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O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) chegou ao Recife, nesta sexta-feira (27), transferido do presídio da Papuda, em Brasília. O progressista aportou na capital pernambucana no voo 6300, acompanhado de três policiais do Departamento Penitenciário da Polícia Federal. Corrêa realizou exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), do Recife, e seguiu para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana. De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, a passagem pelo Cotel é obrigatória para procedimentos de rotina.
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Em seguida, o ex-parlamentar será levado à Penitenciária Agrícola de Itamaracá. O destino final dele será decidido pelo juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Luiz Gomes da Rocha Neto. O pernambucano é condenado a 7 anos e 2 meses de prisão, em regime semiaberto, pela Ação 470, que versa sobre o Caso do Mensalão.
Já no IML, antes de realizar os exames, um dos funcionários do local, chegou a questionar ao ex-deputado o porquê dele não estar abatido. Segundo Pedro Corrêa "é muito difícil lhe deixar abatido". O mensaleiro foi recebido pelo primo e ex-vereador do Recife, Clóvis Corrêa, que destacou a inocência do parente.“É uma tristeza o que tá acontecendo. Não houve mensalão. O PT não dava ministério. A forma de ajudar era doando dinheiro para campanha”, afirmou o ex-parlamentar. "Ele está ótimo, é inocente, não roubou dinheiro de ninguém", completou.
Segundo Clovis, os partidos tentam conseguir cargos nos ministérios para arranjar dinheiro para as campanhas eleitorais. “Para que os partidos querem ministérios? Só para dizer que querem trabalhar? Para arranjar dinheiro para campanha, é preciso desmistificar isso, só assim funciona”, disparou.
Outra transferência - Além de Corrêa, o ex-deputado Pedro Henry (PP) também foi transferido nesta sexta. Henry cumprirá a pena, de 7 anos e 2 meses em regime semiaberto, em uma cela especial da Polinter, em Cuiabá, conforme decisão do juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis. Após ter a prisão decretada, em 13 de dezembro, Henry renunciou ao mandato de deputado e perdeu a imunidade parlamentar.
Entenda o caso - No dia 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do Caso do Mensalão, Joaquim Barbosa, declarou o trânsito em julgado ao processo da Ação 470. No mesmo dia foram expedidos os mandados de prisão para alguns dos condenados, entre eles, o ex-deputado federal José Genoíno (PT). O mandado de prisão do pernambucano, Pedro Corrêa, foi expedido no dia 5 de dezembro. O ex-parlamentar se entregou, em Brasília, e passou a cumprir a pena no presídio da Papuda.
Na última sexta-feira (20), Barbosa autorizou a transferência de Corrêa para Pernambuco. O progressista queria incialmente ir para o presídio em Jataúba, no Agreste, mas o pedido foi negado. Agora, após a transferência, a defesa deve pedir autorização para que o condenado volte a trabalhar, já que é médico.
Com a colaboração de Alex Ribeiro