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O pesquisador alemão Thomas Sudhof e os norte-americanos James Rothman e Randy Schekman conquistaram o prêmio Nobel da Medicina de 2013 nesta segunda-feira pelas suas descobertas sobre como os hormônios, enzimas e outras substancias importantes são transportadas para dentro das células.

Este sistema de controle de fluxo evita que as atividades dentro das células entrem em caos e as descobertas dos cientistas ajudaram a aprofundar o entendimento de uma série de doenças, incluindo diabetes e problemas que afetam o sistema imunológico, disse o comitê do prêmio.

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Trabalhando entre os anos 1970 e 1990, os três pesquisadores fizeram descobertas revolucionárias sobre como pequenas bolhas chamadas vesículas agem como transportadores de carga dentro das células. Primordialmente, o trabalho dos grupo ajudou a explicar "como esta carga é entregue nos lugares certos na hora certa", disse o comitê.

"Imagine centenas de milhares de pessoas que estão viajando em centenas de milhas de ruas; como eles vão encontrar o caminho certo? Onde o ônibus parará e abrirá suas portas para que as pessoas possam sair?", disse o secretário do comitê do Nobel, Goran Hansson. "Há problemas semelhantes nas células."

As descobertas ajudaram médicos diagnosticarem graves formas de epilepsia e doenças de deficiência imunológica em crianças, disse Hansson. No futuro, os cientistas esperam que a pesquisa possa levar a remédios contra os tipos mais comuns de epilepsia, diabetes e outras deficiências de metabolismo, acrescentou.

Rothman, de 62 anos, é um professor da Universidade de Yale enquanto Schekman, de 64 anos, trabalha para a Universidade da Califórnia, em Berkeley. Já Sudhof, de 57 anos, se uniu à Universidade de Stanford em 2008. Fonte: Associated Press.

Integrantes da comissão do Prêmio Nobel da Paz receberam nesta segunda-feira uma petição com mais de 100 mil assinaturas endossando a concessão do laurel ao soldado norte-americano Bradley Manning, julgado pelo vazamento de informações ao site WikiLeaks.

Manning, que pode ser condenado a até 90 anos de prisão pelo vazamento, foi formalmente indicado ao prêmio em junho pela Nobel da Paz norte-irlandesa Mairead Corrigan Maguire.

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Segundo ela, a entrega de centenas de milhares de documentos diplomáticos e militares dos Estados Unidos ao WikiLeaks ajudaram a acabar com a guerra no Iraque, acelerando a retirada das tropas estrangeiros, e dissuadiu Washington promover outras intervenções no Oriente Médio.

A petição em favor de Manning foi entregue hoje em Oslo pelo ativista antiguerra norte-americano Norman Solomon a Asle Toje, integrante da comissão.

Toje enfatizou que o Nobel da Paz "não é um concurso de popularidade" e disse que a petição não ajuda nem atrapalha a indicação de Manning. Fonte: Associated Press.

O britânico Robert Edwards, pioneiro da fertilização in vitro e ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2010, morreu nesta quarta-feira, aos 87 anos, anunciou a Universidade de Cambridge.

"Com grande tristeza, a família anuncia que o professor Sir Robert Edwards, vencedor do Prêmio Nobel, faleceu tranquilamente enquanto dormia em 10 de abril de 2013 depois de uma longa enfermidade", assinala o comunicado divulgado pela Universidade de Cambridge, à qual continuava vinculado.

Foi ele que conseguiu o nascimento do primeiro "bebê de proveta", Louise Brown, em 25 de julho de 1978, um acontecimento histórico que foi a manchete dos jornais de todo o mundo.

Mais de quatro milhões de pessoas nasceram desde então graças à fecundação in vitro.

Seus trabalhos foram recompensados em 2010 com o Prêmio Nobel da Paz, mas o cientista, que vivia retirado há anos, não foi recebê-lo em Estocolmo por motivos de saúde.

Nascido em 27 de setembro de 1925 na localidade de Batley, perto de Leeds (norte da Inglaterra), serviu no exército britânico de 1944 a 1948, antes de iniciar seus estudos de biologia na Universidade de Bangor, em Gales, e depois em Edimburgo (Escócia), onde se doutorou em 1955 com uma tese sobre o desenvolvimento embrionário dos ratos.

Depois de um primeiro emprego no Instituto Nacional de Pesquisa Científica em Londres, começou a trabalhar em 1963 na Universidade de Cambridge, onde, cinco anos mais tarde, viu pela primeira vez a vida ser criada fora do útero.

"Jamais esquecerei do dia que olhei em meu microscópio e vi algo diferente nos cultivos", afirmou Edwards em 2008. "O que vi foi um blastocisto humano me olhando fixamente. Pensei: conseguimos", acrescentou.

Uma década depois, em 25 de junho de 1978, nasceu Louise Brown, fruto da primeira fecundação in vitro - fecundação dos ovócitos pelos espermatozóides fora do corpo da mãe -, em um parto cercado do mais absoluto sigilo para escapar do assédio dos meios de comunicação.

Em 1980, Edwards e Patrick Steptoe fundaram a Bourn Hall, a primeira clínica de fertilidade do mundo, onde continuaram aperfeiçoando seu procedimento com mais de 10.000 bebês nascidos desde então.

O ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela passa este domingo (31) de Páscoa no hospital, onde segue internado para tratamento de pneumonia desde quarta-feira (27), segundo informações do governo da África do Sul. Mandela agradeceu hoje pelas orações que estão sendo feitas pela sua recuperação. Nas missas de Páscoa em várias congregações, os fiéis rezaram pela saúde de Mandela. "O mundo todo deve se unir e rezar por ele", disse o segurança sul-africano Zacheus Phakathi, que participava de uma missa.

Esta foi a terceira internação de Mandela desde dezembro, quando foi tratado de uma infecção no pulmão e também para remoção de cálculos biliares. Mandela foi prisioneiro político por 27 anos do regime do Apartheid, período no qual contraiu uma tuberculose. Ele se tornou o primeiro presidente negro do país, em 1994. As informações são da Associated Press.

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Os restos mortais do poeta e ganhador do prêmio Nobel chileno Pablo Neruda, morto em 1973 pelo que se acredita terem sido complicações de um câncer, serão exumados nos primeiros dias de abril, para esclarecer uma denuncia de envenenamento, informou nesta segunda-feira o juiz encarregado do caso.

"Para poder dar tempo (aos peritos nacionais e estrangeiros que devem participar da análise) e estabelecer uma data aproximada, assinalamos os 15 primeiros dias de abril, mas ainda não determinamos uma data exata", declarou o juiz Mario Carroza à imprensa.

O poeta está enterrado desde 1992 em sua casa de Isla Negra, na costa central chilena, junto a sua última esposa, Matilde Urrutia.

Neruda, membro do Partido Comunista, morreu 12 dias depois do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 que derrotou seu amigo, o presidente socialista Salvador Allende, e instaurou a ditadura de Augusto Pinochet até 1990.

Em uma versão defendida na época por Urrutia e a fundação que administra a obra do poeta, Neruda morreu vítima do agravamento de um câncer de próstata.

No entanto, em 2011, Manuel Araya, seu motorista e assistente pessoal afirmou que o poeta foi envenenado por agentes da ditadura.

Em junho de 2011, a justiça chilena aceitou investigar o caso após pedido apresentado pelo PC com base nos relatos de Araya.

"A convicção (para ordenar a exumação) está nos antecedentes que deram origem ao processo, tínhamos que determinar se era factível a diligência, e a partir disso tomamos a decisão, explicou o juiz Carroza.

Araya defende que o poeta foi envenenado por meio de uma injeção, quando estava internado na Clínica Santa María de Santiago, dias antes de viajar ao México, onde planejava se refugiar após a instalação da ditadura.

A justiça chilena também investiga a morte em 1982 do ex-presidente chileno Eduardo Frei (1964-1970), que foi envenenado na mesma clínica.

Já a morte de Allende foi confirmada como suicídio em meio ao bombardeio do palácio presidencial durante o golpe de Estado.

O Comitê Nobel norueguês recebeu 259 indicações para o Prêmio Nobel da Paz de 2013, batendo o recorde de 2011, quando 241 indicações foram apresentadas.

Entre os indicados conhecidos encontram-se o soldado norte-americano Bradley Manning, que confessou ter fornecido documentos secretos para o site dedicado ao vazamento de informações sigilosas WikiLeaks, e a adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, que no ano passado foi baleada na cabeça por milicianos islâmicos quando voltava da escola para casa.

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O Comitê Nobel normalmente mantém segredo sobre os candidatos, mas na maioria das vezes alguns nomes são revelados por pessoas ligadas ao processo de indicação. Cinquenta dos indicados são organizações, informou o comitê sem entrar em detalhes.

O vencedor do Nobel da Paz deste ano será anunciado em outubro. As informações são da Associated Press.

Um conto do japonês Yasunari Kawabata, ganhador do Nobel de Literatura, que data de abril-maio de 1927, foi descoberta recentemente. O anúncio foi feito por um grupo de pesquisadores nesta segunda-feira (18).

Trabalho do início de sua carreira, o texto Utsukushii! (Magnífico!) foi publicado num jornal de Fukuoka, oeste do Japão, afirmou à AFP o autor da descoberta Takumi Ishikawa, da Universidade de Rikkyo. Ishikawa e o editor Hiroshi Sakaguchi, que dirige um museu literário em Fukuoka, descobriram o conto do autor do festejado País de neve folheando os arquivos do jornal. A Fundação Kawabata avaliou e confirmou a autenticidade do texto.

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"Nessa época muitos autores conhecidos publicavam seus textos em jornais locais, já que os grandes veículos da imprensa nacional tinham sido devastados pelo terremoto de 1923 em Tóquio", explicou Ishikawa. Utsukushii! conta a história de um industrial que enterra uma garota no túmulo de seu filho deficiente depois que a menina sofre um acidente ao subir na lápide.

Na sepultura, o pai gravou: "um belo rapaz e uma bela moça dormem juntos". A solidão e a empatia estão no cerne deste texto escrita por Kawabata aos 27 anos. Na época, ele já tinha perdido os pais e o avô, única pessoa que cuidou dele durante sua juventude.

"Esta narrativa se parece muito com outro romance publicada por ele em 1954, Utsukushiki Haka (Um belo túmulo)", explica o pesquisador. Primeiro autor japonês laureado pelo Nobel de Literatura em 1968, Kawabata se matou em 1972, aos 72 anos.

O Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Mo Yan, comparou nesta quinta-feira a censura às averiguações de segurança realizadas nos aeroportos pelo mundo, sugerindo se tratar de um ato desagradável, mas necessário. Os comentários do escritor chinês foram feitos em Estocolmo, onde receberá na próxima semana o Nobel de Literatura.

Mo Yan, primeiro escritor chinês a ser agraciado com o Nobel, disse não acreditar que a censura deva ser usada para impedir a divulgação da verdade, mas pode ser empregada - e às vezes chega a ser necessária - para impedir a disseminação de rumores e de difamações. As informações são da Associated Press.

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O Prêmio Nobel da Paz Paz 2012 concedido para a União Europeia é ilegal porque a UE não é "um campeão da paz", denunciou nesta segunda-feira o Escritório Internacional para a Paz (IPB, sigla em inglês), que reúne mais de 300 grupos em 70 países.

Em uma carta aberta à Fundação Nobel, o IPB, que levou o Nobel da Paz em 1910, pediu que os oito milhões de coroas suecas (932.000 euros) do prêmio não sejam entregues às UE.

Para o IPB, "a UE não procura proceder a uma desmilitarização das relações internacionais" e seus membros "justificam a segurança baseada na força militar e travam guerras ao invés de insistir na necessidade de ter enfoques alternativos".

O comitê norueguês descartou de imediato o pedido do IPB.

Por sua parte, o influente secretário do Prêmio Nobel, Geir Lundestad, declarou à AFP que "este ponto de vista já foi expressado em várias oportunidades, mas que não terá qualquer impacto sobre a evolução do prêmio".

O Nobel da Paz 2012 foi concedido à UE por ter extirpado as guerras em um continente que saiu desunido da Segunda Guerra Mundial.

Os norte-americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley foram agraciados com o Nobel de Economia deste ano por suas pesquisas sobre como relacionar os agentes de determinados mercados, como por exemplo pacientes com doadores de rins e empregadores com aqueles que procuram trabalho.

Roth, da Universidade de Harvard, e Shapley, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), venceram por suas teorias sobre "alocações estáveis e modelo de mercados", afirmou a Real Academia de Ciências Sueca.

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"O Prêmio deste ano diz respeito a um problema central da economia: como juntar diferentes agentes da melhor forma possível", disse em comunicado a Academia. "Por exemplo, estudantes têm que ser combinados com escolas. Como fazer isso da forma mais eficiente possível? Quais métodos são benéficos para quais grupos? O prêmio vai para dois economistas que responderam essas questões."

O Prêmio de Economia não é tecnicamente um Nobel, pois não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel, milionário que inventou a dinamite e doou sua fortuna para criar a premiação. A categoria de economia foi instituída em 1968 pelo Banco Central da Suécia. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O escritor dissidente chinês Liao Yiwu, refugiado na Alemanha, criticou severamente esse sábado (13) a atribuição do prêmio Nobel de literatura ao seu compatriota, Mo Yan, a quem considera um "poeta de Estado".

Mo Yan é "um poeta de Estado" que "se retira ao seu mundo habilitado quando é necessário", disse Liao Yiwu em uma entrevista ao semanário Der Spiegel.

Segundo Liao, seus amigos na China lhe perguntaram, após a atribuição do Nobel na quinta-feira, se o "Ocidente se vê como a prolongação do sistema chinês".

Mo Yan, de 57 anos, conquistou o Nobel de literatura de 2012 com uma obra que descreve com "realismo alucinatório" a agitada história do seu país e seu apego às paisagens da China oriental de sua infância, segundo o comitê Nobel.

O escritor foi criticado por outros colegas chineses por não apoiar os autores dissidentes.

Em 2011, Liao Yiwu recebeu o Prêmio da Paz das livrarias alemãs, uma das recompensas literárias mais importantes do país.

O Prêmio Nobel da Paz, Mohammad Yunus, anunciou neste sábado (13) que seu grupo de desenvolvimento vai financiar uma série de empreendimentos no Haiti, o país mais pobre das Américas. O grupo de investimento financiará de US$ 80 mil a US$ 500 mil, mas o dinheiro será liberado se os projetos estiverem de acordo com a filosofia de "negócio social" disseminada por Yunus.

Os empreendimentos em questão precisam gerar receita suficiente para cobrir os custos e gerar lucros, mas com ênfase em sua missão social. O anúncio foi feito por Yunus neste sábado em Porto Príncipe, onde é realizada uma conferência que estuda meios de erradicar a pobreza no Haiti por intermédio da filosofia de desenvolvimento aplicada originalmente em Bangladesh e que lhe rendeu o Nobel da Paz.

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As informações são da Associated Press.

A imprensa europeia considerou este sábado (12) que a atribuição do Prêmio Nobel da Paz para a União Europeia (UE) fez justiça a uma história "que rendeu 67 anos sem conflitos ao continente", mas estava dividida sobre sua pertinência em um momento em que esta instituição sofre sua pior crise.

Para alguns, a lembrança da importância do projeto comum deve dar aos europeus razões para acreditar e incentivá-los a continuar os esforços. Outros, principalmente na Grã-Bretanha e Alemanha, veem este Nobel como uma ironia pouco pertinente, em um momento em que a Europa não é mais que uma "combinação de Estados em falência".

Este prêmio "deve ser visto (...) como um chamado a prosseguir os esforços. Porque a paz se alimenta da coesão social, objetivo pulverizado pela crise", reportou o jornal La Libre Belgique. "Seria um erro acreditar que a paz foi conquistada definitivamente. O crescente nacionalismo e extremismo na Europa reflete o risco, que não deve ser submestimado, de um contragolpe", acrescentou.

O jornal Le Soir (Bélgica) considera, por sua vez, que "os cidadãos europeus, muitos dos quais têm motivos para se angustiar, devem tomar este prêmio como um lembrete do que a Europa foi até agora, um ator primordial da democracia e do progresso".

Esta também é a opinião do jornal de centro-direita La Stampa: "o prêmio chegou de surpresa em um dos momentos mais difíceis do processo de integração do continente, já que a crise continua afetando muitas famílias, que estão à beira de uma possível revolta social (...) Trata-se de um reconhecimento concreto em um caminho que rendeu 67 anos sem conflitos ao continente".

Na França, o jornal Libération (esquerda) considerou que "se requer uma desfaçatez colossal para conceder o prêmio Nobel da Paz à União Europeia em um momento em que, diante de uma crise que a supera (...), esta última parece se deixar absorver pelo declínio".

Para o jornal conservador francês, o Le Figaro considerou que esta recompensa é "um estímulo para uma Europa sacudida pela crise" e destacou que "o comitê norueguês premiou uma construção que pacificou de forma duradoura o continente".

Avaliação similar fez o alemão Die Welt: "o prêmio Nobel da paz recompensa um milagre e estimula continuar acreditando em milagres".

O Frankfurter Allgemeine Zeitung considerou o projeto europeu não como "um projeto do passado, mas uma missão para o futuro". O prêmio Nobel da Paz dará aos europeus a coragem de seguir trabalhando em sua obra comum".

No entanto, estas apreciações não são unânimes na Alemanha.

"Boa ideia, mal vencedor", avaliou a revista influente Der Spiegel: "ninguém pode criticar seriamente que o prêmio Nobel da Paz tenha sido concedido à União Europeia. Este é justamente o problema, é uma decisão mais fácil. Teria sido mais corajoso premiar um homem que encarna o que falta hoje em dia nas políticas europeias: Jacques Delors", ex-presidente francês da Comissão Europeia.

Como era de se esperar, a imprensa britânica também se mostra crítica, salvo o Financial Times, que considerou que o Nobel "reconhece, com razão, uma proeza histórica".

"O prêmio Nobel da Paz vai para a idiotice", exclamou o popular jornal Daily Mail (conservador), debaixo de uma foto de manifestantes gregos vestidos de nazistas durante a visita a Atenas da chanceler alemã Angela Merkel.

O Prêmio Nobel de Literatura chinês Mo Yan respondeu nesta sexta-feira as críticas de dissidentes que não aceitam sua proximidade das autoridades do país comunista, ao mesmo tempo que declarou que certas concepções em termos de arte do fundador do regime, Mao Tse-Tung, lhe parecem razoáveis".

Ele também defendeu a libertação do vencedor do Nobel da Paz de 2010, o ativista Liu Xiaobo.

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"Acredito que muitos de meus críticos não leram meus livros. Se tivessem lido, perceberiam que foram escritos sob muita pressão e que me expuseram a grandes riscos", disse Mo Yan à imprensa.

"Penso que alguns comentários de Mao Tse-Tung sobre a arte são razoáveis, como por exemplo seus pontos de vista sobre as relações entre a arte e a vida", completou.

Ao mesmo tempo, o escritor afirmou que deseja a libertação do dissidente e Prêmio Nobel da Paz de 2010, Liu Xiaobo.

"Espero que possa obter a liberdade o mais rápido possível", declarou Mo Yan em sua cidade natal, Gaomi (leste da China).

Liu cumpre desde 2009 uma condenação de 11 anos de prisão por "subversão", depois de ter sido um dos redatores de um texto que pedia reformas democráticas na China.

Também nesta sexta-feira, o chefe de propaganda do Partido Comunista da China, Li Changchun, felicitou Mo Yan pelo Nobel de Literatura.

"O Prêmio Nobel concedido a Mo Yan encarna a riqueza da literatura chinesa, assim como o aumento constante da força e da influência internacional da China em geral", declarou Li Changchun, membro do Comitê Permanente do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista.

Na mensagem de felicitação, Li convidou os escritores "a situar o povo no centro de suas preocupações, baseados na realidade, na vida e nas massas".

Em uma entrevista publicada antes do anúncio do prêmio pelo Comitê Nobel em Estocolmo, Mo Yan destacou a necessidade do escritor de abordar temas políticos e sociais, além de exercer o espírito crítico.

"Um escritor faz parte da sociedade e por isto a vida que descreve engloba a política e uma ampla gama de problemas sociais", declarou Mo aos site do jornal Dazhong Ribao, de sua província natal de Shandong.

A União Europeia (UE) foi anunciada nesta sexta-feira como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz por sua contribuição "durante mais de seis décadas à paz e reconciliação, à democracia e aos direitos humanos".

A seguir os vencedores dos últimos 10 anos do Nobel da Paz:

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2012: União Europeia (UE)

2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkul Karman (Iêmen)

2010: Liu Xiaobo (China)

2009: Barack Obama (Estados Unidos)

2008: Martti Ahtisaari (Finlândia)

2007: Al Gore (Estados Unidos) e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU

2006: Muhammad Yunus (Bangladesh) e o Banco Grameen

2005: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor, Mohamed ElBaradei (Egito)

2004: Wangari Maathai (Quênia)

2003: Shirin Ebadi (Irã)

O escritor chinês Mo Yan afirmou nesta quinta-feira estar feliz com seu Prêmio Nobel de Literatura e prometeu esforçar-se mais em seus trabalhos, em sua primeira reação à notícia.

"Ao saber que me concederam esta recompensa, eu me senti muito feliz", declaro o escritor.

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"Vou me esforçar mais na criação de novas obras. Quero trabalhar mais para agradecer a todo o mundo", acrescentou, citado pela agência Nova China.

O autor de "Sorgo Vermelho" criou "com uma mistura de fantasia e realidade e com perspectivas históricas e sociais um mundo que evoca em sua complexidade os textos de William Faulkner e Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo que tem seu ponto de partida na antiga literatura chinesa e na tradição oral", destacou o júri do Nobel.

Mo Yan consegue conjugar "com realismo alucinatório, lendas, histórias e elementos contemporâneos", destacou o júri.

O escritor é um prolífico autor de romances, contos e ensaios. Tem amplo reconhecimento em seu país, apesar das críticas a respeito de temas sociais, segundo o Comitê Nobel.

Mo Yan (cujo nome verdadeiro é Guan Moye) nasceu em 1955 e cresceu em Gaomi, província de Shandong (leste da China).

Entre suas principais obras estão "Sorgo Vermelho" (cuja adaptação para o cinema do diretor Zhang Yimou venceu o Urso de Ouro do Festival de Berlim em 1988) e "Fengru Feitun", um vasto painel histórico da China no século XX a partir de um retrato de família.

No ano 2000, o Prêmio Nobel de Literatura foi atribuído a Gao Xingjian, um escritor chinês exilado na França e naturalizado francês em 1997.

O escritor chinês Mo Yan foi anunciado nesta quinta-feira como o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2012. A seguir a lista dos premiados nos últimos 15 anos.

2012: Mo Yan (China)

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2011: Tomas Tranströmer (Suécia)

2010: Mario Vargas Llosa (Peru)

2009: Herta Mueller (Alemanha)

2008: Jean-Marie Gustave Le Clezio (França)

2007: Doris Lessing (Grã-Bretanha)

2006: Orhan Pamuk (Turquia)

2005: Harold Pinter (Grã-Bretanha)

2004: Elfriede Jelinek (Áustria)

2003: J.M. Coetzee (África do Sul)

2002: Imre Kertesz (Hungria)

2001: V.S. Naipaul (Grã-Bretanha)

2000: Gao Xingjian (França, origem chinesa)

1999: Gunter Grass (Alemanha)

1998: José Saramago (Portugal)

O escritor chinês Mo Yan venceu o Nobel de Literatura deste ano, anunciou nesta quinta-feira a Academia Sueca. A escolha é de certa forma surpreendente, já que o comitê do Prêmio vem favorecendo autores europeus nos últimos anos.

A Academia elogiou o "realismo alucinatório" de Mo, dizendo que ele "junta folclore, história e a contemporaneidade". Nascido Guan Moye em 1955, na província de Shangdong, o autor escolheu o pseudônimo quando escrevia sua primeira novela. O nome significa "não fale", explicou ele.

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O reconhecimento veio com o livro "Red Sorghum", publicado em 1987. A obra que se passa em um vilarejo e mostra a vida de aldeões, no contexto da guerra contra o Japão, inspirou um filme de mesmo nome, que venceu o principal prêmio do Festival Internacional de Cinema de Berlim em 1988.

Mo escreve sobre prazeres profundos e dilemas existenciais e tende a criar personagens vívidos e loquazes. Seu estilo é frequentemente chamado de "realismo mágico chinês". As informações são da Associated Press.

O Prêmio Nobel de Física de 2012 foi para dois cientistas que inventaram métodos para observar as propriedades bizarras do mundo quântico, pesquisa que ajudou na criação de relógios extremamente precisos e no início da construção de computadores super rápidos. O francês Serge Haroche e o norte-americano David Wineland abriram as portas para novos experimentos na física quântica ao demonstrar como analisar partículas quânticas sem destruí-las.

Os dois laureados, ambos de 68 anos, trabalhando separadamente desenvolveram "métodos de laboratório engenhosos", afirmou a Academia Real das Ciências da Suécia. Wineland captura íons - átomos com carga elétrica - e mede-os com luz, enquanto Haroche controla e mede fótons.

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O Nobel de Física foi o segundo a ser anunciado em 2012, com o de Medicina indo na segunda-feira para John Gurdon, britânico, e Shinya Yamanaka, japonês, por suas pesquisas com células-tronco. Cada prêmio vale cerca de US$ 1,2 milhão de dólares. As informações são da Associated Press.

A Academia Sueca afirmou nesta segunda-feira que revelará o vencedor do Nobel de Literatura deste ano na quinta-feira, completando assim a agenda de anúncios. O prêmio de US$ 1,2 milhão de dólares é um dos maiores reconhecimentos da literatura. O laureado em 2011 foi o poeta sueco Tomas Transtromer.

Os anúncios dos vencedores começaram nesta segunda-feira com o prêmio de Medicina, que foi para os pesquisadores John Gurdon, britânico, e Shinya Yamanaka, japonês, por seu trabalho com células-tronco. O Nobel de Física será entregue na terça-feira e o de Química na quarta-feira. Na sexta-feira será revelado o vencedor do Nobel da Paz e na segunda-feira, dia 15, o de Economia. As informações são da Associated Press.

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