-feira o inédito tri no Mundial, que está sendo realizado no ginásio Nippon Budokan, em Tóquio, no Japão. Mas a gaúcha de 28 anos falhou em sua missão ao ser derrotada na semifinal para a francesa Madeleine Malonga. A recuperação veio na sequência, com a medalha de bronze no peito após bater a portuguesa Patricia Sampaio.

Essa é a sexta medalha em Mundiais de Mayra Aguiar na carreira. A brasileira foi campeã pela primeira vez em Chelyabinsk, na Rússia, em 2014, e depois levou o bi em Budapeste, na Hungria, em 2017. Além dos dois ouros, ela tem agora uma prata e três bronzes.

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Apesar de não conquistar o ouro no Mundial, Mayra Aguiar vive um grande momento na carreira. Sua temporada em 2019 começou com a prata do Europeu de Oberwart, na Áustria. Depois, foi ouro no Grand Slam de Dusseldorf (Alemanha), vice no Grand Slam de Ecaterimburgo (Rússia), campeã no Pan-Americano de Judô no Peru e ganhou o Grand Prix de Budapeste, na Hungria. Por fim, foi ao topo do pódio pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

Nesta sexta-feira, Mayra Aguiar não entrou para brincadeira no tatame e, muito focada, resolveu suas duas primeiras lutas em poucos segundos, superando por ippon a portuguesa Yahima Ramirez e a judoca do Gabão, Sarah Mazouz, para avançar às quartas de final. A kosovar Loriana Kuka foi quem conseguiu resistir mais tempo diante da número 1 do mundo e chegou a forçar duas punições à Mayra. A brasileira, contudo, não diminuiu o ritmo e partiu para o ataque, derrubando Kuka por ippon e garantindo-se em mais uma semifinal de Mundial.

No penúltimo combate do dia, ela enfrentou a francesa Madeleine Malonga, atual número 4 do mundo e que foi ao Mundial após desbancar a sua compatriota Audrey Tcheumeo, vice-campeã olímpica, na disputa interna pela vaga na equipe francesa. O combate foi equilibrado e Malonga conseguiu forçar uma punição na brasileira, que precisou ir para cima para não ser punida novamente. Mayra buscou, então, um golpe rasteiro, mas a francesa se defendeu e reverteu no contragolpe para marcar o ippon que a levou à final.

Mayra Aguiar teve pouco tempo para se recuperar. Mesmo assim, a gaúcha fez valer o seu favoritismo e saiu vitoriosa contra Patricia Sampaio, garantindo a medalha de bronze para o Brasil com um ippon sobre a adversária. Trata-se da segunda do país nesse Mundial, já que Rafaela Silva, da categoria 57kg, também subiu ao pódio em terceiro lugar na última terça-feira.

OUTROS BRASILEIROS - Nas chaves masculinas, o Brasil teve dois representantes no meio-pesado (100kg) com Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini. O melhor desempenho veio com Buzacarini. Ele estreou com vitória nas punições sobre o árabe Ivan Remarenko, medalhista de bronze no Mundial de 2014, e derrotou o alemão Karl Richard-Frey com waza-ari no "golden score" na segunda luta.

Para avançar às quartas, o brasileiro precisaria passar pelo atual vice-campeão olímpico, Elmar Gasimov, do Azerbaijão, mas sofreu o ippon que interrompeu a sua primeira participação em Mundiais.

Já Leonardo Gonçalves parou na primeira luta. Ele começou melhor no combate contra Zelymn Kotsoiev, também do Azerbaijão, e ameaçou o adversário em alguns momentos da luta com ataques perigosos. Em um lance dividido, o azeri encaixou o golpe e venceu por ippon.

"Meu estilo de luta é assim, sempre para frente. Quem assistiu viu que eu estava melhor, mas ele encaixou o golpe ali e entrou. Era uma luta importante para o ranking mundial, para disputa de vaga olímpica, mas vamos seguir em frente", explicou o brasileiro.

Neste sábado, no sétimo e último dia de lutas individuais no Mundial, o Brasil terá quatro representantes no tatame na categoria pesados. No masculino (100kg), David Moura e Rafael Silva, o Baby, têm boas chances de medalha. No feminino (78kg), as esperanças estão com Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza.

No último dia de Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, Mayra Aguiar levou seu primeiro ouro na história do evento ao superar a cubana Kaliema Antomarchi na grande final da categoria até 78 Kg. Também neste domingo, outros dois brasileiros ficaram com o bronze, os pesados David Moura (acima de 100kg) e Beatriz Souza (acima de 78kg).

Foi a quarta vez que a gaúcha, hoje com 28 anos, subiu ao pódio em um Pan, mas a primeira medalha dourada. Ela já possuía duas pratas (Rio-2007 e Toronto-2015) e um bronze (Guadalajara-2011).

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Neste domingo, a vitória de Mayra, bicampeã mundial e duas vezes medalha de bronze olímpica (Londres-2012 e Rio-2016), sobre a cubana veio apenas no golden score, com um ippon no ginásio da Villa Deportiva Nacional, local de competições da modalidade no Pan.

Mesmo enfrentando uma judoca contra quem nunca havia perdido antes - eram sete combates com sete vitórias da brasileira -, depois da decisão, Mayra ressaltou a dificuldade imposta pela caribenha na luta.

"A caminhada foi muito dura. As lutas, tirando esta contra a cubana, pareceram rápidas. Mas só eu sei o quanto foi duro. Mas estou muito feliz por essa medalha de ouro.", afirmou a atleta, em entrevista ao SporTV.

Campeã dos Grand Slams de Budapeste, na Hungria, e de Dusseldorf, na Alemanha, ela levou ainda o Pan de judô, também disputado no Peru, em abril. Os resultados credenciam a brasileira a pensar em uma medalha dourada também na Olimpíada de Tóquio-2020.

Ainda assim, para a atleta da Sogipa, os Jogos Pan-Americanos têm um gostinho especial. "O Pan do Rio, em 2007, foi a primeira grande competição que fiz e onde tive certeza de que queria fazer isso para sempre. Os Jogos Pan-Americanos são muito especiais, tenho um carinho enorme", declarou Mayra.

Na categoria acima de 78kg, após ser derrotada pela porto-riquenha Melissa Mojica nas semifinais, Beatriz Souza passou pela nicaraguense Izayana Marenco na disputa do bronze com um ippon, a dois minutos do fim, e garantiu mais um pódio para o Brasil na modalidade.

"É um alívio. Muito bom sair daqui com uma medalha. Estou muito feliz. Precisava sair com um ippon como esse, precisava lutar bem. A medalha tem gosto de ouro", comentou a paulista de 21 anos, natural de Peruíbe.

Entre os pesados no masculino, David Moura faturou seu bronze ao passar pelo norte-americano Ajax Tadehara, também por ippon. "O bronze também é importante. Tem que saber curtir cada vitória. Foi um ótimo treino e preparação para o Mundial", afirmou o cuiabano, superado nas semifinais pelo cubano Andy Granda.

Com cinco medalhas de ouro, uma prata e quatro bronzes na competição de judô no Pan de Lima, a delegação brasileira agora se prepara para o Mundial da modalidade, que começa no próximo dia 25 e seguirá até 1º de setembro em Tóquio, no Japão.

A judoca Mayra Aguiar voltou a brilhar na Hungria ao arrebatar o ouro no Grand Prix de Budapeste na tarde deste domingo. No palco onde se sagrou bicampeã mundial há dois anos, a Laszlo Pap Arena, a atleta da categoria até 78kg superou a japonesa Ruika Sato na final e subiu no lugar mais alto do pódio.

Com o segundo Grand Prix na trajetória, a atleta da Sogipa assumiu o primeiro lugar no ranking mundial em sua categoria, uma vez que ela ocupava o segundo posto antes do evento húngaro, 209 pontos atrás da holandesa Gusjee Steenhuis, que não participou da competição.

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Na ausência da rival europeia, Mayra chegou a Budapeste como cabeça de chave número um da competição e estreou nas oitavas de final contra a chinesa Fei Chen. Vencedora do confronto inicial, a brasileira superou, com um ippon, a portuguesa Patrícia Sampaio nas quartas. Nas semifinais, o triunfo veio da mesma forma diante da cubana Kaliema Antomarchi.

A vitória de Mayra Aguiar, medalhista olímpica com dois bronzes na carreira - um em Londres-2012 e outro na Rio-2016 -, veio com um shidô, quando os árbitros apontam falta de combatividade de um dos lutadores, no Golden Score. A asiática foi advertida três vezes antes de que fosse declarada a vitória da brasileira.

Agora, ela ruma para os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, cuja disputa no judô acontece de 8 a 11 de agosto. Na sequência, o desafio será o Mundial, que este ano será realizado em Tóquio, no Japão, de 25 de agosto a 1º de setembro.

"Dia maravilhoso. Relembrei o mundial de 2017, saindo mais uma vez com o ouro. Lutei contra adversárias duríssimas. Entrei nessa competição sabendo que seria um ótimo treinamento para as duas principais competições do ano e saio super feliz, empolgada, com muita vontade para as próximas competições", comentou a judoca após a conquista, relembrando o título diante de outra japonesa, Mami Umeki, na decisão do Mundial disputado na capital húngara.

O Brasil já havia faturado uma medalha dourada na sexta-feira, quando a campeã olímpica Rafaela Silva foi absoluta na categoria até 57Kg. No sábado, Ketleyn Quadros (até 63Kg) e João Pedro Macedo (até 81Kg), ficaram com a prata em Budapeste.

Outros brasileiros entraram no tatame da Laszlo Pap Arena neste domingo. Pela categoria pesado (acima de 78Kg), Beatriz Sousa perdeu a decisão do bronze para a chinesa Yan Wang. Antes, na mesma disputa, Maria Suelen Altheman caiu na repescagem também para Wang e ficou com o sétimo lugar. Já no masculino, Matheus Assis foi eliminado ainda na primeira rodada da categoria até 90Kg.

O Brasil encerrou sua participação no Grand Slam de Düsseldorf em alta. Neste domingo, a judoca Mayra Aguiar conquistou a medalha de ouro na categoria até 78kg, o que garantiu a equipe brasileira na segunda colocação geral da competição disputada na Alemanha, atrás apenas do Japão.

Mayra Aguiar faturou o ouro ao vencer suas cinco lutas no tatame da arena ISS Dome com quatro ippons e dois waza-ari. A brasileira derrotou a local Teresa Zenker, a portuguesa Patrícia Sampaio, a austríaca Bernadette Graf, a eslovena Klara Apotekar e a local Anna Maria Wagner.

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Para a bicampeã mundial, o triunfo teve sabor de revanche porque, na semana passada, ela ficara com a prata, em Oberwart, na Áustria. Na ocasião, fora derrotada na final pela anfitriã Bernadette Graf, a quem derrotou neste domingo.

Mayra não foi a única brasileira a subir ao pódio neste último dia de competições em Düsseldorf. Maria Suelen Altheman, na categoria acima de 78kg, faturou o bronze ao superar a bósnia Larisa Ceric. Já Leonardo Gonçalves, até 100kg, chegou a ter chance de chegar ao bronze, mas foi derrotado pelo austríaco Laurin Boheler e terminou em quinto lugar.

Outros sete judocas do Brasil subiram ao tatame neste domingo, sem sucesso. Eduardo Bettoni (até 90kg), Rafael Macedo (até 90kg), Rafael Buzacarini (até 100kg), Jonas Inocêncio (acima de 100kg), Rafael Silva (acima 100kg) e Samanta Soares (até 78kg) e Beatriz Souza (acima de 78kg) não chegaram a brigar por medalhas.

Antes dos pódios de Mayra e Maria Suelen, o Brasil já havia se destacado no Grand Slam alemão nos últimos dias, com a prata de Rafaela Silva (até 57kg) e os bronzes de Nathália Brígida (até 48kg) e Ellen Santana (até 70kg).

A judoca brasileira Mayra Aguiar (até 78kg) fez história nesta sexta-feira (1) ao conquistar o seu segundo título mundial. Na competição que está sendo realizada em Budapeste, ela teve pela frente na final a japonesa Mami Umeki e a derrotou com um ippon aplicado logo nos primeiros segundos do golden score.

O segundo título levou Mayra Aguiar a se juntar a João Derly como únicos judocas do País que foram duas vezes campeões mundiais. Além disso, ela conquistou a sua quinta medalha em Mundiais. Antes do evento em Budapeste, ela foi ouro em 2014, prata em 2010 e bronze em 2011 e 2013. E, na sua vitoriosa carreira, a brasileira também subiu duas vezes ao pódio nos Jogos Olímpicos, em 2012 e 2016, tendo faturado o bronze em ambas as oportunidades.

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Campeã mundial em 2015, Mami Umeki já havia enfrentado outra brasileira nesta edição da competição, tendo derrotado Samanta Soares logo na estreia. Mas acabou sucumbindo na final diante de Mayra, que agora recuperou o status de campeã mundial, pois havia vencido a competição em 2014 - no ano passado, a competição não foi disputada por ser ano olímpico.

No combate decisivo, Umeki recebeu duas punições no início da luta, enquanto a brasileira levou um no minuto final do tempo regulamentar, que terminou sem a aplicação de golpes. A definição, então, ficou para o golden score. E com apenas 11 segundos, a brasileira conseguiu o ippon que lhe assegurou o título.

Para garantir o seu lugar no pódio, Mayra Aguiar venceu outra japonesa nas semifinais. A brasileira encarou Ruika Sato em uma luta tensa, com ambas levando dois shidôs. Faltando cerca de um minuto para o término do combate, a brasileira conseguiu projetar a adversária, em golpe pontuado como wazari, o que assegurou a sua passagem para a final do Mundial.

Mayra também teve grande desempenho nas preliminares nesta sexta, tendo vencido as três lutas que disputou por ippon. A brasileira superou a eslovena Klara Apotekar e a austríaca Bernadette Graf, antes de encarar nas quartas de final a francesa Audrey Tcheuméo.

Tcheuméo superou Mayra nas semifinais da Olimpíada do Rio, mas dessa vez a brasileira se deu melhor. Ela ainda levou duas punições, mas conseguiu um wazari e, na sequência, imobilizou a rival, que se viu forçada a abandonar a luta.

A medalha conquistada por Mayra é a segunda do Brasil nesta edição do Mundial de Judô. A outra foi com Érika Miranda, bronze na categoria até 52kg.

MARIA PORTELA CAI NA REPESCAGEM - Outra brasileira a avançar até a fase final do Mundial nesta sexta, Maria Portela (até 70kg) perdeu logo na sua primeira luta na repescagem. A brasileira encarou a espanhola María Bernabéu, levou duas punições e sofreu um wazari e deixou o Mundial.

Aos 25 anos, a judoca Mayra Aguiar conquistou a segunda medalha olímpica e garante que ficará marcada em sua trajetória no esporte. “Essa medalha conquistada em casa vai ficar marcada na minha vida, é uma coisa que vou guardar para sempre”, afirmou a atleta, salientando que o momento atual do judô brasileiro ainda tem muito que conquistar.

“Temos um time maravilhoso, tanto no feminino quanto no masculino. O judô brasileiro é lindo, sempre traz alegrias ao nosso país. Ainda temos muito para crescer, o time feminino ainda é muito jovem, mas já com campeãs olímpicas e campeãs mundiais", relatou Mayra, depois de ganhar a medalha de bronze nesta quinta-feira (11), na categoria 78 kg. 

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Mayra Aguiar garantiu a segunda medalha do Brasil no judô nesta edição dos Jogos Olímpicos. Na disputa do terceiro lugar na categoria até 78 kg, ela superou a cubana Yalennis Castillo, prata nos Jogos de Pequim, em 2008, e repetiu seu resultado dos Jogos de Londres, há quatro anos. Além dela, quem também ganhou medalha para o Brasil na modalidade foi Rafaela Silva, que conquistou o ouro.

Aos 25 anos, Mayra é uma das judocas mais vitoriosas de sua geração. Em sua terceira edição dos Jogos Olímpicos, ela já acumula duas medalhas, os bronzes de Londres, em 2012, e agora, no Rio, neste ano - em Pequim, em 2008, perdeu na primeira luta, quando tinha apenas 17 anos.

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A atleta da Sogipa, nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, tem no currículo ainda quatro medalhas em Mundiais: ouro em 2014, prata em 2010 e bronze em 2011 e 2013. Sem contar os diversos títulos e pódios desde que se profissionalizou com apenas 14 anos, oito após começar a praticar o esporte.

Pelo chaveamento da competição, era esperado que Mayra enfrentasse a norte-americana Kayla Harrison na final. Mas a brasileira tropeçou diante da francesa Audrey Tcheumeo na semifinal e ficou fora da disputa do ouro. No dia de disputa, Mayra iniciou bem superando a australiana Miranda Giambelli em apenas 42 segundos, por imobilização. Depois, enfrentou a alemã Luize Malzahn, quinta do ranking mundial, e venceu por um shido.

A meta da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) era superar a campanha dos Jogos de Londres, quando o Brasil conquistou um ouro e três bronzes. A conta ficou apertada agora porque restam apenas Rafael Silva e Maria Suelen Altheman para entrarem em ação. Os outros judocas do País já entraram no tatame e acabaram ficando fora do pódio: Felipe Kitadai, Sarah Menezes, Charles Chibana, Erika Miranda, Alex Pombo, Mariana Silva, Victor Penalber, Maria Portela, Tiago Camilo e Rafael Buzacarini.

A judoca brasileira Mayra Aguiar confirmou o favoritismo e garantiu sua vaga nas semifinais da categoria até 78 kg dos Jogos Olímpicos, nesta quinta-feira (11), ao vencer por um shido a alemã Luise Malzahn.

A luta foi mais equilibrada do que se esperava, com Malzahn impedindo a gaúcha de se impor e encaixar seus golpes. A torcida gritava "Uh, vai morrer" para intimidar a alemã, que só perdeu por levar uma punição. Na semi, Mayra enfrentará uma adversária difícil, a francesa Audrey Tcheuméo, campeã mundial em 2011, em Paris.

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A gaúcha de 25 anos estreou de forma arrasadora, ao despachar a australiana Miranda Giambelli em menos de quarenta segundos. A australiana mal teve tempo de entrar na luta. Foi logo derrubada por Mayra, com um wazari seguido de imobilização, para a alegria da torcida, que começou a gritar "Brasil, Brasil" antes mesmo do início do combate, quando a gaúcha apareceu na área de competição.

Medalhista de bronze em Londres-2012 e campeã mundial em 2014, a brasileira pode enfrentar na final sua eterna rival, a americana Kayla Harrisson. Atual campeã olímpica, Harrisson disputou seu duelo de quartas de final pouco depois de Mayra e venceu a húngara Abigel Joo por ippon, em menos de dois minutos.

Se Sarah Menezes e Rafaela Silva falharam na tentativa de se recuperarem de uma campanha ruim no Mundial, Mayra Aguiar mostrou que a derrota precoce no Mundial de Astana foi só uma pedra no caminho. Neste domingo, a gaúcha ficou com a medalha de prata na categoria até 78kg no Grand Slam de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. Entre outras, venceu a francesa Audrey Tcheumeo, vice-líder do ranking mundial.

Campeã mundial em 2014, Mayra sofreu com lesões e só havia competido uma vez em nível mundial desde então, exatamente em Astana, onde falhou na conquista do bi. Assim, o Grand Slam de Abu Dabi foi a demonstração de que a gaúcha segue entre as melhores da categoria e o resultado de agosto não é regra.

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Neste domingo, ela venceu a sul-coreana Mi-Young Choi (42.ª do ranking) e a britânica Natalie Powel (oitava) antes de encontrar Audrey Tcheumeo, a quem venceu na final do Mundial de 2014. Por um yuko, o resultado foi o mesmo do ano passado.

Na final, Mayra não teve a mesma sorte. Diante da holandesa, Marhinde Verkerk (sexta) de quem ganhou na decisão do bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, desta vez não repetiu o resultado e acabou derrotada no golden score. A brasileira tentou uma entrada, levou o contragolpe e foi derrotada por estrangulamento.

O outro representante do Brasil no tatame em Abu Dabi neste domingo foi Eduardo Bettoni. Reserva na categoria até 90kg, ele venceu o eslovaco Milan Randl (39.º) na estreia, mas depois perdeu para o astro grego Ilias Iliadis (nono). Sem pontuar bem, Bettoni segue atrás de Tiago Camilo no ranking olímpico e deve ver o veterano representar o Brasil na categoria nos Jogos do Rio.

Com esses resultados, o Brasil fechou a campanha em Abu Dabi com apenas duas medalhas de prata, uma campanha aquém do esperado. A seleção, afinal, viajou aos Emirados Árabes Unidos com os titulares de oito categorias. Sarah Menezes e Rafaela Silva perderam para adversárias inexpressivas nas estreia e Felipe Kitadai e Victor Penalber, candidatos a medalha em 2016, também não conseguiram subir ao pódio.

Tudo indicava uma final antecipada da categoria até 78kg já nas quartas de final do Mundial, entre Mayra Aguiar e Kayla Harrison. Mas, em um dia em que a zebra passou solta por Astana, no Casaquistão, nem a brasileira nem a norte-americana conseguiram chegar sequer a esta etapa da competição. Tiago Camilo e Maria Portela também se despediram sem medalhas nesta sexta-feira.

O resultado é surpreendente principalmente por conta de Mayra, que ia seguidamente ao pódio desde 2008, contando suas conquistas em Mundiais de base (2006 e de 2008 a 2010) e adultos (2010, 2011, 2013 e 2014) e nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

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Depois do título mundial obtido em Chelyabinsk (Rússia), no ano passado, Mayra ficou nove meses afastada das competições. Voltou para ser ouro no Campeonato Pan-Americano de Judô e prata nos Jogos Pan-Americanos. Nestes três eventos e também no Grand Slam de Tyumen (Rússia), antes do Mundial de 2014, fez final contra Kayla.

A brasileira, por lutar pouco, entretanto, caiu no ranking. Pelo sorteio, poderia enfrentar a arquirrival nas quartas de final, mas caiu antes. Após vencer fácil a chilena Jacqueline Usnayo, com um ippon após 28 segundos de luta, Mayra foi surpreendida pela polonesa Daria Pogorzelec, número 14 do mundo e de quem nunca havia perdido no Circuito Mundial. Mas também Kayla Harrison ficou pelo caminho, eliminada pela sul-coreana Hyunji Yoon, também na segunda luta.

Para o Brasil, o resultado se soma às más campanhas de Sarah Menezes e Rafaela Silva, que foram eliminadas na estreia das categorias até 48kg e até 57kg, respectivamente. As duas e Mayra Aguiar são as únicas brasileiras medalhistas de ouro em Mundiais ou Olimpíada e, no último grande teste antes do Rio-2016, decepcionaram.

Maria Portela, da categoria até 70kg, venceu duas lutas, contra Aoife Coughlan (Austrália) e Andrea Poo (México), mas perdeu para Maria Bernabeu, da Espanha, nas oitavas de final. Na chave dela ficaram pelo caminho, entre outras, a líder do ranking mundial, a holandesa Kim Polling.

Já Tiago Camilo é a primeira grandes decepção do judô masculino. O veterano, de 32 anos, perdeu logo na estreia para o russo Kirill Denisov, oitavo do mundo, por ter recebido mais shidôs (punições). Na categoria dele, até 90kg, os três primeiros do ranking mundial e os dois últimos campeões mundiais foram derrotados antes das semifinais.

Número 20 do ranking mundial, Tiago não tem um bom resultado em nível mundial desde o bronze no Masters de Almaty, também no Casaquistão, em 2012, antes da Olimpíada. Desde então, só foi ao pódio em competições regionais e em dois eventos da série Grand Prix.

O resultado ruim dos três brasileiros que lutaram nesta sexta-feira deixam difícil de ser alcançada a meta de conquistar cinco medalhas no Mundial. No sábado, último dia de competições nas chaves individuais, lutam Maria Suelen Altheman, David Moura, Luciano Corrêa e Rochele Nunes.

Por dez dias, a cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, tem abrigado algumas das maiores rivalidades do judô mundial. Desde a última terça-feira, delegações de 12 países, além do Brasil, participam de um camping de treinamento promovido pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), no Centro de Desenvolvimento de Vôlei (CDV).

"Aqui os atletas podem conhecer os movimentos dos adversários, testar novas pegadas", observou o gestor de alto rendimento da CBJ, Ney Wilson, durante os trabalhos nesta sexta-feira. "O nosso objetivo final com esse treinamento são os Jogos Olímpicos. Mas é claro que há todo um processo. Antes tem os Jogos Pan-Americano, o Mundial do Casaquistão."

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Entre os judocas está a gaúcha Mayra Aguiar, campeã mundial na Rússia em 2014, e a norte-americana Kayla Harrison, campeã olímpica, que foi derrotada pela brasileira na decisão do último Mundial, na categoria de até 78 quilos.

"Eu acho muito bom treinar com a Mayra. Estar com ela me faz mais esforçada. Nos Estados Unidos, não tem a quantidade de atletas de ponta como tem aqui, o treinamento é muito forte", considerou a norte-americana, que revelou, além do treino, estar aproveitando o clima quente de Saquarema e o "arroz com feijão" servido no refeitório do CDV.

"Não dá para evitar, o treinamento acaba sendo bom para a Kayla, porque ela passa a conhecer melhor os meus movimentos", admitiu Mayra. "Mas não penso muito nas minhas adversárias. Procuro focar no meu trabalho e acho que no fim acaba dando certo."

Após o término das atividades desta manhã, as duas conversaram e chegaram até a brincar e posar juntas para fotografias. Mas Mayra garantiu que na hora do treino, assim como nas competições, não tem moleza. "Sou muito orgulhosa. No treinamento não quero cair nem a pau", brincou.

A saída do francês Teddy Riner do treinamento de campo na última quinta-feira, em razão de uma contusão no cotovelo, frustrou os planos do brasileiro Rafael Silva. Riner é heptacampeão mundial e principal adversário de Rafael na categoria acima de 100 quilos.

"Desde 2010 ele Riner está invicto. Então, foi ruim a saída. Estava sendo um privilégio ter um atleta com a categoria dele", lamentou o brasileiro. "Mas os caras que estão aqui são muito bons. No meu clube, não tem tantos pesos para treinar como aqui. Os treinamentos tem sido de qualidade."

O encontro termina no dia sete de fevereiro. Além de Brasil, Estados Unidos e França, estão presentes as delegações de Itália, Eslovênia, Alemanha, Israel, Áustria, Holanda, Líbano, Portugal, Irlanda e Japão.

Mayra Aguiar tem apenas 23 anos, mas desde os 14 está "pegando em quimonos" mundo afora. A gaúcha da categoria meio-pesado (até 78 kg) conquistou o ouro no Mundial de Judô de Chelyabinsk, na Rússia, nesta sexta-feira, e se tornou o atleta do País com o maior número de medalhas na competição. Agora, são quatro, de todas as cores - já havia conquistado a prata em Tóquio (2010) e o bronze em Paris (2011) e Rio (2013).

"Eu já tinha o pódio inteiro no júnior, e no sênior faltava o ouro. Eu não ia sair daqui sem ele, vim para a Rússia com esse objetivo, não ficaria satisfeita se saísse com menos", afirmou a judoca, atleta da Sogipa, do Rio Grande do Sul.

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A trajetória de Mayra é tão singular que o seu título mundial júnior, obtido em Agadir (Marrocos), foi conquistado 40 dias depois de sua primeira medalha mundial adulta, no Japão, em 2010. Nesta sexta, portanto, Mayra chegou a oito medalhas mundiais individuais, se também forem contabilizados os dois bronzes (Santo Domingo, em 2006, e Paris, em 2009) e a prata (Bangcoc, em 2008) que ganhou como júnior.

Para subir ao lugar mais alto do pódio em Chelyabinsk, Mayra "exorcizou" o fantasma Kayla Harrison. A norte-americana é sua principal rival na categoria e, por causa de derrotas contra ela, a brasileira ficou com a prata no Mundial de 2010 (encontraram-se na final) e não pôde disputar a decisão dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 (lutaram na semifinal). Na Rússia, elas voltaram a se encontrar na briga por uma vaga na final.

Mayra acredita que sua agressividade, desde o início do combate, causou impacto na adversária. "Ela já tinha tirado um ouro meu em um Mundial e em uma Olimpíada, e isso estava me corroendo por dentro. Eu joguei tudo no tatame, comecei muito forte, mas essa tática deu certo. Ela não esperava. Eu saí acabada da luta e tinha pouco tempo para o final, mas minha cabeça estava muito boa."

A rivalidade entre as duas judocas ficou evidente no pódio. Enquanto Mayra e a francesa Audrey Tcheumeo, a quem derrotou na final, trocaram cumprimentos e conversavam após a execução do Hino Nacional Brasileiro, Kayla manteve-se com o semblante muito sério, mesmo tendo conquistado o bronze.

O ouro teve um gosto ainda mais especial para Mayra após o longo processo de recuperação de duas cirurgias realizadas no fim do ano passado, no cotovelo esquerdo e no joelho direito. A dificuldade superada se traduziu nas lágrimas do pódio. "(Ouvir o Hino) sempre me emociona, mas dessa vez foi difícil segurar o choro. Por causa da cirurgia, passei o réveillon com o joelho inchado, mas realmente acreditando que eu iria ganhar essa medalha. Por tudo o que passei, veio um filmezinho e foi o que me emocionou no pódio."

A temporada curta, que além do Mundial teve apenas o Grand Slam de Tyumen em julho (também na Rússia, e também vencido por ela), deve ser completada apenas pelo Grand Slam de Tóquio, em dezembro. A meta, agora, está direcionada para 2016. "Quero ganhar minha medalha de ouro na Olimpíada também", diz a judoca, bronze nos Jogos de Londres em 2012. "Essa caminhada também vai ser dura, mas acho que tem tudo para dar certo. Quando a gente sonha, o sonho fica muito distante, então eu digo que tenho um objetivo, que é conquistar essa medalha. Vou fazer de tudo para deixá-la no Brasil."

Na primeira final do judô brasileiro no Mundial de Chelyabinsk, Mayra Aguiar conquistou nesta sexta-feira o inédito título mundial. A gaúcha de 23 anos derrotou a francesa Audrey Tcheumeo por wazari, com um golpe aplicado a menos de dois minutos do fim da luta, e garantiu o ouro na categoria meio-pesado (até 78kg). Em sua caminhada até o pódio - o segundo do Brasil no campeonato que acontece na Rússia -, ela também derrotou a norte-americana Kayla Harrison, atual campeã olímpica, na semifinal.

Foi a quarta medalha da carreira de Mayra em Mundial Adulto. Ela já somava uma de prata, em Tóquio/2010, e duas de bronze, em Paris/2011 e Rio/2013. Agora, chegou ao ouro, título que tinha conseguido ainda nas seleções de base, no Mundial Júnior de Agadir, em 2010. Para completar sua coleção, também tem um bronze olímpico, conseguido nos Jogos de Londres em 2012.

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O Mundial na Rússia é apenas a segunda competição de Mayra na temporada. A judoca passou por duas cirurgias em dezembro, no cotovelo esquerdo e no joelho direito. Seu retorno aos treinos ocorreu em abril e a reestreia nos tatames foi na metade de julho, no Grand Slam de Tyumen, também em solo russo. Na ocasião, ela foi campeã, justamente contra Kayla Harrison, mas por WO - a norte-americana se machucou e não disputou a final daquela competição.

Em Chelyabinsk, a brasileira não teve dificuldades para alcançar a semifinal. Venceu duas de suas três primeiras lutas por ippon: a estreia, diante da italiana Assunta Galeone, e a das quartas de final, contra a russa Alena Kachorovskaya. Nas oitavas de final, derrotou a espanhola Laia Talarn por um yuko.

Na semifinal, Mayra teve a oportunidade de "devolver" a derrota sofrida na semifinal dos Jogos Olímpicos de Londres, quando Kayla a derrotou para, depois, ficar com o ouro. Com um yuko e um wazari, a brasileira venceu nesta sexta-feira e equilibrou um pouco o retrospecto contra a rival - em 11 combates entre as duas, são agora cinco vitórias da judoca do Brasil. Depois, a norte-americana ficou com o bronze no Mundial, assim como a eslovena Anamari Velensek.

RESULTADOS - Outros dois brasileiros competiram nesta sexta-feira na Rússia, pelos médios. Campeão mundial em 2007 e duas vezes medalhista olímpico, o experiente Tiago Camilo (até 90kg) não conseguiu passar pela estreia, contra o sérvio Dmitri Gerasimenko, ao perder por um yuko. O grego Ilias Iliadis foi o campeão da categoria ao conquistar sua sexta medalha em Mundial, a terceira de ouro, vencendo o húngaro Krisztian Toth por ippon. Ficaram com o bronze o georgiano Varlam Liparteliani e o russo Kirill Voprosov.

Em seu primeiro Mundial de Judô, Barbara Timo (até 70kg) conseguiu uma vitória tranquila na estreia, com um ippon com menos de um minuto de luta, diante da sul-coreana Jin Hye Jeong. Mas a chave não ajudou a progressão da brasileira no torneio. Nas oitavas de final, ela enfrentou a colombiana Yuri Alvear, dona de dois títulos mundiais e bronze na Olimpíada de Londres. A judoca do Brasil conseguiu sair em vantagem no placar, com um yuko, e vencia até os últimos 30 segundos de combate, quando sofreu um wazari e foi eliminada.

Provando sua predominância no peso até 70kg, Yuri Alvear avançou até conquistar a medalha de ouro, derrotando a japonesa Karen Nun Ira na final. A cubana Onix Cortes Aldama e a polonesa Katarzyna Klys ficaram com o bronze nessa categoria.

BRASIL - Com o título de Mayra, a seleção brasileira passa a somar duas medalhas no Mundial que termina no domingo em Chelyabinsk. Antes, tinha conseguido o bronze com Érika Miranda, na última terça-feira, na categoria meio-leve (até 52kg).

Medalhista de bronze em Londres, em 2012, Mayra Aguiar está em fase final de preparação para iniciar, em junho, a corrida pela vaga em mais uma Olimpíada. Depois do Mundial do ano passado, quando foi terceira colocada na categoria até 78kg, a gaúcha deu uma pausa nos treinamentos. Passou por duas cirurgias - cotovelo esquerdo e joelho direito - e agora volta zerada exatamente no início da contagem do ranking olímpico.

"Depois do Mundial do Rio no ano passado, não coloquei mais o quimono. Fiquei sem entrar no tatame e isso me fez muita falta. Mas acabei focando em outras coisas, na faculdade e em ficar mais tempo com a minha família, porque a gente viaja demais, e agora a rotina vai voltar de novo, com viagens até 2016", comenta Mayra.

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Durante esses quase oito meses sem treinar, a atleta da Sogipa, de Porto Alegre, perdeu ritmo. Agora tenta retomar a rotina normal para iniciar a corrida para chegar bem nos Jogos do Rio.

"Estou completa agora. Parecia que estava faltando um pedacinho de mim. Já estou treinando normalmente, mas com o pessoal mais leve por enquanto. A ideia é não forçar agora com o pessoal do meu peso. Mas daqui a três semanas já tenho a primeira competição e preciso estar bem", diz Mayra.

A reestreia, dia 8 de junho, será no Grand Prix de Havana, em Cuba. "Não sei se vou chegar 100%, mas a cabeça vai estar boa. Sou muito competitiva. Sei das minhas limitações e que fiquei parada por muito tempo. Vou para ganhar, mesmo sabendo que vai ser difícil, e sem pensar nas limitações."

O ranking mundial do judô foi atualizado após a realização dos Abertos Pan-Americanos de Montevidéu e Buenos Aires e do Grand Prix de Tbilisi, torneio que não teve a participação de brasileiros, e segue com atletas do País na primeira colocação em quatro das 14 categorias: Sarah Menezes (48kg), Rafaela Silva (57kg), Mayra Aguiar (78kg) e Rafael Silva (+100kg).

Além disso, o Brasil tem outros 11 judocas entre os dez melhores nas suas respectivas categorias. Felipe Kitadai (60kg) está em quinto lugar, Charles Chibana (66kg) é o terceiro e Luiz Revite (66kg) o décimo, Victor Penalber(81kg) está em terceiro lugar, Luciano Corrêa (100kg) é o nono, David Moura (+100kg) ocupa a quinta posição e Walter Santos (100kg) a décima, Érika Miranda (52kg) está na segunda colocação, Ketleyn Quadros (57kg) é a sexta, Mariana Barros (63kg) está em oitavo lugar e Maria Suelen Altheman (+78kg) é a segunda.

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Os resultados das competições pan-americanas, em que o Brasil faturou 36 medalhas, sendo 19 na Argentina e 17 no Uruguai, provocaram algumas movimentações relevantes no ranking. Na categoria leve masculina (73kg), Marcelo Contini, prata em Montevidéu e ouro em Buenos Aires, ultrapassou Alex Pombo e se tornou o brasileiro mais bem colocado. Ele subiu para a 18ª posição, duas à frente de Alex Pombo, e três à frente de Bruno Mendonça.

"Estou feliz em ter assumido a liderança temporária da categoria entre os brasileiros mas o ranking é muito dinâmico. Então, estou focado e treinando para a próxima competição com o objetivo de tentar me manter nesse posto e subir mais algumas posições no ranking. A categoria está muito equilibrada e acho que essa "briga" vai fazer com que todos cresçam", disse Contini.

Sete judocas brasileiros vão competir neste fim de semana no Grand Prix de Samsun, na Turquia. Os representantes do país serão Bárbara Timo, Ketleyn Quadros, Mariana Barros e Maria Suelen Altheman entre as mulheres, e Charles Chibana, Victor Penalber e Vinicius Sakamoto, entre os homens.

Líder do ranking mundial na categoria até 78kg, Mayra Aguiar foi operada nesta quinta-feira, em São Paulo. De acordo com a Sogipa, clube no qual ela treina, a brasileira medalhista de bronze nos Jogos de Londres/2012, passou por uma cirurgia no cotovelo esquerdo e outra no joelho direito.

Ainda segundo o clube gaúcho, o procedimento foi realizado pelo médico Breno Schor, chefe do departamento médico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), e as cirurgias foram bem sucedidas. Mayra começa a fazer fisioterapia imediatamente e a volta aos treinos normais deve ocorrer no início do próximo ano.

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"Infelizmente, as lesões fazem parte da rotina dos atletas. Agora, quero me recuperar o mais rápido possível para voltar ao tatame e fazer o que mais gosto, que é praticar judô e representar o Brasil em competições pelo mundo", afirmou Mayra, logo depois da cirurgia. Ela fica em São Paulo até segunda-feira e volta a Porto Alegre para as festas de fim de ano.

O Circuito Mundial de Judô começa apenas em fevereiro, com o European Open de Sofia, entre os dias 1 e 2. Logo no fim de semana seguinte acontece o Grand Slam de Paris, principal torneio do primeiro semestre.

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