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O tribunal norueguês responsável pelo caso de Anders Behring Breivik, o extremista de direita que confessou ter matado 77 pessoas, afirmou nesta terça-feira que o veredicto deve sair no mínimo um mês depois que o julgamento for encerrado. Breivik explodiu uma bomba e atirou nas vítimas em julho do ano passado, em Oslo, capital da Noruega.

O tribunal do distrito de Oslo emitiu um breve comunicado em seu site, dizendo que uma decisão "não pode ser esperada antes de 20 de julho. Outra data possível para a sentença é 24 de agosto".

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A conclusão do julgamento em si ainda está prevista para o dia 22 de junho, mas uma data oficial para o veridicto não havia sido divulgada.

O tribunal não deu razões específicas sobre o calendário, dizendo apenas que decorre de razões logísticas. As informações são da Associated Press.

Ex-amigos de Anders Behring Breivik, autor confesso de um massacre em julho do ano passado na Noruega, disseram que ele parecia profundamente deprimido e apresentava tendências femininas, o que levou alguns deles a acreditar que ele pudesse ser gay.

Três dos ex-amigos de Breivik declararam ao Tribunal Distrital de Oslo nesta terça-feira que, cinco anos antes do massacre, ele mudou-se de novo para a casa de sua mãe e encerrou todos os contatos sociais.

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Os amigos, que não quiseram que seus nomes fossem divulgados, testemunharam durante o julgamento de Breivik, enquanto o réu estava numa sala contígua.

Breivik matou 69 pessoas a tiros na ilha de Utoya, em 22 de julho, depois de ter explodido uma bomba no centro de Oslo, que deixou oito mortos. As informações são da Associated Press.

Um homem não identificado ateou fogo a si mesmo nesta terça-feira diante do tribunal onde o ultradireitista Anders Behring Breivik está sendo julgado pelo atentado duplo que deixou 77 mortos na Noruega em julho do ano passado.

Segundo a polícia, o homem espalhou um líquido inflamável sobre si mesmo e ateou fogo ao próprio corpo em frente à entrada do tribunal.

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"Havia policiais no local e o fogo foi apagado rapidamente", afirmou Finn Belle, líder das operações policiais. "O homem sofreu queimaduras e foi transportado para o hospital da Universidade de Oslo."

A identidade do homem e o motivo do ato não foram revelados. Belle também não soube informar se a atitude tem relação com o caso de Breivik, que está sendo julgado desde meados de abril. "Dá para imaginar que está relacionado, mas não temos informações sobre isso", afirmou.

Breivik, que se descreve como militante antimuçulmano, é o autor confesso dos atentados que mataram oito pessoas em Oslo e outras 69 na ilha de Utoya. Desde o início do julgamento, ele não tem demonstrado remorso pelos ataques e afirma que as vítimas traíram a Noruega ao aceitar o multiculturalismo. As informações são da Associated Press.

O julgamento do ultradireitista Anders Behring Breivik, pelo atentado duplo que deixou 77 mortos na Noruega em julho do ano passado, foi interrompido nesta sexta-feira após o irmão de uma das vítimas lançar um sapato na direção do réu e gritar "vá para o inferno", antes de ser retirado do tribunal. O sapato acabou atingindo uma advogada da defesa, que não ficou ferida.

Breivik manteve a calma e "sorriu levemente" ao observar o agressor ser detido pelos seguranças da corte, segundo relato da jornalista sueca Mikaela Akerman, que presenciou o incidente. "Ele jogou um sapato na bancada onde Breivik e seus advogados ficam sentados", contou Akerman. Ele gritou: "Assassino, vá para o inferno" e repetiu a frase várias vezes, afirmou a jornalista.

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Este foi o primeiro caso de descontrole emocional do público normalmente comportado que acompanha o julgamento de Breivik em Oslo, a capital norueguesa, desde meados de abril. A previsão é que o julgamento se estenda por até dez semanas.

Breivik, que se descreve como militante antimuçulmano, é o autor confesso dos atentados, que mataram oito pessoas em Oslo e outras 69 na ilha de Utoya.

Após um recesso de dez minutos, Breivik disse no tribunal: "Se alguém quiser jogar algo em mim, que o faça quando eu estiver chegando ou saindo, obrigado", de acordo com Akerman.

As informações são da Associated Press.

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira em vários pontos da Noruega com o objetivo de combater com o poder da música. Inspirado por um protesto organizado pelo Facebook, noruegueses se dirigiram para praças públicas em todo o país, ignorando a forte chuva e cantaram em protesto contra o homem que matou várias pessoas em 22 de julho de 2011.

O alvo do protesto era Anders Behring Breivik, que está sendo julgado pelas explosões e disparos que mataram 77 pessoas. A arma dos manifestantes é uma música infantil que Breivik afirma que é usada para fazer uma lavagem cerebral nas crianças norueguesas para que apoiem a imigração.

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Os manifestantes cantaram "Crianças do Arco-Íris" na capital Oslo e em outra importantes cidades do país, enquanto, no tribunal, sobreviventes dos ataques de Breivik testemunhavam no nono dia de seu julgamento.

Somente no centro de Oslo, cerca de 40 mil pessoas se reuniram quando o cantor norueguês Lillebjoern Nilsen tocava a música, uma versão de "My Rainbow Race" do norte-americano Pete Seeger, que fala sobre a necessidade de as pessoas aprenderem a viver juntas,

Em seu testemunho, na semana passada Breivik disse que a música era um exemplo do "marxismo cultural" que, segundo ele, é infiltrado nas escolas norueguesas e que enfraquecem sua sociedade.

Mais tarde, a multidão se deslocou para o tribunal de Oslo, onde fizeram um tapete de rosas vermelhas nos degraus e na cerca do prédio.

Breivik admitiu ter explodido a bomba do lado de fora da sede do governo que matou oito pessoas. Ele então se dirigiu uma para o local onde era realizado o acampamento da juventude do Partido Trabalhista, na ilha de Utoya. Os disparos que ele fez mataram outras 69 pessoas, a maioria adolescentes.

Chocados com a falta de remorso de Breivik em relação ao massacre, os noruegueses concluíram que a melhor forma de confrontá-lo era demonstrar seu compromisso com tudo o que ele detesta. Em vez de demonstrarem raiva contra o atirador, eles têm manifestado seu apoio à tolerância e à democracia.

Breivik disse que tinha como alvo o Partido Trabalhista, que está no governo, porque, segundo ele, a legenda traiu o país ao abrir suas fronteiras para imigrantes muçulmanos. Ele não mostrou arrependimento pelos ataques, que descreveu friamente na semana passada com detalhes macabros. As informações são da Associated Press.

O norueguês Anders Behring Breivik, autor confesso de 77 assassinatos, rechaçou um relatório psiquiátrico que o declarou insano, ao insistir nesta quarta-feira que o laudo feito pelos médicos foi baseado em "mentiras maldosas" que tiveram como objetivo descrevê-lo como irracional e com a inteligência limítrofe. "Eu não sou a pessoa descrita naquele relatório", disse o ultradireitista, que admitiu ter matado oito pessoas em um ataque a bomba contra um prédio do governo em Oslo em 22 de julho do ano passado e, mais tarde no mesmo dia, ter matado a tiros 69 pessoas na ilha de Utoya, onde acontecia um encontro dos jovens do Partido Trabalhista. Mas Breivik também criticou o segundo relatório psiquiátrico que o declarou são.

A segunda avaliação psiquiátrica disse que Breivik é são. O painel de cinco juízes que participam do julgamento levará em conta os dois relatórios médicos. "Para um ativista político, a pior coisa que pode acontecer é terminar seus dias em um hospital psiquiátrico", disse Breivik. "Isso tiraria a legitimidade de tudo o que você defende".

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Se for considerado são e culpado, Breivik enfrentará 21 anos de prisão, embora ele possa ser mantido em detenção por um período indeterminado se for considerado um perigo para a sociedade. Se declarado insano, Breivik será internado compulsoriamente em um hospital psiquiátrico de segurança.

Nesta quarta-feira, o extremista de 33 anos parecia irritado e acusou os dois psiquiatras noruegueses que o declararam insano de terem feito o relatório "precipitadamente", ao dizer que o laudo foi uma resposta emocional aos ataques. Mas Breivik também criticou o segundo relatório que o declarou são, no qual os dois psiquiatras disseram que ele tem uma personalidade "narcisista" e "antissocial", mas que não é criminalmente insano.

"Eu não concordo com nenhuma dessas duas avaliações", afirmou Breivik. "Foram mentiras maldosas para apoiar as conclusões deles", afirmou. Ele disse também que outros ataques do tipo poderão acontecer na Noruega. "Eu não gostaria de ser o porta-voz da polícia norueguesa quando outros ataques acontecerem no Noruega. Porque eles acontecerão", afirmou. Brivik reivindica pertencer a uma rede de militantes anti-islâmicos de extrema direita, inspirada nos cruzados da Idade Média. Mas os investigadores da polícia norueguesa afirmaram que o grupo não existe. O promotor Svein Holden notou que o segundo laudo psiquiátrico, que declarou Breivik são, disse que a existência do grupo é uma "fantasia".

As informações são da Associated Press.

No quinto dia de julgamento, o assassino confesso Anders Breivik descreveu a reação das 69 vítimas do seu 2° ataque na Ilha de Utoia, na Noruega, no ano passado. Com frieza, o norueguês contou que as pessoas "imploravam para sobreviver" e que ficavam "completamente paralisadas" enquanto ele recarregava as armas e atirava nas suas cabeças.

Apesar disso, Breivik disse que teve que segurar as emoções e se desumanizar para planejar e executar os dois ataques. O primeiro foi com um carro bomba na frente do Governo; como o edifício não caiu, o segundo atentado se tornou mais importante, segundo o ultradireitista.

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Ao todo, 77 pessoas morreram. O réu manteve a versão que agiu em legítima defesa contra a onda multiculturalista que atinge a Europa. Imagens do depoimento de Anders Breivik não foram liberadas para evitar que ele use a TV como plataforma para suas ideias extremistas.

O atirador norueguês Anders Behring Breivik, de 33 anos, disse nesta terça-feira que ele realizaria novamente o massacre que deixou 77 mortos, afirmando que o ataque de julho foi o mais "espetacular" feito por um militante nacionalista desde a 2ª Guerra Mundial. Alegando que agiu pelo "bem, não pelo mal", para prevenir uma ampla guerra civil, Breivik sentenciou: "Eu faria tudo novamente."

Lendo um discurso no tribunal, o extremista antimuçulmano atacou os governos europeus por abraçar a imigração e o multiculturalismo. Ele alegou estar falando como comandante de um grupo militante anti-Islã que chamou de Knights Templar - um grupo que os promotores dizem não existir.

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Pressionado pelos promotores, Breivik comparou seus ataques ao lançamento das bombas atômicas pelos Estados Unidos contra o Japão na 2ª Guerra Mundial. "Eles (EUA) fizeram aquilo com bom propósito, para evitar mais guerras", disse.

Breivik tem cinco dias para explicar por que promoveu um atentado com um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, que deixou oito mortos, e o assassinato de 69 pessoas que participavam de um acampamento das Juventudes Trabalhistas, na ilha de Utoya.

Ele negou culpa criminal, dizendo que agiu em legítima defesa, e disse que os alvos eram parte de uma conspiração para "desconstruir" a identidade cultural da Noruega. As informações são da Associated Press.

Brasília – No primeiro dia de julgamento no Tribunal de Oslo, na Noruega, o acusado de matar  77 pessoas no ano passado, Anders Behring Breivik, admitiu hoje (16) ser o autor dos disparos. Breivik disse que agiu em  legítima defesa: “Reconheço os fatos, mas não reconheço a minha culpabilidade”. O julgamento é conduzido pela juíza Inga Beljer Engfj. Ele é acusado de atos de terrorismo que motivaram os crimes.

Antes de admitir sua culpa, assim que ficou sem algemas Breivik fez uma saudação com a mão simbolizando respeito à extrema direita . Ele esticou o braço direito com o punho fechado. Segundo ele, essa saudação representa força, honra e desafio aos “tiranos marxistas na Europa".  Breivik está cercado por um forte esquema de segurança.

Ele é acusado da morte de 77 jovens que participavam de um encontro do Partido Trabalhista, na Ilha de Utoya, perto da capital norueguesa, em 22 de julho de 2011. O Ministério Público da Noruega acusou Breivik de "ato de terrorismo" e de "homicídios voluntários", mas ele disse que os ataques serviram para prevenir uma invasão islâmica da Noruega.

Das 77 vítimas, oito morreram em um atentado com carro-bomba. Os demais - adolescentes, na grande maioria - foram mortos a tiros em um acampamento. Breivik declarou em várias entrevistas ser defensor de políticas antiimigração. Se condenado, poderá pegar 21 anos de prisão. Ele está preso preventivamente desde julho do ano passado.

Um segundo grupo de psiquiatras que analisou o caso de Anders Breivik, autor do massacre de julho do ano passado na Noruega, concluiu que ele pode, sim, responder pelos crimes perante à lei.

Cerca de 80 pessoas morreram na explosão de uma bomba em frente ao governo de Oslo, capital norueguesa, e em um ataque a tiros contra jovens da social democracia que participavam de uma reunião política na ilha de Utoia.

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O julgamento de Anders Behring Breivik deve começar na próxima segunda-feira (16). O relatório feito pelo grupo de psiquiatras mostra que ele não sofre de problemas mentais e pode enfrentar a justiça como responsável pelo massacre.

A nova avaliação vai contra o resultado de um primeiro exame psiquiátrico oficial que, no ano passado, concluiu que o ultra-direitista sofria de esquizofrenia paranóica. Os médicos diziam ainda que ele deveria ser internado e não levado para prisão.

Breivik tem 32 anos e disse no passado que sua ação foi "um ato de guerra necessário". Ele ainda planejou um ataque contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quando este esteve em Oslo para receber o prêmio Nobel da Paz.

Um navio com centenas de milhares de litros de petróleo e óleo diesel a bordo encalhou no litoral sudoeste da Noruega, espalhando uma mancha de óleo em seu redor, informaram autoridades locais neste sábado.

Nils-Ole Sunde, porta-voz dos serviços de resgate, disse que os 14 tripulantes da embarcação, com bandeira de Antígua, escaparam ilesos. A tripulação era composta de cidadãos russos, ucranianos e filipinos.

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O navio levava 280 mil litros de petróleo e 67 mil litros de óleo diesel a bordo. Sunde disse que "ainda não foi possível confirmar se houve vazamento, mas há uma mancha de óleo na água".

Aparentemente, segundo ele, não há risco de a embarcação afundar. O encalhe ocorreu perto de Maaloeya, 270 quilômetros ao norte de Bergen, no fim da noite de ontem. As informações são da Associated Press.

O norueguês Anders Behring Breivik, de 33 anos, foi indiciado nesta quarta-feira por terrorismo e por ter assassinado 77 pessoas em um ataque a bomba e em outro a tiros, mais de sete meses após ter conduzido a pior matança na Noruega em tempos de paz. A promotoria, contudo, admitiu que Breivik não irá para a prisão - o extremista de direita foi considerado psicótico por uma junta de psiquiatras e a promotoria pediu que ele seja internado, a não ser que novas informações surjam sobre ele quando começar o julgamento a partir de abril.

Em ambos os casos, quer seja condenado à prisão ou a uma internação compulsória em um hospital psiquiátrico, Breivik poderá passar o resto da sua vida em cativeiro, disse a promotora Inga Bejer Engh. "A despeito da sentença, nós prometemos que faremos o que pudermos para mantê-lo afastado da sociedade, pelo máximo de tempo que o sistema judicial permitir", ela disse.

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As acusações de terrorismo na noruega comportam uma sentença máxima de 21 anos de prisão, mas as sentenças podem ser prolongadas indefinidamente no caso de acusados que representem um risco constante à sociedade. Breivik confessou ser o autor dos ataques de 22 de julho do ano passado, mas nega ser criminalmente responsável pelos atos, ao retratar suas vítimas como "traidores" por terem apoiado as políticas de imigração, as quais ele afirma significarão a islamização futura da Noruega. Ele confessou ter matado oito pessoas a bomba, em um prédio do governo em Oslo, e depois ter massacrado 69 pessoas, a maioria jovens do Partido Trabalhista, na ilha de Utoya, perto da capital norueguesa.

O indiciamento de Breivik, nesta quarta-feira, listou os nomes dos oito mortos a bomba em Oslo e também das 69 vítimas mortas a tiros em Utoya, onde os jovens participavam de um acampamento de verão. A promotora Inga disse que 34 das vítimas de Breivik em Utoya tinham entre 14 e 17 anos, 22 tinham entre 18 e 20 anos, seis tinham entre 21 e 25 anos e apenas sete tinham mais de 25 anos. Ela disse que 67 das vítimas em Utoya foram mortas a tiros, enquanto duas morreram afogadas. O indiciamento também listou os nomes de outras 33 pessoas feridas levemente por Breivik a tiros e também de outras nove feridas com gravidade.

O porta-voz da polícia de Oslo, Tore Jo Nielsen, disse à emissora de televisão NRK que Breivik estava "totalmente calmo" quando escutou as acusações.

Uma segunda avaliação psiquiátrica de Breivik está em curso, após a primeira ter concluído que ele é um esquizofrênico paranoico. A avaliação inicial foi amplamente criticada na Noruega. Alguns especialistas questionaram se uma pessoa que sofre de uma doença mental grave seria capaz de conduzir uma matança ampla e que exigiu uma preparação meticulosa.

O próprio Breivik ficou indignado com o diagnóstico e seu advogado de defesa, Geir Lippestad, disse ao canal TV2 da Noruega que seu cliente estava "desapontado" de que o diagnóstico dos psiquiatras tenha sido incluído no indiciamento. Além de indignado, Breivik rechaçou o sistema judiciário da Noruega, ao dizer que ele é uma ferramenta das "elites esquerdistas" que ele afirma terem traído o país escandinavo.

As informações são da Associated Press.

Um tribunal norueguês determinou que o extremista de extrema direita Anders Behring Breivik, que no ano passado matou 77 pessoas em Oslo e na ilha de Utoya, precisará se submeter a uma segunda avaliação psiquiátrica, mesmo que seja contra a própria vontade. Breivik, de 32 anos, recusa-se a ser submetido a uma nova avaliação. Mas nesta sexta-feira um tribunal de Oslo afirmou que ele precisa ficar sob observação em até quatro semanas, na prisão onde está detido.

Dois psiquiatras que entrevistaram e avaliaram Breivik disseram que ele é insano, mas uma segunda avaliação foi pedida porque existem dúvidas sobre isso. Breivik admite ser o autor do atentado a bomba em Oslo, que matou oito pessoas, e de ter massacrado a tiros 69 pessoas, a maioria jovens, em um encontro do Partido Trabalhista norueguês na ilha de Utoya.

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As informações são da Associated Press.

A Noruega presta uma homenagem neste domingo aos 77 mortos no massacre realizado no mês passado por um terrorista de direita. O tributo, que se realizará na Arena Spektrum, na região central de Oslo, será transmitido ao vivo em rede nacional. O evento contará com a presença de familiares das vítimas e sobreviventes do bombardeio e do tiroteio que abalaram o país em 22 de julho.

O rei Harald e o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, também participarão da cerimônia, assim como outros membros do governo, parlamentares e importantes políticos de países nórdicos vizinhos.

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Alguns dos principais nomes da música da norueguesa se apresentarão neste domingo, incluindo o grupo A-ha, a soprano Sissel Kyrkjeboe, o grupo de rap Karpe Diem e a Orquestra da Rádio Norueguesa.

Anders Behring Breivik admitiu ter matado 77 pessoas no mês passado, depois de detonar um caminhão-bomba em frente à sede do governo em Oslo e atirar contra um acampamento de jovens na Ilha de Utoya, que fica cerca de 40 quilômetros distante da capital.

Num manifesto de mais de 1.500 páginas publicado sob pseudônimo na internet, o extremista de direita Anders Behring Breivik, indiciado hoje pelos ataques que na semana passada resultaram na morte de pelo menos 76 pessoas na Noruega, cita o Brasil como exemplo dos supostos malefícios sociais da miscigenação. Breivik acusa ainda uma aliança entre marxistas e multiculturalistas de tentar desqualificar por meio de propaganda todos os conservadores como "ignorantes e intolerantes inatos movidos pelo ódio a toda e qualquer minoria", o que, segundo ele, "está tão distante da realidade quanto possível".

No texto, o extremista norueguês de 32 anos de idade defende que os conservadores "precisam tomar o poder político e militar por meio de uma combinação de luta armada e democrática" para evitar que prevaleça "um modelo de bastardização contínua, muito similar ao brasileiro", atribuído por ele à mistura de raças.

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"Essas políticas provaram ser uma catástrofe para o Brasil e para outros países que institucionalizaram e facilitaram a miscigenação disseminada de asiáticos, europeus e africanos", escreve o suposto autor do massacre na página 1.153 do manifesto intitulado "2083 - Uma Declaração Europeia de Independência", publicado sob o pseudônimo Andrew Berwick.

"O Brasil estabeleceu-se firmemente como um país de segundo mundo com um grau extremamente baixo de coesão social. Os resultados disso são evidentes e manifestam-se pelo elevado grau de corrupção, pela falta de produtividade e por um eterno conflito entre diversas 'culturas' concorrentes", escreve o extremista.

Na opinião dele, a variedade de "subtribos recém-estabelecidas" sabota qualquer esperança de se atingir no Brasil "o mesmo grau de produtividade e harmonia" da Escandinávia, da Alemanha, da Coreia do Sul e do Japão e a aplicação do mesmo modelo na Europa seria "devastador e nacionalmente retrógrado".

Também segundo Breivik, seria "um crime grave contribuir de alguma forma para a aniquilação, a desconstrução e o genocídio de povos indígenas que são nórdicos por definição".

Mais adiante, ele tenta justificar os motivos da oposição conservadora à miscigenação, à adoção de não-europeus e à imigração em massa de estrangeiros para a Europa alegando que tais fatores seriam prejudiciais "à unidade de nossa tribo".

"Um país que possua culturas competindo entre si acabará fragmentado por dentro no longo prazo ou então se tornará um país permanentemente disfuncional, como o Brasil e nações similares", argumenta o extremista.

Ainda de acordo com ele, "a corrupção e um grau elevado de criminalidade são resultados naturais da falta de coesão social (...) e, quando o Islã é acrescentado a essa mistura, o pior cenário possível passa de um país disfuncional para um estado total de derrota; Sharia e conquista demográfica".

Na argumentação ultraconservadora de Breivik, um país "próspero e estável" depende de cinco "fatores primários", expostos por ele na seguinte ordem: o Islã não pode estar presente; o povo deve ser etnicamente homogêneo; a população deve ser educada e ter QI elevado; políticas culturais conservadoras e nacionalistas devem ser aplicadas, com algum grau de protecionismo financeiro; e políticas de livre mercado, "mas um livre mercado direcionado a países culturalmente conservadores".

À polícia norueguesa, Breivik afirmou ser o autor do manifesto de 1.516 páginas e disse que os assassinatos por ele cometidos na sexta-feira foram uma ação de "marketing" para divulgar suas ideias de extrema direita. O texto possui diversas passagens do Manifesto do Unabomber, um texto antitecnologia do extremista norte-americano Theodore Kaczynski publicado em 1995 como uma espécie de plataforma ideológica para justificar os atentados por ele cometidos entre as décadas de 1970 e 1990 e que deixaram três mortos e 22 feridos. Breivik, no entanto, não atribui a autoria dessas passagens a Kaczynski e troca "esquerdistas" por "marxistas culturais" e "negros" por "islâmicos".

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