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O empresário Eike Batista entregou documentos ao Ministério Público Federal para comprovar o que disse em depoimento, em 20 de maio, sobre o pedido de R$ 5 milhões para o PT que teria sido feito pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e sobre o repasse para o marqueteiro do PT João Santana em conta secreta na Suíça. O depoimento do empresário baseou a 34.ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Arquivo X, deflagrada quinta-fera (22)e que prendeu temporariamente o ex-ministro. A prisão foi revogada na tarde do mesmo dia.

Ex-controlador da empresa de construção naval OSX, o empresário entregou documentos como a agenda oficial com o ex-ministro, em Brasília, o registro de voo, contratos falsos firmados com empresas de Santana e os comprovantes de transferência de uma conta sua no exterior para a conta do casal João Santana e Mônica Moura em nome da offshore Shell Bill Finance - de US$ 2,3 milhões, em 2013.

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Além da agenda com o registro do encontro oficial com Mantega no dia 1.º de novembro de 2012, o empresário entregou o registro do voo usado por ele para se deslocar até Brasília.

Eike procurou o MPF depois de um delator da Lava Jato ter apontado propinas e fraudes na licitação das plataformas P-67 e P-70, vencidas pelo Consórcio Integra Offshore (formado pela Mendes Júnior e OSX Construção Naval) - negócios de US$ 922 milhões, assinado em 2012. O delator era Eduardo Musa, ex-gerente da Diretoria de Internacional da Petrobrás, área responsável pelo contrato, até 2009, e diretor da OSX na época do fato.

Em maio deste ano, outro ex-executivo da OSX confirmou aos investigadores da força-tarefa as fraudes, deu o caminho do dinheiro da propina e citou que Eike Batista sabia e discutiu o assunto.

O empresário negou a propina, mas, no entanto, a versão não convenceu o juiz federal Sérgio Moro. Em seu despacho que autorizou a deflagração da 34.ª fase da Lava Jato, Moro ressaltou que "Eike Batista negou que o depósito de USD 2.350.000,00 tivesse relação com o contrato obtido pelo Consórcio Integra, tratando-se de doação eleitoral".

"O problema é que a transferência de recurso foi feita por meio subreptício, através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada", observou Moro. "Além disso, seu interlocutor teria sido o então Ministro da Fazenda, a quem não cabe solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações subreptícias."

O magistrado ressaltou ainda que o repasse foi feito a Santana em 16 de abril de 2013, "ano no qual não houve eleições". "E mesmo considerando a data da solicitação, 1.º de dezembro de 2012, igualmente após as eleições municipais daquele ano."

A reportagem não conseguiu localizar ontem o advogado José Roberto Batochio, que defende Mantega. Anteontem, Batochio afirmou que seu cliente "jamais pediu propinas ou recursos para partido político". Ainda segundo o advogado, o ex-ministro disse a ele que "nunca conversou" com o empresário Eike Batista.

Flagrado dirigindo o carro Porsche de Eike Batista, apreendido pela Polícia Federal na casa do empresário, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, será alvo de uma sindicância. O processo foi instaurado pela Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região, por determinação do corregedor regional em exercício, desembargador federal José Antonio Lisbôa Neiva. O procedimento vai investigar a conduta do juiz.

Souza, que determinou a apreensão dos bens de Eike Batista, foi visto nesta terça-feira (24), pela manhã pela reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, dirigindo o automóvel, um Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002, no centro do Rio, próximo à sede do Tribunal Regional Federal. Ele afirma, porém, que levou o veículo para a garagem do seu prédio, na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade, por falta de vagas no pátio da Justiça Federal e por causa da lotação do depósito da Polícia Federal.

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Além do Porsche, um Toyota também levado da casa de Eike, estava no prédio de residência do juiz. Ele explicou, no entanto, que enviou um ofício ao Detran pedindo que os carros blindados do empresário ficassem à disposição da 3ª Vara enquanto não vão a leilão. Segundo o juiz, não há irregularidade nisso, já que o Detran foi informado.

Flagrado dirigindo o Porsche de Eike Batista, apreendido pela Polícia Federal na casa do empresário, o juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, afirma que levou o veículo para a garagem do seu prédio, na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade, por falta de vagas no pátio da Justiça Federal e por causa da lotação do depósito da Polícia Federal.

Na manha desta terça-feira (24), tanto o Porsche como o Lamborghini de Eike já estavam estacionados no pátio da Justiça, na zona portuário do Rio. O Lamborghini irá a leilão na próxima quinta-feira, dia 26. Mas não há data ainda para o leilão do Porsche e de um terceiro carro de Eike, o Toyota Hilux SW4.

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Segundo o juiz, o objetivo era evitar que o carro fosse danificado ao ficar exposto aos efeitos do sol e da chuva. Apesar de ter chegado para dar expediente dirigindo o Porsche branco hoje, por volta das 10h30, o magistrado negou ter utilizado o veículo em proveito próprio.

"O carro estava em depósito na garagem fechada desde o dia em que foi apreendido até hoje. Ele nunca foi usado e só veio hoje para o pátio da Justiça porque entrará no próximo leilão e ficará exposto para os interessados", afirmou Souza.

Além do Porsche, um Toyota também levado da casa de Eike estava no prédio de residência do juiz. Ele explicou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no entanto, que enviou um ofício ao Detran pedindo que os carros blindados do empresário ficassem à disposição da 3ª Vara enquanto não vão a leilão. Segundo o juiz, não há irregularidade nisso, já que o Detran foi informado.

Souza justificou um eventual uso do carro blindado pelo fato de sofrer ameaças por sua atuação no caso e disse que é comum que a Justiça peça a utilização de um carro apreendido para o próprio juízo ao para a Polícia Federal.

"Já recebi várias mensagens de pessoas do meio jurídico me avisando para tomar cuidado", disse, sem citar nomes. Neste mês, o juiz pediu autorização à Polícia Federal para comprar uma arma do tipo Glock 40. Desde então, vem andando armado e diz que está sendo seguido.

Acusado de parcialidade no julgamento do caso pela defesa de Eike, que já pediu o seu afastamento, Souza diz que não teme qualquer medida tomada pelos advogados do empresário. Ele acusa a defesa de Eike de partir para um confronto pessoal diante da falta de argumento jurídico.

"Não tem como me afastarem da magistratura. Só com uma sentença transitada em julgado (última instância). O que vão fazer não importa. Não tenho interesse em condenar ou absolver (o Eike)", afirmou.

O juiz que determinou a apreensão dos bens do empresário Eike Batista estaria de posse de um Porsche e um piano que pertenciam ao empresário, afirma o advogado Sergio Bermudes, que representa o ex-bilionário.

O automóvel de luxo teria sido levado à casa do juiz titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, após ter sido apreendido por agentes da Polícia Federal.

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O automóvel, um Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002, segundo o advogado, estaria estacionado na vaga do edifício onde mora o juiz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Nesta terça-feira, 24, pela manhã o juiz foi visto pela reportagem do Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, dirigindo o carro no centro do Rio, próximo à sede do Tribunal Regional Federal.

"Isso não é só suficiente para afastar o juiz como é um ilícito. Esse ato é gravíssimo", afirma Bermudes.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no último dia 6 na casa de Eike Batista, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, após um pedido da Justiça de bloqueio de R$ 3 bilhões do empresário e seus familiares.

A lista de bens retidos inclui seis carros, 16 relógios, um piano, uma escultura e R$ 127 mil em espécie (R$ 37 mil em moedas estrangeiras). A intenção era garantir o pagamento de indenizações e multas, no caso de condenação do empresário por crimes contra o mercado financeiro.

A Justiça Federal marcou para esta quinta-feira, 26, o leilão de cinco veículos retidos, com valor de avaliação total de R$ 1,795 milhão. Somente o carro mais valioso, uma Lamborghini Aventador, ano de fabricação 2011/2012, foi estimado em R$ 1,62 milhão - o veículo enfeitava a sala da casa do empresário. Procurado pela reportagem, o juiz não foi encontrado.

O empresário Eike Batista se tornou réu em uma nova ação penal na Justiça Federal do Rio. Dessa vez o fundador do grupo X é acusado de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada na negociação de ações da OSX, sua empresa de construção naval. A denúncia, feita em 2014 pela procuradora da República em São Paulo, Karen Kahn, foi aceita pelo juiz titular da 3ª Vara Federal Criminal, Flávio Roberto de Souza, após ratificação do Ministério Público Federal (MPF) fluminense.

O processo envolve supostas irregularidades na venda de ações da companhia em abril de 2013. Segundo o MPF o empresário se desfez dos papéis poucos dias após uma reunião que definiu um novo plano de negócios para a companhia, prevendo uma série de cortes de custos e investimentos. As informações causaram queda significativa do valor das ações da empresa mas só foram comunicadas ao mercado em maio. Eike Batista já responde a uma outra acusação pelos mesmos crimes, mas em relação à petroleira OGX.

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De acordo com o magistrado a decisão foi publicada na quinta-feira, 19, e a defesa do empresário tem um prazo de dez dias para se manifestar. Flávio Roberto de Souza sofre um processo de suspeição, em que os advogados pedem seu afastamento da ação penal referente a crimes financeiros na OGX. O recurso está sendo analisado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que já deu dois votos a favor da substituição. Diante disso, o juiz optou por abrir um novo processo e não unir as duas ações.

"A suspeição atinge apenas um processo. Mesmo que acolhida o caso (da OGX) continua na 3ª Vara Criminal, mas com o juiz substituto Vitor Valpuesta", explicou Souza. Todas as medidas cautelares assinadas por ele, como o bloqueio e apreensão de bens de Eike Batista, de seus filhos e da ex-mulher, Luma de Oliveira, continuam mantidas. Já a nova ação penal continuaria sendo conduzida pelo juiz titular.

Além da denúncia por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado na OSX, há duas denúncias relativas ao caso X encaminhadas à Justiça do Rio pelo MPF de São Paulo e ainda pendentes de análise por Souza. Em uma delas Eike e outros sete executivos são acusados por três crimes: formação de quadrilha, falsidade ideológica e indução do investidor a erro - crime financeiro previsto no artigo 6 da lei 7249/86 (lei do colarinho branco). Segundo o MPF, os crimes foram praticados entre 2009 e 2013, "desde a abertura da OGX na Bolsa de Valores de São Paulo". Na outra, três ex-gestores da OGX são acusados por crimes contra o mercado de capitais.

Corre ainda em segredo de Justiça um inquérito da Polícia Federal que investiga a possível prática de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por Eike Batista. Houve quebra de sigilos fiscal e bancário em busca de provas, mas ainda não há uma ação penal aberta. Segundo Souza, a Polícia Federal apurou que foi realizada uma remessa de R$ 1 bilhão ao exterior pelo empresário. "Os advogados alegam que a remessa foi feita para pagar uma dívida, mas isso ainda precisa ser comprovado", informou o juiz.

A OSX Brasil informa que suas subsidiárias OSX 1 Leasing B.V. e OSX Serviços Operacionais e as empresas Óleo e Gás Participações (OGPar) e sua subsidiária, OGX Petróleo e Gás, estenderam para a próxima sexta-feira, 7, o período de testes com uso da plataforma FPSO OSX-1 no Campo de Tubarão Azul, para eventual retomada de produção. As empresas, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, estão em recuperação judicial.

"Dessa forma, as companhias estimam que o período de testes perdure até 07 de março de 2014 e, caso continue a apresentar condições satisfatórias, a retomada de produção estará, ainda, sujeita a determinadas condições precedentes, dentre as quais o estabelecimento de custos operacionais e financeiros entre todas as partes envolvidas", afirma a OSX, no comunicado. A estimativa inicial era de que o período de testes perdurasse até a última sexta-feira, 28 de fevereiro.

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A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, de Eike Batista em recuperação judicial, informou nesta sexta-feira (28), que o tribunal da Holanda proferiu decisão favorável à companhia com relação a medida cautelar apresentada pela espanhola Acciona Infraestructuras. A medida cautelar requereu a constituição de gravame (arresto) sobre as cotas e bens da OSX Leasing Group BV nas suas subsidiárias e a constituição de gravame sobre as subsidiárias da OSX Leasing. Segundo o comunicado da OSX, o tribunal da Holanda decidiu revogar os gravames constituídos, sob o argumento de que o pedido formulado pela Acciona na medida cautelar ajuizada contra a OSX Leasing é infundada.

Ainda conforme o comunicado, a decisão proferida pelo tribunal holandês também estabelece que a OSX Construção Naval, e não a OSX Leasing, é a empresa responsável por efetuar os pagamentos do valor devido à Acciona nos termos do instrumento particular de distrato e outras avenças, celebrado entre a OSX, OSX CN e Acciona.

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A dívida da OSX com a empreiteira espanhola é de cerca R$ 300 milhões. A espanhola Acciona foi contratada em 2011 para realizar a engenharia, design e construção dos diques externos do porto de Açu, situado em São João da Barra (RJ).

A 14ª Câmara Cível do Rio de Janeiro julgou nesta quarta-feira (19) uma série de recursos nos casos de recuperação judicial das empresas X. O desembargador Gilberto Guarino acatou um pedido da espanhola Acciona contra a tramitação conjunta dos processos de OSX e Óleo e Gás Participações (ex-OGX). As ações serão desmembradas. Já a OGX conseguiu decisão definitiva em favor da inclusão de suas subsidiárias estrangeiras na recuperação em curso.

Até então a 4ª Vara Empresarial respondia tanto pela recuperação da petroleira, quanto do braço de construção naval do grupo de Eike Batista. A Deloitte havia sido designada como administradora judicial de ambos os casos.

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Agora, o processo da OSX será redistribuído para outra vara. O juiz sorteado determinará se os atos praticados até aqui continuam valendo. Ele poderá escolher um outro administrador judicial para acompanhar o processo, assim como fixar seus honorários no caso.

Esse tipo de mudança pode atrasar o andamento da recuperação do estaleiro. Por enquanto, a OSX tem até 10 de março para apresentar seu plano de recuperação. Em nota, a companhia avaliou que a decisão não traz prejuízo ao plano. Assessorada pelo escritório Antonelli & Associados, a Acciona alegou que os processos deveriam ser desmembrados porque os grupos têm situações financeiras distintas e a OSX teria, a seu ver, mais condições de se recuperar da crise. A fornecedora espanhola tem um crédito de R$ 300 milhões a receber.

A próxima semana será decisiva para os rumos do processo de recuperação judicial da OSX, empresa de construção naval do empresário Eike Batista. Na quarta-feira, 19, a 14ª. Câmara Cível do Rio julga o mérito do recurso movido pela espanhola Acciona contra a tramitação conjunta da recuperação da OSX e de outra empresa do grupo de Eike, o da petroleira OGX.

Caso o desembargador Gilberto Guarino, da 14ª Câmara Cível, julgue procedente o recurso do grupo espanhol na decisão final, o processo de OSX seria redistribuído para outra vara empresarial - o caso começaria do zero, com um novo juiz tendo de analisar até mesmo se acataria ou não o pedido de recuperação judicial da companhia.

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Mesmo que desse aval à recuperação, provavelmente o juiz optaria por indicar um outro administrador judicial para o caso da OSX. Por enquanto, a Deloitte foi designada para atuar nos processos de OGX e OSX. Assessorada pelo escritório Antonelli & Associados, a Acciona alegou no pedido de liminar que suspendeu a tramitação conjunta que os processos não devem ser acompanhados pelo mesmo juiz porque os grupos têm situações financeiras distintas e interesses conflitantes. Para a defesa, a OSX teria mais condições de se recuperar da crise do que a petroleira.

Além disso, a reunião dos casos poderia prejudicar os credores da OSX. A empresa é uma das maiores credoras da petroleira, mas não há consenso quanto ao valor devido. Para ilustrar o conflito, a defesa anexou aos autos do processo um acordo fechado entre as duas companhias em dezembro, na qual a OSX teria anistiado em cerca de US$ 1bilhão a petroleira em uma rescisão de contrato.

A Sete Brasil informou nesta sexta-feira, 24, que a encomenda da sonda de perfuração para águas ultraprofundas que, em 2012, estava em negociação para construção no estaleiro da OSX passou ao estaleiro Jurong Aracruz (ES) - e não ao Atlântico Sul (EAS, PE), conforme informado em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira.

O EAS mantém uma encomenda total de sete sondas, prevista desde o início. Já o Jurong, que anteriormente tinha seis sondas a serem construídas, agora tem sete.

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A Sete Brasil tinha em 2012 em seu portfólio 30 sondas para construção em seis estaleiros, sendo 28 fechadas com cinco estaleiros (EAS, Brasfels, Paraguaçu, Jurong e Rio Grande) e duas extras que eram negociadas, ainda sem contrato, com o estaleiro da OSX.

Após as dificuldades sofridas pelo Grupo de Eike Batista, foi eliminada uma das sondas do portfólio da gestora, que passou a prever 29, em vez de 30. A segunda sonda que também que era negociada para ser construída no estaleiro da OSX passou ao estaleiro Jurong.

Dessa forma, as 29 sondas estão distribuídas entre EAS (7), Brasfels (6), Paraguaçu (6), Jurong (7) e Rio Grande (3). Dessas, depois de prontas, 28 têm contrato de afretamento com a Petrobras e uma - a que será construída pelo Jurong - permanece sem contrato, ficando disponível para ser negociada no futuro com alguma petroleira.

A sétima sonda do Jurong, apesar de ainda não ter destino, passou à frente no cronograma de entrega, que tem alguma flexibilidade dentro da Sete Brasil e pode variar de acordo com o andamento de cada estaleiro. A última das 29 sondas a serem entregues virá do EAS. O cronograma prevê conclusão de todas entre 2015 e 2020.

A empreiteira Acciona conseguiu na Justiça holandesa o arresto das ações da OSX Leasing. Embora o pedido feito à justiça não inclua os bens da companhia, o montante arrestado garante integralmente a dívida de R$ 300 milhões da empresa do empresário Eike Batista com a credora, segundo o advogado Leonardo Antonelli, que representa a corporação espanhola. A Acciona é uma das empresas participantes da construção do Porto do Açú, em São João da Barra, litoral norte do Estado do Rio de Janeiro. A decisão da justiça saiu no fim do ano passado, mas foi mantida em sigilo.

"Conseguimos o arresto das ações da Leasing", afirmou o advogado ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, em entrevista por e-mail. "Cumprimos dia 31 de dezembro, mas mantivemos o sigilo até o ajuizamento da demanda principal no Brasil", acrescenta.

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Na quinta-feira passada, dia 16, a empreiteira espanhola entrou com uma ação contra a brasileira também no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, requerendo que o saldo da OSX Leasing seja depositado na conta garantia da Acciona.

"A ação cumula o pedido de garantia com perdas e danos", conta Antonelli, que espera conhecer a decisão da justiça na terça-feira.

O advogado não revela quantas ações da Acciona contra a OSX estão em tramitação no momento, mas lembra que o embate para garantir o pagamento das dívidas da companhia brasileira com a espanhola extrapola fronteiras.

"Nossa estratégia envolve países distintos e estratégias diversas, sendo certo que o efeito surpresa possibilitará atingirmos o objetivo do nosso cliente, motivo pelo qual não podemos revelar aquilo que ainda não é público", explica ele.

A Acciona foi contratada em 2011 para realizar a engenharia, design e construção dos diques externos do porto de Açu, situado em São João da Barra (RJ). A empresa está no Brasil desde 1996, e participou de outros projetos, como as obras da rodovia federal BR-393 do Rio de Janeiro e o Rodoanel na região metropolitana de São Paulo.

Maior credora da OSX, a Acciona quer fiscalizar com lupa a Deloitte como administradora judicial no processo de recuperação do estaleiro do empresário Eike Batista. Para isso, decidiu investir na contratação da Porto & Sales, companhia especializada no tema, como uma assistente técnica. O trabalho será monitorar as ações da Deloitte, que também acumula a função de administradora judicial no processo de recuperação de outra empresa X, a petroleira OGX.

"A Acciona está fazendo um investimento que não é desprezível para garantir seus direitos e dois outros credores também", explicou o advogado Leonardo Pietro Antonelli, do escritório Antonelli Associados. Segundo ele, a grande preocupação da companhia é garantir a parcialidade do administrador judicial.

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"Não existe consenso nem entre os valores das dívidas entre as duas empresas do grupo", ressaltou. Além disso, explicou, é importante fiscalizar possíveis mudanças nas classes de credores ou mesmo surgimento de novos.

Atualmente, todos os credores estão incluídos na mesma categoria, dos sem garantias. Caso haja alguma migração ou a entrada de novos credores na classe dos credores trabalhistas ou com garantias, estes passam a ter prioridade no recebimento do crédito. Por isso, segundo ele, a importância da atuação da Deloitte no processo ser monitorada.

Fora a contratação de um assistente técnico, a Acciona também questiona na Justiça a escolha do mesmo administrador judicial para cuidar da recuperação das duas empresas do grupo X. A companhia também recorre da decisão da Justiça de permitir que os processos das duas sigam juntos sob a alegação de conflito de interesses. A Acciona teme que uma das empresas seja sacrificada para que outra consiga se manter operacional.

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a tramitação por dependência da recuperação judicial de OSX e OGX. A liminar foi concedida em um recurso da espanhola Acciona, uma das principais credoras da empresa de construção naval do grupo X, com uma dívida de R$ 300 milhões. Atualmente os dois processos correm na 4ª Vara Empresarial do Rio.

Na prática, a medida paralisaria o processo de recuperação judicial da OSX até o julgamento do mérito do recurso em que a Acciona pede a separação dos processos. Mas o desembargador Gilberto Guarino, da 14ª Câmara Cível, entendeu que isso poderia agravar a crise financeira da empresa de construção naval e causar mais prejuízos aos credores.

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Assim, permitiu que o juiz da 4ª Vara Empresarial, Gilberto Clovis Matos, continue tomando medidas "necessárias e urgentes" que evitem o total congelamento da recuperação. É possível, entretanto, que a análise dos pedidos de impugnação de créditos na recuperação judicial da OSX fiquem parados. Isso pode significar um atraso na entrega do plano de pagamento da empresa aos credores.

Redistribuição - Caso o desembargador julgue o recurso da Acciona procedente em sua decisão final, o processo de recuperação da empresa OSX será redistribuído para outra vara empresarial. O novo juiz vai analisar o processo do zero e provavelmente indicar outro administrador judicial para a empresa. Por enquanto a Deloitte foi designada para atuar nas recuperações de OGX e OSX.

O desembargador levou em conta que os grupos são conglomerados distintos, com ativos, dívidas e credores independentes. O reflexo da crise econômica da OGX sobre a OSX não seria argumento suficiente para gerar a conexão entre os processos. Para ele não há risco de decisões conflitantes caso as recuperações judiciais corram em separado.

Assessorada pelo escritório Antonelli & Associados, a Acciona alegou no pedido de liminar que os processos não devem ser acompanhados pelo mesmo juiz porque os grupos têm situações financeiras distintas - a OSX teria mais chances de se recuperar da crise - e interesses conflitantes.

A análise é de que a reunião dos casos poderia prejudicar os credores da OSX. A empresa é uma das maiores credoras da petroleira, mas não há consenso quanto ao valor devido. Na lista de credores da OGX aparece uma dívida de R$ 2,4 bilhões, mas que pode superar os R$ 3 bilhões segundo fontes.

Quando encaminharam o pedido de recuperação judicial da OSX - que incluiu a OSX Brasil, a OSX Construção Naval e a OSX Serviços Operacionais Ltda - os advogados da companhia de Eike Batista pediram que o processo fosse enviado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida da recuperação judicial da OGX. Segundo eles, embora sejam independentes, as empresas de construção naval e de petróleo sempre atuaram de forma integrada. Também destacam a posição relevante da OSX na lista de credores da OGX. O pedido de distribuição conjunta havia sido deferido em 19 de novembro e a recuperação judicial, no dia 25.

O conselho de administração da OSX Brasil elegeu, nesta terça-feira (26), Euchério Lerner Rodrigues para o cargo de diretor-presidente da companhia, no lugar de Ivo Dworschak Filho, que renunciou. Dworschak Filho havia sido eleito para a função no último dia 8 de novembro. Foi eleito ainda para o cargo de diretor financeiro e de Relações com Investidores Cláudio Antonio da Silva Zuicker, que substituirá Luiz Guilherme Esteves Marques, que também renunciou nesta terça-feira.

A OSX, braço de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, teve seu pedido de recuperação judicial aprovado nesta segunda-feira pela Justiça. Também ontem, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,841 bilhão no terceiro trimestre de 2013. O balanço do trimestre passado foi divulgado dez dias após o encerramento do período estipulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que se encerrou em 15 de novembro.

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A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou prejuízo líquido de R$ 1,841 bilhão no terceiro trimestre de 2013, revertendo o lucro líquido de R$ 6,9 milhões verificado no mesmo período em 2012. No segundo trimestre deste ano, a companhia, cujo pedido de recuperação judicial foi aceito, nesta segunda-feira (250, pela Justiça, teve prejuízo de R$ 152,7 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da OSX entre julho e setembro deste ano ficou negativo em R$ 1,839 bilhão. No terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda ficou positivo em R$ 76,5 milhões e, no segundo trimestre de 2013, negativo em R$ 100,2 milhões.

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A receita líquida da companhia somou R$ 151,9 milhões no trimestre passado, 88,9% maior do que em igual intervalo de 2012 (R$ 80,4 milhões), mas 19,41% abaixo da registrada no segundo trimestre deste ano (R$ 188,5 milhões). Ainda conforme a apresentação dos resultados, o endividamento consolidado da OSX ao final do terceiro trimestre era de R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão referentes à Unidade de Construção Naval (UCN) Açu, R$ 648 milhões ao FPSO OSX-1, R$ 1,2 bilhão ao FPSO OSX-2, R$ 1,1 bilhão ao FPSO OSX-3 e R$ 201 milhões em outros financiamentos.

A Justiça do Rio deferiu o pedido de recuperação judicial da OSX, empresa de construção naval de Eike Batista. O pedido foi apresentado a 4ª Vara Empresarial do Rio no último dia 11. Na decisão, o juiz Gilberto Clovis Farias Matos acatou o pedido de vinculação à recuperação judicial da OGX em função da "posição creditícia extremamente relevante" entre as duas empresas irmãs fruto de contratos de locação e construção de plataformas de exploração de petróleo.

O juiz determinou que a empresa apresente em seis meses um plano de recuperação judicial, independente da OGX, ainda que os processos sejam "interdependentes". Em sua argumentação, Matos afirmou que os pedidos devem ser avaliados separadamente pelos credores e com "absoluto respeito à autonomia patrimonial de cada sociedade". Até a apresentação, a dívida da empresa, estimada em mais de R$ 4,5 bilhões, fica congelada. Também ficam suspensas as ações de execução de dívida, movidas por fornecedores.

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O juiz indicou ainda a empresa Delloite Touche Tohmatsu como administradora judicial da empresa. A consultoria terá 24h para apresentar proposta para os honorários que serão avaliados pela empresa no prazo máximo de um dia. Matos inclui no processo também as subsidiárias e afirma que a atuação das empresas "abrangem um nicho de mercado com pesados investimentos de credores internacionais, centenas de empregos, fornecedores de produtos e prestadores de serviços" considerados de "enorme relevância" para a sociedade.

A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, que pediu recuperação judicial, comunicou nesta terça-feira, 19, que foi informada pelo Banco Votorantim que o banco honrou a carta de fiança encaminhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relacionada à execução da garantia bancária para o empréstimo-ponte contratado pela subsidiária OSX Construção Naval (OSX CN). A informação foi adiantada na segunda-feira (18), pela Agência Estado.

O empréstimo-ponte foi contratado em dezembro de 2011 para o financiamento da construção da UCN Açu no valor de R$ 427,8 milhões (equivalente a US$ 227,96 milhões). O valor atual da dívida era de R$ 548 milhões.

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Conforme o fato relevante, no início de novembro a OSX CN firmou com o Votorantim um acordo de standstill válido até outubro de 2014, incluindo cláusulas relativas ao exercício do direito legal à recuperação judicial da companhia.

O cenário traçado no pedido de recuperação judicial das três empresas da OSX com sede no Brasil prevê que as companhias "sucumbirão" caso não haja o deferimento imediato da proteção da Justiça brasileira. A projeção é que elas possam atingir um caixa negativo em R$ 1,2 bilhão em abril de 2014 caso a recuperação seja negada.

O cálculo é feito com base nas dívidas a vencer nesse período e parte de um caixa realizado de R$ 7,1 milhões. Já em um cenário em que a recuperação é deferida, a expectativa é que o caixa fique positivo em cerca de R$ 31,8 milhões no mesmo prazo. A recuperação judicial protege a companhia sob seu manto de ações e execuções por 180 dias a partir do deferimento pela Justiça.

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Na petição inicial entregue nesta segunda-feira, 11, à Justiça do Rio, os advogados afirmam que as companhias OSX Brasil, OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais não possuem dívidas trabalhistas e que "a folha de seus empregados encontra-se rigorosamente em dia".

A OSX, braço de construção naval do grupo EBX, formalizou nesta segunda-feira (11), pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Na sexta-feira (8), a OSX divulgou fato relevante antecipando que o processo deveria ser ajuizado nesta segunda-feira. A empresa pediu que o processo fosse distribuído por dependência no processo de recuperação judicial da petroleira OGX.

O pedido deverá ser avaliado pelo juiz da 4ª Vara empresarial, Gilberto Clóvis Farias Matos. A OSX também anunciou, na sexta-feira, a demissão do presidente, Marcelo Gomes, da consultoria Alavarez&Marsal, que foi substituído pelo novo presidente, Ivo Dworschak Filho, função que acumulará com a de diretor de Construção Naval.

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As últimas informações abertas davam conta de que a OSX tinha uma dívida de R$ 5,3 bilhões. Desse total, R$ 676,4 milhões são referentes ao financiamento da plataforma OSX-1 com um sindicato de bancos liderados pelo DVB Group; R$ 1,4 bilhão é relativo a uma dívida do OSX-2 com instituições como Itaú BBA, ING e Santander; a Caixa Econômica Federal (R$1,1 bilhão); o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (R$ 548 milhões), e outros (R$ 260 milhões).

Os negócios com ações da OSX estão suspensos a partir desta segunda-feira, 11, no aguardo da confirmação da efetiva entrada em juízo do pedido de recuperação judicial da companhia, segundo informações da BM&FBovespa.

Na sexta-feira, 08, a empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou que seu conselho de administração aprovou, em caráter de urgência, o ajuizamento, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, de pedido de recuperação judicial. O pedido deverá ser feito nesta segunda-feira em conjunto com suas controladas, OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais.

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