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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar as pesquisas eleitorais para a corrida presidencial no Brasil, ao deixar o hotel em que está hospedado, em Nova York, para se dirigir à 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Ao comentar sobre sua expectativa quanto ao primeiro turno da disputa, disse que o que tem sentido é que o povo está ao seu lado, mas não respondeu a uma pergunta sobre se entregaria o cargo caso perdesse nas urnas.

"Essas pesquisas não valem de nada… Se você acredita em pesquisas, não vou falar contigo", respondeu Bolsonaro, ao jornalista da BBC, Leandro Prazeres. "Não vou falar em hipóteses. Vamos ganhar no primeiro turno", emendou, ao ser questionado sobre a possibilidade de ter de deixar o cargo caso perca as eleições.

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Sobre o seu discurso na ONU, Bolsonaro afirmou que falará sobre a economia brasileira, que está em uma situação "bem mais tranquila" que o mundo, e mencionará a potência energética e de agronegócios que é o País. Ele disse ainda que os assaltos a bancos caíram pela metade em seu governo, que a violência caiu "bastante" e que o desemprego no Brasil baixou.

Bolsonaro deixou o hotel em que está hospedado, na região de Midtown, em Manhattan, por volta de 8h50, para se dirigir à 77ª Assembleia Geral da ONU. Primeiro, saiu caminhando, acompanhado pela segurança, apoiadores e a imprensa, mas depois entrou em um carro nas proximidades. Ele chegou ao local por volta das 9h10. Um grupo de mais de 40 apoiadores aguardava por Bolsonaro na porta do hotel e foi para a entrada da ONU para recepcioná-lo.

O presidente brasileiro desembarcou na segunda-feira (19), à noite, em Nova York. Ele chegou no hotel por volta das 21 horas, cumprimentou apoiadores no local, mas não falou com a imprensa, na ocasião.

Bolsonaro é o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral da ONU. É a quarta vez que o presidente brasileiro participa do encontro de chefes de Estado. Em seus discursos anteriores, defendeu pautas de costume e a política ambiental de seu governo. A expectativa é de que Bolsonaro siga a mesma linha neste ano.

Primeira vez que os líderes globais se reúnem desde o início da guerra na Ucrânia, a Assembleia Geral da ONU tem como tema "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interconectados" e deve reunir cerca de 130 chefes de Estado. A abertura estava prevista para às 10 horas - horário de Brasília, na sede da Organização, na parte central de Manhattan, às margens do rio East.

O discurso do presidente brasileiro está agendado para começar por volta das 10h40. Depois, Bolsonaro terá reuniões bilaterais com os presidentes da Polônia e do Equador. Não está previsto nenhum encontro com líderes mundiais, conforme a agenda divulgada pelo Itamaraty.

O presidente tem ainda um almoço privado na churrascaria brasileira Fogo de Chão, na unidade próxima ao hotel em que está hospedado, e participa de uma videoconferência com empresários do setor de supermercado, de Campinas, São Paulo. Seu retorno à Brasília está previsto para às 17 horas desta terça, conforme a agenda divulgada pelo Planalto.

A governadora do Estado de Nova York, Kathy Hochul, declarou na sexta-feira estado de emergência por causa da propagação contínua da varíola dos macacos.

"Estou declarando uma emergência estadual de desastre para fortalecer nossos esforços contínuos para enfrentar o surto de varíola dos macacos", escreveu Hochul no Twitter.

Ela acrescentou que mais de um em cada quatro casos da doença nos Estados Unidos estão em Nova York. O Estado também registra impacto desproporcional nos grupos de risco.

Em 29 de julho, o Estado de Nova York tinha um total de 1.383 casos confirmados, de acordo com o departamento estadual de saúde.

Brasil e Espanha relataram as primeiras mortes relacionadas à doença fora da África nesta semana.

A Organização Mundial da Saúde declarou na semana passada emergência global de saúde, seu nível mais alto de alerta, sobre o surto de varíola dos macacos.

O congressista republicano Lee Zeldin foi atacado na quinta-feira durante um comício de campanha no norte do estado de Nova York, nos Estados Unidos, informou a autoridade local.

O deputado pretende se tornar governador e concorre com a atual governadora, a democrata Kathy Hochul, nas eleições de novembro.

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Zeldin falava em um comício na cidade de Perinton às 20h (horário local, 21h em Brasília) quando um homem de 43 anos subiu ao palco e o atacou, de acordo com um comunicado do gabinete do comissário local.

O agressor "tinha uma arma, brandiu-a contra o pescoço de Zeldin e disse-lhe: 'acabou'", disse a autoridade, que especificou que a equipe do político e os participantes conseguiram imobilizar o homem até a chegada dos agentes.

Quando o atacante avançou sobre Zeldin, os dois lutaram por alguns segundos antes que os presentes interviessem.

"Alguém tentou me esfaquear durante o comício esta noite, mas felizmente consegui agarrá-lo pelo pulso e pará-lo por alguns momentos antes que outros o atacassem", escreveu Zeldin no Twitter.

Uma vítima do tiroteio no metrô de Nova York em abril apresentou na terça-feira uma queixa contra a Glock, empresa que fabrica a pistola usada pelo agressor.

Ilene Steur, uma mulher de 49 anos baleada no incidente, aponta para a estratégia de marketing da famosa marca austríaca de armas, alegando que "enfatiza" o tiro de "alta capacidade" e "facilidade de disfarçar" a pistola semiautomática em questão.

São características que atraem "compradores em potencial com intenção criminosa", como Frank James, o atirador do metrô, que comprou legalmente a Glock 17 9mm em 2011 no estado de Ohio, de acordo com a queixa apresentada no tribunal do Brooklyn.

Steur acusa a Glock de inundar o mercado dos EUA, levando os departamentos de polícia, um de seus clientes, a renovar seu arsenal antes do previsto, colocando as armas de segunda mão no mercado civil. Contactada pela AFP, a filial americana da Glock não respondeu.

"As fabricantes de armas não vivem em uma bolha. Estão cientes de que suas estratégias de marketing permitem que compradores mal-intencionados ponham em risco a vida de pessoas inocentes", declarou Mark Shirian, um dos advogados da demandante, que exige um processo civil para obter reparação.

Não é a primeira vez que vítimas de tiroteios nos Estados Unidos processam fabricantes de armas. Em fevereiro, a Remington concordou em pagar US$ 73 milhões às vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook, que deixou 26 mortos em Connecticut em dezembro de 2012.

O suposto autor do assassinato de uma pessoa de origem mexicana no metrô de Nova York no último domingo foi preso nesta terça-feira, informou o Departamento de Polícia da cidade (NYPD), em meio à onda de criminalidade que abala a meca do turismo americano.

Após dois dias de buscas, a polícia capturou Andrew Abdullah, cuja identidade e foto foram divulgadas pelo NYPD. Segundo o jornal "The New York Times", o jovem, 25, entregou-se no bairro de Chinatown, onde fica a estação onde ele supostamente cometeu o assassinato.

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A vítima foi Daniel Enríquez, 48, que trabalhava no banco Goldman Sachs e foi atingido à queima-roupa no peito na linha Q do metrô, que liga os distritos do Brooklyn e Manhattan.

O homicídio voltou a impactar uma população preocupada desde o começo do ano com o aumento da criminalidade ligada a armas de fogo. Desde 1º de janeiro, o número de tiroteios e disparos em Nova York aumentou de 260 para 296 em comparação com o primeiro trimestre de 2021, segundo dados da polícia de Nova York.

Para Maya Bhusal Basnet, uma nepalesa que deixou seu país em 2009, chegar aos Estados Unidos era "um sonho", mas depois de trabalhar em um salão de manicure por todos estes anos já enfrentou tantas dificuldades que nem sequer se atreve a contar a seus filhos".

Aos 46 anos, lidera uma frente de batalha junto à associação nepalesa Adhikaar pelos direitos de 17.000 manicures de cerca de 5.000 salões de todo o estado de Nova York, a maioria imigrantes asiáticas e latinas.

Elas denunciam a precariedade, os salários miseráveis e os riscos para a saúde e esperam que uma nova lei contribua para melhorar seu cotidiano.

Em abril, elas saíram às ruas de Manhattan para exigir o pagamento do salário mínimo obrigatório (15 dólares/hora), abono de horas extras, facilidades no acesso a materiais de proteção, pausa para o almoço e plano de saúde.

A campanha, promovida por uma coalizão de organizações com o apoio de congressistas democratas, pediu a criação de um organismo que reúna os proprietários dos estabelecimentos e as trabalhadoras para que sejam definidos padrões mínimos de trabalho.

Exploração

Depois que o The New York Times denunciou práticas de exploração em 2015, as autoridades passaram a atuar na questão.

O Estado garante que desde 2016 foram identificados mais de 1.800 violações trabalhistas nestes salões e que 2,2 milhões de dólares foram restituídos às empregadas afetadas.

Com fim do salário à base de comissões e um mínimo de 15 dólares a hora "foi possível melhorar as condições trabalhistas", garante.

Mas segundo a manicure Maya Bhusal Basnet, "nem todos" pagam o salário mínimo e quando o fazem, "reduzem as horas de trabalho".

"Como vou sobreviver trabalhando 26 ou 27 horas" por semana ou se "me mandam para casa porque não há clientes?", questiona.

Os "horários imprevisíveis" e o "desvio de salários" (nem todas as horas trabalhadas são pagas) são uma realidade, segundo um estudo recente do Instituto de Trabalhadores da Universidade de Cornell.

"Muitas trabalhadoras têm dificuldades para pagar suas contas (...). A maioria não tem seguro de saúde", explica à AFP uma de suas autoras, Zoë West, pesquisadora da Cornell.

Segundo estatísticas oficiais, em 2021, a hora trabalhada era de 14,31 dólares, na região metropolitana de Nova York, abaixo do mínimo legal, mas Zoë West adverte que muitas manicures recebiam ainda menos.

Preços

As preocupações com o salário se somam aos problemas de saúde de Maya Bhusal Basnet. Ela tem problemas de pele, tosse persistente e dificuldades respiratórias devido ao contato com produtos químicos como acetona e esmaltes.

As autoridades também advertem para os riscos às grávidas embora não haja comprovação científica. Na Adhikaar, várias mulheres mencionaram recorrentes abortos espontâneos.

Desde 2016, os novos estabelecimentos devem ser ventilados, mas o antigos teriam cinco anos para readaptações, um prazo ampliado até outubro de 2022 devido às dificuldades econômicas decorrentes da pandemia.

Para Zoë West, um dos problemas seria a estrutura do setor, onde pequenos estabelecimentos competem em preços e salários.

Deepa Shrish Singgali, também nepalense, agora proprietária de um salão no Queens, gostaria de "aumentar os preços, mas é impossível" já que há "menos clientes que antes da pandemia".

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O mundo das celebridades e da moda se reúne na noite desta segunda-feira (2) no evento de gala do Museu Metropolitano de Arte de Nova York (Met), uma festa filantrópica, que teve suas duas últimas edições afetadas pela pandemia.

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No coração de Manhattan, o icônico evento anual volta a reunir na escadaria do Met centenas de famosos vestidos por grandes marcas, em trajes sofisticados, glamourosos, inverossímeis, ou portadores de mensagens políticas.

O "Dress code 2022" da festa, que está entre as mais seletivas do planeta? "Gilded glamour", palavras que remetem à "Era Dourada", a idade de ouro americana do final do século XIX.

A co-apresentadora Blake Lively foi uma das primeiras estrelas a causar deslumbramento, exibindo um vestido Versace com um grande laço de cetim acobreado que se desenrolava para revelar uma cauda turquesa.

A atriz, cujo marido, o ator Ryan Reynolds, usava um smoking de veludo marrom, descreveu o vestido como uma homenagem à arquitetura da cidade de Nova York, incluindo a Estátua da Liberdade e o Empire State Building.

A lista de centenas de astros da moda, música, cinema, política e negócios, especialmente americanos, foi mantida em sigilo até o último momento, e inclui personalidades como Beyoncé, Billie Eilish, Justin Bieber, Olivia Rodrigo, Elon Musk, Hillary Clinton e Glenn Close.

A eterna diretora da revista "Vogue", Anna Wintour, brilhou em um vestido Chanel. É ela que aprova a lista de convidados do evento.

O ingresso para a prestigiosa festa custa US$ 35.000 para um lugar no jantar. A reserva de uma mesa sai por US$ 200.000 a US$ 300.000.

- 'TAX THE RICH' -

Para a edição de 2021, transferida de maio para setembro por conta da pandemia - após um cancelamento total em 2020 -, o espetáculo ficou a cargo de Billie Eilish, transformada em Marylin Monroe com cabelo louro platinado e vestido com cauda Oscar de la Renta na cor pêssego.

A musa da esquerda americana Alexandria Ocasio-Cortez também causou sensação com seu vestido marfim, desenhado pela estilista do Brooklyn Aurora James, riscado com letras vermelhas para formar as palavras "TAX THE RICH".

Seguindo a mais pura tradição filantrópica americana, o evento, que acontece na primeira segunda-feira de maio, destina-se a financiar o departamento de moda do Metropolitan Museum (The Costume Institute) e coincide com sua grande exposição anual, apresentada pela manhã à imprensa na presença da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.

A exposição inclui uma "Antologia da moda" americana, uma retrospectiva do século XIX e XX de uma centena de trajes épicos e reinterpretados por estilistas e diretores como Sofia Coppola, Martim Scorsese e Tom Ford.

O evento acontece no momento em que jornalistas e editores da Vogue e de outros veículos do grupo Condé Nast (GQ, Vanity Fair, Glamour, etc) lançam um movimento para a criação de um sindicato, lembrado nas redes sociais com um pastiche de capa da Vogue: "Met Gala 2022, a mais longa noite de trabalho".

- Extravagância -

Na escadaria que leva ao evento, todas as excentricidades são possíveis. Em 2019, o cantor e ator Billy Porter apareceu como o deus do sol, abrindo asas douradas e carregado por homens com torsos musculosos.

Mas quem igualará Lady Gaga e seu strip-tease que começou com um grande vestido fúcsia e terminou em lingerie preta?

Criada em 1948, a gala foi durante muito tempo reservada à altíssima sociedade de Nova York, mas Anna Wintour, que assumiu a festa em 1995, transformou-a em um evento adaptado à era das redes sociais.

Este ano, o título de copresidente honorário foi oferecido ao chefe do Instagram, Adam Mosseri, ao lado de Anna Wintour e do estilista Tom Ford.

A noite em si é copresidida por um quarteto de estrelas: o casal de atores Blake Lively e Ryan Reynolds, a atriz vencedora do Oscar Regina King e o comediante e músico Lin-Manuel Miranda, criador do sucesso da Broadway "Hamilton" e autor de várias músicas na Disney.

A justiça americana julgará o suspeito pelo tiroteio no metrô de Nova York, que deixou 23 feridos, dez deles baleados, detido nesta quarta-feira (13), por "ataque terrorista", anunciaram as autoridades.

O detido, identificado como Frank R. James, de 62 anos e nascido em Nova York, irá comparecer na quinta-feira (14) perante o tribunal federal de Brooklyn, anunciou a corte.

"Nós o pegamos", disse o prefeito, Eric Adams, após capturarem o homem mais procurado de Nova York desde a manhã de terça-feira, quando ativou duas granadas de fumaça e abriu fogo contra os passageiros de um vagão se aproximava da estação "36 Street", no Brooklyn.

Sua detenção, em uma rua do sul de Manhattan, foi possível graças a colaboração dos moradores. Várias testemunhas o identificaram em um McDonald's e depois caminhando pela rua.

"O senhor James enfrenta agora uma acusação federal por seus atos. Um ataque terrorista contra o (sistema de) transporte coletivo", disse Michael J. Driscoll, assistente de direção do escritório do FBI em Nova York.

Segundo o promotor de Nova York, Breon Peace, se for considerado culpado, James enfrenta uma pena de prisão perpétua.

Seu cartão de crédito e as chaves da van que ele havia alugado na Filadélfia foram encontrados no local do ataque.

Histórico criminal

Segundo o chefe de investigação da polícia, James Essig, o suspeito tem um vasto histórico de detenções por posse de ferramentas para roubos, atos sexuais criminais, roubo e desvio de conduta.

James já havia postado vários vídeos no YouTube, nos quais aparece fazendo longos, e às vezes agressivos, comentários políticos, incluindo críticas ao prefeito Adams, um ex-capitão da polícia que defende mão de ferro nas ações de segurança na maior cidade do país.

A irmã de James, Catherine James Robinson, disse ao jornal The New York Times que ficou "surpresa" ao ver seu irmão considerado como suspeito. "Nunca pensei que poderia fazer algo assim", reconheceu, depois de especificar que há tempos não tem contato com ele.

Serviço normal

O metrô reabriu nesta quarta-feira com o "serviço normalizado" e "completo em todas as linhas depois que a NYPD [Polícia de Nova York] concluiu sua investigação", disse a autoridade de trânsito desta cidade de quase nove milhões de pessoas.

Para muitos passageiros que dependem inteiramente desse transporte público para se locomover na cidade, hoje era mais um dia comum como outro qualquer, apesar de estarem mais alertas depois do tiroteio.

"Estava muito mais atenta hoje, olhando o que acontecia à minha volta e garantindo que estava seguro", disse à AFP Laura Swalm, de 49 anos, que usa com frequência o trem de Nova Jersey para Manhattan. Ela também comentou que teve a impressão de que havia menos gente esta manhã do que em outros dias.

"Muita gente que vive longe não tem escolha. Depende do metrô, não pode deixar de usá-lo, independentemente se há um incidente ou não", disse à AFP Daniela, de 29 anos, originária da Bósnia, que reconhece que não pode evitar pensar "que um dia posso não voltar para casa com meus filhos".

Pistola, munições e um machado

Armado com uma pistola, o suspeito colocou uma máscara de gás enquanto o trem entrava na estação. Depois, acionou duas granadas de fumaça e realizou 33 disparos, segundo o chefe de polícia de Nova York, James Essig. A polícia encontrou uma pistola Glock 17 de calibre 9 mm, três carregadores de munições adicionais e um machado. Ainda segundo os policiais, James comprou a pistola legalmente no estado de Ohio.

Segundo o último balanço do tiroteio, 10 pessoas ficaram feridas à bala e outras 13 por inalar fumaça ou no empurra-empurra durante a fuga.

"O que se viu foi uma bomba de fumaça preta explodindo e depois... as pessoas indo para a parte de trás [do vagão]", disse à CNN uma das vítimas do tiroteio, Hourari Benkada, ao descrever o momento em que os passageiros começaram a fugir, correndo para o fundo da composição.

Benkada contou que embarcou no primeiro vagão, na Rua 59, e se sentou ao lado do atirador. Como estava com fones de ouvido, não percebeu nada até o vagão começar a se encher de fumaça.

"Fui empurrado e foi quando levei um tiro na parte de trás do joelho", acrescentou.

Nova York registra este ano um aumento dos tiroteios e uma retomada dos crimes violentos. Até o dia 3 de abril, os incidentes com armas subiram para 296, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram registrados 260, segundo as estatísticas da polícia.

Leis brandas sobre armas e o direito constitucional de portar armamento têm frustrado repetidamente as tentativas de reduzir o número de armas em circulação no país, apesar de a maioria da população americana ser favorável a controles mais rígidos.

Um homem usando uma máscara de gás espalhou pânico nesta terça-feira no metrô de Nova York, ao abrir fogo contra os passageiros no horário do rush após detornar uma bomba de fumaça, deixando 17 feridos, 10 deles baleados.

"Essa pessoa é perigosa", alertou a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, que pediu cautela à população. Dez horas após o tiroteio, a polícia não havia encontrado o autor dos disparos.

A polícia iniciou uma enorme operação de caça ao atirador, mas ressaltou que o incidente no Brooklyn não estava sendo investigado como um ato de terrorismo e que nenhum dos feridos corre risco de vida.

A comissária do Departamento de Polícia de Nova York, Keechant Sewell, disse em uma coletiva de imprensa que o suposto atirador colocou a máscara de gás quando o trem chegava à estação da rua 36. "Ele acionou depois o recipiente que estava em sua mochila e o vagão logo se encheu de fumaça. Em seguida, começou a atirar", afirmou.

O Departamento dos Bombeiros informou que pessoas ficaram feridas enquanto passageiros em pânico tentavam sair do vagão, repleto de fumaça. O trem parou na plataforma pouco após os disparos.

Keechant Sewell descreveu o suspeito, que agiu sozinho, como um "homem negro, de aproximadamente 1,65 m de altura e corpulento", vestindo um colete verde usado por operários de construção e um moletom cinza com capuz.

A polícia foi alertada sobre o incidente pouco antes das 08h30 locais (09h30 em Brasília).

Fotos e vídeos de passageiros publicados nas redes sociais mostram sangue no chão e pessoas caídas no trem e na plataforma da estação 36th Street, localizada no distrito do Brooklyn.

- 'Planejado' -

"Ao chegar à estação, vi uma nuvem de fumaça, vi pessoas em meio ao caos, pessoas caídas, três pessoas no chão. Imediatamente disse a mim mesmo que tinha que ir embora", contou à AFP Threstan Ralph, 34. "As pessoas perguntavam aos gritos o que estava acontecendo."

Outro passageiro, Yav Montano, descreveu à rede de TV CNN que houve a "explosão de uma bomba de fumaça cerca de dois minutos antes de chegarmos à estação. Parecia tudo planejado. Estávamos presos no vagão, havia muito sangue no chão."

O departamento de polícia tuitou que não havia "nenhum dispositivo explosivo ativo neste momento", depois que os bombeiros disseram à AFP que "diversos dispositivos não detonados" haviam sido recuperados no local do incidente.

A polícia de Nova York pediu que as pessoas se mantivessem afastadas do local e instou as testemunhas a entrarem em contato por telefone para oferecer qualquer informação.

- Biden informado -

"Não desistiremos até encontrarmos o autor do crime", disse em Iowa o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que havia anunciado ontem novas medidas contra a proliferação de armas de fogo no país.

Leis brandas sobre armas e o direito constitucional de portar armamento têm frustrado repetidamente as tentativas de reduzir o número de armas em circulação no país, apesar de a maioria da população americana ser favorável a controles mais rígidos.

Três quartos de todos os homicídios nos EUA são cometidos com armas de fogo, e o número de pistolas, revólveres e outros armamentos comercializados não para de crescer.

A governadora Kathy Hochul prometeu oferecer atualizações regulares conforme as investigações vão se desenvolvendo.

Episódios violentos envolvendo atiradores acontecem com relativa frequência nos Estados Unidos, onde as armas de fogo têm relação com aproximadamente 40.000 mortes por ano, incluindo suicídio, de acordo com o site Gun Violence Archive.

Os tiroteios na cidade de Nova York cresceram este ano e o aumento dos crimes violentos com armas se tornou uma das prioridades do prefeito Eric Adams desde que ele assumiu o cargo em janeiro. Até o dia 3 de abril, incidentes com uso de arma de fogo subiram para 296, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram registrados 260, segundo as estatísticas da polícia.

Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York falou sobre o ataque que ocorreu na manhã desta terça-feira, 12, na plataforma de uma estação de metrô do Brooklyn, que resultou em ao menos cinco pessoas baleadas. Segundo a polícia, pelo menos 13 pessoas foram transportadas para hospitais com ferimentos.

O porta-voz disse que os investigadores acreditam que o atirador atirou de dentro de um vagão de um trem do metrô ao explodir uma bomba de fumaça. Vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros em pânico saindo do vagão para uma plataforma na rua 36 enquanto a fumaça subia pela estação. Policiais encontraram dispositivos não detonados e estão procurando um homem com uma máscara de gás e um colete laranja de construção.

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A porta-voz do hospital NYU Langone, Lisa Greiner, afirmou que o centro médico está tratando oito pessoas e que os ferimentos foram gerados por disparos e inalação de fumaça. Todos eles estão em condição estável.

Uma foto da cena mostrava pessoas atendendo passageiros ensanguentados deitados no chão da estação. Nos vídeos postados em redes sociais, pessoas aparecem ensanguentadas e pedem que a polícia seja chamada.

"A porta do metrô se abriu em um estado de calamidade. Havia fumaça, sangue e pessoas gritando’", disse uma testemunha ocular chamada Sam Carcamo à estação de rádio 1010 WINS. Ele estava na plataforma à espera do trem.

À Associated Press, o morador do Brooklyn Danny Mastrogiorgio relatou que havia acabado de deixar o filho na escola quando percebeu a multidão de passageiros saindo do metrô em pânico. Pelo menos dois deles tinham ferimentos na perna, disse. "Foi uma loucura. Ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo", declarou.

Allan Lee, proprietário de um café próximo à estação, também relatou que viu quando meia dúzia de carros de polícia e de bombeiros chegaram ao quarteirão da rua 36. Quando notou oficiais e cães do esquadrão antibomba, teve certeza de que não era um problema cotidiano do metrô. "Então eles começaram a conduzir as pessoas que estavam no quarteirão para o quarteirão ao lado e depois fecharam a entrada do metrô", disse ele à AP.

O incidente aconteceu em uma linha de metrô que atravessa o sul do Brooklyn em um bairro a cerca de 15 minutos de trem de Manhattan. Escolas locais, incluindo a Sunset Park High School, do outro lado da rua, foram fechadas. Os trens que atendem a essa estação estavam atrasados durante a hora do rush da manhã.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse em um comunicado que foi informada sobre a situação e que seu escritório trabalharia junto com as autoridades de trânsito e o departamento de polícia enquanto a investigação continuasse.

Violência crescente

Policiais estavam vasculhando a 4ª Avenida, rua transversal da estação, perguntando a testemunhas se eles estavam no trem. Luzes de emergência eram visíveis a pelo menos uma dúzia de quarteirões de distância da estação, montando um cordão policial para isolar a área.

Os tiroteios acontecem quando a cidade de Nova York enfrenta uma série de tiroteios. Até 3 de abril, os incidentes com tiros aumentaram de 260 para 296 no mesmo período do ano passado, de acordo com estatísticas do Departamento de Polícia.

O aumento ocorre depois que a violência armada atingiu mínimos históricos em 2018 e 2019, e a cidade ainda permanece mais segura do que nos anos anteriores. Mas quando os nova-iorquinos saíram das paralisações que marcaram o início da pandemia, muitos acharam a cidade mais perigosa do que antes da pandemia.

Outros incidentes graves também foram registrados nos últimos meses, inclusive nos metrôs da cidade. Uma das mais chocantes foi em janeiro, quando uma mulher morreu ao ser empurrada por um estranho para os trilhos na frente de um trem. (Com agências internacionais).

Ao menos 13 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (12) em um tiroteio na estação de metrô do bairro do Brooklyn, em Nova York, e artefatos explosivos foram encontrados no local, segundo informaram a polícia e os bombeiros.

Fotos e vídeos postadas por pessoas que estavam local mostram poças de sangue e pessoas deitadas no chão de um vagão do metrô, bem como na plataforma da estação "36th Street".

Um porta-voz do corpo de bombeiros disse à AFP que "dispositivos explosivos não acionados" foram encontrados.

De acordo com um tuíte da polícia, "não há dispositivos explosivos operáveis no momento".

"Às 8h27, a polícia atendeu a uma ligação para o 911 de uma pessoa baleada no metrô" no Brooklyn, disse à AFP um porta-voz da polícia de Nova York (NYPD .

O corpo de bombeiros da cidade deu o número de 13 feridos, com a ABC News citando fontes policiais que afirmaram que pelo menos cinco pessoas foram baleadas.

"Por favor, saiam da área", disse a NYPD e pediu às testemunhas para se comunicarem com a polícia para oferecer informações.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse ter sido "informada" da situação.

"As equipes de primeiros socorros estão no local" e as informações serão atualizadas no decorrer das investigações, tuitou.

A ABC News reportou que os agentes investigam se um artefato de fumaça foi detonado e que a polícia está buscando o suspeito.

Segundo a rede NBC, que citou oficiais da polícia e outro serviço de segurança, um homem com uma máscara de gás e um jaleco de operário laranja pode ter lançado uma lata de fumaça na plataforma do metrô para distrair as pessoas na hora do rush.

O homem segue foragido, segundo o presidente do distrito de Manhattan, Mark Levine.

A Casa Branca disse que o presidente Joe Biden havia sido informado do incidente e que estava em comunicação com as autoridades nova-iorquinas.

Os tiroteios massivos acontecem com relativa frequência nos Estados Unidos, onde as armas de fogo causam 40.000 mortes ao ano, incluídos os suicídios, segundo o site Gun Violence Archive.

O incidente acontece um dia depois de que Biden anunciou novas medidas para o controle de armas, aumentando, especialmente, as restrições às chamadas "armas fantasma", que são difíceis de rastrear, pois podem ser montadas em casa.

As permissivas leis sobre armas e o direito de portá-las garantido pela Constituição dificultam reiteradamente as tentativas de reduzir a quantidade de armas em circulação, apesar da maioria dos americanos se dizerem a favor de impôr maiores controles.

75% dos homicídios nos Estados Unidos são cometidos com armas e a quantidade de revólveres e outros tipos de arma à venda segue alta.

A Uber integrará todos os táxis de Nova York em sua plataforma, um ponto de virada em sua relação com os famosos carros amarelos após anos de tensão e um sinal da estratégia de crescimento do grupo.

Sob um acordo com a Comissão de Táxis e Limousines, que regula a atividade, a Uber vai hospedar o software de reserva de táxis de Nova York, que era um concorrente direto, em seu aplicativo virtual, disse um porta-voz da empresa ao jornal Wall Street Journal.

De fato, os táxis de Nova York já haviam lançado seus próprios aplicativos de reserva, CMT, Arro e Curb.

"Estamos entusiasmados com a parceria com os fornecedores de software CMT e Curb, que beneficiarão os taxistas e todos os nova-iorquinos", disse o vice-presidente da Uber, Andrew Macdonald, em nota enviada à AFP.

As tarifas de uma corrida de táxi reservadas pela plataforma serão aproximadamente as mesmas cobradas pela fórmula básica do Uber X, disse o grupo ao jornal.

A chegada do Uber a Nova York em 2011 transformou o setor de transporte, como em muitas outras cidades do mundo, e pressionou os táxis comuns, que até então gozavam de um quase monopólio.

Desde então, a cidade viu como o número de táxis se mantém quase inalterado, cerca de 14.000, mas o número de veículos de passageiros com motorista (VTC) dispara, ao ponto de o município ter congelado o licenciamento em 2018.

A pandemia de coronavírus e a subsequente queda no tráfego atingiram especialmente os táxis, já em dificuldades de Nova York.

Duas pessoas foram esfaqueadas neste sábado (12) no prestigioso Museu de Arte Moderna de Nova York (MOMA), provocando a evacuação do recinto, informou a polícia.

As vítimas, duas mulheres que permanecem "em condição estável", foram levadas ao vizinho Hospital Bellevue, confirmou à AFP um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD).

Segundo a emissora NBC, os ferimentos não representam risco de vida para as mulheres.

A polícia não identificou as vítimas do ataque, ocorrido às 16h16 locais (18h16 de Brasília).

O porta-voz da polícia informou à AFP que ainda não houve detenções e não deu detalhes sobre a possível motivação da agressão.

Porém, segundo a imprensa americana, a polícia teria identificado um suspeito.

Em um tuíte, o NYPD pediu às pessoas que evitem a área onde fica o MOMA "devido a uma investigação policial".

Diferentes veículos de comunicação e publicações em redes sociais mostraram imagens de pessoas recém-evacuadas nos arredores do museu, um destino turístico popular da cidade.

O BBB 22 é que está no ar, mas os participantes da edição anterior é que ainda dão o que falar nas redes sociais. O pernambucano Gil do Vigor segue em alta, e esteve nos últimos dias em Nova York. Na agenda, visita à bolsa de valores e um encontro com o prefeito da cidade, Eric Adams.

Gilberto fez uma postagem no seu Instagram para agradecer aos que proporcionaram a viagem e as agendas e prometeu que ainda será o presidente do Banco Central, no Brasil.

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“Há um ano eu estava lá no meu Pernambuco sonhando e sonhando muito, mas sempre soube o que queria e sabia como conquistar. Deus me deu oportunidades e ferramentas para que eu pudesse, junto com meus estudos, alcançar esses objetivos. Mas saibam que não é nem a metade ainda. Eu ainda quero e vou ser presidente do Banco Central”, diz ele em trecho.

Para Gil do Vigor, o Brasil precisa de muitas mudanças e ele pretende ajudar como puder na transformação do País.

“Quero viver em um país melhor, com mais oportunidades, diversidades e a gente só consegue isso sendo um agente de mudanças. Foquem naquilo que vocês querem”, aconselhou.

Confira a postagem:

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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu à Corte nesta sexta-feira, 11, que investigue os gastos da viagem do secretário especial de Cultura, Mario Frias, a Nova York. Em dezembro do ano passado, Frias desembarcou na cidade norte-americana para uma estadia de cinco dias.

A investigação foi solicitada pelo subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, para que o tribunal averigue "se a viagem custeada com recursos públicos possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público ou se serviu para atender - às escusas da lei - interesse personalíssimo e privado". Na época, a viagem foi classificada como urgente pela secretaria.

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"Sendo assim, defendo que quaisquer gastos públicos (mesmos em valores baixos) devam vir precedidos de justificativas que demonstrem a real necessidade - e legalidade - do uso desses recursos", disse Furtado.

Mario Frias esteve em Nova York para divulgar um "projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte", como citado no Diário Oficial da União, ao lado do lutador de jiu-jítsu e bolsonarista Renzo Gracie, que foi responsável pelo convite. Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, foram gastos R$ 39 mil na viagem de cinco dias. Desse valor, R$ 26 mil bancaram as passagens aéreas.

Frias viajou acompanhado de seu secretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, que gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, a viagem dos dois saiu por cerca de R$ 78 mil. Desse total, R$ 24 mil foram em diárias, R$ 12 mil para cada. Os dados são do Portal da Transparência.

Além da viagem, Frias e Oliveira foram ressarcidos pela União por testes de covid que custaram mais de R$ 1,8 mil cada. Os dados no Portal da Transparência mostram que os dois pediram e e ganharam o ressarcimento pela "realização de teste molecular diagnóstico para Sars-Cov-2". A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 11, pelo colunista Lauro Jardim.

Furtado classifica os gastos como uma "verdadeira extravagância": "A situação aqui narrada constitui, à toda evidência, desrespeito ao zelo, parcimônia, eficiência e economicidade que sempre devem orientar os gastos públicos e impõe, sem dúvida, a intervenção desta Corte de Contas".

A viagem de Frias também foi alvo de pedido de investigação da bancada do PT na Câmara; o deputado Reginaldo Lopes (MG) entregou uma representação ao TCU e outra ao Ministério Público Federal do Distrito Federal para que eventuais abusos sejam investigados.

"Na verdade, o secretário de Cultura e seu adjunto, ora representados, gastaram vultosos recursos públicos para participarem de uma reunião presencial em outro país, atendendo a um convite particular, de interesse comercial de terceiros, formulado pelo empresário Bruno Garcia e pelo lutador de Jiu-Jitsu Renzo Gracie, para que os referidos agentes públicos fossem apresentados a um 'projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte'", diz o documento protocolado pelo PT.

As recentes mortes violentas de duas mulheres em Nova York soaram todos os alarmes e reviveram as lembranças de décadas passadas, quando a cidade dos arranha-céus era um lugar perigoso para se viver.

Michelle Go, uma asiática-americana de 40 anos, morreu no último sábado ao ser empurrada por um homem esquizofrênico de 61 anos nos trilhos do metrô quando chegava um trem em alta velocidade na estação da Times Square.

Dias antes, em 9 de janeiro, a adolescente porto-riquenha Kristal Bayron-Nieves morreu baleada por um ladrão que tentava roubar um punhado de dólares que havia no caixa de um estabelecimento do "Burger King" de East Harlem (NYC).

São homicídios com um alto impacto emocional, que comoveram uma cidade cuja recuperação das sequelas econômicas e sociais da pandemia do coronavírus se alterou com a multiplicação dos casos atribuídos à variante ômicron e que deixou restaurantes e casas de espetáculo quase desertos.

Segundo dados da Polícia, em 2021 foram registrados 488 homicídios na cidade de quase nove milhões de habitantes, 4,3% a mais que em 2020, ano em que aumentaram radicalmente (468 por 319 em 2019).

"O número é pequeno, mas preocupante, porque há um aumento e não queremos voltar para onde estávamos há 25 anos, quando os índices eram quatro vezes mais altos", disse à AFP Jeffrey Butts, professor e pesquisador do centro de Justiça Criminal John Jay, da Universidade de Nova York.

- 400 milhões de armas -

O que diferencia os Estados Unidos de outros países é o "número de pessoas que têm acesso a uma arma de fogo e isso é o que causa a violência mortal", afirma Butts.

"Quando as pessoas não sabem navegar por meio de suas frustrações e conflitos com outros e quando tem uma arma em mãos, se tornam fatais", explica.

No início da pandemia, que afetou a cidade com especial virulência na primeira onda, houve um "salto" na compra de armas, lembra Butts. Na quarta-feira, uma bebê de 11 meses foi gravemente ferida por uma bala perdida no Bronx quando estava no carro de sua mãe.

Richard Aborn, presidente da Comissão de Prevenção do Crime, uma organização que trabalha para melhorar a segurança pública, vê "uma combinação de fatores" no aumento, não só de crimes violentos, mas também de roubos e estupros.

Além da proliferação de armas - no país circulam 400 milhões, mais de uma por habitante- e da pandemia de covid, que afetou especialmente os bairros e as populações mais vulneráveis, Arborn considera que os protestos contra a atuação policial pela morte de George Floyd, sufocado pelo joelho de um policial em maio de 2020, incidiu no aumento da violência.

A isso soma-se a recente reforma da justiça penal que pode ter criado a falsa sensação de que cometer um crime está menos penalizado do que antes, quando não é assim, explica Aborn à AFP.

Após a morte de Go, as autoridades voltaram sua atenção para as doenças mentais, particularmente entre a população de rua que, com as temperaturas frias e o aumento dos contágios da ômicron nos albergues, escolhem se proteger nas estações de metrô.

Adams, que assumiu o cargo em 1º de janeiro, anunciou no dia 7 que reforçará a presença policial no metrô nova-iorquino, usado todo dia por milhões de pessoas.

Pelo menos 19 pessoas, entre elas nove crianças, morreram depois que chamas atingiram um prédio residencial no Bronx, em Nova York neste domingo (9). Outras 63 ficaram feridas e 13 estão internadas - cinco em estado grave e o restante por ter inalado muita fumaça. O incêndio é o mais letal registrado na cidade em 30 anos, de acordo com autoridades locais.

O incêndio começou pouco antes das 11h locais, em um apartamento duplex no segundo e terceiro andares do prédio, que fica na rua 181 Leste, segundo o Corpo de Bombeiros. Os agentes chegaram ao local três minutos após serem acionados e encontraram uma nuvem de fumaça que se estendeu por toda a altura do prédio de 19 andares, disse o comandante da corporação, Daniel Nigro.

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A causa do incidente não havia sido esclarecida até ontem. Não se acredita que o incêndio tenha sido intencional, mas todas as hipóteses serão investigadas, disseram as autoridades. Segundo Nigro, a porta do apartamento onde o incêndio começou foi deixada aberta, o que ajudou a alimentar o fogo e permitiu a propagação da fumaça. O prédio tem 120 unidades e foi construído em 1972, de acordo com registros oficiais. As identidades das vítimas não foram divulgadas.

Desespero

Quem estava no prédio relatou momentos de desespero. Wesley Patterson estava no banheiro pouco antes das 11 horas quando sua namorada bateu na porta. Ela tinha olhado pela janela no terceiro andar e viu as chamas vindo de outra unidade. Demorou apenas alguns minutos para o apartamento ficar cheio de fumaça, disse Patterson, que mora no prédio há 20 anos.

"Estávamos apenas tentando respirar", disse Patterson, 28 anos. Ele correu com a namorada e o irmão dela, que mora com o casal, até a janela dos fundos. Patterson tentou abrir a janela, mas a fechadura estava tão quente que ele queimou as mãos. "Só pensava em meu filho e me perguntava se algum dia voltaria a vê-lo", disse. Por volta das 11h20, Patterson e sua família foram puxados pela janela pelos bombeiros.

Moradora do prédio, Vernessa Cunningham, de 60 anos, disse que saiu da igreja e foi correndo para casa depois de receber um alerta em seu celular de que o prédio estava pegando fogo. "Não conseguia acreditar no que estava vendo. Estava em choque", disse Vernessa, que estava alojada em escola próxima, para onde alguns moradores estavam sendo levados. "Podia ver meu apartamento. As janelas estavam todas quebradas. E eu pude ver as chamas vindo da parte de trás do edifício."

"Não há garantia de que haja um alarme de incêndio funcionando em todos os apartamentos ou em todas as áreas comuns", disse o deputado Ritchie Torres, um democrata que representa a área, à Associated Press. "A maioria desses prédios não tem sistema para combater as chamas. E assim as moradias do Bronx são muito mais suscetíveis a incêndios devastadores."

Happy Land

O número de mortos registrado ontem já é o maior em um incêndio na cidade desde a tragédia na boate Happy Land, também no Bronx. Em março de 1990, Julio Gonzalez foi até o local atrás de sua ex-namorada, que trabalhava na recepção. Bêbado, ele foi retirado, mas voltou à boate com gasolina e ateou fogo na única porta que dava acesso ao salão.

O incêndio mais letal da história da cidade foi em 1911, na fábrica da Triangle Shirtwaist Company, em Lower Manhattan, quando 146 pessoas morreram. Todos, exceto 23, eram mulheres jovens. O incêndio ajudou a desencadear demandas por melhores condições de segurança nas fábricas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A apresentadora e atriz Ana Furtado compartilhou com os seguidores um álbum com as fotos de sua viagem para Nova York, nos Estados Unidos. Nos cliques, a atriz aparece curtindo a cidade com seu esposo, o diretor de televisão Boninho, e a filha do casal, Isabella. Além de aparecer ao lado de alguns amigos. 

Na legenda da série de fotos no Instagram Ana escreveu: “enquanto desfaço as malas, deixo aqui um #photodump das nossas férias.”

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Nos comentários, diversos seguidores e famosos, como a apresentadora Fernanda Gentil, elogiaram a família. A atriz, casada há 22 anos com o diretor do Big Brother Brasil, compartilhou na última semana sua ansiedade para a nova edição do programa que começa neste mês de janeiro: “Faltam exatamente 10 DIAS pra começar o #BBB22 e pra comemorar LIBERA LOGO UM NOVO SPOILER AÍ, @boninho! Nunca te pedi nada.”

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Promotores dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira (4) que estavam retirando as acusações de assédio sexual contra o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo, que o fizeram renunciar no ano passado.

O promotor distrital do condado de Albany, David Soares, disse que embora a queixa fosse "crível", seu gabinete não poderia comprovar que os fatos constituem algo além de uma dúvida razoável.

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"Portanto, notificamos o tribunal que estamos recusando o processo e solicitamos que as acusações apresentadas pelo gabinete do Xerife do Condado de Albany sejam rejeitadas", disse a fonte.

Cuomo foi indiciado em novembro por toques forçados, que é considerado crime sexual com pena de prisão de até um ano.

Foi a primeira queixa registrada desde que o político outrora poderoso foi obrigado a renunciar em agosto, após uma série de acusações de assédio sexual.

O caso foi apresentado pelo gabinete do xerife de Albany, mas logo ficou incerto se Soares seria capaz de prosseguir com o processo.

Cuomo, de 64 anos, deve responder a uma intimação para comparecer ao tribunal na sexta-feira.

Na ausência de provas, Soares é agora o terceiro promotor distrital a encerrar uma investigação criminal contra Cuomo relacionada a assédio sexual.

O ex-governador foi acusado de colocar a mão sob a blusa da vítima e agarrar seu seio esquerdo em dezembro de 2020.

Sua renúncia ocorreu depois que a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, divulgou um relatório, sem poder de criminaliza-lo, concluindo que Cuomo havia assediado sexualmente 11 mulheres, incluindo ex-membros de seu gabinete.

Ele negou as acusações e disse ter sido vítima de vingança política.

O ex-governador ganhou admiração nacional em 2020 por seus relatórios diários sobre o coronavírus antes de sofrer uma queda dramática de popularidade.

A procuradora-geral de Nova York convocou o ex-presidente Donald Trump, seu filho, Don Jr. e sua filha, Ivanka, como parte de uma investigação sobre os negócios da família, segundo um documento judicial apresentado nesta segunda-feira (3).

A procuradora Letitia James, democrata, emitiu no mês passado as convocações para testemunhos em uma investigação civil de vários anos, segundo o documento.

O fato é divulgado depois que o jornal Washington Post reportou em dezembro que James pediu a Trump para se apresentar em seu gabinete em 7 de janeiro para dar seu testemunho pessoalmente.

Após o informe, Trump processou James, argumentando que violava seus direitos constitucionais ao realizar uma investigação com motivações políticas.

James averigua se a Organização Trump reportou ilegalmente valores falsos de suas propriedades para potencialmente obter vantagens bancárias e fiscais.

A procuradora iniciou a investigação em março de 2019 e suspeita que a Organização Trump superfaturou algumas propriedades para pedir empréstimos bancários e em seguida reportou valores muito menores no momento de pagar impostos.

O filho de Trump, Eric, vice-presidente-executivo da Organização Trump, foi entrevistado a esse respeito pelo gabinete de James em outubro de 2020.

A organização Trump também é investigada pelo promotor do distrito de Manhattan por possíveis crimes financeiros e fraude à seguradora.

Em julho, a Organização Trump e seu diretor financeiro de longa data, Allen Weisselberg, se declararam inocentes de 15 acusações de fraude e evasão fiscal em uma corte de Nova York.

O julgamento deveria começar em meados do ano.

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