Tópicos | Nelson Mandela

Confira as imagens do velório de Nelson Mandela, ao vivo, direto de Pretória. A geração de imagens é da AFP.

##RECOMENDA##

O presidente americano Barack Obama - ao lado da premiê dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt e do premiê britânico David Cameron - protagonizou o que se pode chamar de "a foto do ano". Na ocasião, o trio de peso marcava presença no funeral de Nelson Mandela, no Soccer City, em Soweto, nesta terça-feira (10). Além das especulações de que a primeira dama Michelle Obama teria ficado com ciúmes do presidente, o peso da ocasião também foi um fator para a não aprovação da atitude.

As críticas também afirmaram que atitudes como essa são "infantis e desnecessárias". O discurso do presidente foi um dos momentos mais importantes do funeral, considerado oportuno e emocionante. A foto aconteceu logo em seguida, quando Obama retornou à tribuna e sentou ao lado de Helle e David. O fotógrafo responsável pelo click foi Robert Schmidt, da AFP. Em seu blog pessoal, ele explica que, apesar de ser um funeral, o presidente está seguindo o sentimento do público presente. "À minha volta, no estádio, os sul-africanos dançam, cantam, e riem para homenagear seu líder que acaba de morrer. A atmosfera é de festa, não de recolhimento’’, afirmou Schmidt.

##RECOMENDA##

Ladrões invadiram nesta terça-feira a casa de Desmond Tutu na Cidade do Cabo, quando o ex-arcebispo participava, em Soweto, perto de Johannesburgo, de uma cerimônia em homenagem a Nelson Mandela, declarou um porta-voz de Tutu nesta quarta-feira.

"Posso afirmar que houve um roubo na noite passada" na residência de Desmond Tutu no bairro de Milnerton, declarou à AFP Roger Friedman, porta-voz do Prêmio Nobel da Paz, sem informar a importância dos objetos levados.

##RECOMENDA##

Desmond Tutu, de 82 anos, e sua esposa estavam na terça-feira em Soweto, onde pronunciou o discurso de encerramento da cerimônia em homenagem a Nelson Mandela no estádio FNB.

"Ainda não podemos dizer o que foi roubado", já que o bisco não estava em Johannesburgo na terça-feira, declarou o porta-voz. "Mas a casa não foi saqueada", acrescentou.

Ele informou que o roubo ocorreu na terça-feira no início da tarde, mas não especificou a hora exata.

Em agosto o bispo anglicano foi vítima de outro roubo sem violência em sua casa em Milnerton quando dormia com sua esposa.

Acompanhe, ao vivo, as homenagens a Nelson Mandela, direto do Union Buildings (Sede do Governo em Pretoria), onde acontece o velório do líder Sul-Africano e prêmio Nobel da Paz. A geração das imagens é da AFP.

##RECOMENDA##


Acompanhe, AO VIVO, homenagens a Nelson Mandela, com geração de imagens da AFP. No vídeo, também é possível rever os discursos já realizados, inclusive os do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da presidenta brasileira Dilma Rousseff. 

##RECOMENDA##

Durante oito minutos, a presidente Dilma Rousseff prestou homenagem a Nelson Mandela com discurso durante o funeral que está sendo realizado em Johanesburgo, na África do Sul, nesta terça-feira (10). "Ele conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processo de emancipação dos século XX: o fim do Apartheid. É um paradigma para todos os povos que lutam pela justiça, igualdade e liberdade", disse.

Dilma também elogiou a postura do líder sul-africano ao conduzir o país. "Por profundo compromisso com justiça e com paz, sobretudo por sua superioridade moral e ética, ele soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção da nova África do Sul. Ele deixou lições não só para o seu querido continente africano, mas para todos aqueles que buscam a liberdade, a justiça e a paz no mundo", frisou ela, que discursou em português. "Nós, nação brasileira, que trazemos com orgulho o sangue africano das veias, choramos a perda desse grande líder, panteão da humanidade", finalizou.

##RECOMENDA##

A presidente discursou logo após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A cerimônia contará também com o pronunciamento de representantes da China, Namíbia, Índia e Cuba. Dilma viajou para a África do Sul acompanhada de quatro ex-presidentes: José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Primeiro chefe de Estado a discursar em cerimônia oficial de exéquias do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, o presidente dos EUA, Barack Obama frisou a importância do líder africano enquanto uma multidão formada por autoridades e populares o escutavam. Entre os elogios proferidos em Joanesburgo, o gestor americano afirmou que “é uma honra celebrar com o povo, uma vida inigualável ao povo da África do Sul. Aos povos de todas as raças, de todas as vidas. O mundo agradece a vocês por compartilhar Nelson Mandela conosco. O triunfo dele foi o seu triunfo”.

Obama fez questão de relembra à história de Mandiba comentando ter sido um “gigante na história” e ter nascido durante a I guerra Mundial longe do poder, criado junto a pastor de gados. “É citado como um grande liberador do século passado que começou como uma pequena tentativa de sucesso (...). Ele deu voz aos prisioneiros uniu seu país”, enalteceu. 

##RECOMENDA##

O presidente dos EUA avaliou Mandela como “um homem que conquistou seu lugar na história com ousadia e fé” e disse que no Congresso Nacional africano Mandiba manifestou sua raiva em prol da ação para que homens e mulheres pudessem defender a dignidade que Deus os deu.

“Ensinou-nos o poder da ação e o poder das ideias (...). Ele sabia que ideias não podiam ser contidas por paredes de prisões. Insistiu compartilhar conosco suas dúvidas e sua fé. Ele admitiu imperfeições, ele não era uma caricatura de mármore era um homem de carne e sangue, um marido, um amigo”, descreveu. 

Obama também ressaltou outras ações realizadas por Mandela como a busca pela igualdade e fechou o discurso desejando que o exemplo dele se amplie pela juventude. “Nós também precisamos agir em prol da justiça e da paz (...). Que Deus abençoe a memória de Nelson Mandela e o povo da áfrica do sul”, cravou.

Ao término da fala de Obama, a presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou seu discurso em homenagem ao ex-líder africano.

[@#podcast#@]

A semana em 10 minutos teve como principal destaque a morte do líder sul-africano Nelson Mandela. Ele foi o principal responsável por combater o Apartheid no seu País e expandir sua luta pela África e por outros lugares do mundo. Além disso, o programa repercutiu o sorteio da Copa do Mundo de 2014 e as definições das seleções que enfrentam o Brasil e que vão disputar partidas na Arena Pernambuco.

##RECOMENDA##

Na política do Estado, o Encontro de Prefeitos e Prefeitas, que ocorreu na última segunda-feira (2), no município de Gravatá, também foi lembrado. O vestibular tradicional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que acontecerá no próximo domingo (8), também foi comentado no programa.

O Brasil terá sete dias de luto pela morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, contados a partir desta sexta-feira (6). O funeral de Mandela será no dia 15 de dezembro e a presidenta Dilma Rousseff viajará ao país africano para acompanhar a cerimônia. O ex-presidente será enterrado com honras de chefe de Estado e diversos líderes mundiais devem comparecer ao funeral.

No dia 10 de dezembro será realizada uma cerimônia nacional em memória do líder, no estádio de Soweto, em Johanesburgo. O corpo de Mandela ficará exposto na sede da presidência em Pretória, entre os dias 11 e 13 de dezembro. No dia 15, Mandela será sepultado na aldeia de Qunu, no Sul do país, onde foi criado. A África do Sul terá luto nacional de uma semana, a começar no domingo (8).

##RECOMENDA##

Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993, o ex-presidente morreu aos 95 anos, vítima de complicações respiratórias. A morte do líder foi anunciada pelo presidente sul-africano Jacob Zuma, em uma transmissão televisiva.

[@#galeria#@]

O falecimento do ex-presidente africano Nelson Mandela tem sido um dos assuntos de maior repercussão nesta sexta-feira (6), no cenário político. O líder que morreu aos 95 anos é visto como um heroi pelos sul-africanos e pessoas de todo o mundo. Sua ascensão política, suas ações e a trajetória de vida que marcou também por ter sido o primeiro presidente negro da África são lembradas por autoridades políticas das mais distintas esferas.

##RECOMENDA##

Líderes como a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos (PSB) são alguns dos políticos que comentaram o falecimento de Maniba, além de outros como o do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. “Nelson Mandela foi um homem extraordinário, um líder que dedicou sua vida à luta pelos direitos do seu povo, pela liberdade e pela igualdade. Uma luta que todos nós devemos honrar, fazendo-a nossa também. Essa será a melhor forma de homenageá-lo e manter vivo seu exemplo, que engrandece a humanidade”, enalteceu o tucano.

No cenário pernambucano, vários parlamentares manifestaram-se como a deputada Terezinha Nunes (PSDB). “Mandela, exemplo para o mundo (...). Porta-voz dos negros do seu país que foram mantidos afastados da sociedade até recentemente, Mandela foi um exemplo para os que não se rendem e lutam pelos seus ideais até alcançá-los. Conseguiu livrar a África do Sul do Apartheid através de uma resistência pacífica. Merece todas as homenagens, grande Mandela”, publicou a parlamentar na rede social.

“Sem dúvida, a vida e a história de Mandela poderiam ser sintetizadas nesta frase. Minha homenagem ao homem e um dos principais líderes políticos da história da humanidade que acreditou, lutou e fez o "impossível" acontecer no seu País. Com sua luta contra a dominação mantida pelo Apartheid, Mandela transformou-se num paradigma para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade”, escreveu o deputado federal Mendonça Filho (DEM), na página de seu Facebook. 

Quem também frisou a morte do líder africano foi o senador Armando Monteiro (PTB). “O mundo perde um símbolo e um exemplo de luta pela igualdade e pela paz”, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). “Nelson Mandela, agora, descansa. Mas para toda a humanidade fica um permanente exemplo de perseverança, de fé, de superar diferenças e ressentimentos. Esta é a imagem que vai perdurar para os sul-africanos, os africanos, os brasileiros e todos os povos”, publicou o socialista. 

Uma das poucas recordações que tenho em sala de aula, no ensino fundamental, é sobre Nelson Mandela. O líder da África do Sul era diferente de quase todos os outros personagens históricos citados nos livros didáticos: ele era negro. Nós, alunos, ficamos curiosos de ver a imagem de um negro sem estar atrelada a figura de um desnutrido, favelado ou aidético. É claro que personagens como Zumbi dos Palmares ou Martin Luther King eram lembrados, mas eles estavam escondidos em subcapítulos ou em legendas fotográficas, não tinham a importância do homem que ajudou a reconstruir a história da África.

Confesso que além de Mandela, o episódio que mais chamou atenção na sala de aula foi a partida de rúgbi. A professora sabia que os alunos gostavam de esportes, e ela usou muito bem isso para prender nossa atenção para tratar sobre a segregação racial do Aparthied.  Fui entender que aquele jogo que unia os brancos e negros na África do Sul representou uma mudança na desigualdade étnico/racial no mundo pós-Guerra Fria. Mandela acabou fazendo o óbvio, unir o que nunca devia ser separado, desconstruir uma ideia de preconceito tão arraigada na sociedade que era berço dos africanos.

##RECOMENDA##

A segregação racial acabou sendo disseminada pelo mundo e sua imagem, por vezes, chegou a ser deturpada, ou não a nada mais contraditório do que ser vencedor de um Nobel da Paz e, ao mesmo tempo, fazer parte da lista de terroristas considerados perigosos para a segurança dos Estados Unidos?

Mas, diferentes da construção de outras histórias, Mandela não foi um herói inventado. Ele perpetuou o que muitos já pensavam, mas não tinham coragem de fazer. Ele retirou o medo da maioria de lutar pelo seu direito social, de ingressar nos cenários políticos. As pessoas queriam ser iguais a ele, pensavam igual a ele.

A sua representatividade continuará tão significativa que a luta por fim de outros Apartheids vai continuar sem o líder da África do Sul. O repúdio à aversão da linguagem, da roupa e até do black power do negro está presente em vários de nós. Isso comprova que incorporamos a sua ambição e nos identificamos com ele, e acabamos sendo todos Mandela.

*As informações expostas não refletem necessariamente a opinião do Portal LeiaJá e são de inteira responsabilidade de seu autor, da mesma forma que os comentários feitos pelos internautas.

O ex-presidente da África do Sul e Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, morto nessa quinta-feira (5), aos 95 anos, está sendo reverenciado pelo mundo do esporte nesta sexta. Símbolo maior da luta contra o Apartheid, a segregação racial em solo sul-africano, Mandela foi exaltado pelos principais dirigentes esportivos e por grandes atletas do planeta.

"Ele foi um homem notável, que entendeu que o esporte pode construir pontes, destruir muros e revelar o que a humanidade tem em comum. Foi um verdadeiro estadista", afirmou o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Thomas Bach. "Ele e eu compartilhamos uma crença inabalável no poder extraordinário do futebol para unir as pessoas em paz e amizade", disse Joseph Blatter, presidente da Fifa.

##RECOMENDA##

Bach e Blatter lembraram como Mandela utilizou o esporte em favor da união do povo sul-africano. Em um dos episódios mais famosos da sua história na presidência da África do Sul, o líder aproveitou a realização da Copa do Mundo de rúgbi em seu país, em 1995, para unir a população.

Recém-eleito, o presidente negro surpreendeu ao demonstrar apoio público ao esporte mais tradicional dos brancos e deu uma lição contra o preconceito. A história foi narrada nos cinemas, protagonizada pelo ator Morgan Freeman, que chegou a levar o Oscar de melhor ator em 2010 pelo desempenho no famoso papel.

"O Senhor Mandela foi um homem realmente notável. Eu tive a honra de estar ao seu lado durante os históricos dias da Copa do Mundo de Rúgbi, de 1995, e vi o incrível impacto que ele causou em sua nação e em seu povo. Sua sabedoria, inteligência e presença marcante eram uma maravilha a serem observadas", lembrou o presidente do Conselho Internacional de Rúgbi, Bernard Lapasset.

O presidente do Sindicato Sul-Africano de Rúgbi, Oregan Hoskins, também enalteceu o papel de Mandela, também chamado de Madiba pelos compatriotas, no esporte. "Todas as nossas vidas estão mais pobres hoje com a extinção destes farol de luz e esperança que guiou nosso caminho na transição democrática. 'Madiba' foi um homem de grande visão, determinação, integridade que realizou um milagre que surpreendeu o mundo e seus próprios compatriotas", declarou.

A morte de Mandela também repercutiu entre atletas na ativa e já aposentados. "Vamos todos manter seu legado com determinação e paixão", disse Pelé. "Ele nos fez perceber que somos todos irmãos, independentemente de nossas cores. Ele nos ensinou o perdão em grande escala", declarou o ex-boxeador Muhammad Ali.

Homem mais rápido do mundo, o jamaicano Usain Bolt também lamentou a perda. "Foi um dos grandes seres humanos da história. Que sua alma descanse em paz, foi um dos grandes lutadores do mundo", comentou. "A vida de Nelson Mandela mudou muitas outras. Seu legado permanecerá para sempre", disse a tenista Serena Williams. "Obrigado, Madiba, por seu legado e seu exemplo. Você sempre ficará conosco", declarou o atacante Cristiano Ronaldo.

[@#video#@]

O povoado de Qunu, terra natal de Nelson Mandela, localizada no sudeste da África do Sul, acordou triste na manhã desta sexta-feira (6). O seu mais ilustre filho faleceu, aos 95 anos, devido a complicações de uma infecção pulmonar. Foi ainda durante a infância na pequena vila rural, que o prêmio Nobel da Paz de 1993 percebeu as desigualdades provenientes da diferença de cor na África do Sul. 

##RECOMENDA##

Ainda cedo, Mandela conheceu o preconceito. Sua juventude foi durante o período do Apartheid, regime segregacionalista instituído na África do Sul por vários governos, que favorecia uma minoria branca, em detrimento da liberdade dos negros, a quem eram destinados a uma posição inferior. A esses era proibido o voto, diversos empregos, a cidadania, e até mesmo a liberdade de ir e vir. 

Mandela foi o principal líder na derrubada desse regime. Sua luta contra a desigualdade social o levou a 27 anos de prisão, período em que ganhou apoio dos próprios guardas da prisão, de militantes distribuídos pelo mundo, e dos moradores de Qunu, que sempre admiraram o homem.

"(Ele era) uma pessoa doce, não importava se o outro tinha as mãos sujas do trabalho, recebia a todos igualmente", comentou a ex-vizinha Nozolile Mknetshana. O ex-líder sempre fazia questão de voltar à terra natal e interpretar o Papai Noel para as crianças durante o período de Natal.

Quem acessar a página do Google durante esta sexta-feira (6) talvez não perceba, mas o Google está homenageando Nelson Mandela, ex-presidente sul-africano que faleceu quinta-feira (5). Quase no rodapé da página está escrito: Nelson Rolihlahla Mandela, 1918 – 2013. Ao clicar no link, o usuário é redirecionado para uma página com memórias sobre o mártir da sociedade contemporânea.

Saiba mais - Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e governou entre 1994 e 1999, liderando a nação no período da transição entre o governo da minoria e o da maioria. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um discurso dado logo após a divulgação da morte do líder sul-africano Nelson Mandela, lamentou a morte daquele que ele considera como um dos mais influentes e corajosos seres humanos de todos os tempos. Visivelmente emocionado, o primeiro presidente negro dos EUA ressaltou que a sua vida não seria a mesma sem a existência da figura do representante da luta contra o Apartheid.

##RECOMENDA##

"Ele não pertence mais a gente, ele pertence à eternidade. Com a sua inabalável força para sacrificar a própria liberdade pela liberdade dos outros, (ele) influenciou todo o mundo", comentou Obama, fazendo referência aos 27 anos de cárcere a que Mandela foi subjugado, devido à sua luta contra o regime racista da África do Sul. 

Nelson Mandela faleceu nessa quinta-feira (5), aos 95 anos, na casa onde morava em Johannesburgo. 

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lamentou na página oficial de seu Facebook, a morte do ex-presidente da África, Nelson Mandela. O heroi dos sul-africanos estava internado desde o início de junho em Pretória, na África do Sul, devido uma infecção pulmonar e faleceu nessa quinta-feira (5), gerando comoção no país e em várias partes do mundo.

Na publicação de Campos ele relata que Mandela não é apenas um líder, mas sim um exemplo. “Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte de Nelson Mandela. Mais que uma das maiores personalidades de nosso tempo, o líder sul-africano é um exemplo notável de coragem e humanidade que nos deixa”, elogiou.

##RECOMENDA##

Apesar da lástima, o socialista frisou a importância das ações do líder africano e as lições que permanecerão vivas em seu país e em todo o planeta. “A trajetória de Mandela é uma enorme lição de vida que deve ser lembrada por todos nós. Cada dia de sua história mostra que o esforço e a persistência de um homem, que age com inteligência, bondade e coragem, podem mudar não apenas o destino de um país, mas a história de todo um povo. Que podem tocar o coração do mundo”, pontuou. 

Como lembrança de Mandela, Eduardo Campos citou uma de suas frases sobre a educação e afirmou ser uma das lições deixadas pelo africano. “De todas as muitas lições que Nelson Mandela nos legou, quero repartir com vocês uma que me toca em especial: “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo””, disse. 

Com a vida tomada pela política, Nelson Mandela nunca teve realmente tempo para as mulheres, mas, como homem encantador e namorador, sempre buscou sua companhia como mostram seus inúmeros romances e seus três casamentos.

Os dois primeiros matrimônios sucumbiram às pressões e aos sacrifícios da luta contra o regime racista do Apartheid. Ele teve de esperar chegar aos 80 anos, já um homem livre e quase aposentado, para encontrar a moçambicana Graça Machel. Mandela se apaixonou como um adolescente e encontrou paz e serenidade.

A vida política do jovem Nelson Rolihlahla Mandela talvez tenha começado com a fuga de uma mulher: aquela escolhida pelo regente de seu clã, no Transkei (sudeste), para que ele se casasse em 1941, aos 22 anos. "É certo que minha futura mulher tem tanta vontade de se livrar de mim, quanto eu dela", escreveu.

Uma noite, Mandela e um amigo, Justice, fugiram para Johannesburgo, em busca da riqueza e da emancipação. Na capital econômica do país, graças ao futuro mentor Walter Sisulu, o aprendiz de advogado Mandela forjou sua educação política e descobriu o amor. Foi na casa dos Sisulu que encontrou Evelyn Mase, "uma bela e tranquila jovem que chegava do campo".

Eles se casaram em 1944 e tiveram dois filhos, Thembi e Makgatho, e duas filhas, Makaziwe (falecida aos nove meses em 1948) e Pumla Makaziwe. O problema é que Mandela, então um dos jovens líderes do ANC, estava mergulhado na militância e estava sempre ausente. Evelyn, cada vez mais atraída pela religião, acabou abandonando o domicílio conjugal em 1955.

Dois anos e algumas militantes depois, Mandela conheceu Nomzamo Winnifred Madikizela, uma sedutora assistente social de 21 anos. Voltou a se apaixonar. "Não sei se algo como o amor pode surgir no primeiro olhar, mas sei que, no exato instante em que vi Winnie Nomzamo, soube que seria minha mulher", escreveu em sua autobiografia "O longo caminho para a liberdade".

Ingênua e apaixonada, Winnie deixou que Mandela fizesse "a corte e a politizasse ao mesmo tempo". Eles se casaram em 1958, e Winnie abraçou sua luta e seus amigos. O casal teve duas filhas, Zenani e Zinzi, durante cinco anos desenfreados de militância, entre detenções e julgamentos.

Os 27 anos de prisão que se seguiram à última detenção de Mandela em 1963 implodiram a união, apesar das emocionantes cartas de amor e de apoio. De sua cela, Mandela continua se dedicando à ANC. Winnie, uma figura emblemática da resistência popular, enlouquecia com sua própria aura, a ponto de encarnar o terror, nos anos 1980.

A imagem de Winnie de mãos dadas com Mandela no dia de sua libertação, em 11 de fevereiro de 1990, escondia a realidade. Em breve ela seria julgada por sequestro e cumplicidade de homicídio de um jovem ativista do ANC, tornando-se um peso para o partido no poder. O casal se divorciou em 1996.

Durante a presidência, Mandela sempre teve oportunidade de conhecer belas mulheres: misses sul-africanas, modelos internacionais, como Naomi Campbell, ou atrizes, como a sul-africana Charlize Theron. Em 1990, pouco antes de ser libertado, ele encontrou em Maputo Graça Machel, viúva do presidente moçambicano Samora Machel, morto em um acidente de avião em 1986. Suspeita-se que a queda tenha sido orquestrada pelo regime do Apartheid.

Aos poucos, ele foi ficando cada vez mais envolvido com essa mulher 27 anos mais jovem. Pouco a pouco, os dois começaram a aparecer mais em público, como no casamento do presidente zimbabuano, Robert Mugabe, onde se beijaram, em 1996. Incapaz de esconder sua felicidade, Mandela falou para a imprensa do "maravilhoso sentimento de estar apaixonado". Casaram-se em 18 de julho de 1998, em seu aniversário de 80 anos.

A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, declarou estar "profundamente entristecida" com a morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Em comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham, a rainha declarou que "seu legado é a paz na África do Sul que vemos hoje". Fonte: Dow Jones Newswires.

Líderes mundiais divulgaram notas de pesar pela morte de Nelson Mandela, lembrando o exemplo, a influência e a importância do ex-presidente sul-africano. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou que se inspirou em Mandela. "Eu sou um dos incontáveis ​que se inspirou na vida de Nelson Mandela. Minha primeira ação política foi um protesto contra o apartheid. Estudei suas palavras e seus escritos. O dia em que ele foi libertado da prisão me deu a percepção do que os seres humanos podem fazer quando são guiados por suas esperanças, e não por seus medos", disse.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que se “extinguiu uma grande luz”, referindo-se à morte do ex-presidente da África do Sul. Segundo o líder britânico, a bandeira em sua residência oficial será colocada a meio mastro. “Uma grande luz extinguiu-se no mundo”, escreveu Cameron em sua conta no microblog Twitter. “Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo. Ordenei que a bandeira no n.º 10 [de Downing Street, residência oficial] seja colocada a meia mastro”, acrescentou.

##RECOMENDA##

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou o líder sul-africano como “um gigante pela justiça” que inspirou movimentos de libertação. “Muito no mundo inteiro foi influenciado pela sua luta altruísta pela dignidade, igualdade e liberdade humana. Ele tocou as nossas vidas de uma forma muito pessoal”, disse Ban Ki-moon aos jornalistas, em tributo a Mandela.

Já o presidente francês, François Hollande, afirmou que Mandela era “um resistente excepcional” e “um combatente magnífico”. Em comunicado, ressaltou que o líder foi “a encarnação da nação sul-africana, o cimento da sua unidade e o orgulho de toda a África”.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, destacou as mudanças promovidas por Mandela. “Mandela mudou o curso da história para a sua população, para o seu país, para o seu continente, para o mundo. Os meus pensamentos estão com a sua família e com a população da África do Sul”, disse o português, também pelo Twitter.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, a memória do líder da luta contra a segregação racial deve ser reverenciada. Van Rompuy definiu Mandela como “uma das maiores figuras políticas do nosso tempo”. "Honremos a sua memória com o compromisso coletivo com a democracia”.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, lamentou nesta quinta-feira a morte do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. O dirigente suíço, que está no Brasil para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, também decretou luto na comunidade internacional do futebol.

"É em luto profundo que deixo meus votos de respeito a uma pessoa extraordinária, provavelmente um dos maiores humanistas de nosso tempo e um querido amigo meu: Nelson Mandela. Ele e eu compartilhamos uma crença inabalável no poder extraordinário do futebol para unir as pessoas em paz e amizade, e para ensinar os valores sociais e educacionais básicos na escola de vida", disse Blatter, em comunicado distribuído pela Fifa.

##RECOMENDA##

No texto, o presidente da Fifa lembrou da final da Copa do Mundo de 2010, quando Mandela desfilou pelo gramado do Soccer City naquela que seria sua última aparição pública até falecer nesta quinta-feira, em Pretória.

"Quando ele foi homenageado e aplaudido pela multidão no estádio Soccer City, em 11 de julho de 2010, era como um homem do povo, um homem dos seus corações. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Para ele, a Copa do Mundo na África do Sul realmente era um sonho tornado realidade", recordou Blatter.

Para a Fifa, "Mandela ficará nos nossos corações para sempre. As memórias de sua histórica luta contra a opressão, seu incrível carisma e seus valores positivos vão morar para sempre conosco". Em forma de luto, as bandeiras na sede da Fifa ficarão a meio pau e na próxima rodada de jogos internacionais será respeitado um minuto de silêncio.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando