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A conquista da Copa do Brasil de 2019, garantida nesta quarta-feira, consolidou o Athletico-PR em um novo patamar no futebol brasileiro. A equipe paranaense superou nos últimos anos a esfera estadual para vencer torneios internacionais e nacionais. O clube curitibano conseguiu tais feitos ao melhorar a organização e criar um planejamento vitorioso.

Antes do título da Copa do Brasil, o time paranaense conquistou no ano passado o troféu da Copa Sul-Americana e, nesta temporada, se sagrou campeão da Levain Cup, a antiga Copa Suruga.

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O sucesso atual teve início com uma forte reformulação no clube de Curitiba a partir de 1995, dias depois de ser goleado pelo rival Coritiba por 5 a 1, pelo Campeonato Paranaense. A diretoria passou por uma grande mudança, com a entrada do presidente Mario Celso Petraglia e uma proposta de modernização total. O Athletico-PR apostou na década de 1990 na revitalização do CT do Caju e na Arena da Baixada, primeiro estádio brasileiro a ter "naming rights".

Ao mesmo tempo, o clube passou a investir em captação de talentos. A base do Athletico conseguiu neste século encontrar jovens jogadores pelo Brasil e transformá-los em atletas consagrados. Uma parceria com o clube PSTC, de Londrina, rendeu a descoberta de nomes como Jadson, Fernandinho, Dagoberto e Kléberson, campeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002.

Nos últimos anos, o departamento de inteligência do clube encontrou em outros Estados jogadores importantes, a exemplo do lateral Renan Lodi (hoje no Atlético de Madrid) e do volante Bruno Guimarães, que não deve ficar muito tempo no clube brasileiro.

Estes talentos se tornaram a grande aposta da equipe para o Campeonato Paranaense. No novo planejamento da equipe, a partir de 2013, o clube resolveu escalar no Estadual apenas jogadores do time sub-23.

Com isso, o elenco principal consegue ter uma pré-temporada mais longa, disputar amistosos e iniciar as competições nacionais com mais fôlego. Ao abrir espaço para garotos, o Athletico-PR consegue também descobrir talentos.

O clube também não deixou de ousar. A equipe se mostrou nos últimos anos como visionária em diversos aspectos. Como treinador, já teve o alemão Lothar Matthäus, o espanhol Miguel Ángel Portugal e o português Sérgio Vieira. Na comissão técnica, apostou na criação de um minucioso departamento de inteligência e análise estatística.

O Athletico brigou nos bastidores por contratos de transmissão, chegou a transmitir um clássico com o Coritiba pelo YouTube e instituiu o cadastramento obrigatório para a torcida, por medida de segurança.

O capítulo mais recente desta história é a confiança demonstrada no trabalho realizado pelo técnico Tiago Nunes. O Athletico estava na zona de rebaixamento no Brasileiro de 2018 quando resolveu demitir o técnico Fernando Diniz e promover o jovem Tiago Nunes.

O antigo técnico da base assumiu o elenco principal, deu espaço para revelações e fechou a temporada 2018 com o título da Copa Sul-Americana, primeira taça internacional da história da equipe. O trabalho continuou em 2019, com novos feitos relevantes.

A queda de 4% na massa de rendimentos dos trabalhadores ocupados no País no trimestre encerrado em julho, ante o mesmo período do ano anterior, alimenta o círculo vicioso do desemprego, alertou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Você tem menos pessoas gastando, consumindo. Consequentemente, o comércio vai ter menos saída, a indústria vai produzir menos, e você vai ter mais pessoas sendo mandadas embora", explicou Azeredo.

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A massa de rendimento cai há 11 trimestres móveis consecutivos, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O montante de R$ 175,3 bilhões registrados no trimestre encerrado em julho é o menor patamar desde abril de 2013, quando estava em R$ 173,871 bilhões.

O recuo da cotação do dólar para níveis próximos a R$ 3,50 começa a preocupar a equipe do vice-presidente Michel Temer. A avaliação é que, abaixo desse valor, alguns produtos brasileiros perdem competitividade no mercado internacional. Dessa forma, fica em risco o processo de recuperação das contas externas iniciado no ano passado.

De janeiro a abril deste ano, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 13,249 bilhões, ante déficit de US$ 5,059 bilhões em igual período de 2015. É fato que esse desempenho se deu mais pela queda das importações. Mas as exportações ensaiam uma reação. Neste ano, os volumes de vendas de produtos básicos avançaram 23%, a de produtos semimanufaturados avançaram 15,7% e os manufaturados, 12,7%.

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"Há uma certa inquietude entre os exportadores, porque o câmbio a R$ 3,50 não dá o mesmo ânimo exportador quanto o câmbio a R$ 4", comentou o ex-secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) Roberto Giannetti da Fonseca. Ele tem colaborado com o PSDB na elaboração de propostas para a área.

As exportações são vistas, pela equipe de Temer, como um pilar para a recuperação da economia. Foi por essa razão que o vice-presidente convidou o senador José Serra (PSDB-SP) para comandar um Ministério das Relações Exteriores vitaminado, que teria a parte comercial fortalecida com a migração de parte da estrutura do que hoje é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O restante seguiria para o Ministério do Planejamento e a pasta seria extinta. Essa ideia, porém, enfrentou resistências das entidades representativas da indústria, de forma que Temer agora está reavaliando a mudança.

Os exportadores sabem que o governo não poderá, de imediato, garantir um dólar mais favorável a eles. Isso porque o Banco Central precisa aproveitar a cotação menor para perseguir outros dois objetivos: buscar um alívio na inflação e tentar desmontar operações de swap cambial, que ameaçam impor prejuízos bilionários ao Tesouro Nacional.

Feito isso, haveria espaço para um eventual governo Temer operar uma flutuação cambial "mais livre e confiável". Só então, avalia Giannetti, os exportadores poderão esperar uma valorização gradual do real ante o dólar, para a faixa dos R$ 3,80 a R$ 4.

Reintegra

Para garantir a competitividade das exportações brasileiras nesse período, o governo poderia elevar as alíquotas do Reintegra, sugeriu Giannetti. Esse programa garante às empresas um ressarcimento pelos resíduos tributários existentes nas exportações.

Hoje, a alíquota é 0,1% das vendas, o mínimo previsto em lei. O ideal seria retornar a alíquota para 3% ou, dependendo do produto, 5%.

Com isso, o governo estaria corrigindo uma "frustração" imposta às empresas exportadoras quando, em outubro do ano passado, a alíquota caiu de 1% para 0,1%.

Segundo Giannetti, essa redução ocorreu de forma abrupta e surpreendeu as empresas, que já haviam fechado negócios contando com um ressarcimento maior. "Do jeito que está, o valor restituído do Reintegra é menor do que o custo de calculá-lo", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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