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Os eleitores de Capoeiras e Palmeirina, municípios no Agreste de Pernambuco, elegeram seus novos prefeitos no último domingo (3). Em Capoeiras, venceu Nêgo do Mercado (PSB), com 52,67% dos votos válidos. A candidata Celina de Dudu (PL) obteve 47,33% dos votos válidos. A abstenção foi de 23,43%. Capoeiras tem 15.779 eleitores.

Já em Palmeirina, a vencedora foi Delegada Thatianne Macedo (Solidariedade), com 57,52% dos votos válidos. Sua concorrente, Marili Catão (MDB), teve 42,48% dos votos. A abstenção foi de 29,21%. Palmeirina tem 6.595 eleitores.

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    As novas eleições aconteceram porque os candidatos a prefeito com maior número de votos em 2020, em ambos os municípios, tiveram o registro de candidatura cassado e, portanto, não tomaram posse. Ambos se tornaram inelegíveis em decisão transitada em julgado porque tiveram as contas rejeitadas.

  "Tudo funcionou normalmente. Não foi preciso repor nenhuma urna eletrônica. Com relação aos trabalhos da Justiça Eleitoral, todo o processo eleitoral correu com a devida transparência, tranquilidade e segurança", disse o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, desembargador Carlos Moraes.

Os candidatos eleitos nesse domingo têm até o dia 29 de outubro para serem diplomados pelos juízes eleitorais dos dois municípios. Os dias das posses serão divulgados pelas Câmaras de Vereadores.

Durante o período de votação, a Coligação Capoeiras vai Mudar de Verdade entrou com uma representação no Juízo da 130ª Zona Eleitoral contra a Coligação Por Amor a Capoeiras, por propaganda irregular.

As Promotorias de Justiça de Palmeirina e de Itapissuma recomendaram ao prefeito e aos secretários municipais de Saúde adotar uma série de medidas para assegurar o atendimento às pessoas em situação de rua em face dos riscos trazidos pela pandemia do novo coronavírus.

As medidas são um desdobramento da Nota Técnica Conjunta nº01/2020, emitida pelos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania (Caop Cidadania) e da Infância e Juventude (Caop Infância e Juventude).

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Na Nota, os Caops destacam que a situação de extrema vulnerabilidade em que se encontram as pessoas em situação de rua, aliada a possíveis doenças preexistentes e dificuldades no acesso aos serviços públicos, justificam a necessidade de atuação especializada para resguardar o direito à vida dessas pessoas.

Dessa maneira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos prefeito de Palmeirina e de Itapissuma instalar ou reordenar os serviços socioassistenciais para as pessoas em situação de rua, com a devida estruturação desse serviço para resolver as necessidades imediatas desse público. O serviço de abordagem social precisa ser mantido, através dos Centros de Referência Especializada em Atenção Social (Creas) com o mapeamento territorial das pessoas em situação de rua e a garantia de fornecimento de três alimentações diárias para essas pessoas em restaurante popular (se houver) ou mediante a entrega direta de alimentos.

Os promotores de Justiça também recomendaram que as Prefeituras providenciem um serviço de acolhimento institucional para a população de rua, a fim de garantir o abrigamento de adultos ou grupos familiares. Em razão da emergência da Covid-19, os abrigos deverão restringir visitação de eventuais parentes dos acolhidos e do público em geral, com a manutenção de comunicação entre os abrigados e seus familiares através de telefone ou outros meios de comunicação.

Para garantir a saúde dos abrigados e dos funcionários, os locais de acolhimento devem seguir as orientações gerais das autoridades de saúde, com o fornecimento de máscaras, luvas, dispensadores de sabão e álcool em gel no imóvel, bem como a manutenção de serviçode higienização de louças, roupas, portas e áreas comuns, dentre outras.

Como alternativa à manutenção de um espaço de acolhimento institucional, as Promotoria de Justiça de Palmeirina e de Itapissuma recomendam que o poder público ofereça, às pessoas em situação de rua, recursos para o pagamento de aluguel social  ou pensão. É importante

 que o poder público assegure a existência de banheiros públicos e instalações para a higienização, alimentação e fornecimento de água potável para as pessoas em situação de rua.

Além disso, prefeitos e secretários de Saúde devem assegurar o acesso das pessoas em situação de rua às unidades de saúde, inclusive nos casos em que as pessoas não contem com nenhum documento de identificação. Os serviços de saúde e assistência social precisam, ainda, agir para incluir tais pessoas nas campanhas de vacinação; garantir o atendimento pelo SAMU em caso de emergências; e implantar equipes do Consultório de Rua, compostas por enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, médico, agente social, técnico em saúde bucal e técnico ou auxiliar de enfermagem.

Por fim, no caso de suspeita de contaminação pela Covid-19, as pessoas em situação de rua devem ter atendimento na rede pública de saúde, com internação em hospitais locais ou, a depender da gravidade, transferência para uma unidade de referência por meio do sistema de regulação estadual.

A recomendação foi publicada, na íntegra, no Diário Oficial Eletrônico do MPPE, desta terça-feira (24).

 

Endividados em sua maioria com a folha de pagamento, previdência e precatórios, prefeitos de cidades pernambucanas se reuniram, nesta terça-feira (14), na sede da Associação Municipalista de Pernambuco, no Recife, para debater os principais pleitos que serão levados pelo grupo para uma mobilização que acontecerá em Brasília no próximo dia 22. Entre as principais reivindicações, os gestores municipais vão solicitar do Governo Federal um acréscimo emergencial de 1% no Fundo de Participação Municipal (FPM), o que significa um aporte financeiro de R$ 196 milhões para o Estado. 

O valor, de acordo com o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), caso venha a ser liberado será dividido entre as cidades pelo quantitativo de habitantes. “Os prefeitos de Pernambuco se juntam aos prefeitos do Brasil inteiro em uma grande mobilização no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, para exigir solidariedade e providencia, uma ajuda financeira emergencial para que a gente possa fechar as contas”, disse. 

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“Aumentaram as tarefas, as atribuições das prefeituras, sem aumentar os repasses. A maioria tem uma gestão eficiente, esforçada. Reduziram seus próprios salários, demitiram secretários, cortaram diária e gratificações. E aí, vamos tirar mais de onde?  Temos que responder por saúde, educação, infraestrutura. A situação é difícil”, acrescentou Patriota.  

Segundo os relatos dos prefeitos, o cenário é crítico e atinge principalmente os municípios menores de todas as regiões do Estado. Em Palmeirina, no Agreste, por exemplo, a receita é composta pelo FPM - R$ 380 mil - e a arrecadação do ICMS - R$ 150 mil. Entretanto, o valor é gasto o pagamento de aposentados, precatórios e parcelamentos de dívida do INSS. 

“Demitimos todos os cargos comissionados e a maioria dos contratados. Estamos apenas com contratos essenciais, como médico e professor. Tenho duas folhas atrasadas de efetivos e um mês dos inativos. Apenas saúde e educação está em dia. Espero que o Governo Federal libere este 1% e estou rezando para que o ano termine, pois em janeiro e fevereiro a receita aumenta um pouco. Vamos demitir mais gente em janeiro”, frisou o prefeito Marcelo Neves (PSB).  

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Outra amostra do quadro é a cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste. De acordo com o prefeito Hilário Paulo (PSD) até o fim deste mês serão contabilizadas 500 demissões. “No início do ano tínhamos cerca de mil contratados e comissionados, reduzimos para 600 e de efetivos temos 800. Mesmo com a receita de R$ 5 milhões não conseguimos cumprir com a folha, que já está fracionada”, declarou. 

Prefeita de Lagoa do Carro, na Mata Norte, Judite Botafogo (PSDB) disse que tem comprometido hoje 63% da receita de R$ 2,5 milhões com o pagamento da folha, o que já ultrapassa o limite de 54% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Chegamos ao extremo agora. Não podemos dar uma assistência ao município, porque tudo é redução de despesas. Já demiti 100 pessoas e a probabilidade é que tenhamos que demitir todos os contratados que temos, quase 300 pessoas, agora no fim de novembro. Demitir os contratados para não termos duas folhas em atraso em dezembro”, frisou. 

“Nossa receita é de 2,5 milhões. É inviável para o município. Na hora que você prioriza a folha não tem investimento. Não estamos nem pedindo para fazer obras, mas manter os serviços essenciais. Não dá para manter médico se não temos remédios”, acrescentou. Sob a ótica de Judite, o pleito emergencial não resolve o problema das prefeituras, mas ajudará.  

Foi enviado nessa terça-feira (30), pela Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE), um parecer prévio à Câmara Municipal de Palmeirina, Agreste pernambucano com a rejeição das contas do ex-prefeito Severino Eudson Catão Ferreira (PSB). O documento refere-se ao exercício financeiro de 2010, e o débito é no valor de R$ 532.350.34. 

A rejeição de contas da prefeitura foi constatada por diversas irregularidades como: Envio da documentação com um mês de at raso; ausência de estruturação do Sistema de Controle Interno; irresponsabilidade na gestão fiscal, comprometendo com a folha de pessoal; saques na "boca do caixa" no valor de R$ 532.350,34, sem comprovação da despesa e sonegação de documentos do que resultou a lavratura de um auto de infração.

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Em virtude dos problemas identificados foi aplicada ao ex-prefeito uma multa no valor de R$ 10 mil que deverá ser recolhida no prazo de 15 dias da decisão. Além disso, cópias dos autos serão enviadas para o Ministério Público Estadual para providências legais.

O frevo no pé, os batuques, shows e tudo que o carnaval tem direito não serão comemorados em quatro municípios pernambucanos que acataram as recomendações enviadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). As situações ocorrem nas cidades de Condado, Flores, Gameleira e Palmerina devido à situação financeira e a falta de pagamento dos servidores municipais.

Em todas as cidades, promotores que atuam em algum dos quatro municípios aconselharam que não fossem gastos recursos públicos em nenhuma festividade, inclusive nas carnavalescas, até que os salários atrasados dos servidores ativos e inativos sejam quitados.

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Condado – No município, localizado na Zona da Mata de Pernambuco o promotor de Justiça Eduardo Henrique Gil Messias solicitou à gestora da cidade, Sandra Félix (PSDB), que regularize a situação administrativa e financeira da cidade antes de realizar qualquer festa.

Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, já foram quitados 100% dos salários dos aposentados em pensionistas. No entanto, os servidores efetivos receberam apenas 50% dos valores. No próximo dia 15 de fevereiro haverá uma reunião entre o MPPE e representantes da prefeitura para determinar a data para pagamento dos valores restantes. Ainda de acordo com a assessoria, o pagamento atrasado foi deixado pela gestão anterior do ex-prefeito Edberto Quental (DEM). Em Condado, só haverá apresentações de blocos particulares.

Flores – Após denúncias sobre atraso no pagamento das aposentadorias referentes ao mês de dezembro em Flores, Sertão do Estado, o MPPE também solicitou regularização dos débitos.

No local, o secretário de Administração, firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público e foi acordado que até 15 de fevereiro será fixado na prefeitura e enviado à Promotoria o cronograma de pagamento dos proventos atrasados. Caso contrário, será aplicada uma multa de R$ 1 mil na a prefeita Soraya Morioka (PR).

Gameleira – O mesmo problema foi identificado na Zona da Mata pernambucana, em Gameleira. No município, a prefeita Yeda Augusta Santos (PTB) recebeu recomendação do MPPE de autoria da promotora de Justiça Rafaela Mel. A medida surge após uma tentativa fracassada de acordo entre o sindicato dos servidores e a prefeitura, sobre o pagamento das remunerações de dezembro e o 13° salário, dívidas deixadas pelo gestor anterior. 

A questão foi debatida durante audiência pública, quando a prefeitura se dispôs a pagar os atrasos em 45 meses, proposta negada pelo sindicato, que defende o prazo de seis meses para efetuação do pagamento que até o momento está sem resolução.

Palmeirina - Localizada no Agreste do Estado, a cidade de Palmeirina também recebeu orientações do MPPE sobre os pagamentos atrasados. Além desse problema, foram identificadas outras irregularidades, deixados pelo ex-prefeito, Eudson Catão (PSB). 

Entre as ações indicadas pela promotora Carolina de Moura, está a listagem dos atos e fatos orçamentários, financeiros, fiscais e patrimoniais das cidades, além da elaboração de relatório dos documentos que envolvam bens, direitos e obrigações dos poderes públicos municipais. Outro levantamento diz respeito às dívidas dos municípios até 31de dezembro de 2012, informando com detalhes os nomes dos credores e datas dos vencimentos. 

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