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No domingo (14) e na segunda-feira (15), o ministro da Relações Exteriores, Antonio Patriota, visitará Israel e a Palestina. Os encontros serão uma oportunidade para tratar de interesses bilaterais e do processo de paz israelo-palestino.

Em Israel, Patriota será recebido pela presidente Shimon Peres e pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele também terá reuniões com o ministro de Inteligência e Energia Atômica, Dan Meridor, e com o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Hershkowitz. Essas áreas tem permitido a ampliação da cooperação entre os países.

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As relações econômicas entre Brasil e Israel cresceram nos últimos anos, especialmente depois do Acordo de Livre Comércio MERCOSUL-Israel, em vigor para o Brasil desde 2010. Entre 2002 e 2011, o intercâmbio comercial aumentou 215%, passando de US$ 445 milhões para US$ 1,4 bilhão.

Na Palestina, Patriota será recebido pelo presidente Mahmoud Abbas e pelo primeiro-ministro Salam Fayyad, para tratar sobre projetos de cooperação em áreas como saúde, urbanismo e agricultura. Ele também terá encontro com o negociador-chefe da Organização para Libertação da Palestina, Saeb Erekat.

As relações econômicas entre Brasil e Palestina têm potencial de crescimento, com intercâmbio comercial de US$ 15,8 milhões em 2011 (primeiro ano de registro) e US$ 10,6 milhões no primeiro semestre de 2012. O Acordo de Livre Comércio MERCOSUL-Palestina, firmado em 2011, possibilitará o fortalecimento dessas relações.

O uso de armamento pesado contra civis, conforme as suspeitas que recaem sobre o regime comandado por Bashar Al Assad, tornou a violência no País ainda mais "condenável e inaceitável", nas palavras do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes. A dura nota divulgada no fim da semana pelo Itamaraty representa um aumento na preocupação do governo com os desdobramentos da crise que engolfa a Síria desde março do ano passado.

Ou seja, a mudança de tom do governo brasileiro se deve à escalada do conflito, principalmente à decisão de Assad de lançar mão de armamento militar contra civis. As suspeitas têm como base a morte de 200 pessoas na vila de Tremseh, bombardeadas pelas Forças Armadas sírias. O suposto massacre ocorreu na vila próxima à cidade de Hama, elevando para mais de 16 mil o número de vítimas fatais no levante contra o presidente sírio.

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A escalada na violência, representada pelo uso de armamento militar, "rompe com os princípios de cessar a violência contra civis", afirmou Nunes. O bombardeio por tropas oficiais mostra que o massacre de Tremseh não foi apenas "mais uma onda de violência", na avaliação do governo brasileiro. Daí a decisão de condenar "veementemente a repressão violenta contra civis desarmados", de acordo com a nota divulgada na sexta-feira.

Chacina

O massacre ocorreu na quinta-feira. A vila foi cercada e bombardeada por artilharia e foguetes lançados por helicópteros. Sobreviventes foram executados por milícias locais. Há relatos sobre mortos em um rio.

A decisão de usar soldados e armas das Forças Armadas elevou a violência para um patamar ainda maior, avalia o governo brasileiro. A resposta, na nota oficial, foi usar a mesma estratégia, elevando o tom contra Assad, que chegou ao poder em 2000 após quase três décadas de mando de seu pai, Hafez Al Assad.

A interrupção da morte de civis está prevista no plano de paz de seis pontos proposto pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, que tenta mediar uma transição pacífica em nome da ONU e da Liga Árabe.

No entanto, o governo Dilma Rousseff ainda acredita que haja espaço para uma transição política comandada pelos próprios sírios e evita falar abertamente em sanções por meio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como defende a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

Na nota divulgada anteontem, o Itamaraty mencionou o conselho responsável por autorizar ações armadas contra países em nome das ONU. Mas limitou-se a defender o respeito a duas resoluções do organismo que permitem o acesso de observadores a locais de conflito.

"O Governo brasileiro insta o Governo sírio a interromper imediatamente quaisquer ações militares contra civis desarmados e a cooperar com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS) permitindo-lhe acesso irrestrito aos locais conflagrados por conflitos, conforme mandato do Conselho de Segurança da ONU", dizia a nota.

A Rússia confirmou nesta quarta-feira que foi contactada por países parceiros que defendem que Moscou deveria receber o presidente da Síria, Bashar Assad, em exílio. Mas o ministro de relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que o país encara a sugestão como uma "piada".

Ele disse que a ideia já tinha sido sugerida pela Alemanha em junho: "achamos que era brincadeira", disse o ministro para jornalistas nesta quinta-feira, dizendo também estar "bastante surpreso" que aliados tenham levantado a questão de novo.

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A posição oficial do governo russo é que os próprios sírios devem chegar a um acordo. Rebeldes afirmam que a saída de Assad seria uma forma rápida de encerrar a revolta. Ativistas sírios contabilizam mais de 14 mil mortos desde o início da revolta, que começou em março de 2011. AS informações são da Dow Jones e Associated Press.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, será suportada por uma ampla infraestrestrutura de TI e conectividade fornecida pela Oi. Entre os recursos disponíveis estão terminais de autoatendimento espalhados pela cidade, painéis de transmissão em tempo real para os locais que recebem a programação do evento e monitoramento reforçado da rede e do portal multimídia.

De acordo com o diretor de operação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Wilton Mota, a experiência para desenvolver e implementar esse projeto servirá como laboratório para os grandes eventos que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O Serpro é a empresa de tecnologia da informação do governo federal, responsável pela consultoria da tecnologia empregada na Rio+20.

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“Esse evento vem sendo pensado desde a infraestrutura básica até a segurança da informação, que precisa ser maior pela presença de diversos chefes de Estado e de governo. Então, é como se estivéssemos dando o primeiro passo para os próximos grandes eventos e esse é o maior ganho de toda a mobilização, que conta com a integração entre vários órgãos, como o Ministério da Defesa, das Relações Exteriores, da Polícia Federal e Receita Federal”.

Mota enfatizou que a Rio+20 contará com conexão entre o Riocentro, onde os chefes de Estado e de governo se reunirão, e cerca de 2,5 mil computadores, entre desktops e notebooks para uso das delegações internacionais, membros das Nações Unidas e do governo brasileiro.



A estrutura montada também prevê acesso sem fio à internet aos participantes da conferência, estimados em 50 mil participantes.

Para evitar incidentes graves, estão em funcionamento duas salas de comando para gerenciamento de risco. "Estamos monitorando 24 horas por dia e prontos para minimizar os impactos decorrentes de falhas, desastres ou indisponibilidades significativas".



Foram investidos na implementação do projeto R$ 3 milhões, sendo parte com verbas federais somadas a um repasse do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), informou Mota.

*Com informações da Agência Brasil

No final da tarde desta segunda-feira (30), a presidente Dilma Rousseff desembarcou em Cuba para participar, até quarta-feira (1°), de reuniões que irão abordar as oportunidades geradas pela gradual abertura econômica da ilha, a fim de estreitar as relações comerciais do Brasil com o país.

A chegada da executiva ocorre após uma semana da liberação da última parcela do empréstimo de US$ 682,15 milhões à ampliação do porto cubano de Mariel, a 40 Km de Havana, executada pela empresa brasileira Odebrecht e prevista para terminar em janeiro de 2013.

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Segundo diplomatas, a visita deve tratar, ainda, de um iniciativa conjunta para a produção de medicamentos, ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil, para dar um suporte maior ao atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).

Após a visita à ilha dos irmãos Castro, Dilma seguirá para o Haiti, onde promoverá iniciativas que visam acelarar a reconstrução do país, arados por um terremoto no início de 2010.

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