A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (6), um balanço da Operação Branca Flor, deflagrada com objetivo de desarticular grupos envolvidos com tráfico de drogas e associação para o tráfico. A quadrilha atuava na Região Metropolitana do Recife (RMR), nas cidades de Paulista, Recife, Cabo de Santo Agostinho e Abreu e Lima.
As investigações foram iniciadas em janeiro de 2013 e resultaram na prisão de 73 pessoas, incluindo 16 já presas, que tiveram suas penas aumentadas. Na quarta-feira (5), quando foi deflagrada, 25 mandados haviam sido expedidos. “Essa quadrilha tinha muita gente envolvida, inclusive as mulheres dos detentos, que atuavam na parte financeira do esquema, passando contas correntes para depósito do dinheiro”, informou a delegada responsável pela condução do caso, Elisabete Barreto.
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A operação aconteceu em parceria com o Departamento de Repreensão ao Narcotráfico (Denarc), sob a chefia do delegado Renato Rocha. “Ao todo, a quantidade de drogas apreendida chega a 200kg, entre crack, maconha e cocaína”, disse. Além disso, nove armas foram apreendidas, assim como a quantia de R$ 16.321,00.
Um dos comandantes da quadrilha, Jaelton Lima da Silva, que já estava preso e usava a tornozeleira quando saia da prisão, teve seu percurso monitorado, o que confirmou que ele mantinha um esquema de tráfico na cidade. Jaelton é um dos principais traficantes da região, com forte atuação em San Martin e Jardim São Paulo, e tem como característica na abordagem a violência, usada para intimidar as vítimas.
Ao ser questionado sobre a entrada de celulares nas prisões estatais, o resposnável pelo Centro de Monitoramento Eletrônico de Reeducandos (CEMER), Renato Pinto, falou sobre os investimentos neste tópico. “A gente evita a entrada de celulares nas prisões através de várias tecnologias. Estamos em fase de testes com os bloqueadores de sinais, para futuramente serem utilizados no caso de aparelhos que estiverem dentro dos sistemas prisionais”, explicou. “Além disso, nosso monitoramento tem sido feito vias satélite, e tem cobertura mundial, o que nos permite perceber o trajeto que os detentos têm feito”, finalizou.