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Representantes das vítimas da atividade de exploração de sal-gema da Braskem, em Maceió, criticaram os acordos fechados por órgãos públicos com a mineradora. Durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados sobre os impactos ambientais da atividade da empresa, eles afirmaram que os moradores das áreas que tiveram o solo afundado não foram ouvidos durante as tratativas aderiram aos acordos por se encontrarem em situação de vulnerabilidade.

O Programa de Compensação Financeira (PCF) foi instituído pela Braskem após acordo firmado em 2019 entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública de Alagoas e o Ministério Público de Alagoas e homologado judicialmente em 2020.

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Entre outros pontos, o acordo garantiu que a Braskem custeasse todas as medidas de desocupação das pessoas da área de risco delimitada pela Defesa Civil e também a indenização pelos danos materiais e morais.

O acordo não fixou valores, nem sobre danos morais ou materiais, apenas garantiu um valor mínimo de R$ 81,5 mil para imóveis cujo valor de mercado fosse inferior. Desde a homologação, até o momento, foram tiradas da área de risco cerca de 60 mil pessoas e desocupados 15 mil imóveis.

O Coordenador-Geral da Associação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) Cássio Araújo, disse que houve uma tentativa de adendo ao acordo em que os moradores propunham novos critérios para as ações de reparação da empresa e que esse pedido foi indeferido pelo Ministério Público Federal, Ministério Público de Alagoas e pela Defensoria Pública da União.

“Os ministérios públicos estadual e federal e a Defensoria Pública da União negaram essa possibilidade, indeferiram o nosso pedido e disseram que o que a Braskem estava fazendo era muito bom, sob o argumento da autoadesão”, criticou Araújo. “As pessoas, que estavam em um estado de alta vulnerabilidade, querendo resolver a sua situação, acabavam aceitando as propostas indecorosas, irrisórias que a empresa infratora estava fazendo e as instituições responsáveis por defender essas vítimas, defendiam o que a Braskem estava fazendo”, emendou.

Representante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), em Maceió, Paulo César Marques lembrou que a maioria das realocações ocorreu durante a pandemia da covid-19 e que isso interferiu nas decisões dos moradores.

“A gente tem que analisar a situação em que o pessoal estava e o quanto foi forçado a aceitar a realocação. Todo dia as pessoas acordavam e pensavam que a casa poderia afundar e isso tudo diante de uma situação de pandemia”, pontuou.

Um dos pontos criticados pelos representantes foi o que cedeu à empresa as áreas privadas e públicas na região onde houve a realocação. Pelo acordo firmado, a empresa ficou proibida de edificar na área enquanto houver instabilidade e qualquer destinação futura deve observar a necessária estabilização definitiva do solo, mediante aprovação no plano diretor do município.

“A transferência de propriedade para a Braskem foi um ato indecoroso que nunca deveria ter acontecido, isso jamais poderia ter sido feito” disse Araújo.

Para o representante das vítimas, a empresa pode influenciar na decisão de alteração do plano diretor do município, devido ao seu poder econômico. "Como é publico e notório o poder de interferência do poder econômico no nosso parlamento, particularmente nas nossas câmaras de vereadores, ela pode interferir para poder fazer no futuro a exploração econômica da região", observou.

Notícia crime

O presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió, Alexandre Sampaio disse que a associação entrou com uma notícia crime contra a Braskem, mas a medida não foi adiante, porque segundo ele, o MPF disse que a associação não tinha legitimidade para processar criminalmente a empresa.

“Passados cinco anos de quando o crime apareceu, o Ministério Público ainda não processou criminalmente a empresa. O que nos causa muito estranhamento”, afirmou Sampaio.

O presidente disse ainda que com o colapso da mina 18, no último dia 10, solicitou novamente ao MPF que a empresa fosse processada por crime ambiental.

“O mundo inteiro viu o colapso da mina 18, viu o mangue afundando, viu vegetação sendo suprimida e afundando com o colapso da mina 18 e pedimos a prisão em flagrante dos responsáveis da Braskem”, disse. “Se um pescador lá da lagoa [do Mundaú] resolve fazer sua casinha do barco, pega um machado, corta dez metros de mangue para fazer sua casinha e alguém filma isso, ele é preso e só é liberado após julgamento”, ironizou Sampaio que disse haver uma letargia do MPF para processar a empresa.

MPF

Durante a audiência, a procuradora-chefe da Procuradoria da República em Alagoas, Roberta Lima Bomfim, defendeu o acordo. Segundo representante do MPF, não está havendo uma compreensão adequada do que foi definido.

“Essa área desocupada, esse ponto é sempre questionado e, no nosso entender, tem recebido uma compreensão não adequada. É importante compreender que essa área é um passivo da Braskem e não tem condição nenhuma [de exploração]. O recente acontecimento da mina 18 é um exemplo de que essa área não tem condição de exploração. É um passivo da Braskem que deve ser suportado pela empresa e todos os custos dessa gestão”, afirmou.

Para o defensor Público da União Diego Martins Alves a situação é inédita e não há instrumento jurídico para garantir a imediata realocação das pessoas em casos de “tragédias ambientais complexas”. Ele reforçou que a empresa ficou com os imóveis, mas que, desde o início, a Braskem foi informada de que “não seria tolerável que ela se beneficiasse da própria torpeza" e que a Defensoria orienta que a área deve ser direcionada para utilização de interesse público.

“Enquanto houver instabilidade do solo, a Braskem não poderá explorar a área economicamente. Se houver a estabilidade do solo na região, a Braskem só poderá explorar a área se houver permissão pelo plano diretor do município de Maceió. A Defensoria Pública da União está vigilante nessa situação”, disse.

Nesta terça-feira (19), a DPU e o MPF divulgaram nota defendendo o acordo indenizatório firmado com a Braskem para reparação dos atingidos pelo afundamento em bairros de Maceió. O documento é uma resposta ao governo de Alagoas, que no último dia 15 pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a invalidação dos acordos extrajudiciais firmados pela Braskem com órgãos públicos.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 5, o projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples em órgãos públicos. Nele, foi incluída a proibição do uso de linguagem neutra. Pelo texto, "novas formas de flexão de gênero e número das palavras da língua portuguesa", como "todes", não poderão ser usadas em comunicações com a população. A proposta, agora, será analisada pelo Senado.

O projeto de 2019, de autoria de Erika Kokay (PT-DF), foi aprovado com o substitutivo do relator Pedro Campos (PSB-PE). Ele não tratava sobre a utilização da linguagem neutra na administração pública. Após a aprovação do texto, os deputados aprovaram a emenda de Junio Amaral (PL-MG) sobre o tema.

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"A recente linguagem neutra, usada ideologicamente, não se enquadra na finalidade de uma linguagem simples, clara e objetiva", diz Amaral na justificativa da emenda.

A linguagem neutra, também conhecida como linguagem não-binária, tem por objetivo adaptar a Língua Portuguesa com o uso de expressões que não marquem gênero (masculino e feminino) para que mais pessoas se sintam representadas ao falar e se expressar.

Artigos femininos e masculinos são trocados por "x" e "e", em alguns casos. Assim, palavras como "amigo" vira "amigue", "namorado" torna-se "namorade", entre outras variações. Há também o termo "elu", usado para se referir a qualquer pessoa, independentemente do gênero.

Desde o início do governo Lula, há o emprego da linguagem neutra em reuniões e cerimônias oficiais. Logo em janeiro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, saudou o público em um evento com um "boa tarde a todos, todas e todes".

Nas redes sociais, Junio Amaral se referiu à linguagem neutra como "aberração linguística" e comemorou a aprovação da emenda. "Em um projeto da esquerda que versa sobre 'linguagem simples', incluímos uma emenda que acabou jogando contra eles, vitória do Brasil. Ficamos felizes, mas nem TODES", escreveu.

Nesta quarta-feira, 6, Erika Kokay, autora do projeto, afirmou que a emenda aprovada "agride a democracia". "Primeiro porque nada tinha a ver com o projeto que votávamos, que instituía a comunicação simples em documentos oficiais para garantir transparência e cidadania. Outra agressão é uma incontrolável transfobia. Excluir a população trans e não-binária da língua portuguesa não é ignorância. É parte de um projeto violento, que não quer mudar o país que mais mata a população LGBTQUIAP+ do mundo", afirmou no X (antigo Twitter).

Projeto trata sobre linguagem simples em comunicações de órgãos públicos

O projeto de lei propõe que a linguagem simples reúna "o conjunto de práticas, instrumentos e sinais usados para transmitir informações de maneira simples e objetiva, a fim de facilitar a compreensão de textos".

A proposta define que as comunicações em linguagem simples são as que "as ideias, as palavras, as frases e a estrutura são organizadas para que o leitor encontre facilmente o que procura, compreenda o que encontrou e utilize a informação". Se o público do texto for a comunidade indígena, o texto sugere que seja feita a tradução correspondente ao idioma do destinatário.

Há ainda a recomendação para que, sempre que for possível, documentos oficiais tenham uma versão em linguagem simples, além da original.

Se a proposta se tornar lei, a administração pública precisará seguir as seguintes técnicas, além de seguir o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp):

- redigir frases curtas e em ordem direta;

- organizar o texto para que as informações mais importantes apareçam primeiro;

- desenvolver uma ideia por parágrafo;

- usar sinônimos de termos técnicos e de jargões ou explicá-los no próprio texto;

- evitar palavras estrangeiras que não sejam de uso corrente;

- organizar o texto de forma esquemática quando couber, com o uso de listas, tabelas e gráficos.

Se a proposta for aprovada no Senado, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta deverão definir, em até 90 dias após a publicação da lei, um responsável pelo tratamento da linguagem simples. Municípios com até 50 mil habitantes ficam isentos de aplicar a norma caso tenham que aumentar despesas.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck anunciou, na última sexta-feira (16), a abertura de 21 novos concursos visando preencher 4.436 cargos efetivos. Junto com as 1.444 vagas efetivas anunciadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e os ministérios de Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, somam-se 5.880 oportunidades abertas em concursos.

Estas vagas estarão presentes em diferentes ministérios, como da Agricultura, do Trabalho, da Educação, da Saúde e das Relações Exteriores. Algumas autarquias também podem abrir as portas para o concurso, como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Inmetro (Instituto Nacional de Meteorologia), o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 

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Os certames estão em preparação e devem ser divulgados em um prazo de até seis meses. Os cargos variam entre si, alguns pedem por especialista de diversas formações como em engenharia, economia, ciências sociais, administração, psicologia, pedagogia, relações internacionais e comunicação social. Mais detalhes serão ditas no certame oficial.

Durante o anúncio aberto à imprensa sobre os novos concursos, a ministra Esther Dweck declarou que a decisão veio por diversos fatores, entre eles está a perda considerável de colaboradores nos últimos sete anos, um número de quase 100 mil servidores que deixaram seus cargos por inúmeros motivos.

Neste início de ano legislativo, o Senado analisará pelo menos 18 novas indicações para cargos de direção em órgão públicos, agências reguladoras, autarquias e para postos em embaixadas. Os nomes, ainda a serem submetidos à análise da Casa, substituirão indicações canceladas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por terem sido feitas no fim do mandato do então presidente Jair Bolsonaro. O ato foi publicado no Diário Oficial da União da última terça-feira (31).

Conforme a listagem, foram derrubadas indicações encaminhadas desde 9 de dezembro de 2021, como é o caso da vaga para diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine). O cargo está vago desde junho de 2022 em razão do fim de mandato de Andrea Paes Leme.

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Outras dez indicações do governo anterior foram encaminhadas ao Senado nos meses de novembro e dezembro, após o segundo turno das eleições. Cinco delas para o cargo de ouvidor em agências reguladoras como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Mineração (ANM), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Alguns desses cargos já estão vagos em razão do término de mandato da indicação anterior.

Outro posto que está vago desde dezembro e que teve indicação vetada por Lula é para a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM). Ronaldo Jorge da Silva Lima assumiu o cargo em 2021 para exercer a função durante 16 meses, em razão da renúncia do ex-diretor Eduardo Leão. O mandato para esse cargo é de quatro anos.   

Outros dois nomes derrubados foram os indicados para diretorias de uma nova autarquia criada por Bolsonaro, a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). A criação do novo órgão foi assinada no final de 2021 e está até agora sem a nomeação de sua diretoria. Os cargos de presidente e direção possuem mandato de quatro e três anos respectivamente.

Ainda se soma a essa lista o veto à indicação de Daniel de Macedo Alves Pereira para a recondução no cargo de defensor público-geral federal (DPGF) da Defensoria Pública da União (DPU). Ele assumiu em janeiro de 2021 e teria mandato de dois anos à frente do órgão, podendo ser reconduzido uma única vez.

Já entre os postos que deverão ter embaixadores brasileiros indicados pelo novo governo estão os de países como Argentina, França, Grécia, Holanda, Itália,  Turquia e Emirados Árabes Unidos, além da indicado à representação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra (Suíça).

Todas essas indicações são de competência do Executivo Federal e precisam passar por sabatina nas comissões competentes do Senado. Depois devem ser aprovadas tanto nos colegiados como em Plenário.

*Da Agência Senado

O Corpus Christi é uma comemoração religiosa, mais comum entre os católicos, celebrada sempre numa quinta-feira. Neste ano, ela cairá na terceira quinta-feira do mês, próximo dia 16 de junho. A Solenidade do Sacramento antecede o período junino e, muitas vezes, sua comemoração comercial é transferida para as festas de São João, nos dias 23 ou 24. Este ano, o estado de Pernambuco decretou ponto facultativo e assim, alguns serviços foram alterados e outros, não. Confira quais:

Comércio

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De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas, o comércio no Centro do Recife e bairros funcionará normalmente nesta quinta-feira, dia 16, em horário comercial (até às 18h).

Bancos

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), não haverá atendimento nas agências bancárias de todo o país. As áreas de autoatendimento ficarão disponíveis para os clientes nesta quinta, assim como os canais digitais e remotos de atendimento como internet e mobile banking. Na sexta-feira (17), o atendimento é normal.

Shoppings

• Shopping Patteo (Olinda) - Funcionará normalmente das 9h às 22h;

• Shopping Guararapes (Jaboatão) - Funcionará normalmente das 9h às 22h;

• Shopping Recife (Boa Viagem) - Funcionará normalmente das 9h às 22h;

• Shopping Riomar (Pina) - Funcionará normalmente das 9h às 22h;

• Shopping Boa Vista (Centro) - Funcionará normalmente das 9h às 21h.

Ferreira Costa

Lojas do Recife (Imbiribeira e Tamarineira) abrem normalmente, das 8h às 21h. No Agreste, abre apenas a de Caruaru, das 9h às 18h. Unidades Garanhuns estará fechada.

Detran

Nenhuma unidade do Detran Pernambuco funcionará na data. Isso inclui a unidade Sede, as localizadas em shoppings, CIRETRANS, Expresso Cidadão e Unidade de Táxi (DUAT).

O Governo de Pernambuco decretou ponto facultativo para o feriado de Corpus Christi, celebrado na próxima quinta-feira (16). Geralmente, o ponto facultativo da data é transferido para a celebração da véspera de São João, no dia 23 de junho, mas isso não acontecerá este ano. Assim, repartições estaduais de administração direta e indireta poderão ter o funcionamento alterado e voltam a funcionar normalmente na sexta-feira (17) e na outra quinta-feira (23).

A determinação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça-feira (14), assinada pelo secretário da Casa Civil, José Francisco de Melo Cavalcanti, e abre exceção apenas para “serviços cujo funcionamento seja indispensável”. Tradicionalmente, a troca dos feriados é motivada pelas festividades juninas, que seguem incertas nos principais polos do estado.

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O dia de São João, a sexta-feira (24), é feriado municipal em diversas cidades de Pernambuco, como são os casos, por exemplo, do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Caruaru.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacom) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram ao Facebook que adie a adoção da nova política de privacidade do WhatsApp, aplicativo controlado pela empresa.

O início da vigência das novas regras está previsto para 15 de maio. Os órgãos públicos argumentam que sugestões propostas pelas instituições não foram acolhidas nos novos termos.

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O WhatsApp anunciou a atualização de sua política de privacidade em janeiro. Com as novas regras, o WhatsApp vai passar a compartilhar dados com usuários do Facebook. Aqueles que não aceitarem as novas regras, não poderão mais utilizá-lo. As informações disponibilizadas, pouco específicas, segundo os órgãos governamentais, indicaram que haveria a coleta e compartilhamento com o Facebook de dados, contas comerciais e de interações.

 

Os órgãos públicos defendem, por exemplo, que os usuários não sejam proibidos de usar determinados recursos caso decidam não aderir à nova política. Outro ponto defendido é que o grupo não faça qualquer tipo de compartilhamento ou tratamento de dados de usuários do aplicativo de mensagens com o Facebook a partir da nova política.

 

Conforme o documento, as autoridades entendem que a alteração nas novas regras de privacidade pode trazer prejuízos ao direito à proteção de dados dos usuários.

A ANPD apresentou sugestões de mudança nas novas regras para “maior transparência quanto às bases legais, finalidades de tratamento, direitos  dos titulares, tratamento de dados pessoais sensíveis e de crianças e adolescentes, e o reforço de salvaguardas de segurança e privacidade”. 

Outro problema identificado pelos órgãos públicos, seria a falta de transparência e de clareza acerca de quais dados serão coletados. “Sob  a  ótica  da  proteção  e defesa do consumidor, essa ausência de clareza dos termos de uso e da política  de privacidade também pode se traduzir em publicidade enganosa e abusiva, em violação aos arts. 31, 37, 38, 39, caput, do CDC [Código de Defesa do Consumidor], pois a oferta contratual constante dos termos de uso e da política de privacidade não dariam conta da dimensão exata do custo não precificado de uso do serviço pelo consumidor”.

Do ponto de vista concorrencial, o documento das autoridades aponta que a mudança na política de privacidade pode configurar abuso de posição dominante “por impor o rompimento da continuidade de prestação de serviço  essencial de comunicação aos seus usuários em razão de recusa em submeterem-se à condição imposta de compartilhamento obrigatório de dados  com a empresa Facebook e seus parceiros”.

WhatsApp

Em nota, o WhatsApp declarou que passou os últimos meses fornecendo informações sobre a atualização, que vale para todos os cidadãos do mundo. “Neste período, a maioria das pessoas que já foi notificada aceitou a atualização e o WhatsApp continua crescendo. Porém, aqueles que ainda não tiveram a chance de aceitar a atualização não terão suas contas apagadas ou perderão a funcionalidade no dia 15 de maio. A empresa continuará enviando lembretes para estes usuários dentro do WhatsApp nas próximas semanas", diz o comunicado.

 

Análise do Tribunal de Contas da União encontrou 51.636 indícios de irregularidades no gasto de pessoal de órgãos da Administração Pública Federal, nos meses de março a setembro do ano passado. As informações foram divulgadas no site do TCU.

O relator é o ministro Aroldo Cedraz.

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A fiscalização ocorreu em 798 unidades jurisdicionadas do Judiciário, Legislativo, Ministério Público da União, Forças Armadas, Banco Central e empresas estatais.

Desse montante, 17.168 indícios foram corrigidos e resultaram em ganhos para os cofres públicos.

Os 34.468 mil restantes ainda não foram esclarecidos pelos gestores responsáveis, destaca o TCU.

Dez órgãos somam 64% dos problemas detectados e deverão apresentar, em até 60 dias, plano de ação para solucionar as pendências.

Entre os indícios de irregularidades constam pagamento a pensionista já falecido, servidor ativo com mais de 75 anos, servidor falecido recebendo remuneração, pessoas proibidas de assumir cargos públicos, auxílio alimentação pago em duplicidade, entre outros.

Os dados estão no relatório do quarto ciclo de fiscalização dos dados cadastrais e folhas de pagamento do serviço público.

Nessa rodada, parceria com os tribunais estaduais e municipais permitiu avaliar os dados das unidades federativas.

Foram encontrados 136.671 indícios de diversas irregularidades envolvendo 16.243 entidades. Como elas estão fora da jurisdição do TCU, os resultados foram encaminhados aos órgãos competentes para apuração.

Ao votar contra um projeto de lei que combate o assédio sexual e a cultura do estupro em órgãos públicos de Santa Catarina, o deputado estadual Jessé Lopes (PSL) foi à tribuna da Assembleia Legislativa (Alesc) dizer que a roupa usada pela mulher atrai estupradores.

"Se você quiser andar na rua com a sua sainha, com seu shortinho, com seu decote, ótimo. Se você quer chamar a atenção de estupradores, você sabe os riscos que está correndo. Se você se deparar com essa situação, lamento", disse  o deputado na última terça-feira (7), quando o texto estava sendo analisado pela Casa.

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Apesar do argumento e do voto contrário de Jessé e de mais um deputado, a matéria de autoria da deputada estadual Luciane Carminatti (PT) foi aprovada pela Alesc. O projeto prevê que órgãos da administração pública direta e indireta de Santa Catarina fixem cartazes com a mensagem: "Assédio sexual e estupro são crimes tipificados no Código Penal! Você tem direito de denunciar".

Depois de insinuar que a mulher escolhe ser estuprada ou não, Jessé voltou à Casa para se explicar e dizer que foi contra a proposta porque a cultura de estupro é "uma ficção criada por órgãos internacionais". 

“Jamais culpo a vítima por qualquer tipo de crime, isso fere a liberdade individual de vestir o que quiser. Dei essa sugestão para mulheres, principalmente aquelas que moram comigo, cuidem-se, previnam-se, nunca sabemos onde vai ter um criminoso. Se puderem evitar chama atenção, façam”, disse, ressaltando ter sido mal interpretado.

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Nesta quinta-feira (25) é celebrado o aniversário de São Paulo, que completa 464 anos. Por conta disso, alguns serviços públicos estarão fechados e outros terão alteração na grade de funcionamento. Confira:

Metrô

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Para facilitar o retorno dos usuários que acompanharão na noite desta quinta-feira (25) os eventos previstos para comemorar o aniversário de 464 anos da cidade de São Paulo, o Metrô manterá as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 4-Amarela abertas até 1h de sexta-feira (26). As exceções serão as linhas 5-Lilás e 15-Prata, que manterão os horários habituais de fechamento (0h).

Poupatempo

Os postos do Poupatempo da capital paulista – Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé não funcionam nesta quinta-feira (25). O atendimento ao público retorna na sexta-feira (26), em seu horário habitual, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h.

Detran.SP

As Unidades do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) localizados na capital não abrirão nesta quinta-feira (25). Todas as unidades voltarão a atender em seus horários regulares na sexta-feira (26).

Procon-SP

O Procon-SP informa que os postos de atendimento pessoal, nos Poupatempos Sé, Santo Amaro e Itaquera, não funcionarão. As audiências, setor administrativo, Ouvidoria, atendimento telefônico (151), atendimento eletrônico e os Núcleos Regionais do Procon-SP em Campinas, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Ribeirão Preto, Santos, Bauru e Presidente Prudente, também não funcionam.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a legalidade da divulgação de salários de servidores públicos nas páginas oficiais da internet de órgãos públicos. O relator do caso no Supremo, ministro Teori Zavascki, votou no sentido de reconhecer que é legítima a publicação nos sites oficiais do nome dos servidores e dos vencimentos e vantagens pecuniárias e foi seguido pelos integrantes da Corte. A ação tem repercussão geral e afeta, portanto, todos os processos que tramitam na Justiça sobre o tema.

"O servidor público não pode pretender ter a mesma privacidade que o cidadão comum. (...) Os agentes públicos, políticos, estão na vitrine. Desde o início são livro aberto. Entre o interesse individual e o coletivo, prevalece o coletivo", disse no julgamento o ministro Marco Aurélio Mello.

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O caso chegou ao STF por um recurso apresentado pela cidade de São Paulo, após uma servidora ter alegado na Justiça que a publicação de seu nome com respectivo salário viola o direito à intimidade. O município de São Paulo alegou que a divulgação segue os princípios "da publicidade e transparência" e que por isso todos os dados disponíveis foram reunidos no Portal da Cidade de São Paulo para que "cada um dos munícipes possa fiscalizar diretamente as contas públicas".

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) destruiu, na manhã deste domingo (01), diversas janelas de alguns órgãos públicos, em Brasília. A fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma das atingidas pela onda de choque provocada pelas aeronaves Mirage 2000.

Em nota, o centro de Comunicação Social da Aeronáutica disse que já iniciou a apuração das circunstâncias do fato e irá ressarcir os prejuízos decorrentes.

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A três dias da entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, o governo federal ainda deve o decreto que detalha o funcionamento da nova legislação no Executivo. Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, a regulamentação será publicada até quarta-feira.

Especialistas alertam, porém, que a demora na edição do decreto - seis meses já se passaram desde a sanção da lei - pode gerar confusão e atrasos na sua adoção. Por ser bastante ampla, a Lei de Acesso deixou sem solução diversas especificidades a respeito de seu funcionamento, que dependem do novo documento para serem regulamentadas.

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A falta de decreto deixa diversas perguntas no ar. Há dúvidas, por exemplo, em relação à identificação do cidadão na hora do registro do pedido. A lei fala apenas em "identificação do requerente", mas não se sabe ao certo se a pessoa terá que apresentar documento e, caso sim, qual.

A própria elaboração do pedido ainda não está totalmente equacionada, já que não há um site em que o cidadão possa fazê-lo. Até lá, as pessoas terão de encontrar sozinhas e-mail, telefone ou endereço dos órgãos. Neste último caso, para comparecer ao chamado Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e fazer a pergunta no balcão.

"A lei deixou algumas coisas em aberto, o que é natural. Seria difícil fechar todas as lacunas, porque a lei é muito ambiciosa", diz o jornalista especializado em política e transparência, Fabiano Angélico. "Agora, como o governo federal tomou pra si esse protagonismo, deveria ter trabalhado nisso até pra impulsionar as outras esferas."

Assim como o governo federal, Estados e municípios também devem suas próprias regulamentações em quase todo o País - estão até mais atrasados.

"Sabemos que o País enfrenta questões estruturais relativas ao cumprimento dos princípios de transparência determinados em escala federal, estadual e municipal", disse o professor Fernando Oliveira Paulino, da Universidade de Brasília (UnB), e um dos coordenadores do Fórum do Direito de Acesso a Informações Públicas. "É fundamental que as atividades do governo federal sirvam de referência." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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