Tópicos | Positivo

O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, recebeu, nesta segunda-feira (3), a confirmação de que testou positivo para a Covid-19.

"O ministro passa bem e está assintomático", afirma nota divulgada pela assessoria da pasta. Além dele, outros seis ministros e o presidente Jair Bolsonaro já contraíram a doença.

##RECOMENDA##

"Ele ficará em isolamento até novo teste e avaliação médica. Até lá, continuará cumprindo a sua agenda de forma remota", diz a nota.

O primeiro cachorro a testar positivo para coronavírus nos Estados Unidos morreu, segundo relato da revista National Geographic esta semana. Ele sofreu com sintomas comuns nos pacientes humanos de Covid-19.

Buddy, um pastor alemão de sete anos, ficou doente em abril, na mesma época em que seu dono Robert Mahoney estava se recuperando da doença. O animal parecia ter o nariz entupido e dificuldades para respirar e sua situação apenas piorou com o passar das semanas e meses.

Mahoney e sua esposa Allison, que vivem em Nova York, acabaram sacrificando o cão em 11 de julho, depois que ele começou a vomitar coágulos de sangue, urinar sangue e já não conseguia mais andar.

O casal disse à National Geographic que teve dificuldades de confirmar a suspeita de que Buddy havia sido infectado com o SARS-CoV-2. Muitos veterinários da região estavam fechados devido à pandemia. Alguns foram céticos quanto a animais contraindo o vírus. De qualquer forma, os testes estavam sendo preservados para o uso em humanos.

Uma clínica, enfim, conseguiu confirmar o resultado positivo do cachorro e descobriu ainda que o filhote de 10 meses da família, que nunca chegou a adoecer, tinha anticorpos contra o coronavírus.

Os veterinários mais tarde verificaram também que Buddy provavelmente sofria de linfoma. O que levanta o questionamento sobre se, assim como humanos, animais com doenças preexistentes podem ser mais suscetíveis a formas graves do Covid-19.

Nem autoridades de saúde pública nem veterinários, no entanto, puderem oferecer muitas informações aos donos, já que não há dados suficientes sobre o vírus em animais. Apenas se sabe que a contaminação parece ser rara.

Robert Cohen, o veterinário que testou Buddy, disse à revista que não tinham conhecimento ou experiência alguma com a base científica do coronavírus em cães. Além disso, a família acha que as autoridades federais e municipais não pareceram muito interessadas em aprender com o caso.

A posição oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que animais de estimação provavelmente não transmitem o vírus a humanos. Porém, Shelley Rankin, uma veterinária da Universidade da Pennsylvania, acredita que mais estudos são necessários. "Se estamos dizendo ao mundo que a prevalência é baixa, temos que olhar para números altos" de animais, afirmou ela.

Doze cachorros e dez gatos tiveram resultado positivo para coronavírus nos EUA, de acordo com a National Geographic. Allison e Robert Mahoney querem que a história de Buddy seja ouvida.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, informou que, após sentir sintomas de gripe, fez teste para detectar o novo coronavírus e recebeu diagnóstico confirmando que está com a doença. Ele comunicou que vai trabalhar em isolamento e seguirá despachando normalmente.

O anúncio foi feito nessa quarta-feira (29), no encerramento de transmissão ao vivo com o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, sobre a Base de Alcântara, no Maranhão. Pontes disse ter se submetido ao teste na terça-feira (28).

##RECOMENDA##

"A gente vai tratar e vai dar tudo certo", comentou o ministro. "Vou até entrar nos testes da nitazoxanida, agora eu posso", acrescentou, em referência a vermífugo que a sua pasta vem testando em pacientes de Covid-19 para avaliar a eventual eficácia do medicamento no tratamento do vírus.

Pontes é mais um ministro a ser diagnosticado com a doença. Antes dele, Onyx Lorenzoni, do Ministério da Cidadania, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Bento Albuquerque, de Minas e Energia. Ambos foram infectados na comitiva de Bolsonaro aos Estados Unidos, em março deste ano.

Com direito a jantar no sul da Flórida na presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a viagem deixou mais de 20 pessoas infectadas, incluindo o secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, com quem Bolsonaro teve contato.

Um levantamento feito pelo Estadão no dia 8 de julho mostrou que, até aquela data, quase 30% dos governadores do País foram contaminados com a doença, além de prefeitos, parlamentares e ministros de Estado. O número aumentou, uma vez que o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), testou positivo no dia 15.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, testou positivo para o novo coronavírus, informou a assessoria da Corte. Assintomático, o magistrado continuará atuando de casa no plantão do Judiciário, que se encerra na próxima sexta (31). Noronha tem 63 anos, idade que o enquadra no grupo de risco da doença.

O risco de complicações decorrentes da covid-19 levou o presidente do STJ a conceder a prisão domiciliar ao ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio por integrar esquema de 'rachadinha' (apropriação parcial ou total dos salários de servidores) no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa fluminense.

##RECOMENDA##

Segundo o ministro, 'não é recomendável' manter Queiroz preso durante a pandemia. O ex-assessor estava detido em Bangu 8, e saiu da unidade no último dia 10.

O benefício da prisão domiciliar foi estendido à esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, que estava foragida. Noronha justificou a medida alegando que deveria estar ao lado do marido para 'lhe dispersar as atenções necessárias'. Márcia voltou para casa dois dias depois.

A decisão do ministro embasou habeas corpus coletivo impetrado pelo Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) em nome de todos os presos do grupo de risco do novo coronavírus detidos preventivamente por crimes sem violência.

O pedido foi negado por Noronha na última quinta (23), que apontou falta de informações individualizadas de cada preso para atender a solicitação.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou nesta sexta-feira (24) que testou positivo para a Covid-19. Pelo Twitter, Leite disse que não apresenta sintomas da doença e que ficará isolado, conforme orientações médicas.

"Após um teste RT-PCR e mesmo estando assintomático, fui surpreendido agora há pouco com o resultado positivo para Covid-19. Cancelei as minhas agendas e iniciei isolamento, seguindo as instruções médicas", escreveu.

##RECOMENDA##

O novo Ministro da Educação, Milton Ribeiro, testou positivo para a covid-19. Nesta segunda (20), ele divulgou o resultado do exame em suas redes sociais, disse que já está sendo medicado e que continua atendendo às demandas da pasta remotamente.

Mais cedo, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, também divulgou que está acometido pela doença. Empossado no MEC na semana passada, Ribeiro tem como maiores desafios a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a organização do ENEM em um contexto de pandemia do novo coronavírus e a coordenação do retorno às aulas.

##RECOMENDA##

Pastor presbiteriano, Ribeiro é teólogo e doutor em direito. Quarto gestor do MEC no governo Bolsonaro, ele substitui Carlos Decotelli, demitido da pasta antes da posse, por ter sido acusado de falsear informações em seu currículo acadêmico.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou nesta segunda-feira (20) que foi infectado pelo novo coronavírus.

Em mensagem no Twitter, o ministro explicou que os primeiros sintomas começaram na última quinta-feira (16) e que na sexta passou por exames, entre eles o PCR. O resultado, segundo ele, saiu hoje e o novo coronavírus foi detectado.

##RECOMENDA##

“Desde sexta-feira estou seguindo o protocolo de azitromicina, ivermectina e cloroquina e já sinto os efeitos positivos. Estou bem melhor, em isolamento e sigo o trabalho em home office. Boa semana a todos nós”, disse Onyx na postagem.

[@#video#@]

O governador de Cusco, Jean Paul Benavente, testou positivo para o novo coronavírus, em meio a um aumento do número de casos naquela região do Peru, ameaçando seu plano de reabertura de Machu Picchu no próximo dia 24, indicaram neste sábado autoridades locais.

Benavente se infectou "em um contexto de fase de contágio comunitário na cidade de Cusco", informou o governo regional. A este anúncio se soma o de um novo confinamento na província de La Convención, vizinha à cidadela turística inca e que retomará a quarentena três semanas após ter saído da mesma.

La Convención faz divisa com a província de Urubamba, que abriga Machu Picchu, joia do turismo peruano, que o governador prometeu reabrir no próximo dia 24, aniversário da sua descoberta (1911).

A possibilidade de reabertura foi colocada em dúvida pelo prefeito de Machu Picchu, Darwin Baca León, que teme uma propagação dos contágios. Na região de Cusco o número de infectados aumentou em mais de 500 durante a semana, totalizando 4.839 até ontem, segundo a Direção Regional de Saúde.

O Peru retomou esta semana o transporte aéreo e terrestre no país, a fim de reativar a economia. As fronteiras permanecem fechadas há quatro meses e o governo peruano estuda uma reabertura gradual a partir de agosto.

Com 33 milhões de habitantes, o Peru registrava até ontem mais de 345 mil infectados e mais de 12,7 mil mortos pela Covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (15), em uma transmissão nas redes sociais, que realizou um novo exame para covid-19 e o resultado se manteve positivo. O presidente está se tratando desde o último dia 7 de julho, quando teve a confirmação da doença. Ele segue em isolamento no Palácio da Alvorada, residência oficial, de onde tem se reunido com ministros por videoconferência. 

"Ontem de manhã fiz o exame, à noite deu resultado que eu ainda estou positivo para o coronavírus, então a gente espera que, nos próximos dias, eu faça um novo exame e, se Deus quiser, dê tudo certo para a gente voltar logo à atividade", afirmou o presidente, momentos antes de participar do arriamento da bandeira, no gramado do Palácio da Alvorada. 

##RECOMENDA##

Na transmissão, que durou pouco mais de 4 minutos, Bolsonaro falou sobre os sintomas que teve e voltou a dizer que tem tomado a hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. O uso do medicamento por paicentes com a doença gera controvérsias no mundo científico.

"Quero dizer a todos vocês que, graças a Deus, estou muito bem. Fui medicado desde o início com a hidroxicloroquina, com a recomendação médica para isso. Senti melhora no dia seguinte. Não tive nenhum sintoma forte. Uma febre pequena, na segunda-feira retrasada, 38 graus, um pouco de cansaço, umas dores musculares, e no resto tudo bem. Coincidência ou não, sabemos que não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo comigo", afirmou. 

"Não existe nenhum medicamento no mundo que tem comprovação científica constatada. Não to fazendo nenhuma campanha por medicamento. Eu não recomendo nada, eu recomendo que você procure seu médico e converse com ele", acrescentou Bolsonaro, que disse ainda que a hidroxicloroquina foi receitada a ele por um médico. Desde que teve a infecção pelo novo coronavírus confirmada, ele está sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, foi diagnosticado com Covid-19, nessa terça-feira (14), e está internado no Hospital Sírio-Libanês, com quadro de pneumonia leve. Antes, ele havia se colocado em isolamento porque esteve, no dia 3, com o presidente Jair Bolsonaro, que anunciou quatro dias depois ter contraído a doença.

Como tem 64 anos, Skaf está no grupo de risco da doença. Ele apresenta sintomas que incluem indisposição e febre. Skaf já havia feito dois exames - tanto o teste molecular quanto o rápido - na sexta-feira (10), mas obteve resultados negativos. Diante do aparecimento de sintomas, foi orientado a refazer os exames.

##RECOMENDA##

No hospital paulistano, Skaf está sendo acompanhado pelos médicos José Medina, David Uip e Roberto Kalil Filho.

O empresário, que é filiado ao MDB, já disputou o governo de São Paulo em 2010, pelo PSB, e em 2014, por seu partido atual. Desde as últimas eleições gerais, em 2018, tornou-se um aliado de Bolsonaro no Estado e crítico da gestão do governador João Doria (PSDB).

Jeanine Áñez, a presidente interina da Bolívia, afirmou nesta sexta-feira (10) que está infectada com o novo coronavírus. Ela disse que permanecerá isolada durante duas semanas, até fazer um novo exame para saber se permanece com o vírus.

Ela não disse se apresenta sintomas, mas afirmou estar bem. "Sinto-me bem, sinto-me forte. E vou seguir trabalhando de maneira virtual", afirmou Jeanine, de 53 anos. "Quero agradecer a todos os bolivianos que trabalham para sairmos desta crise sanitária que enfrentamos. Juntos, sairemos dela."

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, disse nesta quinta (9) que foi infectado pelo coronavírus. "Informo que, após realizar os exames correspondentes, tive resultado positivo para Covid-19", escreveu o líder chavista no Twitter.

Cabello é um dos mais importantes aliados do presidente Nicolás Maduro e considerado por muitos o número 2 do regime. Além dele, o governador do Estado de Zulia, Omar Prieto, também anunciou ontem que testou positivo para o vírus.

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Questionado sobre orientações para quem teve contato com o presidente Jair Bolsonaro, que testou positivo para Covid-19 nesta terça-feira (7), o Ministério da Saúde afirmou que a recomendação em situações deste tipo é buscar atendimento médico.

"A nossa orientação é a de que qualquer pessoa que tenha contato com caso confirmado, deva procurar uma unidade de saúde", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 8. "Se for o caso, (o médico) vai prescrever medida de distanciamento, medidas terapêuticas, farmacológicas ou não, e com pleno consentimento do paciente", completou o secretário.

##RECOMENDA##

Para o infectologista Julio Croda, ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e pesquisador da Fiocruz, quem teve contato com o presidente Bolsonaro até dois dias antes de ele começar a apresentar sintomas deve isolar-se por ao menos uma semana.

O Palácio do Planalto, no entanto, não recomenda quarentena de pessoas que tiveram "simples contato" com o presidente. Em nota, o governo afirma que não há protocolo sobre isolar pessoa que estiveram com doentes. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", afirma o Planalto.

Na mesma nota, o governo informou que 108 dos 3.400 servidores do Palácio do Planalto testaram positivo para covid-19 até 3 de julho. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves."

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, afirma que é recomendável ficar em casa caso more com alguém infectado ou esteve a menos de um metro de um paciente com a doença. Imagens da agenda oficial de Bolsonaro mostram o presidente sem máscara em almoço na casa do embaixador dos Estados Unidos, no domingo, 5, e durante encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na sexta-feira, 3.

A recomendação do Ministério da Saúde é menos rígida. Em documento de abril, a pasta recomenda isolamento de 14 dias de casos suspeitos ou confirmados. Os casos suspeitos, para o governo brasileiro, no entanto, são aqueles que tiveram contato próximo de um confirmado e, além disso, apresentam febre ou pelo menos um sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar. No começo da pandemia, o ministério chegou a recomendar o isolamento para todas as pessoas que voltavam do exterior. A orientação foi derrubada, segundo fontes da pasta, por pressão do Palácio do Planalto para reduzir impactos sobre a economia e no funcionamento da máquina pública.

O serviço de teleatendimento do Ministério da Saúde sobre a covid-19, acessado por meio do número 136, por sua vez, orienta isolamento de 14 dias para pessoas que tiveram contato com casos confirmados da doença, situação idêntica ao do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro sentiu os primeiros sintomas da covid-19 no domingo, 5. "Não se sabe quem vai desenvolver sintoma. É melhor que se fique isolado", afirma o infectologista Croda. Se necessário, o teste do tipo RT-PCR, que detecta a presença do vírus, deve ser feito por volta de cinco dias após o contato com Bolsonaro. "Tem gente que já está fazendo exame. Mas, se der negativo, pode ser um resultado falso. Tem de refazer lá na frente", afirmou o infectologista.

Pessoas que tiveram contato com o presidente Jair Bolsonaro a partir de sexta-feira (3), dois dias antes de ele manifestar sintomas da Covid-19, devem se isolar por, pelo menos, uma semana, recomenda o infectologista Julio Croda, ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e pesquisador da Fiocruz.

Para Croda, não é correto descumprir as medidas restritivas, como fez Bolsonaro nesta terça-feira (7), ao anunciar em entrevista à imprensa que contraiu a doença, exceto em emergências. "Se pode evitar esse tipo de proximidade, é o ideal. Não tem nenhum tipo de necessidade (expor-se)."

##RECOMENDA##

O Palácio do Planalto, no entanto, não recomenda quarentena de pessoas que tiveram "simples contato" com o presidente. Em nota, o governo distorce orientações de autoridades de saúde e afirma que não há protocolo sobre isolar pessoa que estiveram com doentes. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à Covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", afirma o Planalto.

Na mesma nota, o governo informou que 108 dos 3.400 servidores do Palácio do Planalto testaram positivo para Covid-19 até 3 de julho. "Não houve mortes e mais de 90% desses casos foram assintomáticos ou apresentaram apenas sintomas leves."

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, afirma que é recomendável "ficar em casa" caso more com alguém infectado ou esteve a menos de um metro de um paciente com a doença. Imagens da agenda oficial de Bolsonaro mostram o presidente sem máscara em almoço na casa do embaixador dos Estados Unidos, no domingo (5), e durante encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na sexta-feira (3).

A recomendação do Ministério da Saúde é menos rígida. Em documento de abril, a pasta recomenda isolamento de 14 dias de casos suspeitos ou confirmados. Os casos suspeitos, para o governo brasileiro, no entanto, são aqueles que tiveram contato próximo de um confirmado e, além disso, apresentam febre ou pelo menos um sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar. No começo da pandemia, o ministério chegou a recomendar o isolamento para todas as pessoas que voltavam do exterior. A orientação foi derrubada, segundo fontes da pasta, por pressão do Palácio do Planalto para reduzir impactos sobre a economia e no funcionamento da máquina pública.

Bolsonaro sentiu os primeiros sintomas da Covid-19 no domingo, 5. "Não se sabe quem vai desenvolver sintoma. É melhor que se fique isolado", afirma o infectologista Croda. Se necessário, o teste do tipo RT-PCR, que detecta a presença do vírus, deve ser feito por volta de cinco dias após o contato com Bolsonaro. "Tem gente que já está fazendo exame. Mas, se der negativo, pode ser um resultado falso. Tem de refazer lá na frente", afirmou o infectologista.

Teste inadequado

Como mostrou o Estadão, 13 ministros fizeram exames após Bolsonaro confirmar a infecção pela Covid-19. Destes, realizaram teste rápido (sorológico) Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretária de Governo), Braga Netto (Casa Civil), Levi Mello (AGU), Marcelo Alvaro Antonio (Turismo), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Roberto Campos Neto (Banco Central).

Os resultados foram todos negativos para a Covid-19. Mas especialistas afirmam que nada adianta realizar este tipo de exame, pois ele serve para detectar anticorpos da doença e só deve ser aplicado após o sétimo dia de sintomas do novo coronavírus. Antes disso, a chance de acerto é mínima.

A OMS também é cautelosa sobre este tipo de exame. "Teste rápido para fazer diagnóstico é absolutamente contraindicado. É sim (recomendado) para, depois, procurar na população quem já tem anticorpo contra o vírus. Para fazer estudo, sim, é válido", disse ao Estadão o médico e vice-diretor da Organização Pan Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, em abril.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), reafirmou que anseia a rápida recuperação do presidente Jair Bolsonaro, após o diagnóstico positivo de Bolsonaro para a Covid-19.

"Desejo que o presidente Jair Bolsonaro saia desta recuperação como uma pessoa melhor do que antes do coronavírus", disse o governador durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

##RECOMENDA##

Doria afirmou esperar também que o presidente siga as orientações da medicina e que não se esqueça de usar máscaras. "A máscara protege principalmente as demais pessoas com as quais ele está convivendo", disse o governador.

Além do presidente Jair Bolsonaro, que foi diagnosticado com a Covid-19 na última terça-feira (7), pelo menos 12 integrantes dos três Poderes já tiveram a doença. Nos executivos estaduais, quase 30% dos governadores do País foram contaminados, entre eles o adversário de Bolsonaro, Wilson Witzel (PSC). Na lista de infectados há ainda os prefeitos de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Bento Albuquerque, de Minas e Energia, foram os únicos ministros do governo acometidos pela covid-19 até agora. Depois do diagnóstico de Bolsonaro, ao menos 13 ministros que se encontraram com ele também fizeram exames.

##RECOMENDA##

Tanto Heleno como Albuquerque foram infectados na comitiva de Bolsonaro aos Estados Unidos em março deste ano. Com direito a jantar no sul da Flórida na presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a viagem deixou mais de 20 pessoas infectadas, incluindo o secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, com quem Bolsonaro teve contato.

Antes de divulgar o teste positivo nesta terça, o mandatário chegou a realizar três testes, mas afirmou que todos deram negativos. O presidente decidiu repetir o exame na última segunda após ter febre de 38ºC.

Do grupo de risco pela idade - de 65 anos -, Bolsonaro tem usado a doença para fazer 'propaganda' da hidroxicloroquina, medicamento que ele diz já estar tomando, mas que não tem comprovação de eficácia para o coronavírus.

No Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, e o parlamentar Nelsinho Trad já tiveram a doença. Trad esteve na comitiva com Bolsonaro e chegou a ficar internado no Hospital Sírio Libanês de Brasília.

Adversário do presidente, o governador do Rio anunciou que foi diagnosticado no dia 14 de março, depois de sentir febre, dor de garganta e perda de olfato. O mandatário fluminense não teve grandes complicações, mas relatou em vídeo divulgado em suas redes sociais que a doença não é "igual a qualquer outra".

Além dele, foram infectados pela Covid-19 os governadores Carlos Moisés (PSL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (DEM), de Mato Grosso, Helder Barbalho (MDB), do Pará, Renan Filho (MDB), de Alagoas, Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, e Antonio Denarium (PSL), de Roraima. O caso mais recente é o de Santa Catarina, que fez o anúncio no dia 1° de julho.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, foi um dos casos de maior gravidade entre os políticos. Aos 74 anos, ele foi contaminado pelo vírus e está com 30% do pulmão comprometido. Apesar disso, vem se recuperando bem. Na última segunda, ele divulgou que vai dar continuidade ao tratamento em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês.

Bruno Covas, prefeito da capital paulistana, recebeu o diagnóstico positivo, mas não apresentou sintomas da doença. Ele vinha fazendo exames periódicos por causa do tratamento de um câncer no sistema digestivo.

Casos internacionais

Bolsonaro não foi o único presidente cujo teste para o novo coronavírus deu positivo. Outros chefes de Estado e políticos de outros países também tiveram a doença, incluindo Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, e Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras.

Após receber o diagnóstico positivo para Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro trocou reuniões presenciais com ministros e outras autoridades por videoconferências. Ao dizer nessa terça-feira (7), em vídeo nas redes sociais, que estava tomando a terceira dose de hidroxicloroquina, o presidente indicou que, no período de isolamento, deve continuar recomendando o uso do remédio. Não há comprovação científica de que o medicamento funciona no tratamento. Ainda assim, a cloroquina é receitada por alguns hospitais.

"Estou tomando a terceira dose da hidroxicloroquina. Estou me sentindo muito bem. Estava mais ou menos no domingo, mal na segunda-feira. Hoje, terça, estou muito melhor. Com toda certeza, está dando certo", disse antes de engolir o comprimido, no vídeo.

##RECOMENDA##

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem defendido o uso da cloroquina desde os primeiros sintomas, mesmo sem a eficácia comprovada e riscos ainda sendo estudados. "Sabemos que hoje em dia existem outros remédios que podem ajudar a combater o coronavírus. Sabemos que nenhum tem eficácia cientificamente comprovada, mas é mais uma pessoa que está dando certo. Então, eu confio na hidroxicloroquina", disse.

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, Bolsonaro vai receber, por e-mail, do ministro Jorge Oliveira, os assuntos sobre os quais precisa despachar no dia. Em seguida, os dois conversam por vídeo e, por fim, os atos são assinados digitalmente, sem contato pessoal. A rotina na sede do Executivo, porém, seguirá normalmente.

Em comunicado, a Secretaria-Geral da Presidência informou que não existe protocolo médico que recomende isolamento pelo simples contato com casos positivos. "A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à Covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", diz a pasta.

Repercussão

Após o anúncio de que Bolsonaro está com coronavírus, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse que o presidente foi vítima da própria narrativa de que a doença não é tão grave. "O presidente criou uma narrativa própria desde o início e repetiu tantas vezes que passou a acreditar nela. Quem o assessora deve ser gente sem o hábito de leitura científica ou que usa informação sem filtro da internet", afirmou Mandetta ao Estadão.

Segundo o ex-ministro, que deixou o governo em abril, o presidente precisa ter cuidado com o temperamento e ficar 14 dias em isolamento total. "É crime quando alguém tem consciência que está com doença infecciosa e contamina o outro intencionalmente. O presidente precisa tomar cuidado com o protocolo", afirmou Mandetta.

Dois dos principais adversários do presidente, os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), também comentaram o diagnóstico de Bolsonaro. O tucano escreveu que espera que o presidente "siga as orientações da medicina" para que "em breve, seja restabelecido". "Também fui atingido pela Covid-19 e, seguindo as recomendações médicas, estou certo de que ele irá se recuperar brevemente", disse Witzel.

Bolsonaro também recebeu ontem mensagens de melhoras dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Argentina, Alberto Fernández.

Após usar codinomes nos três exames anteriores que fez para detectar a Covid-19, em abril, o presidente Jair Bolsonaro apresentou, desta vez, seu nome verdadeiro ao laboratório. O presidente chegou a dizer que recorria a codinomes em exames havia "dez anos". "Sempre falei com o médico: 'Bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá. Jair Bolsonaro'. Já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito. Alguém pode fazer alguma coisa esquisita", afirmou, em 28 de abril. O Palácio do Planalto não informou porque o mandatário mudou de estratégia agora.

Em 12 de maio, após o Estadão pedir na Justiça acesso aos exames do presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três exames com resultado negativo. O jornal argumentava ser de interesse público a saúde do presidente. Apesar de decisões favoráveis ao Estadão em instâncias inferiores, a Presidência entregou o resultado dos testes apenas quando o caso chegou ao Supremo.

##RECOMENDA##

O primeiro exame, com o codinome "Airton Guedes", foi feito em 12 de março no laboratório Sabin do Hospital das Forças Armadas, logo após Bolsonaro voltar de viagem oficial aos EUA.

Pelo menos 23 pessoas da comitiva brasileira que acompanhou o chefe do Executivo foram infectadas pelo coronavírus.

O segundo teste, com o codinome "Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz", ocorreu em 17 de março. Apesar dos nomes diferentes, CPF e data de nascimento eram de Bolsonaro. O terceiro teste, no laboratório Fiocruz em 19 de março, foi identificado como de "Paciente 05", sem dados que o vinculasse ao presidente.

 

O chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi Mello do Amaral Júnior, teve resultado negativo de teste para Covid-19, anunciou na noite dessa terça-feira (7), em nota, a instituição. O chefe da AGU esteve com o presidente Jair Bolsonaro, que teve diagnóstico positivo para o novo coronavírus, em reunião nesta segunda-feira (6).

A Advocacia-Geral afirma no comunicado que Levi fez a coleta de material para um segundo exame, por cautela, e aguarda o resultado. De acordo com a AGU, ele trabalha em casa enquanto espera o resultado.

##RECOMENDA##

Diversos veículos da imprensa internacional repercutiram nesta terça-feira, 7, a afirmação dada pelo presidente Jair Bolsonaro de que o mandatário contraiu o novo coronavírus. Os jornais enfatizaram que, desde o início da pandemia no Brasil, a postura do presidente foi de minimizar a doença.

O New York Times noticiou o fato na principal página de seu site, ressaltando que o presidente passou meses negando a gravidade da pandemia. O jornal relembrou que o presidente do Brasil descumpriu reiteradamente as recomendações de saúde, como evitar aglomerações e fazer uso de máscara.

##RECOMENDA##

O Washington Post também destacou o fato em sua principal página digital e reforçou que até agora o presidente se colocou como cético da doença, destoando da postura de outras lideranças mundiais. O Post relembrou que o presidente chamou a doença de "gripezinha" e chegou a anunciar que faria um grande churrasco, o que provocaria aglomeração em meio à escalada de mortes no País.

A Bloomberg, que também noticiou o fato, mencionando ainda que o presidente se reuniu com apoiadores sem fazer uso de máscara. A notícia também repercutiu no El País, da Espanha.

A imagem de Bolsonaro ocupou também a principal página digital do jornal francês Le Monde, que destacou que o presidente brasileiro teve agenda com diversos ministros de Estado na última semana.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando