Tópicos | Pia Sundhage

A seleção brasileira feminina encerrou mais um período de Data Fifa com um saldo de um empate e uma derrota em amistosos contra a Austrália, em Sydney. A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu nas partidas fora de casa e aproveitou para dar experiência e minutagem a novas jogadoras e também testar estilos de jogo diferentes. Para ela, essa foi uma oportunidade interessante, que traz lições importantes para os próximos compromissos da equipe.

"A lição a ser aprendida é que nós precisamos ter mais compactação na defesa. E eu acho que isso foi feito de forma boa, não apenas na defesa, mas na frente também. Se nós olharmos para Debinha e Marta, como elas trabalharam, isso funcionou. Isso é a lição e precisamos lembrar o quão importante isso é", afirmou a treinadora.

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"A outra coisa é que nós vamos trabalhar um pouco mais no ataque. Porque esse é um grupo muito interessante. Elas construíram muitas jogadas, tiveram excelentes soluções no ataque, mas a gente quer marcar mais gols. Então, esse é o nosso próximo passo futuramente e é algo que pode ser melhor jogando mais jogos", ponderou a sueca.

A próxima competição oficial da seleção brasileira feminina já está definida: será a Copa América de 2022. Pia Sundhage também falou sobre este compromisso a expectativa de evolução da equipe até lá. "Eu acho que nós conseguimos e podemos ganhar a Copa América. E eu realmente acredito que para a Copa do Mundo, a Olimpíada, as jogadoras novas podem fazer desse time um time excelente. Eu ainda nem falei da Marta aqui", finalizou.

Nesta terça-feira (26), Brasil e Austrália voltam a se enfrentar no último amistoso desta Data Fifa de outubro. Depois da derrota no primeiro compromisso por 3 a 1, no último sábado (23), a técnica Pia Sundhage projeta uma postura diferente da seleção feminina diante das donas da casa. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), a sueca apontou pontos a serem ajustados para que o time saia com a vitória no segundo embate.

"Precisamos ajustar a defesa principalmente nos corredores e ajudarmos umas as outras a defenderem de uma maneira melhor. A palavra que eu diria é compactação e também a tomada de decisão. É um pouco complicado, mas eu acredito que no próximo jogo seguindo esses passos jogaremos melhor. Quando se trata do ataque, tivemos muitos espaços no meio de campo, principalmente, entre a defesa e o meio, mas também atrás da nossa linha defensiva. Precisamos ajustar isso sem sermos previsíveis, essa é a chave. Estou muito ansiosa para ver como iremos construir essa ideia de jogo na próxima partida", destacou.

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De olho na Copa América de 2022, Pia Sundhage tem como objetivo promover a renovação da seleção. Para isso, a treinadora não hesita em dar oportunidades para as atletas que estão chegando à equipe principal. Diante da Austrália, por exemplo, seis jogadoras que começaram a partida tinham entre cinco ou menos jogos com a camisa do Brasil. São elas: Antonia, Bruninha, Ana Vitória, Ary Borges, Kerolin e Giovana. No intervalo, o número se tornou mais expressivo com as entradas de Tainara e Katrine.

A sueca prega tempo para que as jogadora ganhem tempo para entenderem a filosofia da comissão técnica. "No primeiro jogo demos às jovens jogadoras uma chance e no segundo jogo será um pouco diferente, devido às nossas condições de viagem que contou com o fuso horário e um voo muito longo. Então, eu diria que o próximo jogo contra a Austrália será um passo a mais para a Copa América. Temos um longo caminho a percorrer", ressaltou Pia Sundhage, que aproveitou para elogiar a personalidade das jovens jogadoras.

"As jogadoras jovens que atuaram têm uma personalidade no ataque muito interessante, mas elas precisam de mais tempo e eu preciso ter paciência com elas para que tomem a melhor decisão", enfatizou.

Para o segundo jogo - às 6h05 (de Brasília), no Commbank Stadium, em Sydney -, a treinadora prevê mudanças na equipe, sem antecipar as modificações que fará para o último duelo contra a Austrália, a treinadora deixou no mínimo pistas do que vem por aí, principalmente quando se trata da postura ofensiva da equipe.

"Haverá mudanças, para começar não teremos a mesma escalação na segunda partida. Aprendemos algumas coisas em relação ao ataque, se atacarmos pelo centro de campo o tempo todo isso será mais difícil para nós. Então, precisamos fazer um pouco de ambos para utilizar o espaço e o ponto chave é mudar a direção do ataque, mas também, saber quando devemos desafiar mais a linha defensiva para criar algumas chances", finalizou.

A seleção brasileira feminina está convocada para mais uma janela de Data Fifa. Na terça-feira (5), a técnica sueca Pia Sundhage anunciou a lista das 23 jogadoras que enfrentarão a Austrália em dois jogos preparatórios no final deste mês. Ansiosa com os primeiros passos do novo ciclo, após a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a treinadora do Brasil elogiou o nível do desafio que suas comandadas terão pela frente diante das rivais.

Pia Sundhage destacou a oportunidade de encarar uma das anfitriãs do Mundial de 2023 em solo australiano. De acordo com a técnica da seleção, este tipo de experiência é crucial para que sua equipe possa amadurecer cada vez mais.

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"Temos que ser realistas. Na Austrália nós vamos enfrentar jogadoras que atacam, vão para cima e vão usar jogadas de um para um. A gente tem que estar preparado para lidar com essas jogadoras difíceis. Por isso que mudamos um pouco, com jogadoras diferentes. Com a Austrália será bem diferente, é uma viagem longa, temos que ter bastante cuidado, sobretudo no primeiro jogo, por conta do fuso horário", declarou, antes de tecer elogios ao time australiano.

"No fim das contas, se formos um time coeso e compacto, tanto na defesa quanto no ataque, vai ser uma ótima oportunidade de ver o quão boas nós somos. Certamente vamos defender mais contra a Austrália, um dos melhores times do mundo. Ter a oportunidade de jogar com a Austrália é excelente, porque é um ótimo adversário. Isso vai tornar a Seleção cada vez mais forte mentalmente, e também na forma de jogar", completou.

A convocação para os compromissos contra a Austrália conta com uma estreante: a goleira Karen, do Minas Brasília-DF. Além dela, a lista também conta com diversas caras novas que realizaram seus debutes nos últimos jogos diante da Argentina, em setembro. Pensando na renovação, Pia Sundhage exaltou o papel das novas jogadoras e projetou um ciclo proveitoso.

"É ótimo termos novas jogadoras, é necessário. Muitas coisas acontecem quando você muda a atmosfera e a dinâmica de um grupo. As jogadoras mais jovens têm essa chance. Se você joga bem, treina muito, é corajosa, talvez você tenha a chance de jogar na Seleção, o mundo se abre para você. Precisamos de novas perspectivas, encontrar novas jogadoras para construir um time novo e mais coeso", explicou, antes de falar sobre o futuro com a seleção.

"Estou super empolgada com esse novo ciclo e para o que vai acontecer esse ano e também ano que vem. É importante jogar partidas. Mas agora nessa nova era temos a chance de jogar dois novos jogos. Nos planejamos para o sucesso para ter uma noção do que vamos ter nas próximas Datas Fifa. Fico bem empolgada ao olhar para a agenda, temos ótimos jogos pela frente", concluiu.

Com apenas uma estreante, a seleção brasileira feminina de futebol foi convocada nesta terça-feira para dois amistosos com a Austrália, nos dias 23 e 26 deste mês, na Commbank Stadium, em Sydney. Como havia acontecido nas partidas anteriores, a técnica Pia Sundhage deixou de fora a goleira Bárbara, a mais experiente da equipe nos últimos anos, mas que foi alvo de críticas pelas atuações abaixo do esperado na Olimpíada de Tóquio.

Bárbara já havia ficado fora da lista de convocadas para os amistosos com a Argentina, em setembro. Desta vez, a treinadora decidiu testar a goleira Karen, de 28 anos, do Minas Brasília. Será a primeira oportunidade da jogadora sob o comando da treinadora sueca, que chamou ainda as goleiras Letícia, do Benfica, e Lorena, do Grêmio.

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A lista de 23 jogadores tem ainda atletas que estão voltando ao time, após ficarem fora da relação dos últimos amistosos, ambos contra a Argentina. Além de Lorena, voltam à seleção as defensoras Katrine e Thais, do Palmeiras, e Bruninha, do Santos. Também está de retorno à equipe nacional a meia Adriana, cortada da lista da Olimpíada por questões físicas. A jogadora precisou passar por uma cirurgia no joelho esquerdo.

Pia decidiu convocar atletas que haviam ficado de fora da última lista, quando optou por dar chance a novas jogadoras. A treinadora promoveu diversos testes, visando a renovação do time, no início do novo ciclo da seleção, cujo foco agora é a Copa do Mundo de 2023 e a Olimpíada de Paris-2024.

Assim, voltam a ganhar espaço na seleção atletas como Rafaelle, Júlia Bianchi, Bia Zaneratto e Giovana. Todas estiveram na frustrada campanha brasileira na Olimpíada de Tóquio, quando o time foi eliminado nas quartas de final, apesar de ser cotado para brigar pelo pódio.

 

Confira a lista de convocadas da seleção brasileira:

Goleiras: Karen (Minas Brasília), Letícia (Benfica) e Lorena (Grêmio);

Defensoras: Rafaelle (Changchun Dazhong/China), Tainara (Palmeiras), Erika (Corinthians), Antonia (Madrid C.F.F), Bruninha (Santos), Tamires (Corinthians), Thais (Palmeiras), Katrine (Palmeiras);

Meio-campistas: Julia Bianchi (Palmeiras), Ary Borges (Palmeiras), Angelina (O.L Reign/EUA), Duda (São Paulo), Kerolin (Madrid C.F.F), Debinha (North Carolina Courage/EUA) e Adriana (Corinthians);

Atacantes: Giovana (Levante UD/Espanha), Nycole Raysla (Benfica), Geyse (Madrid C.F.F), Bia Zanerattto (Wuhan Xinjiyuan/China) e Marta (Orlando Pride/EUA).

Após a dura eliminação nas quartas de final da Olimpíada de Tóquio, Pia Sundhage inicia novo ciclo na seleção brasileira feminina de futebol a partir desta sexta-feira. Com seis novidades na lista de convocadas, a treinadora quer renovar a equipe e mudar o estilo de jogo. A ideia central é imprimir maior velocidade e tornar a seleção "mais imprevisível".

"Queremos achar uma forma diferente de atacar, temos que nos tornar um pouco mais imprevisíveis. Para fazer isso, temos que mudar a velocidade de jogo. Isso significa também que quem não tem a bola precisa correr um pouco mais, realizar esses 'sprints' imprevisíveis, nas costas das linhas de defesa adversárias. Espero que possamos absorver um pouco desse novo estilo nesse primeiro passo pensando no futuro", disse a sueca, nesta quinta-feira.

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Este novo estilo já será testado nesta sexta, no primeiro de dois amistosos que a seleção fará com a Argentina, na Paraíba. O primeiro está marcado para as 16 horas, no estádio Governador Ernani Sátiro, o Amigão, em Campina Grande. A outra partida será realizada na segunda-feira, no mesmo horário, no estádio Almeidão, em João Pessoa.

Além do estilo, Pia vai colocar à prova as novas jogadoras da seleção, caso da goleira Lorena (Grêmio), das defensoras Katrine (Palmeiras), Yasmin (Corinthians), Lauren (São Paulo) e Bruninha (Santos) e da meia Thaís (Palmeiras). Lauren e Bruninha foram promovidas da seleção sub-20.

"Algo que traz esse frescor são as novas jogadoras. Agora estamos lidando com as ideias de jogo. A Erica, por exemplo, já ouviu isso muitas vezes. Mas, para a Katrine, será a primeira vez que ela escutará sobre isso. Então é algo interessante, gosto da nossa atmosfera. Estou bem ansiosa para o jogo de amanhã (sexta). Espero ver algo um pouco diferente do que vimos nas Olimpíadas", projetou Pia.

A treinadora definiu como essencial estes dois amistosos para dar o tom do que será o novo ciclo da seleção sob o seu comando. "O fato de futebol feminino evoluir tão rápido, faz com que todas as equipes e seleções estejam cada vez melhores. Jogar com a Argentina duas vezes será de extrema importância para nós, e será divertido."

"Eu realmente gosto deste tipo de jogo, de lutar, competir contra o seu 'vizinho'. Até porque temos que ter isso para vencer algo. Sinto que esse é um jogo contra um bom oponente, que tirará a melhor performance de nós no campo. Isso é bom para todos nós, incluindo a comissão técnica."

Fã do cantor pernambucano Alceu Valença desde que veio ao Brasil para treinar a Seleção Feminina de Futebol, a sueca Pia Sundhage animou a concentração das Olimpíadas na manhã desta segunda-feira (26) em uma apresentação musical ao lado de atletas da equipe masculina.

As duas delegações dividem o mesmo hotel em Tóquio e o encontro musical partiu do lateral-direito Daniel Alves, que se admirou com a habilidade de Pia tocando Anunciação no piano e começou a acompanhá-la com palmas.

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Com o nordeste representado pela trilha sonora e por Daniel, natural de Juazeiro da Bahia, o atacante paraibano Matheus Cunha e o zagueiro Diego Carlos também entraram no clima e fizeram parte do show particular antes dos treinamentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Acompanhe

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Após o empate em 3x3 com a Holanda, o próximo compromisso da Seleção Feminina será às 8h30 desta terça (27), contra a Zâmbia. Já o time masculino enfrenta a Arábia Saudita na quarta (28), às 5h, após empate com a Costa do Marfim. Além do hotel, as duas equipes vão dividir o estádio em Saitama para os confrontos.

A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu no campo do Miyagi Stadium, em Miyagi, neste sábado. Em entrevista coletiva após o empate entre Brasil e Holanda por 3 a 3, na segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela elogiou o desempenho e a capacidade de reação da seleção diante da atual campeã europeia e vice-campeã mundial.

"Acho que foi um excelente jogo. Fomos ótimas no ataque, apesar de termos cedido um gol muito cedo. Estou orgulhosa do time por ter se recomposto após o gol e das jogadoras que vieram do banco, pois entraram muito bem na partida. Somamos um ponto, agora temos a última partida para dar tudo de nós e tentar ser as líderes do grupo", disse.

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A treinadora reiterou a qualidade da equipe holandesa e viu uma atuação sólida da defesa brasileira. Para Pia Sundhage, o Brasil foi taticamente eficiente ao impedir as principais jogadas de ataque do repertório das adversárias. No total, a seleção teve oito chances de finalização dentro da área; a Holanda, apenas três.

"É um pouco mais complexo do que olhar apenas se elas fizeram gols. Na verdade, é preciso pensar como elas fizeram os gols e de que forma elas não conseguiram criar chances para isso. Lembrem-se: elas jogaram a final da Copa do Mundo há apenas dois anos e são uma equipe fortíssima. Acho que, no geral, a defesa foi bem, e, no fim das contas, é necessário apenas ser um pouco mais compactas para evitar que algumas das jogadoras possam entrar no 1 a 1 e, em vez disso, criar situações de dois contra um", avaliou, comentando também a forma que o ataque encontrou caminhos de furar o bloqueio europeu.

"Sobre a velocidade, foi interessante porque buscamos esperar um pouco e ficar com a bola. Algumas vezes, tivemos sucesso, mas não tanto nas bolas vindas de trás porque, se você olhar o modo como a Holanda se defende, não tivemos a oportunidade de jogar nas costas da última linha defensiva delas tanto quanto gostaríamos. Por outro lado, as jogadoras que vieram do banco foram muito bem nessa penetração, especialmente nos últimos 15 ou 20 minutos", ponderou.

Ludmilla

Uma dessas atletas foi Ludmila. Acionada no intervalo, ela dificultou a vida das defensoras holandesas explorando sua velocidade e fez a diferença. Aos 16 minutos, a atacante deixou a zagueira Van der Gragt para trás e foi derrubada na área, gerando o pênalti convertido por Marta. Na sequência, interceptou um recuo de Nowen e driblou a goleira Van Veenendaal para marcar seu primeiro gol em jogos oficiais pelo Brasil.

"Ludmila vir do banco foi um bom plano de jogo. Se você comparar ela e a Bia com Bia e Debinha, são tipos diferentes de dupla de ataque, por isso esse grupo é tão interessante do ponto de vista tático. O que eu disse a ela antes de entrar foi para penetrar atrás da última linha defensiva. 'Vá em direção ao gol de forma aguda, simples assim. Você conhece o caminho, não precisa ser complicado'. Por isso fiquei tão feliz quando ela marcou o gol. Veio do banco e mudou um pouco o jogo. Ela vai jogar mais minutos, com certeza. Se na escalação inicial ou vindo do banco, veremos", disse.

A seleção deixa a cidade de Sendai e, neste domingo, treina no Inage Seaside Park, em Tóquio. Na terça-feira, o Brasil encara a Zâmbia, às 8h30 (de Brasília), pela última rodada do Grupo F. Um empate garante a equipe nas quartas de final.

O Brasil abre a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 na madrugada desta quarta-feira no horário de Brasília - às 5 horas, a seleção feminina de futebol enfrenta a China, no estádio Miyagi, em Miyagi, no Japão. A grande atração é a técnica sueca Pia Sundhage, que aceitou o convite da CBF para comandar a equipe dois anos atrás e agora tem seu maior desafio.

A treinadora bicampeã olímpica vê o Brasil mais competitivo e atuando com muito mais intensidade em comparação a quando chegou. "Vamos fazer tudo que pudermos para ganhar uma medalha", afirmou.

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Carismática, Pia costuma pegar seu violão e cantar músicas brasileiras, como Anunciação, de Alceu Valença, entre outras. A vitoriosa comandante da seleção está se sentindo cada vez mais em casa no Brasil. "Mudei para o Rio de mente aberta, não queria perder a oportunidade de aprender algo", disse ela. Confira a entrevista da técnica ao Estadão.

O que te motivou a aceitar o convite para treinar a seleção feminina do Brasil?

Quando recebi o convite, pensei um pouco e no dia seguinte disse OK. Sabia que era isso que eu queria fazer. Quando se fala em futebol na Suécia, se fala em Brasil. Achei que era o momento e foi a melhor decisão que deveria tomar. Muito se fala da Marta, que é uma das mais famosas jogadoras do mundo, seis vezes a melhor, mas é muito mais do que isso. O Brasil tem ótimas atletas.

Você quebrou dois tabus: a primeira mulher treinadora na seleção feminina e a primeira técnica estrangeira. Como vê isso?

A CBF tentou fazer algo diferente do que fazia antes, e precisa ter muita coragem para isso. Sou a primeira técnica de outro país, e isso me deixa muito orgulhosa. Estou feliz por esses dois anos e posso sentir que algo está mudando. Eu quero fazer parte dessas mudanças, principalmente na atitude e em como olham para o jogo das mulheres.

O que mudou desde que você assumiu o cargo?

Do meu primeiro jogo em comparação com o último, fica evidente que o time brasileiro é mais competitivo, é melhor e atua com mais intensidade. Claro que não é só o time nacional que precisa ir bem, é necessário ter jogadoras em grandes ligas para que exista uma mudança de atitude.

Muito se falava da dependência da equipe na Marta e hoje parece que o Brasil consegue ter outros destaques em campo. Foi um trabalho que você fez?

Em 2019, na Copa do Mundo, na derrota para a França, a performance da seleção foi boa e o time teve um pouco de azar. Mas acho que a questão é como o jogo é disputado atualmente. São poucas atletas que carregam o time nas costas, ainda mais no futebol disputado hoje. Você precisa de um time e não apenas de uma estrela. Então, é importante encontrar grandes jogadoras e dar apoio a elas. Por isso acho que o Brasil tem um grande futuro, pois tem muitas jovens que precisam de direção.

E o que dá para comentar da Formiga, uma veterana de 43 anos que ainda é importante?

Ela é importante por duas razões: histórica, pois pode compartilhar várias delas, mas também pelo jeito que ela atua com solidez no meio de campo. A questão é se pode atuar em todas as partidas. Mas para isso existem outras atletas. Como falei da Marta e agora da Formiga, quero dizer que as duas são fantásticas. É um privilégio estar perto delas, ser técnica delas e ser parte da jornada delas na Olimpíada. Eu realmente estou apreciando isso.

Qual é a expectativa para os Jogos de Tóquio-2020?

Os treinamentos foram bons e falamos sobre chegar às quartas de final. Claro que não será fácil, teremos grandes adversários, como a China na estreia, a Holanda que é um dos melhores times do mundo, e a Zâmbia. Se passarmos, vamos para as quartas e qualquer time que chega nesta fase tem condições de vencer. Eu estive nesta situação em algumas oportunidades e sei que é uma diferença muito pequena entre o sucesso e o fracasso. Vamos fazer tudo que pudermos para ganhar uma medalha.

Quais são os principais adversários do Brasil?

Os Estados Unidos, que são os atuais campeões mundiais, e em com apenas uma exceção fizeram ótimas campanhas olímpicas. Se olhar a Copa do Mundo, sete times europeus chegaram nas quartas. Então coloco Suécia, Grã-Bretanha e Holanda com boas chances. E não podemos descartar o Japão, que joga em casa e tem uma equipe que é difícil de enfrentar.

Como é sua rotina aqui no Brasil? Você imaginava que se adaptaria tão facilmente?

Mudei para o Rio de mente aberta, não queria perder a oportunidade de aprender algo. De futebol e também de cultura. A primeira coisa é que a língua me deixa maluca, mas apesar disso existem pessoas gentis que são diferentes de mim. Minha jornada nesses dois anos tem sido incrível. Aproveito todos os dias e vou continuar assim.

Você está se tornando mais brasileira?

(Risos) Eu realmente adoro as frutas, são muito saborosas... os vegetais também. Eu adoro música, tenho alguma dificuldade de encontrar o ritmo, mas gosto de cantar, é um desafio para mim. É o jeito que eu vivo. É um caminho longo de aprendizado.

Embora reconheça o favoritismo de outras seleções, a bicampeã olímpica Pia Sundhage avisa que o Brasil, liderado em campo pelas veteranas Marta e Formiga, está pronto e vai dar o máximo nos Jogos de Tóquio.

Lenda viva do futebol feminino, a sueca de 61 anos vai comandar a seleção brasileira no Japão em sua quinta olimpíada (como técnica e jogadora) depois de conquistar o ouro com os Estados Unidos em Pequim-2008 e Londres-2012, que a colocam como a treinadora de maior sucesso no futebol olímpico.

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Com a Suécia conquistou a medalha de prata em 2016 na competição no Rio de Janeiro, sua casa desde julho de 2019, quando se tornou a primeira estrangeira a dirigir a seleção feminina do Brasil.

"Estou muito feliz com a forma como as jogadoras responderam. Demos o melhor de cada uma e acho que estamos muito bem preparadas", disse ela em entrevista virtual à AFP direto da cidade de Portland, nos Estados Unidos, onde se preparam antes de viajar na quinta-feira para a capital japonesa.

Com um elenco de 22 jogadoras que mantém a base do time que foi eliminado nas oitavas de final pelas donas da casa na Copa do Mundo da França-2019, apoiado por jovens do campeonato brasileiro, Sundhage está entusiasmada com a possibilidade de conquistar o primeiro ouro pelo Brasil, embora ela destaque a força de suas rivais.

"As favoritas para ganhar medalhas no futebol feminino são os Estados Unidos. É claro que se fala do Japão e de duas seleções europeias: Holanda e Suécia. Mas direi uma coisa: se chegar às quartas de final, e estamos fazendo todo o possível para que assim seja, qualquer uma das oito seleções pode conquistar a medalha de ouro", garante a treinadora.

- Nova "aventura" -

Sem a maior artilharia dos Jogos Olímpicos, Cristiane (14 gols), ausente por decisão técnica, as 'Canarinhas' abrirão o Grupo F contra a China no dia 21 de julho. Holanda e Zâmbia completam a chave.

A estrela mundial Marta, de 35 anos, e a meia Formiga, de 43, vão liderar o Brasil em sua tentativa de desafiar a esmagadora hegemonia americana e europeia no futebol feminino.

"Marta é uma jogadora fantástica, mas ainda assim, ela precisa de um time", argumenta.

Para Sundhage, considerada pela Fifa a melhor treinadora de 2012, o trabalho coletivo é a prioridade, mesmo quando a bola não rola. Ela ainda não é fluente em português, então as jogadoras que falam inglês passam suas ordens para as outras.

"O português é muito, muito difícil", brinca, com o mesmo carisma que exibe em vídeos engraçados sobre sua vida carioca, que compartilha nas redes sociais.

"Estamos falando de finais e medalhas de ouro, mas para mim é uma aventura, tenho que curtir a aventura", explica.

- Mulheres contra o assédio -

Além de uma carreira de sucesso como treinadora, que inclui o vice-campeonato mundial com os Estados Unidos na Copa da Alemanha-2011, Sundhage foi uma das primeiras expoentes do futebol feminino.

Com a Suécia, ela marcou 71 gols em 144 jogos, foi campeã da primeira Eurocopa feminina (1984) e disputou a primeira Copa do Mundo feminina (China-1991) além do primeiro torneio olímpico feminino (Atlanta-1996).

"Até agora tem sido uma jornada fantástica. Já treinei em vários países e o Brasil é uma nação do futebol, eu realmente percebo isso. Também sinto grandes expectativas", afirma.

Tóquio será sua estreia em uma competição oficial com a seleção brasileira, a quem dirigiu em 18 jogos, com onze vitórias, cinco empates e duas derrotas.

A pandemia, que atinge fortemente o Brasil, reduziu consideravelmente os jogos preparatórios. Estados Unidos, Holanda e Suécia tiveram a oportunidade de disputar mais partidas.

"Mas por outro lado fizemos algumas concentrações, tentamos dar o nosso melhor. Às vezes a vida não é justa mas é preciso fazer alguma coisa a respeito", explica, após ter assegurado que está ciente da "preocupação" dos japoneses em receber um evento no meio de uma emergência sanitária.

A reta final para as Olimpíadas teve outra turbulência. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo, que a contratou, foi afastado temporariamente do cargo há um mês devido a denúncias de assédio sexual por parte de uma funcionária. O dirigente defende sua inocência.

No primeiro jogo que disputaram após o escândalo, um amistoso contra a Rússia na Espanha, a Seleção entrou em campo com uma faixa contra o assédio, em um dos últimos exemplos de protestos femininos que muitas vezes esbarram no silêncio dos jogadores.

"Seria ainda mais importante se os homens fizessem o mesmo, porque se trata da humanidade, do tipo de sociedade que queremos", conclui.

A bola rolou para a seleção brasileira feminina em Portland, nos Estados Unidos. Na noite de segunda-feira (de Brasília), a técnica sueca Pia Sundhage comandou o primeiro treino da equipe dando o pontapé inicial na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Na primeira prática, a treinadora contou com 15 atletas que já estão concentradas com o grupo: Bárbara, Letícia Isidoro, Rafaelle, Bruna Benites, Erika, Poliana, Tamires, Formiga, Julia Bianchi, Andressinha, Duda, Adriana, Bia Zaneratto, Andressa Alves e Letícia Santos.

Visando a aclimatação ao clima japonês durante a Olimpíada, o primeiro treino ocorreu sob o calor do verão americano. Na atividade em campo, Pia Sundhage iniciou o treinamento com os fundamentos de apoio e suporte. Na sequência, a sueca comandou um exercício tático sem oponente, com o intuito de afinar as jogadas ofensivas. O período em campo foi finalizado com o treino de bola parada. Depois, as atletas realizaram trabalho físico na academia.

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Nesta terça-feira é aguardada a chegada das atletas que atuam na Espanha. São elas Aline Reis, Geyse, Giovana, Jucinara e Ludmila, completando assim 20 atletas já concentradas em Portland. O grupo ficará completo no dia 5 de julho com as apresentações de Marta e Debinha.

A seleção feminina ficará concentrada em Portland até o dia 15 de julho, quando segue para a aclimatação em Sendai, no Japão. Durante o período da cidade americana, o grupo realizará os treinos na sede da Nike. No local, a comissão técnica e as atletas terão à disposição toda a tecnologia da marca esportiva para a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24, no mesmo local, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27.

A notícia de que Cristiane não estará em campo pela seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 pegou muita gente de surpresa. Depois de comentar este fato, a jogadora do Santos voltou às redes sociais para falar sobre respeito. Em um pequeno desabafo, a atacante pediu para que as pessoas respeitassem os nomes que foram escolhidos pela técnica sueca Pia Sundhage para fazerem parte do time olímpico e que não desmerecessem alguém com a intenção de exaltar o outro.

"Pessoal, queria pedir um favor a todos que me seguem aqui. Não desmereçam o trabalho de algumas atletas para enaltecer o de outras. Escolhas e decisões não são nossas. Trabalhamos arduamente para alcançar nossos objetivos e conquistas", disse a jogadora de 36 anos em uma postagem na sua conta no Instagram.

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Cristiane ainda deu exemplos de algumas situações, relacionadas à convocação, que estariam causando constrangimento às atletas da seleção. A jogadora contou que desde que seu nome não foi citado por Pia Sundhage, muitas comparações foram feitas. "Fazemos tudo e um pouco mais por melhorias e crescimento da modalidade. Então, não é justo que uma atleta seja obrigada a ler um monte de m**** e ainda ficar calada", apontou antes de completar.

"Não gosta dela, ou do seu futebol, não a ofenda, não desmereça sua luta. É só não seguir e não acompanhar. E quando acharem que tem direito a opinar sobre algo, tenha certeza absoluta do que você está falando. Torçam e acreditem naquilo que ela é capaz", concluiu.

Ao ser questionada sobre o motivo pelo qual Cristiane não foi convocada, durante a entrevista coletiva na última sexta-feira, Pia Sundhage deu seus motivos.

"Geralmente, eu não comento sobre jogadoras que não estão na convocação porque é quase que um insulto a quem está na lista. Mas mesmo assim vou responder por respeito. A Cristiane jogou diversos jogos com a seleção e fez muita diferença. Ela ajudou muito a equipe e hoje acho que existem outras jogadoras que vão ajudar o time a jogar um bom futebol", justificou a treinadora.

A técnica sueca Pia Sundhage anunciou nesta sexta-feira (18) a lista das 18 atletas convocadas para a seleção brasileira feminina de futebol na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Entre as convocadas estão a meia-atacante Marta e a volante Formiga. Mas a atacante Cristiane, de 36 anos, ficou fora. É a primeira vez desde os Atenas-2004, na Grécia, que ela não disputará uma competição de nível global (Olimpíada e Mundial). A jogadora do Santos já não havia sido chamada para os últimos amistosos de preparação contra Rússia e Canadá.

"Normalmente, não respondo sobre jogadoras não chamadas, acho um insulto às que foram convocadas, mas vou falar em respeito à Cristiane. A Cristiane jogou diversos jogos com a seleção e fez muita diferença. Ela ajudou muito a equipe e hoje acho que haja outras jogadoras que vão ajudar a equipe a jogar um bom futebol", afirmou a treinadora de 61 anos.

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"Temos examinado de perto os jogos que ela tem feito recentemente e achamos que temos outras jogadoras que vão jogar um excelente futebol nos Jogos Olímpicos", resumiu Pia Sundhage na entrevista coletiva concedida logo após o anúncio da convocação.

As relacionadas pela treinadora sueca passarão por um período de treinamentos nos Estados Unidos antes do embarque para o Japão. Também foram chamadas quatro suplentes, que poderão substituir atletas cortadas por lesão.

Bicampeã olímpica com os Estados Unidos (Pequim-2008 e Londres-2012) e medalha de prata com a Suécia no Rio-2016, Pia Sundhage revelou que o primeiro objetivo da seleção é chegar às quartas de final do torneio. O grupo do Brasil tem China Zâmbia e Holanda. O confronto de estreia será contra a China, no dia 21 de julho, em Miyagi.

"Existem alguns excelentes times. Vou dizer mais uma vez que nas quartas de final tudo pode acontecer. Os Estados Unidos têm uma grande história e existem outras seleções. Mas ninguém é invencível e temos profissionais trabalhando para garantir que estejamos prontos para qualquer adversário. Essa é uma das chaves, estar preparada para os próximos passos", afirmou.

Para a treinadora, uma das maiores dificuldades para concluir a lista foram as lesões. "Todas as posições vão ser um pouco difíceis. Temos muitas possibilidades de ataque mas precisamos ganhar a bola juntas. Perdemos a Luana, e no todo foi difícil de lidar com algumas lesões. A conclusão é que as jogadoras vão atuar em diferentes posições. Isso vai ser chave", comentou.

Ao longo da preparação para os Jogos de Tóquio-2020, Pia Sundhage convocou 73 jogadoras - sendo 10 goleiras, 23 defensoras, 21 meias e 19 atacantes. Foram disputados 18 amistosos com 11 vitórias, cinco empate e apenas duas derrotas - para França e Estados Unidos.

Confira a lista de convocadas da seleção feminina para a Olimpíada:

Goleiras - Bárbara (Avaí/Kindermann) e Letícia (Benfica-POR)

Defensoras - Rafaelle (Palmeiras), Bruna Benites (Internacional), Erika (Corinthians), Poliana (Corinthians), Tamires (Corinthians) e Jucinara (Levante UD-ESP)

Meio-campistas - Formiga (São Paulo), Julia Bianchi (Palmeiras), Andressinha (Corinthians), Duda (São Paulo), Adriana (Corinthians), Marta (Orlando Pride-EUA) e Debinha (North Carolina Courage-EUA)

Atacantes - Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF-ESP) e Ludmila (Atlético de Madrid-ESP)

Suplentes - Aline Reis (UD Granadilla Tenerife-ESP), Letícia Santos (Eintracht Frankfurt-ALE), Andressa Alves (Roma-ITA) e Giovana (Barcelona-ESP)

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A seleção brasileira feminina de futebol entrou em campo nesta semana pela última vez antes da convocação oficial para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O último teste do Brasil foi diante do Canadá, na Espanha, em um jogo sem gols. A técnica sueca Pia Sundhage falou sobre a expectativa para a lista de convocadas, que será anunciada nesta sexta-feira (18).

Para essas duas partidas amistosas na Espanha - o primeiro foi a vitória por 3 a 0 sobre a Rússia, na última sexta-feira -, Pia Sundhage levou 25 atletas, mas agora só poderá chamar 18 jogadoras e quatro suplentes.

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"Sobre as Olimpíadas, eu não acho que jogaremos com atletas iguais nos três jogos. Isso não é possível. Nós temos apenas dois dias pra se recuperar, mas espero que tenhamos a mesma ou quase a mesma convocação. Eu acho que todas as jogadoras são importantes, incluindo as do banco. São elas que usaremos para mudar o jogo e estou muito feliz com algumas delas", afirmou.

Pia Sundhage elogiou a defesa da equipe e também o ritmo e a velocidade dentro de campo, embora tenha ressaltado que alguns pontos precisam ser melhorados para a disputa dos Jogos Olímpicos, como as finalizações no ataque.

"Eu acho que somos boas no jogo aéreo, se você olhar para o Canadá verá que elas também são boas nisso, e nós conseguimos fazer um bom jogo. Eu gostei da nossa organização, energia e atitude. Nós não demos muitas chances pra elas, e isso é difícil, tivemos essa confiança de que não demos tantas chances de gol. Acho que fomos muito bem na defesa e ganhamos muita confiança com isso. Sobre o ataque, eu acho que precisamos criar chances no meio-campo e, algumas vezes, faltou essa conexão, mas, quanto mais treinarmos mais aperfeiçoaremos isso", declarou.

Em um ano e 11 meses de trabalho, Pia Sundhage comandou a seleção em 18 jogos, somando 11 vitórias, cinco empates e três derrotas. Também teve a oportunidade de contar com o grupo para períodos de treino em quatro oportunidades. Ao todo, foram 12 convocações anunciadas pela treinadora. Essa será a primeira competição oficial pelo Brasil.

Dona de duas medalhas de ouro e uma de prata como técnica, Pia Sundhage terá a missão de comandar o Brasil em busca do ouro inédito. Ao longo desta caminhada, a sueca deu oportunidade para 74 atletas em convocações e jogos-treinos. Além disso, esteve atenta às competições brasileiras e da Conmebol, seja adulta ou de base.

A estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24, também em Miyagi, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27.

A técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage, classificou como "muito sério" o caso de assédio sexual e moral envolvendo o presidente da CBF Rogério Caboclo. Uma funcionária da entidade protocolou uma denúncia na última sexta-feira, o que motivou o afastamento do dirigente por 30 dias pelo Conselho de Ética da entidade.

"É muito sério. Eu gostaria de poder explicar isso em sueco, já que inglês não é a minha língua materna, e nesse caso as palavras são muito importantes. Você pode ter sua opinião pessoal, conversamos com as atletas, informamos as atletas, todas têm opinião. E cada uma de nós tem que ter responsabilidade sobre as suas respostas", afirmou a treinadora.

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As declarações foram dadas em entrevista em San Pedro del Pinar, na Espanha, na véspera do amistoso da seleção contra a Rússia, que será realizado em Cartagena nesta sexta-feira. Esta foi a primeira entrevista organizada pela CBF nesta semana de preparação para os amistosos. Apenas a técnica participou. As jogadoras da seleção não se pronunciaram publicamente sobre o caso desde o início dos treinos na Espanha, na terça-feira.

A treinadora também mostrou preocupação com a influência do episódio na preparação para as Olimpíadas. "Estamos nos aproximando das Olimpíadas. Fomos um pouco abarrotadas por toda essa situação, e acho que é importante voltarmos o foco para o campo", afirmou a treinadora.

Na próxima segunda-feira, a equipe brasileira joga contra o Canadá, também em Cartagena. Esta é a última Data Fifa antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A técnica da seleção brasileira feminina de futebol, Pia Sundhage, foi vacinada contra a Covid-19, nesta sexta-feira (28), com a primeira dose da Pfizer. As delegações brasileiras que irão à Olimpíada de Tóquio (Japão) começaram a ser imunizadas no último dia 14, com doses doadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Ministério da Saúde. 

A vacinação da seleção feminina teve início na última quarta (26). Já foram imunizadas com a primeira dose treze integrantes da comissão técnicas e atletas que jogam no Brasil. Nesta sexta, além de Pia, a auxiliar-técnica Beatriz Vaz também recebeu a vacina.

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Ao todo 1.814 integrantes das delegações nacionais receberão as doses doadas pelo COI: 4.050 da farmacêutica norte-americana Pfizer e outras oito mil da chinesa Sinovac, fabricante da CoronaVac. Até que as vacinas cheguem ao Brasil, os atletas vêm sendo imunizados pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). O COI assegurou doses suficientes para mais dois brasileiros não-atletas a cada membro da delegação brasileira vacinado.

A técnica sueca Pia Sundhage anunciou nesta sexta-feira a lista das 25 atletas convocadas para a sequência de dois jogos preparatórios da seleção feminina diante da Rússia e do Canadá. Os compromissos serão disputados no período de Data Fifa, entre os dias 7 a 15 de junho, em Cartagena, na Espanha. Assim como o Brasil, as canadenses estão classificadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. As russas, por sua vez, se preparam para a Eeurocopa de 2022.

A lista de Pia Sundhage conta com uma novidade. Trata-se da meia Angelina, do O.L Regin (Estados Unidos). A jogadora de 21 anos coleciona passagens pelas seleções femininas sub-20 e sub-17 e, pela primeira vez, recebe a convocação para defender a equipe principal.

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A seleção feminina enfrentará a Rússia no dia 11 de junho, às 16 horas (de Brasília), no estádio Cartagonova, em Cartagena. Na sequência, o Brasil encara o Canadá, no dia 14, no mesmo local e horário. Essa é a última Data Fifa antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Esta foi a quarta convocação feita por Pia Sundhage em 2021. Em janeiro, a seleção feminina participou do período de treinamentos em Viamão, no Rio Grande do Sul. Dando sequência ao trabalho, em fevereiro, a equipe enfrentou as seleções da Argentina, Estados Unidos e Canadá no Torneio She Belives, em Orlando, na Flórida. Já em abril, a técnica sueca promoveu um período de treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Confira a lista de convocadas da seleção feminina:

Goleiras - Aline Reis (UD Granadilla Tenerife-ESP), Bárbara (Avaí/Kindermann) e Letícia (Benfica-POR);

Defensoras - Rafaelle (Palmeiras), Bruna Benites (Internacional), Erika (Corinthians), Poliana (Corinthians), Letícia Santos (Eintracht Frankfurt-ALE), Tamires (Corinthians), Jucinara (Levante-ESP) e Giovanna Crivelari (Corinthians);

Meio-campistas - Formiga (Paris Saint-Germain-FRA), Julia Bianchi (Palmeiras), Andressinha (Corinthians), Angelina (O.L Reign-EUA), Duda (São Paulo), Adriana (Corinthians), Ary Borges (Palmeiras) e Marta (Orlando Pride-EUA);

Atacantes - Bia Zaneratto (Palmeiras), Andressa Alves (Roma-ITA), Geyse (Madrid CFF-ESP), Ludmila (Atlético de Madrid-ESP), Debinha (North Carolina Courage-EUA) e Giovana (Barcelona-ESP).

As seleções brasileiras conheceram, nesta quarta-feira, seus adversários dos torneios de futebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em relação à equipe feminina, o Brasil terá pela frente China, Holanda e Zâmbia no Grupo F. Se por um lado as chinesas são velhas conhecidas, holandesas e zambianas enfrentarão o time brasileiro pela primeira vez em Olimpíadas.

A estreia do Brasil será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24, na mesma cidade, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27. Comandante da equipe, a sueca Pia Sundhage analisou as adversárias na caminhada pelo ouro olímpico e projetou confrontos de diferentes estilos durante a primeira fase da competição.

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"A China é uma seleção técnica, também um time duro, coeso e agressivo, elas se estão se preparando muito para essa competição. A Holanda jogou a final da Copa do Mundo e sabemos que é um time muito bom, conhecemos todas as jogadoras porque já a vimos muitas vezes. Nesse tipo de partida, as jogadoras das pontas serão muito importantes tanto na defesa quanto no ataque. E por último, a Zâmbia, que não sabemos muito sobre o estilo ainda e, por esse motivo, é até melhor que não a enfrentaremos no primeiro jogo, e sim, na última partida. Assim, teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção africana, mas a minha experiência é que elas são sempre muito fortes, rápidas. Talvez não seja a equipe mais organizada taticamente, mas elas estão se preparando para algumas situações de uma contra uma e cruzamentos na área", destacou Pia Sundhage.

A sueca também analisou a preparação da seleção feminina para os Jogos Olímpicos e elogiou o período pré-olímpico, quando o Brasil terá a oportunidade de treinar com todo o elenco por algumas semanas antes da competição. Pia Sundhage ressaltou que, por mais que a equipe não tenha disputado jogos preparatórios na última Data Fifa, a concentração pré-competição será uma grande oportunidade para afinar o plano de jogo.

"Nós estamos tentando nos preparando o máximo possível e, como todos sabem, não estamos jogando tantos jogos com a China e a Holanda. Então, em relação aos jogos é um pouco incerto, mas teremos mais uma Data Fifa e eu espero que tenhamos confrontos. E depois desse período, imagino que teremos uma melhor ideia da qualidade da equipe brasileira. Nós temos ótimos planos para o período pré-olímpico e isso fará a diferença, porque se você é um time coeso e tem uma plano de jogo, você quer trabalhar o seu DNA e, por isso, você precisa treinar muito. Teremos esse período antes das Olimpíadas, e estou muito feliz que esse plano é muito bom", destacou.

Quando se fala de Jogos Olímpicos, Pia Sundhage tem um capítulo a parte na história da competição. A sueca esteve em todas as seis edições seja como jogadora, treinadora ou parte da comissão técnica. Nesses 25 anos, observou de perto a evolução do futebol feminino e, projeta em sua sétima participação, um maior nível técnico e tática das equipes.

"Essa será provavelmente a Olimpíada de maior qualidade técnica e tática. Pessoalmente estou muito feliz que nós estamos classificadas, mas também o Chile, porque precisamos aumentar o nível do futebol sul-americano e competir diante dos Estados Unidos e outras seleções europeias e asiáticas. A qualidade está aumentando todos os dias, e não tenho dúvidas que essa será a melhor Olimpíada nesse sentido", concluiu a sueca.

Técnica da seleção brasileira feminina de futebol, Pia Sundhage convocou nesta quinta-feira um grupo de 24 jogadoras para um período de treinamentos a ser realizado na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), entre os dias 5 e 13 abril, que correspondem à Data Fifa. A treinadora sueca pretende avaliar melhor suas jogadoras a fim de encontrar soluções para o principal desafio do ano, os Jogos Olímpicos de Tóquio.

A maioria das atletas convocadas atua no futebol brasileiro, devido às restrições impostas pela piora na pandemia do novo coronavírus que tem impedido o trânsito de pessoas de determinados países.

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No mês de janeiro, a técnica sueca convocou atletas também para um período de treinamentos. A sessão, no entanto, foi realizada em Viamão, no Rio Grande do Sul. Na sequência, no mês de fevereiro, o Brasil foi aos Estados Unidos para participar do torneio amistoso SheBelieves, tendo obtido duas vitórias (4 a 1 sobre a Argentina e 2 a 0 sobre o Canadá) e uma derrota (para as anfitriãs norte-americanas, por 2 a 0).

Pia observou atletas importantes com a participação de equipes brasileiras na Copa Libertadores Feminina, disputada na Argentina e que terminou com título da Ferroviária, de Araraquara, no último domingo. Também participaram o Corinthians, que finalizou sua participação em 3º lugar, e o Avaí Kindermann, eliminado precocemente na primeira fase.

Jogadoras dos principais clubes paulistas (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ferroviária) foram convocadas, entre elas Cristiane, Bia Zaneratto, Andressinha, Tamires e Luciana. Do exterior, apenas três atletas foram chamadas: a goleira Nicole, do Napoli; a defensora Rafaelle, do chinês Changchun Dazhong; e a meia Andressa Alves, da Roma.

 

Confira a lista das convocadas da seleção:

Goleiras: Bárbara (Avaí/Kindermann), Luciana (Ferroviária) e Nicole (Napoli);

Defensoras: Rafaelle (Changchun Dazhong), Bruna Benites (Internacional), Erika (Corinthians), Tainara (Palmeiras), Fabiana (Inter), Poliana (Corinthians), Tamires (Corinthians) e Camilinha (Palmeiras);

Meio-campistas: Duda Santos (Palmeiras), Ingryd (Corinthians), Julia Bianchi (Palmeiras), Ary Borges (Palmeiras), Vanessa (Cruzeiro), Andressinha (Corinthians), Adriana (Corinthians), Jaqueline (São Paulo), Duda (São Paulo), Andressa Aves (Roma);

Atacantes: Chú (Palmeiras), Cristiane (Santos), Bia Zaneratto (Palmeiras), Vic Albuquerque (Corinthians).

De olho na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, a seleção brasileira feminina de futebol está participando em Orlando, nos Estados Unidos, de um torneio amistoso com as donas da casa, Argentina e Canadá. Depois de golear as argentinas na estreia por 4 a 1, o time comandado pela técnica sueca Pia Sundhage foi derrotado no domingo pelas anfitriãs por 2 a 0.

Antes mesmo do término da competição - o Brasil enfrenta o Canadá nesta quarta-feira -, a treinadora se mostrou satisfeita com o nível de competitividade apresentado no Torneio She Believes até então. Segundo Pia, esse tipo de teste em alto nível é fundamental para o crescimento coletivo do grupo.

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"Com esse jogo, com o último também (Argentina), assim como o próximo contra o Canadá, nós teremos algumas respostas. Estou muito feliz com a qualidade deste torneio, isso é muito bom para nós. Sabemos o que temos que trabalhar. Algumas partes do nosso jogo estão indo muito bem, especialmente quando estamos criando chances, tanto nos contra-ataques quanto na posse de bola no último terço do campo. Então pudemos mostrar para as jogadoras um jogo bem jogado", afirmou a sueca.

"Olhando para frente, temos que nos atentar com a forma de nos defender e o nível de preparo físico. Temos mais alguns meses até as Olimpíadas, então estou desapontada porque perdemos e cedemos dois gols, mas ao mesmo tempo estou feliz porque temos o que melhorar após esse 2 a 0", explicou a treinadora do Brasil.

Além de comentar sobre o desempenho coletivo da seleção, Pia também aproveitou para analisar alguns destaques individuais do Brasil - tanto na defesa quanto no ataque. Na retaguarda, a comandante elegeu a zagueira Rafaelle como a melhor atleta em campo. Já no comando de ataque, a técnica sueca elogiou a velocidade oriunda da conexão entre Ludmila e Debinha.

"Acho que a Rafa foi a melhor jogadora em campo. Ela foi muito bem defensivamente e também no ataque. Ela será muito importante para o nosso caminho até os Jogos Olímpicos. Também gosto de ter uma atleta canhota no sistema defensivo como a Tamires. Acho que as jogadoras de frente foram bem também, lembrando que estamos jogando contra atletas muito habilidosas, campeãs mundiais. É importante analisar outras defensoras, claro, para termos mais opções. É por isso que temos mais partidas no horizonte", comentou Sundhage, antes de analisar o sistema ofensivo.

"A Ludmila criou boas chances porque é muito rápida. Acho que há espaço para melhora entre as duas, tanto a Ludmila quando a Debinha. Temos muitas opções nessa zona. Sabemos que com a Ludmila ganhamos bastante velocidade, ela é uma atacante forte. Se elas duas jogarem um pouco mais próximas, se conectarem mais, irão atuar ainda melhor juntas. É bem interessante observar essa dupla no ataque", concluiu a técnica do Brasil.

Entre as 25 convocadas pela técnica Pia Sundhage para o She Believes, torneio amistoso nos Estados Unidos e preparatório para a Olimpíada de Tóquio (Japão), dois nomes chamam atenção: Ivana Fuso e Giovana Queiroz. A primeira, meio-campista de 19 anos, nasceu em Salvador, mas atuou nas seleções de base da Alemanha, onde foi criada. A segunda, atacante de 18 anos, é de São Paulo, possui ainda nacionalidade espanhola e norte-americana e defendeu os três países na base, estreando na equipe principal do Brasil no fim do ano passado.

O fato de elas integrarem o atual planejamento da seleção brasileira feminina, porém, ainda não significa que ambas tenham decidido defender o país natal em competições oficiais. Em postagens nas redes sociais, porém, as duas demonstram que estão satisfeitas. Em publicação no Instagram, Ivana celebrou a oportunidade de treinar com a craque Marta. “Sempre me imaginei jogando com ela, e hoje estou podendo realizar esse sonho”, registrou a meia do Manchester United (Inglaterra).

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Em novembro, após vestir a camisa da seleção principal canarinho pela primeira vez, na goleada por 8 a 0 sobre o Equador, no Morumbi, em São Paulo, Giovana também celebrou em publicação no Instagram. “Sensação indescritível”, escreveu a jogadora do Barcelona (Espanha).

“Ainda não sabemos se Ivana e Giovana escolherão o Brasil. Esperamos que sim. São jogadoras de técnica e velocidade. Para ser honesta, isso não é importante [no momento]. O importante é que elas evoluam e contribuam. O que podemos fazer é o melhor para deixá-las confortáveis e possam competir”, disse Pia em entrevista coletiva por videoconferência na última quarta-feira (17).

Se Giovana já pôde ser observada pela técnica em outros momentos, Ivana vive a primeira experiência sob comando de Pia. A treinadora está empolgada com o que pôde ver da meio-campista e quer utilizá-la nos jogos do She Believes. A seleção brasileira estreia nesta quinta-feira (18), às 18h (horário de Brasília), contra a Argentina. No domingo (21), as rivais são as norte-americanas, anfitriãs e atuais campeãs mundiais, às 17h. A participação no torneio sediado no Exploria Stadium, em Orlando (EUA), termina no dia 24, diante do Canadá, às 18h.

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“Pude vê-la [Ivana] em dois treinos e é muito boa. É uma verdadeira brasileira, de boa técnica, veloz, rápida. É um pouco diferente porque ela foi, digamos, educada no modo europeu e, especificamente, no modo alemão. Mas ela jogará conosco, veremos por quantos minutos e em quais jogos. Quero, sim, vê-la em ação com a seleção brasileira”, comentou a técnica.

Pia admite, inclusive, que mais jogadoras brasileiras e que tenham crescido no exterior, como Ivana e Giovana, podem ser observadas para integrarem, futuramente, a seleção nacional. Auxiliar da treinadora, a também sueca Lilie Person é uma das responsáveis pela análise.

“Agora estou concentrada nas atletas que estão aqui, mas é um próximo passo. Precisamos achar atletas que queiram contribuir com a seleção. A procura é contínua e as boas sempre chegarão aqui”, concluiu a técnica.

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