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A brasileira Shirlene Coelho conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres ao vencer neste sábado a prova do arremesso do dardo, classe F37/38. A atleta atingiu a marca de 37,86 metros, batendo o próprio recorde mundial, que era de 35,95 metros.

A chinesa Qianqian Jia ficou em segundo lugar, com 31,62 metros, e a australiana Georgia Beikkoff terminou na terceira posição, com 29,84 metros. "É muita emoção. Esperei quatro anos para sair de uma Paralimpíada com uma medalha de ouro e o recorde mundial novamente", disse Shirlene.

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"Na primeira (Paralimpíada, em Pequim/2008) teve recorde mundial, mas foi uma prata com gosto de ouro. Agora foi o ouro verdadeiro. A prata de Pequim estava engasgada, agora desengasgou total. Agora são mais quatro anos de treinos para fazer um bom resultado nos Jogos do Rio, em 2016", comemorou Shirlene.

A vitória no lançamento de dardo garantiu a 14ª medalha do Brasil no atletismo na Paralimpíada, sendo seis de ouro, seis de prata e duas de bronze. Porém, antes do ouro de Shirlene, o País só tinha faturado uma outra medalha em provas de campo do atletismo, com Jonathan Santos, que conquistou o bronze no arremesso de disco da classe F40.

Os cabelos estão levemente grisalhos e de resto, o campeão olímpico dos 800 metros do Brasil na Olimpíada de Los Angeles/1984 Joaquim Cruz nada mudou. O ex-fundista está em Londres como técnico da equipe paralímpica de atletismo dos Estados Unidos, país onde escolheu morar depois de encerrada sua carreira como atleta. Considerou que ali teria melhores condições de trabalho. Mas Joaquim não se desligou totalmente do atletismo brasileiro. Ele viu com preocupação o desempenho do país na Olimpíada.

"Fizemos um bom trabalho na captação de recursos, mas hoje temos dinheiro e não temos atletas", avaliou. Segundo ele, o país passou por uma fase de transição na Olimpíada onde competidores mais experientes se despediram e revelações competiram pela primeira vez. "Mas os que estrearam este ano não fizeram nada", apontou. Segundo Joaquim vai ser necessário acertar o trabalho para que o Brasil faça um bom papel diante da sua torcida, em 2016.

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O treinador não gosta muito de comparar o atletismo brasileiro e norte-americano. "Eu comparo, mas não esqueço que saí de lá. E que temos os nossos próprios desafios", ponderou. No entanto, Joaquim acredita que será de suma importância realizar um trabalho de revelar talentos tendo como base as escolas. Acredita que como o país vem progredindo em termos econômicos, já tenha condições de iniciar um trabalho na área para que o esporte seja uma porta de entrada para uma melhor educação dos jovens ao mesmo tempo que revele talentos, que poderão ser aprimorados desde cedo como acontece nos Estados Unidos. Mesmo de longe, ele procura fazer sua parte: desenvolve projeto para revelar talentos para as provas de fundo em Brasília e planeja futuramente um centro para velocistas e saltadores em Salvador.

Se o atletismo olímpico brasileiro preocupa Joaquim, o mesmo não acontece na versão paralímpica. "Sou amigo do Andrew Parsons (presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro) e ele faz um bom trabalho desde que trabalhava como dirigente dentro da entidade. O que se vê aqui é que quando o trabalha sério o resultado vem."

Ele elogiou especialmente o desempenho de Alan Fonteles, que derrotou o sul-africano Oscar Pistorius nos 200 metros, classe T44 e opinou sobre a polêmica das próteses. "Acho que um problema que precisa ser avaliado pelo Comitê Paralímpico Internacional é o tamanho das próteses quando o atleta inicia a carreira. Atualmente é possível que ele já conte com próteses muito grandes no começo e depois aumentá-las."

Joaquim conta que o atletismo paralímpico dos Estados Unidos está passando por uma fase de reformulação. "Os índices eram tão baixos que não estávamos conseguindo bons resultados nas competições internacionais." Segundo ele, os novos dirigentes do setor, que vieram do atletismo convencional, querem implementar algumas iniciativas e, a principal, é aumentar as exigências para integrar a equipe sejam ainda mais severas.

O italiano Alessandro Zanardi estreou muito bem nos Jogos Paralímpicos de Londres. Nesta quarta-feira, o ex-piloto da Fórmula 1 e da Indy conquistou a medalha de ouro na prova de contra-relógio da categoria H4 do ciclismo ao completar a distância de 16 quilômetros com o tempo de 24min50s22, na prova realizada no circuito de Brands Hatch.

O título paralímpico de Zanardi foi conquistado com uma certa folga para os outros medalhistas. O alemão Norbert Mosandl conquistou a prata com o tempo de 25min17s40. Já o norte-americano Oscar Sanchez faturou o bronze com a marca de 25min35s26.

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Em Londres, Zanardi ainda vai participar de outras duas provas do ciclismo na Paralimpíada. O italiano competirá na prova de estrada H4, marcada para esta sexta-feira, e também no revezamento, no próximo sábado.

Zanardi competiu na Fórmula 1 entre 1991 e 1994, pelas equipes Jordan, Minardi e Lotus, e também em 1999, pela Williams. Em 2001, quando competia na Champ Car - categoria em que foi campeão em 1997 e 1998 -, o italiano sofreu um gravíssimo acidente em Lausitz, na Alemanha, e perdeu as duas pernas. Apesar disso, continuou ligado ao automobilismo e participou de provas do Mundial de Turismo entre 2005 e 2009.

De forma incontestável o Brasil conquistou o bicampeonato da bocha, classe BC4, na Paralimpíada de Londres, nesta terça-feira (4). A dupla formada por Dirceu José Pinto e Eliseu dos Santos ganhou a final contra os checos Radeck Prochazka e Leos Lacina por 5 a 3.

E mais medalhas podem vir do esporte porque, com o fim da disputa de duplas mistas (podem ser formadas por atletas do mesmo sexo ou de sexos diferentes), começam as competições individuais nas quais os brasileiros lutarão pela medalha de ouro - só não poderão fazer a final porque as regras foram estabelecidas de forma que o confronto decisivo não possa ser realizado por dois atletas do mesmo país.

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Para Eliseu, o ouro será um presente especial para o filho Nicolas. "Ele nasceu no dia da cerimônia de abertura", disse o papai orgulhoso, que ainda não conheceu o filho pessoalmente. Por enquanto, só por fotografia e internet. O desejo era de que o sacrifício da distância fosse recompensado com a medalha de ouro, o que acabou acontecendo.

Dirceu aproveitou a conquista para fazer um apelo às famílias de atletas com tetraplegia, para que tirem seus parentes de casa e incentivem a prática da bocha adaptada. "A bocha é especial porque quando o deficiente a pratica se reintegra à sociedade. Se anima a estudar, sair de casa, ter uma vida social", conta. O atleta relata sua experiência pessoal com uma doença degenerativa. "Achei que nunca mais sairia de casa, mas em um dos primeiros fins de semanas já estava viajando".

Eliseu também fez um apelo aos pais para procurarem centros de esporte adaptado. "Porque a vida (do deficiente) vai mudar e a da família também". Ele lembra, por exemplo, que um dos melhores momentos de sua vida foi proporcionado pelo esporte. "Nunca vou me esquecer da expressão de orgulho da minha mãe quando ganhei uma medalha de bronze na minha primeira competição".

Dirceu contou que nas últimas semanas antes do embarque para Londres encheu a casa de fotografias de medalha de ouro para se inspirar. "De início tinha medalha de ouro, prata e bronze, mas depois troquei só pelas de ouro porque esse seria o nosso objetivo".

E, quando chegou a Londres, a dupla jogou sem sentir a pressão de defender a medalha de ouro conquistada em Pequim/2008. "Pensamos que aqui não tínhamos conquistado nada", disse.

Dirceu e Eliseu garantem que a amizade continua e só tem uma pausa na hora de um confronto direto individual. "Vai ganhar quem errar menos", prevê Eliseu.

O halterofilista brasileiro Alexsander Whitaker ficou em sétimo lugar na estreia do Brasil na modalidade nas Paralimpíadas de Londres. O paratleta levantou 165kg em sua segunda tentativa e não conseguiu lugar no pódio, que teve como vencedor o chinês Lei Liu.

Bicampeão mundial e quarto lugar nas Paralimpíadas de Atenas 2004, Whitaker ainda tentou levantar 175kg em sua última passagem, mas não conseguiu completar o movimento. “Foi muito abaixo da minha expectativa. Eu treinei para o pódio, mas não consegui encaixar o movimento. Eu queria buscar os 200kg para garantir o pódio. Vou continuar treinando, focando em 2016”, disse o halterofilista.

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A medalha de ouro ficou com o chinês Lei Liu, de 24 anos, que quebrou o recorde paralímpico ao levantar 218kg em sua primeira passagem. Mas teve validada sua última tentativa de recorde mundial, com 226kg. A prata ficou com o iraniano Roohallah Rostami , que levantou 208kg, seguido pelo compatriota Shaaban Ibrahim, com 202kg.

No feminino, o Brasil estreia nesta segunda-feira (3), com Josilene Ferreira na categoria até 75kg.

O Brasil já tem garantido mais duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Londres no Atletismo. A grande final dos 200m feminino, categoria T11, terá quatro competidoras, sendo três brasileiras. A prova será realizada por volta das 15h30 (de Brasília), ainda deste domingo (2).

A mais cotada para faturar o ouro é Terezinha Guilhermina, que avançou com o tempo de 26s70. Mas Jerusa Santos, que cravou 25s97, promete dar trabalho a compatriota. A outra brasileira finalista é Jhulia Karol. Também vai disputar a final a chinesa Juntingxian Jia.

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Terezinha também competiu nos 400 m rasos T12 e fez o quarto melhor tempo. A semifinal da categoria acontece nesta segunda (3).

O futebol-arte do Brasil também está presente nos Jogos Paralímpicos de Londres. Com direito a jogadas de efeito como um passe de calcanhar que encantou a torcida, a seleção brasileira de futebol de cinco se reabilitou do empate sem gols na estreia contra a França e goleou a Turquia por 4 a 0.

Assim como acontece no futebol convencional, o Brasil tem alguns dos melhores jogadores do mundo em sua categoria e eles fizeram a diferença. Jeffinho abriu o placar aos 4 minutos do primeiro tempo, marcando o 100º gol da história da Paralimpíada, seguido de Ricardinho aos 14 e Bill aos 34. Jeffinho ainda marcou um gol aos 24 minutos do segundo tempo e definiu o placar.

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As jogadas tão conhecidas no futebol brasileiro convencional são feitas de maneira diferente pelos deficientes visuais. Segundo Jefinho, além do chamador, que orienta os atletas durante o jogo, os atletas procuram tirar proveito da 'regra do voy', que consiste em um atleta de defesa ser obrigado a gritar "Voy!" (vou em português) antes de ir em direção da bola, que possui guisos. Desta forma, atletas são capazes de saber a localização da bola e do adversário e fazer o que os brasileiros mais gostam: dribles. Mas o improviso fica de lado. "A gente tem de treinar as jogadas", revelou o atacante, que já foi eleito o melhor do mundo em 2010.

Após o empate por 0 a 0 contra a França na estreia, era fundamental para o Brasil uma vitória com um bom saldo de gols pois a China, próxima adversária do time, havia goleado a Turquia por 4 a 0. "Não adianta dizer que a gente não estava nervoso porque a gente sabia da importância da vitória", contou Jeffinho. Segundo ele, o time mudou de tática e jogou com praticamente três atacantes durante todo o jogo. Deu certo.

Ricardinho comemorou seu gol na partida. "Vim de um ano difícil depois de sofrer uma fratura no pé. Por causa da recuperação praticamente não joguei partidas oficiais até chegar aqui em Londres o que afetou meu ritmo de jogo", relembrou. A vitória, segundo ele, foi um alívio mas não pode ser encarada como desculpa para um relaxamento. "A gente melhorou mas sabe que pode render ainda mais".

Jenifer Martins não conseguiu subir ao pódio neste sábado (1º), nos Jogos Paralímpicos de Londres. A corredora pernambucana terminou no oitavo lugar na final dos 100m rasos, na categoria T38. O ouro ficou com a russa Margarita Goncharova. 

Na verdade, não foi uma tarde muito feliz para os brasileiros na pista do estádio Olímpico de Londres. Edson Pinheiro e André Andrade também não conseguiram medalhas nos 100m rasos, categorias T38 e T13, respectivamente.

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O sul-africano Oscar Pistorius estabeleceu, na tarde deste sábado (1°), nos Jogos Paralímpicos de Londres, o novo recorde mundial dos 200 m rasos. O corredor, que inclusive disputou os Jogos Olímpicos de Londres, cravou 21s30 na semifinal, que engloba as classes T43 e T44, diante de mais de 80 mil pessoas do estádio Olímpico. 

O segundo melhor tempo foi do brasileiro Alan Oliveira, 21s88, marca que permaneceu como recorde mundial durante alguns minutos, até a entrada na pista de Pistorius. A grande final dos 200 m rasos ocorre neste domingo (2). 

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Uma derrota com gosto de vitória marcou a estreia do vôlei sentado feminino do Brasil na Paralimpíada de Londres. Neste sábado, a equipe perdeu para a China por 3 sets a 1 (26/24, 25/15, 20/25 e 25/16). A princípio pode parecer um resultado ruim, mas considerando que a China nunca perdeu nas duas edições do vôlei sentado feminino paralímpico e em Pequim/2008 foram campeãs sem perder um set sequer foi um grande progresso. Em Londres, além do Brasil os Estados Unidos conseguiram ganhar um set das chinesas.

"A gente nunca ganhou nada enfrentando a China. Vencer um set deixou as meninas superconfiantes e vamos precisar disso amanhã. Quem acompanha o nosso trabalho sabe da importância disso", disse o técnico Alexandre Medeiros. "A gente tirou aquela inhaca de primeiro jogo e vamos confiantes contra a Eslovênia (neste domingo)", disse a levantadora Adria Silva, fã da levantadora da seleção brasileira Dani Lins. O Brasil nunca ganhou da Eslovênia em partidas oficiais, mas derrotou as adversárias em um amistoso disputado pouco antes dos Jogos, já em Londres.

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Medeiros explica que o vôlei sentado feminino do Brasil está em processo de evolução e enfrenta um problema crônico de falta de atletas. "A gente recruta o pessoal de saber da história ou mesmo parando as mulheres na rua mesmo", contou. O sonho do treinador é que, com a divulgação do trabalho na Paralimpíada, apareçam novas jogadoras dispostas a reforçar o Brasil. "Tem muita gente que teve de encerrar a carreira por problemas físicos que poderia estar jogando conosco", disse o treinador.

Um dos casos é o da atacante Janaína Petit, que chegou a integrar as categorias de base da seleção brasileira mas teve o futuro comprometido porque foi atropelada por um ônibus quando saía de um treino no clube Pinheiros . Ela perdeu força muscular na panturrilha e no quadríceps o que a impediu de continuar jogando. Medeiros conta que precisou insistir por meses até que a jogadora concordasse em participar de treinos e voltar às quadras pois a presença de pessoas que conhecem a rotina de um atleta também são de grande utilidade. O técnico pede que interessadas busquem informações no site do Comitê Paralímpico Brasileiro (www.cpb.org.br) e na Associação Brasileira de Vôlei Paralímpico (http://www.abvp.com.br/) .

O Brasil manteve nesta sexta-feira o seu desempenho do primeiro dia de disputa dos Jogos Paralímpicos de Londres. Tal qual na quinta, a delegação brasileira conquistou um ouro, uma prata e um bronze neste segundo dia da competição, chegando a seis medalhas no total, por enquanto no nono lugar.

O segundo ouro do Brasil em Londres veio novamente da piscina do Parque Olímpico. Ali,

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André Brasil venceu os 50 metros livre da classe S10 com o tempo de 23s16, batendo seu próprio recorde mundial de 23s44, estabelecido no Brasil em 2009.

Assim como Daniel Dias no dia anterior, André não saiu totalmente satisfeito da piscina. "Sei que ainda existe um lastro. Acho que ainda posso melhorar este tempo", disse Brasil depois da competição. Segundo ele, apesar da vitória, cometeu alguns erros de execução na prova.

O também brasileiro Phelipe Rodrigues sonhava com uma dobradinha ao lado do compatriota mas ficou na quarta posição, com o tempo 23s99. "Realmente não sei o que aconteceu. Eu nadei mais ou menos o mesmo tempo das eliminatória da manhã, quando segurei um pouco o ritmo no final.", lamentou.

JUDÔ - As outras duas medalhas do Brasil no dia em Londres vieram dos tatames. Lucia da Silva precisou de apenas uma vitória para se garantir na final, sobre a espanhola Mônica Merenciano Herrero. Depois, ela perdeu para a afegã Afag Sultanova e ficou com a prata da categoria até 57kg.

Entre as judocas de até 63kg, Daniele Bernardes venceu uma finlandesa nas quartas de final, perdeu para uma chinesa na semifinal e conquistou o bronze ao aplicar um ippon em Naomi Suazo, da Venezuela.

COLETIVOS - No golball, o Brasil somou duas derrotas nesta sexta-feira. O time masculino perdeu de 5 a 4 para a Suécia, enquanto a China fez 8 a 0 na equipe feminina brasileira. A única vitória do dia foi na estreia do vôlei sentado. Os homens comandados por Fernando Guimarães, irmão de Zé Roberto Guimarães, estrearam com vitória fácil sobre Ruanda, por 3 sets a 0. No futebol de 5, empate sem gols com a França.

DOPING - Nesta sexta, o Comitê Paralímpico Brasileiro informou que o halterofilista Bruno Carra testou positivo para a substância hidroclorotiazida em exame realizado dia 24, já na Vila Paralímpica. O atleta está suspenso preventivamente e não poderá participar dos Jogos. Ele competiria nesta sexta.

A judoca Lúcia Teixeira da Silva conquistou, nesta sexta-feira (31), a medalha de prata na categoria até 57 kg do judô, nas Paralimpíadas de Londres. A brasileira foi derrotada, por ippon, pela azerbaijana Afag Sultanova.

A disputa começou já na semifinal, na qual Lúcia enfrentou a espanhola Monica Herrero e venceu por ippon. A brasileira, estreante em Paralimpíada, conquistou sua primeira medalha na disputa.

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Com o resultado, o Brasil soma três medalhas no judô, uma de prata e duas de bronze. As outras duas foram conquistadas por Michele Ferreira, na categoria até 52 kg, e Daniele Bernardes, na categoria até 63 kg.

A judoca brasileira Daniele Bernardes conquistou, na tarde desta sexta-feira (31), a medalha de bronze na categoria até 63 kg dos Jogos de Londres. A paratleta derrotou a venezuelana Naomi Soazo com um ippon.

A judoca começou muito bem nos Jogos, ao vencer a finlandesa Paivi Tolppanen, mas não passou pela chinesa Tong Zhou nas semifinais e entrou na disputa pelo bronze. Daniele, que é deficiente visual, começou a luta em desvantagem, mas reagiu  e conseguiu vencer Soazo com um ippon.

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Esta é a sua terceira medalha de bronze paralímpica. A primeira foi conquistada em Atenas 2004 e a segunda em Pequim 2008. Daniele conquistou a quarta medalha brasileira na Paralimpíadas de Londres, a segunda de bronze. A primeira de bronze foi conquistada por Michele Ferreira na categoria até 52 kg.

O Brasil não começou bem nas quatro categorias do remo na Paralimpíadas de Londres. Todos os competidores brasileiros caíram para a repescagem e voltam a competir neste sábado (1º). Os quatro melhores barcos avançam para a final e os outros seis competidores disputam a final B, que decide a classificação da sétima até a 12ª posição.

Cláudia Cícero ficou na segunda posição de sua bateria e não conseguiu se classificar, com o tempo de 5m41s38, já que apenas o primeiro colocado de cada bateria avança a próxima etapa. Na outra eliminatória, a ucraniana Alla Lysenko foi à vencedora (5m29s99) e Nathalie Benoit, da França, fez o segundo melhor tempo do dia, mas também foi para a repescagem (5m39s15).

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O brasileiro Luciano Oliveira, da categoria single skiff masculino AS ficou na terceira posição com o tempo de 5m02s21 e vai tentar a vaga neste sábado. O primeiro colocado foi o chinês Cheng Huang, com 4m45s02.No double skiff misto TA Josiane Lima e Isaac Ribeiro ficaram na quarta posição da sua bateria, com tempo de 4m13s54. O barco mais rápido foi o dos chineses Xiaoxian Lou e Tianming Fei (3m54s92).

A equipe formada por Jairo Klug, Luciano Pires, Norma Balzacchi e Regiane Silva, da prova de  quatro com misto LTA, com o timoneiro Maurício de Abreu, ficou na quinta posição da bateria 1, com o tempo de 3m30s99.

 

O Brasil tem como meta terminar a Paralimpíada de Londres na sétima posição e ficou bem perto disso no primeiro dia de disputa dos Jogos, nesta quinta-feira, em Londres. Com uma medalha de cada cor e três no total, a delegação brasileira aparece na oitava posição. A liderança é da China, com 15 medalhas conquistadas em apenas um dia.

O primeiro ouro do Brasil na Paralimpíada foi conquistado com o nadador Daniel Dias, nos 50 metros livre na categoria S5 (quanto mais alto o algarismo, menor o grau de deficiência dos atletas). Ele venceu a prova com o tempo de 32s05, novo recorde mundial. "Fico contente por ter conseguido a medalha de ouro na minha primeira prova e por ter sido a primeira do Brasil", comemorou ele.

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De acordo com Daniel, o novo recorde mundial da prova, superando os 32s27 que ele havia feito em 2010, na Holanda, não é uma surpresa. "Já esperava bater o recorde mundial." A mesma prova teve Clodoaldo Silva no quinto lugar, com 34s99. "Fiquei bastante satisfeito com o resultado, porque não conseguia nadar com esse tempo há cinco anos."

Outra medalha na piscina do Parque Olímpico veio com André Brasil, prata nos 200 metros medley na categoria SM10, com o tempo de 2min12s36. O brasileiro ficou atrás do canadense Benoit Wuot, que venceu com 2min10s01, novo recorde mundial.

O primeiro pódio do Brasil, porém, foi nos tatames. Michele Ferreira conquistou o bronze na categoria até 52 kg. Ela precisou de apenas uma vitória para chegar à medalha. Perdeu para a russa Alesia Stepaniuk nas quartas de final, mas depois venceu Gulham Kilic, da Turquia, na repescagem. Na disputa pela medalha, ganhou de W.O. da francesa Sandrine Martinet.

Nos esportes coletivos, duas vitórias e uma derrota do Brasil em Londres. No golball, jogado por atletas cegos, triunfos sobre a Finlândia, por 6 a 5, no masculino, e por 2 a 0 sobre a Dinamarca entre as mulheres. Já no basquete em cadeira de rodas feminino, a equipe brasileira foi batida por 52 a 50 pela Austrália.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que está em Londres para acompanhar o início dos Jogos Paralímpicos, elogiou a preparação dos competidores, técnicos e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para o evento, que terá a sua cerimônia de abertura realizada nesta quarta-feira no Estádio Olímpico. Para ele, a expectativa é para que o Brasil repita o desempenho da Paralimpíada de Pequim, em 2008, quando ficou entre os 10 primeiros colocados no quadro de medalhas.

"Em Pequim nós ficamos em uma boa posição e esperamos ficar novamente entre dos dez", comentou, em entrevista à TV NBr. "O esforço dos atletas, dos treinadores e do CPB merece nosso reconhecimento e toda a atenção e investimento", completou o ministro do Esporte.

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Em 2008, o Brasil terminou na nona colocação no quadro de medalhas, com 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes. Agora, em Londres, o País será representado por 182 competidores. Aldo lembrou que 156 deles integram o programa Bolsa-Atleta e que alguns deles realizaram preparação em Manchester para os Jogos Paralímpicos. O ministro também prometeu novos investimentos nos próximos anos.

"O investimento grande para a Paralimpíada é uma forma de o governo reconhecer o valor desses atletas, que superam dificuldade na vida para se tornarem referência no esporte", disse. "Nós temos promovido investimentos diretos ao atleta. A perspectiva é de um investimento ainda maior para que não só um maior número de atletas pratiquem o esporte, mas também para que os de alto rendimento possam obter resultados cada vez melhores".

O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) Philip Craven colocou o atleta brasileiro Daniel Dias entre as suas apostas de destaque nos Jogos de Londres, durante entrevista coletiva. Philip ainda elogiou os preparativos do Rio para os Jogos de 2016. "Eu acho que vocês têm candidatos (a destaque) nos nadadores brasileiros: tem o Daniel Dias e um ou dois outros", afirmou o dirigente.

“Na minha visão, o sucesso dos Jogos dura quatro anos, no período entre o anterior e o próximo. E isso vale, é claro, para o Rio em relação a Londres. Vocês têm a incrível oportunidade de estar nos Jogos anteriores, de se inspirar e levar esse conhecimento. A tradição dos Jogos deve evoluir”, completou o presidente.

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O nadador vai disputar oito provas nas Paralimpíadas e já venceu o Prêmio Laureus, considerado o Oscar dos Esportes, em 2009, e ganhou nove medalhas em Pequim 2008 (quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze).

De acordo com o presidente do IPC, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem ser tratados da mesma forma tanto pelos organizadores dos Jogos quanto pela mídia e torcedores. “O que mais me agradou foi quando o Rio fez a apresentação para o COI aqui (em Londres), ao mostrar as fotos dos locais de competição com as modalidades que os utilizariam nos Jogos Olímpicos do lado esquerdo, enquanto do lado direito apontava as modalidades dos Jogos Paralímpicos”, disse.

O ex-piloto de Fórmula 1e bicampeão da Indy Alessandro Zanardi vai competir nas Paralimpíadas de Londres, na prova conhecida como handbike, na pista inglesa de Brands Hatch. O italiano perdeu as pernas em um acidente na Fórmula Indy, em 2001, quando colidiu com o piloto canadense Alex Tagliani a quase 300 km/h, na Alemanha.

Zanardi disputou 41 corridas na F-1 e começou sua carreira em 1991 pela Jordan. Também correu como convidado na Minardi em três etapas, mas seu primeiro ponto só veio em 1993, na Lotus. Após a passagem sem brilho pela categoria mais famosa do automobilismo, Zanardi enfim conheceu a Indy.

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Zanardi passa entre os muros do circuito que já recebeu a Fórmula 1 por 12 temporadas em uma velocidade bem diferente daquela que se acostumou em sua experiência dentro de cockpits. “A última vez em que estive aqui estava mais ou menos umas cinco vezes mais rápido. Mas mesmo assim ainda amo este circuito", afirmou Zanardi ao jornal inglês The Guardian.

O italiano conheceu a handbike, espécie de bicicleta de três rodas impulsionada pelo movimento das mãos, em 2007. Após apenas quatro semanas de treinamento, Zanardi chegou em 4º lugar na Maratona de Nova York de 2007, na categoria correspondente. O italiano conseguiria vencer a prova três anos depois, se credenciando para disputar os Jogos Paraolímpicos, hoje aos 45 anos.

Grande parte da delegação brasileira já está alojada nas instalações da Vila Paralímpica de Londres desde ontem e aproveitaram para começar os treinamentos, visando realizar os últimos ajustes antes do início da competição. Alguns deles, já conheceram, inclusive o local onde irão competir.

“A pista é bem veloz e tem tudo para que os tempos sejam muito bons. Só acreditamos realmente que estávamos em uma paralimpíada quando chegamos ontem na Vila. Todo o trabalho feito durante este ciclo de quatro anos valeram à pena”, explicou Heitor de Oliveira Sales, estreante em olimpíadas e que será o atleta guia do corredor Daniel Mendes.

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Os atletas também gostaram da estrutura. “Imaginávamos isso mesmo, tudo de alto nível”, comentou o atleta Luciano Pereira. Competidores de 11 modalidades em que o Brasil estará presente já se encontram em Londres. As delegações de Bocha, Ciclismo, Futebol de cinco, Goalball e Remo ainda estão em Manchester, fazendo a ultima parte da aclimatação. Ao todo, o Brasil competirá em 18 esportes.

A abertura oficial dos Jogos Paralímpicos de Londres será realizada no dia 29 de agosto. O Brasil terá como porta-bandeira o nadador Daniel Dias. As disputas serão finalizadas em 7 de setembro.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

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Uma cerimônia realizada nesta sexta-feira marcou o acendimento da chama paralímpica de Londres. Coube a Claire Lomas, paraplégica que participou da Maratona de Londres deste ano, colocar o fogo em uma espécie de caldeirão, que ficará na capital inglesa até o início do revezamento da tocha, marcado para a próxima terça.

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Lomas surpreendeu o mundo ao percorrer os 42 quilômetros da maratona mesmo sem ter os movimentos do peito para baixo. Com a ajuda de uma roupa especial e de muletas, ela completou o percurso em 16 dias.

Foi ela que deixou acesa a chama de Londres. Nos próximos dias, será a vez de Belfast, Edimburgo e Cardiff, respectivamente capitais de Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales - países que formam o Reino Unido -, acenderem seus próprios caldeirões. A partir deles, sairá o fogo da tocha paralímpica.

A cerimônia desta sexta, realizada na tradicional Trafalgar Square, contou com a presença do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Ele comentou que os Jogos Paralímpicos "farão nosso país se sentir orgulhoso". "Vamos mostrar ao mundo todo que quando se trata de promover um show, não há país como a Grã-Bretanha e nem cidade como Londres".

O revezamento da tocha acontecerá ao longo da próxima terça-feira e terminará no dia seguinte, quando ocorrerá a cerimônia de abertura dos Jogos. O evento, que reúne os principais atletas paralímpicos do mundo, se encerrará no dia 9 de setembro.

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