Tópicos | paixão de cristo

A encenação da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, localizada no Agreste de Pernambuco, terá serviços que promovem a inclusão social de pessoas com deficiência. Pelo sétimo ano consecutivo, o Governo do Estado vai disponibilizar, nos dias 15 e 17 de abril, o serviço de interpretação de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas com deficiência auditiva, através do Projeto "Paixão Para Todos".

Vans do programa PE Conduz, além da audiodescrição para pessoas com deficiência visual na quarta-feira (17) também serão ofertadas pelo Governo de Pernambuco. Ao todo, seis intérpretes de Libras, divididos entre os dois dias, vão acompanhar as pessoas surdas durante a apresentação. Em cada cena, o grupo será posicionado em um espaço reservado.

##RECOMENDA##

Cinco vans do programa PE Conduz, sendo três partindo do Recife e duas de Caruaru, irão garantir o transporte de cerca de 10 usuários nesta segunda-feira (15).  Na quarta (17), de acordo com o governo, o foco será para o processo de audiodescrição que vai atender 20 pessoas com deficiência visual, através de aparelhos de tradução simultânea, que possibilita informações sobre figurino, cenário e orientações durante todo o espetáculo.

De acordo com a Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (Sead), são esperadas mais de 100 pessoas com deficiência durante os dois dias de oferta dos serviços.

Para o superintendente da SEAD, Edimilson Silva, proporcionar condições de acesso ao grupo em espaços como este ajuda a romper preconceitos. “É importante que as pessoas com deficiência possam e consigam ocupar esses espaços para quebrar estigmas de que só podem ficar em casa, que não são capazes de estar em ambientes como este. As pessoas com deficiência podem participar sim de eventos desse porte, basta apenas garantir condições necessárias”, pontua.

Os interessados pela oferta dos serviços de inclusão social podem solicitar na portaria do Teatro.

Começa hoje a temporada 2019 da Paixão de Cristo. Realizado desde a década de 60, todos os anos o espetáculo atrai milhares de pessoas que vão acompanhar a dramatização do último ciclo da vida de Jesus Cristo. A apresentação acontece todos os anos no município do Brejo da Madre de Deus, a 180 km do Recife.

Esse ano, a produção convidou Juliano Cazarré para viver Cristo, experiência que foi baseada em várias leituras da bíblia que o ator fez. Nomes como Priscila Fantin, Gabriel Braga Nunes e Ricardo Tozzi também fazem parte do elenco.

##RECOMENDA##

Confira os detalhes no vídeo.

[@#video#@]

SERVIÇO

Paixão de Cristo de nova Jerusalém  

Brejo da Madre de Deus

De 13 a 20 de abril de 2019

A Fiscalização nas estradas de Pernambuco será reforçada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a Semana Santa, começando nesta sexta-feira (12), seguindo até o domingo (21). A primeira etapa da ação acontece no Agreste do estado, em virtude das festividades religiosas que aumentam o fluxo de veículos na região.

De acordo com a PRF, a estimativa é de que haja um aumento no tráfego de veículos de cerca de 50%, principalmente na BR-232, no sentido dos municípios de Gravatá, Bezerros e Caruaru, no Agreste do Estado. O fluxo também será maior na BR-104, que dá acesso a PE-145, em direção ao teatro de Nova Jerusalém.

##RECOMENDA##

A Polícia Rodoviária Federal explica que para acessar a rodovia estadual o motorista que segue pela BR-104 deve utilizar o Trevo do Lampião, localizado no quilômetro 43 da rodovia.

A PRF irá atuar com o apoio de equipes da Operação Lei Seca, para coibir a ingestão de álcool pelos motoristas. Essa infração é gravíssima e prevê autuação no valor de R$2.934,70, sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Se o índice verificado no bafômetro for superior a 0,33mg/l, o condutor será encaminhado à delegacia de Polícia Civil.

Além da embriaguez ao volante, o foco da fiscalização estará nas infrações que podem resultar em acidentes graves, como as ultrapassagens indevidas, o uso irregular de motocicletas e a falta de dispositivos de segurança. Durante as abordagens, serão verificados a documentação das pessoas e do veículo, os equipamentos obrigatórios e se todos utilizam o cinto de segurança ou o dispositivo de retenção para crianças.

Ações de educação para o trânsito também serão realizadas para alertar motoristas e passageiros sobre cuidados que podem evitar acidentes.

 O espetáculo Paixão de Cristo de Casa Amarela chega a sua 17º edição e neste ano homenageia o bispo D. Helder Câmara, um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasi. A encenação será realizada de 18 a 20 de abril, na Concha Acústica do Sítio da Trindade, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife.

O evento contará com 80 atores e figurantes e espera receber nos três dias de espetáculo cerca de 30 mil pessoas. Para José Muniz, ator e idealizador da Paixão de Cristo de Casa Amarela o espetáculo é motivo de orgulho. “Fundei esse espetáculo há 16 anos e sinto um grande orgulho ao ver todos envolvidos, entre técnicos, atores e figurantes, sempre pensando em presentear os espectadores com o melhor de si. Isso nos coloca como uma das maiores Paixões de Cristo do Recife”, diz.

##RECOMENDA##

A entrada é gratuita e a produção estará recebendo alimentos não perecíveis, que serão doados para instituições que desenvolvem trabalhos com a comunidade, apoiadas pela Arquidiocese de Olinda e Recife. A apresentação tem o incentivo da Prefeitura do Recife e o apoio da Paróquia de Santa Isabel, Macaxeira e Harmonia.

Serviço

Paixão de Cristo de Casa Amarela

18, 19 e 20 de abril | 20h

Sítio da Trindade (Estrada do Arraial, N° 3259 - Casa Amarela)

Gratuito

*Com informações da assessoria

 Na tarde desta quinta (11), a produtora Lilian Pimentel e parte da equipe do espetáculo Paixão de Cristo de José Pimentel falaram, em coletiva de imprensa, sobre a montagem de 2019. A grande novidade deste ano é a realização da peça em novo endereço, na Praça do Carmo, em Olinda, entre os dias 18 e 21 de abril, sempre às 20h. Também esteve na coletiva o prefeito de Olinda, Professor Lupércio.

O novo local para o espetáculo apareceu após meses de incerteza acerca da realização da Paixão nesta temporada. Saída de uma briga judicial com a Apacepe, a produtora Lilian Pimentel foi convidada para levar a montagem para Olinda, após a Prefeitura do Recife ceder o Marco Zero, onde o evento vinha sendo realizado há mais de 10 anos, para que a Apacepe realizasse a sua Paixão, intitulada, Jesus, a Luz do Mundo.

##RECOMENDA##

Abrindo a coletiva, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, deu as boas vindas ao evento - realizado pela primeira vez na cidade -, e falou da importância de recebê-lo: "A gente se sente muito honrado por toda a história da Paixão de Cristo pro nosso Estado. Olinda vai estar em festa, vai ser um momento importantíssimo para a cidade, para o turismo e a economia. Estamos de braços abertos, nos sentimos muito honrados por ter dado essa alegria não só aos pernambucanos como aos turistas, mas exclusivamente, aos olindenses".

Para a edição 2019 da Paixão de Cristo produzida pela herdeira de José Pimentel - ator e diretor que viveu Jesus Cristo nos palcos por 40 anos e fakeceu em 2018 -, terá a montagem de Pimentel preservada e relida, mas com concepção de seu novo diretor, José Francisco Filho.

No papel principal, Hemerson Moura, ator escolhido e preparado por Pimentel, em 2018, acompanhado por Stella Maris Saldanha (Maria); Gabriela Quental (Maria Madalena); Moisée Neto (Pilatos); e Will Menezes (Judas), entre outros. Emocionada, Lilian Pimentel revelou que levar a montagem para Olinda era algo que estava nos planos do pai: "Ele (José Pimentel) já havia feito partes (do espetáculo) aqui, mas era um sonho dele fazer uma Paixão inteira aqui".

A produtora agradeceu a "acolhida" da prefeitura local e disse sentir ser uma homenagem ao ator que ficou consagrado à frente do espetáculo. Ela também se mostrou animada com a nova 'casa' da Paixão e disse que pretende ficar: "Só saio daqui agora se o senhor mandar", disse em tom de brincadeira para o prefeito. A Praça do Carmo receberá uma grande estrutura para a realização do espetáculo. Será montado um palco de 48 metros, dois telões e mil cadeiras para o público. O evento é aberto ao público.

LeiaJá também

Recife tem 'nova Paixão de Cristo' apoiada pela Prefeitura

Produção da Paixão de Cristo de Pimentel se diz 'roubada'

Sem Pimentel, Paixão de Cristo do Recife corre sério risco

A celebração da Semana Santa em 2019 vai ganhar duas novidades. Além de um espetáculo repaginado no tradicional palco do Marco Zero, intitulado Jesus Luz do Mundo, a cidade vizinha da capital pernambucana, Olinda, também será destino para aqueles que não dispensam ver a trajetória final de Jesus no teatro. A Paixão de Cristo de José Pimentel será encenada em solo olindense.

A notícia foi divulgada, nesta segunda (8), através do Facebook da montagem produzida por Lilian Pimentel, filha do falecido ator e diretor que por 40 anos encenou a Paixão - destes, mais de 20 sob o título de Paixão de Cristo do Recife, tendo sido realizada no Estádio do Arruda e na Praça do Marco Zero. Após seu falecimento, em agosto de 2018, o espetáculo chegou a ser disputado na justiça entre Lilian e a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) e foi incógnita quanto a sua realização.

##RECOMENDA##

O enigma acabou em dois espetáculos. O da Apacepe ganhou apoio da Prefeitura do Recife e será realizado no tradicional palco do Marco Zero, já o de Lilian Pimentel, que dá continuidade ao legado do pai, estreia em novo local, em 2019. A notícia foi comemorada no Facebook da montagem: "Estamos em festa. Não perdemos espaço. Mas Olinda nos abraça com todo seu encanto. O nosso espetáculo agora ficará ainda mais rico".

Segundo o site Observatório de Olinda, o espetáculo, este ano intitulado Paixão de Cristo de José Pimentel, será encenado na área externa da Igreja do Carmo, no Sítio Histórico, entre os dias 18 e 21 de abril. Ainda de acordo com a página, uma grande estrutura está sendo idealizada, com fogos de artifício, telões de led e novidades para a apresentação.

 

 Neste domingo (7), o elenco principal da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém desembarca no Recife. O espetáculo, que aguarda mais de 50 mil pessoas em 2019, será encenado de 13 a 20 de abril, no município do Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco.

A encenação, que completa 52 anos nesta edição, traz a Pernambuco os atores Juliano Cazarré, que fará o papel de Jesus; Priscila Fantin, que fará Maria; Ricardo Tozzi, que será o rei Herodes; Gabriel Braga Nunes, que viverá Pilatos e Bruno Lopes, que interpretará o Apóstolo João.

##RECOMENDA##

A peça será exibida diariamente às 18h, mas os portões são abertos ao público às 16h. Os ingressos custam de R$ 100 a R$ 120, dependendo do dia, e podem ser adquiridos no site oficial do evento.

LeiaJá também

---> Paixão de Cristo de Nova Jerusalém já tem primeiras cenas

---> Recife tem 'nova Paixão de Cristo' apoiada pela Prefeitura

 Considerando o maior espetáculo a céu aberto do mundo, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém acontece de 13 a 20 de abril, no município do Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco. Na edição de 2019 são esperadas mais de 50 mil pessoas.

Com 52 anos de história, a peça retrata a história de Jesus e é contada em nove palcos com uma arrojada cenografia que reproduz lugarejos, ambientes e prédios da Jerusalém dos tempos de Cristo. O espetáculo conta ao todo com 450 atores e figurantes.

##RECOMENDA##

As entradas para o espetáculo já estão à venda pelo site oficial e custam de R$ 100 a R$ 120, dependendo do dia.

Serviço

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém 

13 a 20 de abril |18h

Nova Jerusalém (Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco)

R$100 e R$120

 

*Com informações da assessoria

LeiaJá também

---> Recife tem 'nova Paixão de Cristo' apoiada pela Prefeitura

Após o falecimento de José Pimentel, ator e diretor da tradicional Paixão de Cristo do Recife, a realização do espetáculo em 2019 virou uma incógnita. Alvo de briga judicial entre os antigos produtores, da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), e a filha do antigo diretor, Lilian Pimentel, o espetáculo acabou sendo 'dividido' e duas equipes passaram a ensaiá-lo alegando que, no período da Páscoa, a Praça do Marco Zero, como de costume, receberia a apresentação.

Nesta segunda (1), a Prefeitura do Recife confirmou qual das montagens receberia seu apoio e a permissão de uso do Marco Zero. Sob o nome de Jesus, a Luz do Mundo, a Apacepe será a responsável pelo tradicional espetáculo, com apresentação entre os dias 29 e 21 de abril.

##RECOMENDA##

Para 2019, a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco preparou um evento inédito. Ao todo, serão 22 cenas, com roteiro, cenários e elencos novos. O texto é assinado por Carlos Carvalho, que também comanda a direção do espetáculo. Os figurinos são de Manoel Carlos, e cenários de Célio Pontes e Eron Villar. A trilha sonora é do maestro José Renato.

O elenco, também todo renovado, traz mais de 43 atores e 10 figurantes. No papel principal, o ator Bruno Garcia interpreta Jesus Cristo, nos palcos, pela primeira vez.

Serviço

Jesus a Luz do Mundo - A Nova Paixão do Recife

19 a 21 de abril - 18h

Marco Zero (Bairro do Recife)

Gratuito

Uma das histórias mais conhecidas e contadas no mundo ocidental, a Paixão de Cristo, narra o calvário de um dos personagens mais importantes dessa cultura, Jesus Cristo. Em Pernambuco, existe uma forte tradição de montagens que encenam o trecho bíblico no período da Páscoa, porém, no Estado e na sua capital, a cidade do Recife, o calvário é vivido por atores, produtores e diretores dos espetáculos, dentro e fora dos palcos.  Falta de apoio, briga por espaço e a omissão de pagamentos têm tornado a vida de quem se dedica ao trabalho uma verdadeira via-crúcis.

No Recife, um dos mais tradicionais espetáculos desse período, a Paixão de Cristo que leva o nome da cidade e que foi idealizada, dirigida e encenada, por mais de duas décadas, pelo ator e diretor José Pimentel, falecido em agosto de 2018, corre o risco de nem ser apresentado em 2019; ou acontecer em ‘duplicidade’. Após o falecimento de Pimentel, uma briga judicial se instaurou entre sua família e a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), produtora com a qual costumava trabalhar, pelos direitos do espetáculo.

##RECOMENDA##

Familiares de Pimentel pediram, na Justiça, que a Apacepe se abstivesse de usar a imagem, obra e o nome do falecido diretor na realização do seu espetáculo e obteve ganho de causa. No entanto, a produtora manteve a decisão de encenar a peça e chegou a divulgar, através de sua assessoria a realização do espetáculo entre os dias 19 e 21 de abril, no Marco Zero do Recife, local onde vinha sendo realizado nos últimos anos. No entanto, a assessoria de Lílian Pimentel, filha de José Pimentel que ficou à frente do espetáculo, também garantiu a realização do seu espetáculo entre 18 e 21 de abril, no mesmo local.

LeiaJá também

--> 'Não queremos briga', diz produtor da Paixão do Recife

--> Sem Pimentel, Paixão de Cristo do Recife core sérios riscos

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife (PCR), que sempre apoiou a Paixão de Cristo do Recife, inclusive cedendo o espaço do Marco Zero, garantiu, em janeiro de 2019, que não havia nenhum evento marcada para tais datas no espaço e que não estava oferecendo apoio a nenhuma das montagens. Procurada novamente, a PCR não deu novas informações a respeito da possível realização do espetáculo até o fechamento desta matéria.

Já a nível estadual, o problema está relacionado a dinheiro. O festejado edital Pernambuco de Todas as Paixões,  instituído pela Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, há 11 anos, com o objetivo de incentivar e promover a realização dessas montagens ao redor do estado de Pernambuco, não vem cumprindo com o prometido. Nesta quinta (7), o pesquisador de teatro Leidson Ferraz fez um verdadeiro desabafo em seu perfil do Facebook revelando que nenhum dos 14 grupos habilitados no ano de 2018 receberam o valor proposto pelo edital daquele ano.

Leidson chamou o Estado de “Pernambuco de Paixões Sofridas”, e disse: “Até hoje, praticamente um ano depois, nenhuma das 15 Paixões de Cristo espalhadas pelo estado, do Recife a Petrolina, recebeu qualquer centavo prometido e que lhes é de direito”. O pesquisador foi um dos integrantes da comissão de análise de mérito cultural e equipes de visitas técnicas, que analisaram os proponentes. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, David L’ucard, diretor da Paixão de Cristo de Camaragibe confirmou a falta de pagamento por parte do Governo do Estado: “Nenhum dos grupos que participou recebeu”.

O diretor contou que a Fundarpe promoveu algumas reuniões, sem nenhum resultado efetivo, e agendou uma nova, com todos os habilitados do ano de 2018, para a próxima semana, a fim de propor uma maneira de resolver a falta. Ele lamentou o descaso: “Algumas Paixões tiveram de fazer empréstimo, é um processo comum para quem faz cultura, principalmente quem depende de edital porque só é pago depois. Quando os grupos não tem reserva de caixa, e a maioria não tem porque os projetos se pagam e não fica dinheiro de reserva; então muitos precisam de um aporte nesse sentido. Quando não chega um patrocínio antes os grupos recorrem a cartão de crédito, empréstimo”.

Ainda assim, L’ucard faz questão de frisar a importância do Pernambuco de Todas as Paixões: “O edital é de suma importância para o fazer cultural no Estado. Ele é o fomentador não sé de um espetáculo, mas de uma cadeia produtiva imensa que envolve diretores, produtores técnicos, figurinistas, cenógrafos; além desse resultado material que a gente visualiza no período da Paixão, durante os espetáculos, a gente também tem o resultado que fica, que são os grupos de teatro que começam a se formar a partir desses encontros das Paixões, os atores novos que são descobertos, novos técnicos”.

Leidson Ferraz fez o mesmo em sua publicação no Facebook, e lamentou o descaso com o qual o edital vem sendo tratado: “Saliento o quão importante é a continuidade e a valorização do projeto “Pernambuco de Todas as Paixões”, que agrega centenas de artistas e técnicos e milhares de espectadores estado adentro. Ou seja, essa é realmente a terra dos Paixões de Cristo mais do que sofridas. Vergonha! Descaso! Absurdo! Ao governador Paulo Câmara e aos novos presidentes da Fundarpe e Secretaria de Cultura, só resta pedirmos respeito à classe artística”!

Governo do Estado

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe informou que os pagamentos do edital 2018 serão realizados até o fim deste mês de março para que não haja prejuízo algum na realização do edital 2019, aberto no momento. “O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), confirma que estará realizando o pagamento dos selecionados no EDITAL 2018 até o final deste mês de março.  Assim como foi feito com o ciclo carnavalesco deste ano, há um compromisso do Governo do Estado de honrar os débitos referentes ao ano de 2018. Os pagamentos serão feitos durante todo o mês de março, para não comprometer a realização dos espetáculos”.

A  suposta reunião que estaria marcada para a discussão do problema, no entanto, não foi confirmada, embora o órgão tenha deixado aberta a possibilidade de uma conversa entre gestores e classe artística: “Não há qualquer reunião agendada, seja com o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto, seja com o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto.  Apesar disso, ambos demonstram completa disposição para atender os representantes dos grupos envolvidos com os espetáculos da Paixão”.

O coletivo ‘Fábrica Fazendo Arte’ está acusando a diretoria da ‘Paixão de Cristo de Casa Amarela’, espetáculo anual que acontece na Zona Norte do Recife (PE), de preconceito. Por meio de nota, divulgada no Facebook da organização na noite dessa quinta-feira (17), o coletivo afirmou que os organizadores do evento vetaram os artistas transexuais que fariam parte da peça.

De acordo com a organização sem fins lucrativos (ONG), eles foram convidados para dirigir e produzir o evento este ano, mas durante o processo, parte do elenco foi vetado do espetáculo pela direção, que alegou não querer se indispor com a Cúpula da Igreja Católica, justificando que o arcebispo de Recife e Olinda Dom Antônio Fernando Saburido, não aprovaria a participação de artistas transexuais no espetáculo.

##RECOMENDA##

O Fábrica Fazendo Arte também relatou que a direção deu a "opção" dos artistas trans participarem apenas da cena do Bacanal de Herodes "por ser um momento e espaço propício", no entanto, não poderiam divulgar que parte do elenco era transgênero. Descrevendo a situação como absurda, a ONG deixou a produção do espetáculo.

Procurado pela equipe do LeiaJá, o diretor geral e fundador da Paixão de Cristo de Casa Amarela, José Muniz, afirmou que as acusações são falsas, que ele luta pelas minorias e que nenhum artista foi vetado do espetáculo.

"Em nenhum momento convidamos a Fábrica Fazendo Arte para fazer parte da Paixão de Cristo de Casa Amarela, convidamos somente o diretor, que isso fique claro", disse.

Segundo José Muniz, o que aconteceu foi uma divergência de opinião na colocação dos artistas e ao questionar ao diretor da Fábrica Fazendo Arte onde o elenco iria se posicionar, o diretor não quis dar a informação.

Confira nota do Fábrica Fazendo Arte na íntegra:

"O Fábrica Fazendo Arte há 19 anos desempenha um trabalho árduo com o compromisso dos direitos humanos, arte e cidadania.

Estávamos a frente este ano da Paixão de Cristo de Casa Amarela na direção e produção do espetáculo a convite da diretoria da mesma. Iniciamos as atividades e oficinas oferecidas por jovens, artistas e multiplicadores de direitos humanos integrantes do Fábrica, onde este ano seria a Paixão da inclusão fizemos articulação com o programa ATITUDE, a AMOTRANS e o Movimento de População em Situação de Rua de Recife para que este evento cultural-religioso que é feito do povo para o povo fosse executado pela diversidade que o Recife tem, onde RESPEITAMOS a dramaturgia escrita pelo saudoso e militante das causas sociais e dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara.

Ficamos surpresos que durante o processo de construção do espetáculo que estava sendo feito por nós fomos questionados e obrigados a censurar uma parcela de componentes do evento, componentes estes TRANS que foram convidados por nós do Fábrica Fazendo Arte a partir de uma parceria nossa com a AMOTRANS, onde não iriam poder participar ou então nos disseram que eles e elas poderiam participar apenas do Bacanal de Herodes "por ser um momento e espaço propício" e que também não poderíamos divulgar que teria pessoas trans na Paixão de Cristo de Casa Amarela para que não houvesse problemas com a Cúpula da Igreja Católica, pois foi justificado que o Arcebispo de Olinda e Recife que assiste esta paixão todos os anos não iria aprovar a participação de TRANSEXUAIS e TRAVESTIS na unica Paixão de Cristo que ele assiste todos os anos.

Diante deste absurdo nós voluntários, integrantes, padrinhos, amigos e simpatizantes do Fábrica Fazendo Arte não corroboramos com este ato inaceitável, inescrupuloso, inadmissível, preconceituoso, desumano, medíocre e tantos outros adjetivos que rasgam nossa garganta, por tanto viemos comunicar nossa saída deste processo.

Num país que mais mata transexuais e travestis no mundo, invisibilizar identidades é fortalecer a cultura do ódio e por consequência contribuir com as estatísticas de morte desta população.

Repudiamos veementemente qualquer tipo de exclusão, segregação social e descriminação, estaremos firme com nossas vozes e lutas ocupando espaços onde temos direito.

A equipe composta por Direção Geral - Jefferson Vitorino, Kleiton Barros; Direção Artística - Lucrécia Forcione; Produção - Pricila Freitas, Rodrigo Gomes, Gigi Abagagerry, Rodolfo Lima, Natália Florêncio; Cenógrafo - Dida Did'Ats; Coreografa - Nayna Valentin; Preparadora vocal e Maquiadora - Andreza Cavalcanti; Design - Rodrigo Alves e Diretoria do Projeto Fábrica Fazendo Arte esta a disposição para qualquer dúvida ou esclarecimento sobre o fato ocorrido no processo.

E assim dizemos que isto tudo só nos fortalece e faz com que a gente cresça e reafirmamos que: NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM!"

A edição de 2019 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém está começando a tomar 'cara'. Nesta terça (15), foram divulgados os primeiros filmes que mostram os novos atores e atrizes em ação no espetáculo. Este ano, quem protagoniza a peça é o ator Juliano Cazarré.

Os filmes foram dirigidos pelo cineasta Eduardo Morotó, que buscou trabalhar as imagens com inspiração em obras renascentistas e com uma dramaturgia emotiva. Nos vídeos, além de Juliano Cazarré, que interpretará Jesus, também aparecem Priscila Fantin (Maria), Ricardo Tozzi (Herodes), Gabriel Braga Nunes (Pilatos) e Bruno Lopes (Apóstolo João), além dos atores pernambucanos Ricardo Mourão (Caifás). José Barbosa (Judas) e Nínive Caldas (Madalena).

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Em 2019, a Paixão de Cristo de Nova jerusalém completa 52 anos de história. O espetáculo narra a trajetória de Jesus em nove palcos-plateia, com uma cenografia que reproduz a Jerusalém dos tempos do personagem principal. O espetáculo estreia no dia 13 de abril e fica em cartaz até o dia 20 desse mesmo mês.

Em abril de 2019, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano, será realizada mais uma edição da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, com Juliano Cazarré no papel de Jesus. Priscila Fantin interpretará Maria.

Enquanto os atores estão no local para gravar vídeos de divulgação, Priscila foi surpreendida ao aceitar o pedido de casamento nos bastidores do espetáculo em Fazenda Nova.

##RECOMENDA##

A atriz ficou noiva de Bruno Lopes, que também estará na peça como o apóstolo João. No Instagram, Fantin compartilhou o momento de alegria ao ostentar a joia. "Apaixonada pela aliança que meu Bruno desenhou especialmente para mim. Sim. Vamos nos casar. O pedido já tem uns dias, mas o êxtase não passa. Quando não cabe, transborda. Te amo é pouco!", declarou.

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Mariana Rios fica noiva e se declara para amado

De 13 a 20 de abril de 2019, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano, será realizada mais uma edição da "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém". Para a temporada do espetáculo, o ator Juliano Cazarré foi convidado para interpretar Jesus.

Juliano, que fez sucesso com o personagem Mariano na novela "O Outro do Paraíso", dividirá o palco do maior teatro ao ar livre com Priscila Fantin (Maria), Dalton Vigh (Pilatos), Bruno Lopes (João) e José Barbosa (Judas). Nesta segunda-feira (3), os atores estarão em Fazenda Nova para conhecer o ambiente da peça; o elenco principal irá gravar pequenos filmes para divulgar o espetáculo 

##RECOMENDA##

A direção artística da Paixão de Cristo 2019 ficará por conta dos pernambucanos Carlos Reis e Lúcio Lombardi, que há 21 anos conduzem a montagem do idealizador Plínio Pacheco, falecido em 2002. Robinson Pacheco, filho de Plínio, será responsável pela produção executiva e coordenação geral do espetáculo.

LeiaJá também

--> "É impossível substituir José Pimentel", diz Bruno Garcia

--> 'Não queremos briga', diz produtor da Paixão do Recife

  Foi divulgada, na manhã desta sexta-feira (30), a nova montagem da Paixão de Cristo do Recife. Em 2019, o espetáculo será recheado de novidades, entre elas a presença do ator Bruno Garcia no papel de Jesus, substituindo José Pimentel, falecido em agosto deste ano.

Sob a produção  de Paulo de Castro, Antônio Pires e Octavio Catanho, a reestruturação da peça do ano que vem renderá homenagem a Pimentel, que por quatro décadas protagonizou a história de Cristo em Fazenda Nova, em Nova Jerusalém, e depois na capital pernambucana. 

##RECOMENDA##

Para Bruno Garcia, o convite para interpretar Jesus Cristo após a morte de Pimentel, na "nova Paixão" está sendo assimilado aos poucos. “A ficha está caindo. O legado dele [José Pimentel] 'tá' aí. Em entrevista ao LeiaJá, Bruno explicou que sua participação no espetáculo não é uma substituição a Pimentel.  

"É impossível dizer que alguém possa substituí-lo. Eu não vou substituir José Pimentel. Eu, simplesmente, vou interpretar Jesus Cristo dentro do teatro pernambucano que marcou a história desse 'vulto'", contou.

Dirigido por Carlos Carvalho, a Paixão de Cristo do Recife será encenada de 19 a 21 de abril, no Marco Zero, a partir das 18h.

[@#galeria#@]

As homenagens ao ator e dramaturgo pernambucano José Pimentel, que faleceu na última terça-feira (13), não param. Depois de uma multidão emocionada ter se despedido do artista na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), o público terá uma nova oportunidade de homenagear o ídolo e sua história, durante a missa de sétimo dia - que será realizada na próxima segunda-feira (20), no pátio da feira do Arruda, Zona Norte do Recife, bairro que Pimentel era apaixonado e morou durante décadas.

A cerimônia tem início previsto para às 19h e será celebrada pelo Padre João Carlos. No local, será montada uma estrutura com palco e cadeiras. São esperados, além de familiares, amigos e artistas, centenas de fãs do ator, que teve como grande papel no teatro o de Jesus Cristo nas encenações da Paixão de Cristo do Recife e de Nova Jerusalém.

##RECOMENDA##

“Essa é uma forma de mostrar aquilo que Pimentel sempre foi: uma homem, um artista, próximo de seu público. Isso é um agradecimento à toda história dele, a todo carinho que ele teve com o teatro, com a entrega que ele teve com as pessoas e com a sua arte. Não poderia ser diferente, Pimentel era do povo”, ressalta a sobrinha Heloísa Pimentel, fiel escudeira por anos do dramaturgo em encenações clássicas, como a Paixão de Cristo - espetáculo a qual acompanhou de perto por 15 anos.

José Pimentel faleceu aos 84 anos, em decorrência de um enfisema pulmonar. O ator - que também era diretor, jornalista e professor - estava internado na UTI do Hospital Esperança, no Recife, desde o dia 8 de agosto. Natural de Garanhuns (PE), ele começou sua carreira em 1956, participando como figurante no espetáculo “O drama do Calvário” - que futuramente se tornaria “A Paixão de Cristo”. Em 1969, um ano após o espetáculo ser levado para Fazenda Nova, no município de Brejo da Madre de Deus (PE), o ator assumiu a direção da montagem e, quase uma década depois, em 1978, acumulou também a missão de atuar no papel principal da produção, o de Jesus Cristo, com o qual ficou eternamente conhecido em todo o país.

Nos anos 90, levou o espetáculo para o Recife, apresentando-o no estádio do Arruda e, posteriormente, no Marco Zero, no Centro da Cidade, tornando a encenação uma tradição do calendário da Semana Santa na capital pernambucana. Em 2017, tornou-se Patrimônio Vivo de Pernambuco pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural e chegou à aposentadoria do papel de Cristo este ano. Apesar de se despedir do personagem, Pimentel seguia na ativa - dirigindo a encenação do espetáculo “O Massacre de Angico - A Morte de Lampião”, em Serra Talhada, sertão de Pernambuco.

LeiaJá também: 

"É impossível avaliar se ele vai aguentar", diz Pimentel sobre o grande desafio que seu substituto terá ao interpreta Jesus

Sucessor de José Pimentel diz que foi 'abençoado' por ele

Relembre o programa Confissões, em que o ator pernambucano traz detalhes importantes de toda sua vida e carreira ao jornalista Rodrigo Rigaud:

[@#video#@]

Familiares, amigos, artistas e fãs compareceram ao velório do dramaturgo José Pimentel, nesta terça (14), na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para prestar-lhe uma última homenagem. O ator que interpretou o papel de Jesus, na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e, em seguida na do Recife, por quatro décadas, faleceu na manhã desta terça (14), aos 84 anos, em decorrência de um enfisema pulmonar e um câncer no pâncreas, descoberto durante a internação.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

A pedido do próprio Pimentel, e de muitos que o cercavam, o corpo foi velado com o figurino do personagem Jesus. A filha do ator, Lílian Pimentel, explicou porque acatou o desejo: "Ele sempre dizia: 'Deixe minha roupa aí, quando eu morrer, quero ir com ela'. O pessoal pediu, também. E é justo, todo mundo sempre o viu vestido assim". Antes do início do velório, ela também revelou outro desejo do pai, o de que ela desse continuidade ao seu trabalho: "Vou fazer de tudo para conseguir isso", disse.

Muitos dos figurantes que trabalharam na Paixão do Recife também compareceram. Chorando muito, o estudante Antônio Carlos, que já atuou por oito anos ao lado de Pimentel, lembrou da alegria e generosidade do dramaturgo. "Quando eu soube, passei mal, estou à base de remédios. Vai ser muito difícil sem ele, mas vou continuar fazendo o espetáculo com muito carinho, por ele".

O ator Hemerson Moura, que substituiu Pimentel no papel de Jesus, em 2018, também falou com reverência sobre o seu ídolo: "Ele é um símbolo da resistência do teatro". A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, reconheceu a contribuição do dramaturgo para o teatro pernambucano: "Eu agradeço a Pimentel pelos serviços que ele prestou a esta cidade. Agora, ele descansa".

O enterro de José Pimentel está marcado para quarta-feira (15), no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife, às 10h. Antes do sepultamento, será realizada uma missa aberta ao público na capela do cemitério.

Ícone

Reconhecido pela sua fervorosa dedicação às artes cênicas, e a habilidade de desempenhar, no teatro, as mais diversas funções, José Pimentel angariou, ao longo da vida, uma legião de fãs e admiradores. Entre os artistas, ele era tido como “gênio”, “mestre” e um “professor”, função esta que Pimentel desempenhou literalmente na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante muitos anos.

Em 2017, o ator foi agraciado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, no ano seguinte, ele deixava o papel de Jesus, após 40 anos, ficando apenas na direção do espetáculo.


A filha do ator e dramaturgo José Pimentel, Lílian Pimentel, falou sobre o pai e seus últimos desejos, durante o velório realizado nesta terça (14), na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ela revelou ter recebido, do advogado da família, na última semana, ainda no hospital, um documento escrito com as diretrizes para dar seguimento e salvaguarda ao legado do artista.

Entre os desejos, estão a continuidade dos espetáculos que já vinham sendo realizados, como a Paixão de Cristo e O Massacre do Angico - A Morte de Lampião. Além disso, Pimentel desejava a abertura de um teatro com seu nome.

##RECOMENDA##

O local se destinaria à apresentação de peças e realização de cursos e oficinas artísticas. "Ele disse que eu estava apta a dar continuidade a tudo, porque o melhor ensinamento foi eu ter convivido e aprendido tudo com ele. E eu vou fazer de tudo para conseguir".

Lílian também falou, com muito carinho, sobre o exemplo deixado pelo pai: "Eu agradeci a ele por tudo. Tive muita sorte de tê-lo como pai". Tranquila, a herdeira única de Pimentel acredita que o ator deixou esta vida feliz: "Ele se despediu fazendo um espetáculo ao ar livre (O Massacre do Angico, apresentado em Serra Talhada na última semana), que era o que ele tanto gostava. Ele sabia que tinha uma missão e a cumpriu. Ele foi em paz".


O ator Hemerson Moura, primeiro a substituir José Pimentel no papel de Jesus, no espetáculo A Paixão de Cristo do Recife, falou sobre seu grande 'ídolo' e as licões deixadas por ele, durante o velório do artista, nesta terça (14). Extremamente emocionado, Hemerson relembrou as palavras que ouviu do diretor durante a primeira temporada em que encarnou Cristo para o público tão acostumado a ver o próprio Pimentel naquele lugar.

Em 2018, ano em que o estreante, escolhido em uma espécie de concurso que avaliou vários candidatos, assumiu o espetáculo, a falta de verba e estrutura quase inviabilizou a realização da temporada: "Nunca vou esquecer quando ele me ligou e disse: 'Vamos botar essa paixão na rua?'".

##RECOMENDA##

Após a estreia, quando Pimentel deu 'a benção' ao sucessor, dizendo-lhe que estava "pronto", o momento que mais marcou Hemerson, e que ele garante, nunca esquecerá, foi quando o diretor o reconheceu diante do público: "Ele me chamou de filho, em praça pública".

As múltiplas funções exercidas no teatro faziam do pernambucano José Pimentel, que faleceu na manhã desta terça-feira (14), no Recife, um artista completo. Responsável por ser um dos fundadores do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, Pimentel deixou um legado de persistência e atitude nas artes cênicas.

Para Leidson Ferraz, autor da série de livros "Memórias da cena pernambucana", José Pimentel era uma das pessoas mais queridas da cena cultural do Estado. "Ele conseguiu reunir todas as estéticas artísticas. Pimentel vai fazer muita falta. Era um ser humano incrível. Eu posso dizer que ele era fiel às pessoas. Só quem conviveu com José Pimentel sabe que ele era um grande homem", disse o pesquisador, em entrevista ao LeiaJá.

##RECOMENDA##

Amigos de longas datas, Leidson relembrou sua parceria de trabalho com Pimentel durante a peça religiosa, encenada na capital pernambucana. "Eu trabalhei com ele durante 11 anos. Eu era assessor de comunicação do espetáculo e também ator, em que eu fazia o demônio de Judas. Eu sempre tive admiração. Comecei a fazer teatro por conta dele, aos oito anos. É tanta dor nesse momento. Impossível esquecê-lo", contou.

Nascido em Garanhuns, José Pimentel comandou por mais de 20 anos, dirigindo e atuando, a Paixão de Cristo do Recife. Ele saiu da mira dos holofotes em 2018, deixando de interpretar pela primeira vez o papel de Jesus Cristo. A produtora cultural Misia Coutinho, que foi parceira do ator este ano, lamentou a morte.

"Um gênio. Nós perdemos um grande homem. Ele deixa um grande legado. Uma pessoa muito querida pelos artistas e pela população", comentou Misia. Em 2017, José Pimentel foi considerado um dos Patrímônios Vivos de Pernambuco, pela importância do talento explícito no papel de Jesus por mais de 40 anos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando