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A redução da pena do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), condenado a sete anos e dois meses de prisão no processo do Mensalão foi negada. A justificativa do juiz Luiz Rocha, de acordo com uma reportagem exibida pelo Fantástico, foi a falta de provas para os argumentos usados pela defesa do mensaleiro. Eles alegaram que o parlamentar teria trabalhado mais de 200 dias, desde que começou a cumprir pena em 2013, no entanto isso não foi constatado pela Justiça.

À frente do caso, o juiz Luiz Rocha fez duas inspeções de surpresa aos locais de trabalho de Corrêa e encontrou irregularidades quanto ao total de dias de trabalho alegados pela defesa. Na sentença, o magistrado alegou que a divulgação dos 221 dias de trabalho “não passaram de uma simulação para enganar a justiça”. “Essas irregularidades que nós enxergamos, nessa situação, é que nos levou e nos motivou, e nos convenceu a indeferir o pedido de remissão dele”, afirma o juiz.

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A defesa do ex-deputado vai recorrer. Agora além de condenado no processo do Mensalão, o ex-deputado também é um dos políticos que serão investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que averigua irregularidades na Petrobras.

Nesta quinta-feira (22), a Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE) publicou manifesto em apoio ao magistrado Luiz Rocha - titular da 1ª Vara Regional de Execuções Penais do Estado. A associação se declarou que repudia qualquer tipo de intimidação contra o juiz que exerce sua função de acordo com as leis e os princípios constitucionais vigentes.

Nota em apoio ao magistrado Luiz Rocha

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"A entidade condena as acusações assacadas por parte de instituições que não conhecem os problemas estruturais enfrentados pelos magistrados pernambucanos, e se arvoram em atacar de público a magistratura digna do Estado, notadamente se aproveitando de momentos de crise como o vivenciado nos últimos dias.

O problema da superlotação nos presídios de Pernambuco foi ocasionado ao longo dos anos, principalmente, pela ausência de investimentos por parte do Poder Público, quando se constata de forma evidenciada a não criação de novas vagas diante de uma política de encarceramento estabelecida para combater a criminalidade. Além disso, apesar dos significativos esforços empregados pelo juiz Luiz Rocha, é irracional delimitar mais de 16 mil processos para uma única Vara que não possui número de servidores suficiente para atender a demanda.

A AMEPE defende, ainda, a urgente implementação da Lei 12.714, sancionada em setembro de 2012, que determina sejam as informações sobre execução da pena, prisão cautelar e medida de segurança mantidas e atualizadas em um sistema informatizado, possibilitando a criação de um banco de dados que permitiria um melhor acompanhamento das penas pelos juízes das Varas de Execução Penal e, certamente, ajudaria na rapidez dos julgamentos dos benefícios." 

A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) divulgou, nesta quarta-feira (21), uma nota sobre as rebeliões ocorridas no Complexo Prisional do Curado e Penitenciária Berreto Campelo. No documento, o órgão diz que entrará com representação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pedindo providências disciplinares em relação ao juiz Luiz Rocha, titular da 1ª Vara de Execuções Penais do Estado.

Leia mais: 1ª Vara de Execução Penal passará por mudanças

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“O magistrado é tido como um dos alvos da rebelião dos detentos no Complexo do Curado, que já provocou a morte de três pessoas desde o último dia 19, e vinha sendo denunciado na OAB-PE pela Associação dos Advogados Criminalistas de Pernambuco”, diz a nota. O documento contempla ainda “pedido de designação de mais dois juízes auxiliares para a Vara, uma vez detectada a defasagem do número de magistrados para atender a crescente demanda de processos”.

Representantes da Ordem se reuniram na noite dessa terça-feira (20) e também decidiram realizar um mutirão da advocacia para fazer o levantamento do número de processos pendentes de decisão judicial. “A falta de assiduidade, dificuldade de acesso para despachos e lentidão na apreciação das petições são as principais queixas dos advogados em relação ao magistrado titular da 1ª Vara de Execuções Penais”.

Em relação a superlotação denunciada pelos presidiários, presidente Pedro Henrique lembra que em relatório produzido pela OAB-PE, ano passado, a situação já tinha sido apontada como a raiz de vários outros problemas do sistema carcerário do Estado. “São presos que esperam julgamento há anos que, juntamente com os já apenados, se aglomeram em espaços mínimos, onde faltam condições básicas de higiene e, consequentemente, de saúde e segurança”, frisou o presidente da OAB-PE.

Confira a nota na íntegra:

Diante do caos instalado no sistema carcerário de Pernambuco, com as rebeliões nos presídios, geradas pela superlotação, a OAB-PE deve entrar com representação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pedindo providências disciplinares em relação ao juiz Luiz Rocha, titular da 1ª Vara de Execuções Penais do Estado. O magistrado é tido como um dos alvos da rebelião dos detentos no Complexo do Curado, que já provocou a morte de três pessoas desde o último dia 19, e vinha sendo denunciado na OAB-PE pela Associação dos Advogados Criminalistas de Pernambuco.

O documento que deve ser encaminhado à Corregedoria do TJPE, até o final desta semana, contempla ainda pedido de designação de mais dois juízes auxiliares para a Vara, uma vez detectada a defasagem do número de magistrados para atender a crescente demanda de processos. Deliberações neste sentido foram aprovadas em reunião realizada na noite da terça-feira, dia 20, na sede da OAB-PE. No encontro, conduzido pelo presidente da Ordem, Pedro Henrique Reynaldo Alves, foi decidido ainda a realização de um mutirão da advocacia para se fazer o levantamento do número de processos pendentes de decisão judicial.

A falta de assiduidade, dificuldade de acesso para despachos e lentidão na apreciação das petições são as principais queixas dos advogados em relação ao magistrado titular da 1ª Vara de Execuções Penais. Inspeção realizada pela Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados constatou a ausência do juiz de seu gabinete em diversas oportunidades. "Os reclamos dos presos, que já eram de conhecimento da OAB-PE em suas inspeções carcerárias, coincidem com as queixas dos advogados e encontra respaldo em parecer do CNJ que indica a ineficiência do magistrado, que contrasta de forma muito clara com a produtividade e eficiência dos magistrados das 2ª, 3ª e 4ª Varas de Execução Penal", afirmou o presidente da OAB-PE.

O presidente Pedro Henrique lembra que em relatório produzido pela OAB-PE, ano passado, a superlotação já tinha sido apontada como a raiz de vários outros problemas do sistema carcerário do Estado. “São presos que esperam julgamento há anos que, juntamente com os já apenados, se aglomeram em espaços mínimos, onde faltam condições básicas de higiene e, consequentemente, de saúde e segurança”, frisou o presidente da OAB-PE.

A reunião na sede da Ordem contou com a participação da vice-presidente e do secretário geral da Casa, respectivamente, Adriana Rocha Coutinho e Sílvio Carvalho Júnior; dos presidentes das comissões de Direitos Humanos e Prerrogativas dos Advogados, João Olímpio e Maurício Bezerra; o presidente da Subcomissão de Ressocialização da OAB-PE, Adeildo Nunes; o conselheiro Denivaldo Santos; o presidente da Associação dos Advogados Criminalistas de Pernambuco, Fernando Lins; além de vários advogados da área criminal.

Com o objetivo de agilizar os processos de execução penal – principal reivindicação dos detentos dos presídios de Pernambuco –, serão contratados 20 advogados para atuação exclusiva nos casos de detentos. O regime especial foi anunciado nesta quarta (21) pelo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Frederico Neves. 

De acordo com o TJPE, as mudanças serão submetidas ao referendo do Conselho da Magistratura e têm validade imediata. Apesar de os detentos solicitarem a saída do responsável pela 1ª Vara de Execução Penal, Luiz Rocha, o juiz ainda continuará orientando as ações de outros cinco juízes que atuarão no regime especial. Ainda haverá a presença de um juiz auxiliar, Gilvan Macedo, para dar suporte à Rocha. 

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O regime terá prazo de 180 dias e poderá ser prorrogado, pois, conforme anunciado na última segunda (19), o reforço na equipe irá refletir em um número maior de processos conclusos para decisão. 

O juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Luiz Rocha, vai proferir a sentença que definirá a unidade prisional para onde será transferido o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) nesta terça-feira (7). O ex-deputado é um dos condenados no Caso do mensalão e está no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, desde o último dia 27. Local onde, segundo o magistrado, Corrêa não pode continuar por mais esta semana.

“Um dos advogados do reeducando Pedro Corrêa esteve na Vara, dizendo que entraria com um pedido para definir se o reeducando optaria por cumprir a sua pena na cidade de Canhotinho, que fica a menos de 200 km da capital, ou na unidade prisional Agrícola direcionada ao regime semiaberto que fica na Ilha de Itamaracá, muito mais próximo do Recife”, contou o magistrado. Os procedimentos normais, de acordo com o juiz, é que os presos cumpram a pena em uma penitenciária próxima a residência da família. “Até agora não temos nenhum registro de pedido do reeducando, para que ele vá para esta ou aquela unidade prisional. Se este pedido não for feito hoje (segunda) ou amanhã (terça) eu definirei no máximo até amanhã a unidade mais viável para ele, independente de escolha", revelou.

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O magistrado explicou ainda que não haverá regalias para Corrêa e que o processo de transferência dele tramita como o de qualquer outro reeducando. "Ele não terá nenhum centímetro de vantagem a mais e nem um prejuízo a mais", frisou. Sobre a possibilidade de o ex-deputado voltar a trabalhar, o juiz afirmou que não existe nenhuma impossibilidade. "É possivel que ele trabalhe? Sim. É possível que ele exerça a medicina? Até que me provem o contrário sim. Agora ele terá que fazer um pedido formal a Vara, apresentar as condições do convite de trabalho e como todos os demais reeducandos será apreciado se é possível ou não deferir o pedido dele", pontuou o juiz. Outro assunto comentado pelo magistrado foi a expeculação de que o progressista passaria o aniversário (na terça, 7) em casa. Luiz Rocha afirmou que nenhum pedido deste tipo chegou a Vara. 

Relembre o caso - No dia 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do Caso do Mensalão, Joaquim Barbosa, declarou o trânsito em julgado ao processo da Ação 470. No mesmo dia foram expedidos os mandados de prisão para alguns dos condenados, entre eles, o ex-deputado federal José Genoíno (PT). O mandado de prisão do pernambucano, Pedro Corrêa, foi expedido no dia 5 de dezembro. O ex-parlamentar se entregou, em Brasília, e passou a cumprir a pena no presídio da Papuda. No último dia 20, Barbosa autorizou a transferência de Corrêa para Pernambuco. Ele chegou ao estado no dia 27.

 

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP), condenado no Caso do Mensalão, pode ser transferido na próxima semana para uma unidade prisional de regime semiaberto. O progressista está em Pernambuco desde o último dia 27, quando foi levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). É provável que Corrêa seja direcionado para a Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá. 

A decisão, para onde o ex-deputado será encaminhado, está a cargo do juiz titular da 1ª Vara Regional de Execução Penal, Luiz Rocha. Corrêa deve cumprir uma pena de sete anos e dois meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Como a reclusão será em regime semiaberto o progressista poderá trabalhar como médicos, segundo a família do condenado, várias propostas de emprego já foram encaminhadas para ele, mas até agora nenhuma teria chegado aos órgãos juristas.

 

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