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Nesta semana o Globalizando aborda o Acordo de Paz entre o governo colombiano e as Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. O programa discute o surgimento do conflito que causou inúmeras mazelas à população do país e como o governo negociou e procura implantar o acordo.

Sobre o assunto, o Globalizando entrevista o professor Felix Prieto, que possui graduação em Ciências Náuticas pelo Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar e mestrado e doutorado em Relações Internacionais pela Universidad Autônoma de Asunción. 

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Além da conversa de qualidade, o Programa Globalizando faz uma viagem musical passando pelos países que abrigam grupos guerrilheiros.

Acompanhe esse e outros temas no Programa Globalizando todos os sábado, às 11 horas, e todas as quartas, às 21 horas, na Rádio Unama FM.

Clique no ícone abaixo para conferir o programa:

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As relações internacionais na América do Sul, o desenvolvimento sustentável, meio ambiente e a importância da Amazônia são temas de discussão durante a V Conferência sobre Relações Exteriores (Core), na Universidade da Amazônia (Unama), entre 9 e 11 deste mês. O evento marca os 10 anos do curso de Relações Internacionais e os 45 anos da Fundação Alexandre de Gusmão, uma das mais importantes organizações governamentais do Brasil no campo das relações internacionais.

A abertura com cerimônia de boas-vindas contará com a presença do reitor da Unama, Dr. Janguiê Diniz. O ministro de Estado das Relações Exteriores, José Serra também estará presente ministrando palestra magna sobre “A Política Externa do Brasil”. A programação da Core será realizada no campus Ananindeua da Unama.

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As inscrições para a V Conferência de Relações Exteriores são gratuitas e estão disponíveis no site http://funag.gov.br/index.php/pt-br/inscricoes. É necessário preencher um formulário com informações como RG e CPF para participar da programação. Os interessados em todos os dias de programação deverão realizar inscrições para cada dia do evento, ou seja, devem preencher três formulários.

O coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama, professor William Rocha, destaca que os temas discutidos na Core são muito importantes para a comunidade acadêmica e para o público externo. “São temáticas que envolvem o nosso cotidiano e que precisam da nossa reflexão, principalmente de nós, que vivemos na Amazônia, um dos temas da programação. É preciso ter um senso crítico do mundo em que vivemos”, afirmou.

Importância - O diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Unama, Mário Tito Almeida, conta que apresentou a candidatura da Universidade para sediar o evento, conquistando a aprovação do presidente da Fundação, Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima. “Esse evento ocorrerá pela primeira vez na Amazônia, saindo dos eixos Sul e Sudeste, e ser sediado pela Unama é muito importante para o desenvolvimento acadêmico e regional. Receberemos uma série de diplomatas do Brasil e do exterior, além de pesquisadores da área”, disse.

A Core oferece espaço para reflexão e interação entre o Itamaraty e a academia sobre o pensamento diplomático e a política externa brasileira. Em 2016, seu foco recairá na compreensão das tendências da evolução do poder no cenário internacional, além dos desafios e oportunidades globais e regionais, em especial, na Amazônia.

 Confira a programação da Core:

 DIA 1 - 9/11 - QUARTA-FEIRA

16h - Abertura

17h - Painel 1 - Paz e segurança: resolução de conflitos

19h30 - Painel 2 - As relações internacionais na América do Sul

DIA 2 - 10/11 - QUINTA-FEIRA

16h - Painel 3 - Comércio e investimento: desafios e oportunidades

18h30 - Painel 4 - Desenvolvimento sustentável e meio ambiente (a importância da Amazônia)

DIA 3 - 11/11 - SEXTA-FEIRA

16h - Painel 5 - FUNAG 45 Anos: a democratização do conhecimento de Relações Internacionais

18h30 - Sessão de Encerramento

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. Clique no ícone abaixo para ouvir o terceiro bloco da edição que debate a questão das energias renováveis. 

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O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco da edição que debate a questão das energias renováveis. 

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Nesta semana o Programa Globalizando trata sobre energias alternativas e políticas para matrizes energéticas. O programa discute as políticas brasileiras e internacionais sobre energia, com foco principal na VI Simulação de Organizações Internacionais, evento organizado pelos alunos de Relações Internacionais da Unama, em conjunto com a coordenação. Neste ano, o evento teve como tema principal as políticas para matrizes energéticas alternativas. 

Para conversar sobre energias alternativas, o Globalizando conta com a presença da professora Celine Lopes, mestre em Estudos Ambientais pela Technische Universität Hamburg-Harburg. Além da conversa de qualidade, o programa conta ainda com uma viagem musical, passando pelos países que mais empregam no setor de energias renováveis.

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Acompanhe esse e outros temas no Programa Globalizando. Todos os sábados, às 11 horas, e todas as quartas, às 21 horas, na Rádio Unama Fm.

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 --> Acesse aqui o segundo bloco do programa Globalizando.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. Clique no ícone abaixo para ouvir o terceiro bloco da edição que discute o campo das pesquisas em relações internacionais.

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O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco da edição que discute o campo das pesquisas em relações internacionais.

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 --> Acesse aqui o terceiro bloco do programa Globalizando.

Nesta edição, o Globalizando discute o campo da pesquisa em relações internacionais, com destaque para a terceira edição do Seminário de RI da ABRI, em Florianópolis, que contou com a participação de profissionais e pesquisadores de todo o Brasil. 

No evento, da ABRI - a Associação Brasileira de Relações Internacionais - foram debatidos temas como análise de política externa, economia política internacional, história das RI, instituições e regimes internacionais, segurança internacional e políticas de defesa, entre outros.

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O programa tem a participação do doutorando em Relações Internacionais pela UNB William Rocha, que também é coordenador do curso de RI da Unama, além de Bruna Pinheiro, mestranda em Sociologia pela UFPA, e Fernando Moreira, mestrando em Ciência Política pela UFPA. 

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do Globalizando, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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As Nações Unidas (ONU) está oferecendo bolsas de estudo em curso de direito internacional. O evento será realizado nas instalações da Comissão Econômica para a América Latina - CEPAL, em Santiago, no Chile, de 24 de abril a 19 de maio de 2017. O encontro será conduzido em inglês e receberá até 30 participantes, com ou sem bolsa. As inscrições seguem até o dia 30 de novembro deste ano.

Também está disponível o Curso Regional das Nações Unidas em Direito Internacional para a América Latina e o Caribe, edição 2017. As candidaturas serão abertas na próxima segunda-feira (17) com o prazo final para as inscrições no dia 30 de novembro. De acordo com a ONU, tanto o curso de direito internacional quanto o Curso Regional cobrirão despesas de passagem, seguro-saúde, matrícula, acomodação, material do treinamento e diárias para os candidatos selecionados.

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Mais informações e detalhes da inscrição podem ser encontrados  pelo endereço virtual da ONU. O candidato deve selecionar a opção no menu ‘Latin America & the Caribbean’.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos retirem seus assessores militares do país. Duterte advertiu que a presença desses militares em uma ilha no sul filipino torna esses norte-americanos vulneráveis, um alvo potencial do grupo militante extremista Abu Sayyaf.

As declarações de Duterte, conhecido por seu discurso direto, devem complicar mais a já delicada relação com o governo do presidente Barack Obama, que na semana passada cancelou um encontro com Duterte após este xingá-lo. O líder filipino ofendeu Obama após críticas de Washington a supostos abusos contra os direitos humanos na guerra às drogas nas Filipinas.

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"Enquanto estivermos com os EUA, nós nunca teremos paz", disse Duterte. Ele também advertiu que o pessoal norte-americano nas Filipinas pode inflamar a já volátil campanha para acompanhar os membros do Abu Sayyaf, que segundo especialistas de segurança teria cerca de 300 combatentes. Duterte disse que o Abu Sayyaf buscará sequestrar norte-americanos em busca de resgate.

As declarações foram alvo de críticas de políticos filipinos. O senador Antonio Trillanes IV, por exemplo, disse que o presidente julgou com a emoção. A embaixada norte-americana em Manila não havia comentado o assunto.

Os EUA mantém forças no sul das Filipinas desde 2002 para treinar e aconselhar as tropas Filipinas na luta contra o Abu Sayyaf, grupo afiliado à rede extremista islâmica Al-Qaeda. Mais recentemente, o grupo jurou fidelidade ao Estado Islâmico.

Em seu auge, a operação entre os EUA e as Filipinas contou com a presença de mais de mil norte-americanos no país, mas essa cooperação foi oficialmente encerrada em 2015. Agora, apenas alguns assessores e responsáveis pelo apoio técnico permanecem. Fonte: Dow Jones Newswires.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco da edição que aborda os ataques terroristas à Turquia. 

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Nesta edição, o Globalizando discute os ataques terroristas à Turquia, destacando a importância do tema e o histórico dos conflitos, além de questões étnicas e religiosas da região. O programa tem a participação da doutoranda em Relações Internacionais Mayane Bento.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

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Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do Globalizando, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Contrariando uma determinação do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, o governo brasileiro pedirá para entrar nas negociações do Acordo Internacional de Comércio de Serviços (Tisa, na sigla em inglês), que envolve 23 países, entre eles Estados Unidos, México, Canadá e os integrantes da União Europeia.

No momento, o País encontra-se fora dos entendimentos, que poderão ditar a participação num mercado que movimenta estimados US$ 44 trilhões ao ano e abrange serviços em áreas como a bancária e a de saúde, entre outras.

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Por estar fora, o governo brasileiro não sabe, oficialmente, o que está em discussão. Os documentos são restritos aos participantes, embora parte deles tenha sido vazado pelo WikiLeaks.

"Ou discutimos os termos do acordo, ou simplesmente aderiremos a ele depois", explicou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Ele contou que obteve autorização do presidente em exercício Michel Temer para ingressar nas negociações durante reunião na noite de sábado. "No governo anterior, tinha uma orientação para não entrar", contou.

O ministro anunciou a decisão no encontro da Coalizão Empresarial Brasileira, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No evento, a entidade divulgou sua agenda internacional para o ano, e o ingresso do Brasil no Tisa era um dos pontos reivindicados.

Na avaliação da CNI, a indústria brasileira pode ter dois tipos de ganho com o acordo. Primeiro, pela redução de custos, pois há setores em que há restrição ao trabalho de profissionais estrangeiros, por exemplo. Segundo, por abrir mercados para exportar serviços no qual o Brasil é competitivo, como softwares, engenharia e automação financeira.

A indústria usa mais serviço do que se imagina, explicou o assessor de Comércio Exterior da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Mario Branco. Isso porque a produção hoje em dia é terceirizada, com diversas indústrias produzindo partes de um mesmo bem, e o pagamento dessas etapas terceirizadas conta como compra de serviços. Por isso, a estimativa é que os serviços representam 70% do PIB brasileiro.

As negociações do Tisa começaram em 2012 e há uma previsão que sejam concluídas em novembro. O Tisa é um acordo plurilateral, ou seja, envolve apenas um grupo de países. No Tisa, cada país escolhe que serviço quer negociar com quem. Uma vez fechado o acordo, os resultados são estendidos aos demais participantes do grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do programa, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco da edição de 21 de maio, que aborda o caso Panama Papers.

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O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do Globalizando, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Clique no ícone abaixo para ouvir a edição de 21 de maio, que destaca o caso Panamá Papers, com a divulgação de documentos com informações de 214 mil empresas de paraísos fiscais offshore. O programa conta com a participação da internacionalista Brenda de Castro, mestre em Ciência Política. Na seção Viagem Musical, confira novidades do mundo da música em países citados nos documentos da empresa Mossack Fonseca.

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--> Acesse aqui o segundo bloco do programa Globalizando.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do programa, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Clique no ícone abaixo para ouvir o segundo bloco da edição de 14 de maio, que aborda os impactos da internacionalização de uma empresa em sua organização administrativa.

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O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do Globalizando, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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Clique no ícone abaixo para ouvir a edição de 14 de maio, que aborda os impactos da internacionalização de uma empresa em sua organização administrativa, com a participação do professor Eduardo Vasconcelos, da Unama. As dicas da equipe sobre instituições financeiras incluem o premiado filme “Internacionalização de Empresas” (2012) e “As Melhores Estratégias para Internacionalizar as Empresas” (2012).  

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A universitária paraense Karina Ailyn Rayol Barbosa, 20 anos, que está desaparecida há quase um mês, entrou em contato com familiares por um telefone registrado em Linhares, no Espírito Santo. Segundo os pais da jovem convertida ao islamismo, ela falou rapidamente e disse que não poderia informar o local onde estava.

De acordo com informações da Polícia Federal, que investiga o caso em parceria com a Interpol, Karina Barbosa desembarcou na Turquia, após passagem pelo Marrocos. O inquérito corre em segredo. Suspeita-se que a estudante de jornalismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) tenha ligação com extremistas.

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Os pais da estudante acreditam que a filha foi aliciada por uma rede internacional. A irmã de Karina repassou à Polícia Federal informações sobre movimentações financeiras internacionais registradas no e-mail da jovem desaparecida.

Segundo o doutorando em Relações Internacionais e professor da Universidade da Amazônia (Unama) Mário Tito Almeida, o possível contato de Karina Barbosa com grupos islâmicos provavelmente ocorreu com auxílio da internet, plataforma onde grupos terroristas como o Estado Islâmico atuam de forma intensiva. Confira mais na entrevista a seguir:   

Leia Já: Como é formada essa corrente de grupos como o Estado Islâmico, que acaba chegando até países como o Brasil?

Mario Tito Almeida: O Estado Islâmico é, na verdade, mais do que uma corrente. O EI é uma organização que se diz voltada para a definição de fronteiras pelos interesses de religiosidades ligadas ao islã, mas que não necessariamente são do islã. Eles têm uma leitura bastante extremista do alcorão, e que defendem que a partir do alcorão eles devem criar estados que sejam teocráticos, voltados em cima daquilo que eles chamam de sharia, que é a leia baseada no alcorão. O EI se constitui, para os ocidentais, num grupo terrorista. O mundo considera um grupo comunista. Apesar de eles se autodenominarem Estado, na verdade eles não são estado no sentido que nós entendemos nas relações internacionais, com um povo, território, uma soberania, etc., mas eles se denominam Estado porque se referenciam nessa lei religiosa para daí formar o território daqueles que acreditam. Eles querem implantar a lei religiosa nesse primeiro momento. A grande diferença do EI para os outros grupos terroristas do mundo, como a Al Qaeda, Boko Haram, outros grupos que já existiram, como a Brigadas Vermelhas da Itália, ou o IRA, etc. A grande diferença é que eles manipulam muito bem as redes sociais. Eles se destacam no cenário internacional hoje porque utilizam nas redes sociais o seu modo de pensar, sua ideologia. Esse é o fator para os quais chegam aos jovens que têm um certo entendimento, certa compreensão desses ideais. No Brasil, isso chegou pouco. Nesse caso, por exemplo, da menina do Brasil, é uma exceção, se comparado a grande quantidade de pessoas na Europa que está assumindo esse ideário.

LJ: Existe alguma lei que proíba esse tipo de contato pela rede social?

MTA: Não, na verdade aí está um problema interessante: não existe uma governança global sobre a internet. Ela continua sendo um território livre. Apesar de haver algumas regras, você sabe que um vídeo postado no Youtube, até você tirar, demora muito, o vídeo já está viralizado. Barrar esse tipo de discussão, disseminação de ideias é muito difícil hoje na internet com meios tão avançados. Então, eles acabam chegando lá na ponta do processo. Como eles chegam com um ideário muitas vezes voltado para a conversão do islã, ou pelo menos essa vertente do islã que eles pregam, então eles conseguem arrebanhar muitos jovens. Na Europa, eles conseguem arrebanhar a segunda geração dos imigrantes que foram para a Europa. Muitas pessoas pensam que os imigrantes que vieram da Síria hoje são os terroristas na Europa. Não é isso. É a segunda geração, são os filhos dos primeiros imigrantes que não encontraram uma boa guarida nos países europeus, portanto estão na periferia desse processo e, quando encontra alguém que gera orgulho de serem islâmicos, muçulmanos, eles acabam comprando essa ideia. Então isso é muito forte na Europa e no Brasil está chegando. Chegou, por exemplo, eu conheço muita gente que, não é que aceita esse ideário, mas pelo menos é simpático a ele.

LJ: A Interpol pode trazer Karina Barbosa de volta ao Pará?

MTA: A Interpol, se detectar algum tipo de violência a algum direito, por exemplo, se ela foi de alguma forma convencida de maneira ilegal, se foi levada do país por alguma violência, tipo sequestro. Mas se ela foi por livre e espontânea vontade, não se pode impedir que a pessoa circule. Um dos direitos humanos é a liberdade de ir e vir. Agora, o problema está, e aí vem a grande questão, se efetivamente ela foi para lá com alguma forma de coerção, aí se trata de uma violência e a Interpol pode intervir.

LJ: Existe alguma possibilidade de existência de um núcleo do EI no Brasil?

MTA: Eu acho muito difícil. Como doutorando em Relações Internacionais, digo para você que que é muito difícil ter um núcleo, uma espécie de célula, aliás, quando se deu o episódio do 11 de setembro de 2001, se procurou na tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai a ideia de que teriam algumas células, mas nada ficou comprovado. O que se tem, na verdade, é um discurso que alguns aceitam como tal e querem empenhar a própria vida por aquele ideário. Não se tem notícia de células. Existem pessoas que podem estar concordando, mas são pessoas soltas, não é um grupo efetivo de pessoas.

LJ: É comum que simpatizantes desta ideologia se juntem ao EI?

MTA: Na Europa, eu diria que sim. Tem sido muito constante. Inclusive naquela situação de serem ponta de lança no processo. Às vezes o cara não sai de lá do Oriente Médio ou do Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão para ir para a Europa. Ele já está lá. Ele é convencido e, voluntariamente, se coloca. O fenômeno terrorismo pelo meio cibernético é muito novo. Nós ainda estamos tentando entender dado àquilo que falei que a internet é um território muito livre e as ideias disseminam, existem sim possibilidades de se estar criando toda essa mentalidade. Porém, eu diria para vocês que o mesmo meio de disseminação desses ideários também deveria ser o mesmo meio de condenação dessas ideias. Então existe uma guerra de ideias por meio da internet. 

Entrevista concedida às repórteres Mirelly Pires e Julyanne Forte.

O governo russo anunciou hoje que o primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, fará uma visita ao país na próxima semana para um encontro com o presidente Vladimir Putin. De acordo com o comunicado, o presidente Putin deve receber Abe na próxima sexta-feira na cidade de Sochi, na região do Mar Negro, que recebeu as Olimpíadas de Inverno de 2014.

Os ministros de relações exteriores dos dois países tinham se encontrado duas semanas atrás e acordado promover um encontro de seus líderes ainda este ano. Até então, nenhuma data havia sido oficialmente anunciada.

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A viagem faz parte de um esforço de Abe para aprofundar as relações do Japão com a Rússia, ofuscadas por disputas territoriais entre os dois países após a Segunda Guerra Mundial. Ambos disputam ilhas hoje sob domínio da Rússia, chamadas pelos japoneses de Territórios do Norte e pelos russos de Kurils do sul. A disputa fez com que até hoje os dois países não tenham assinado formalmente um tratado de paz pondo fim às hostilidades decorrentes da Segunda Guerra Mundial Fonte: Associated Press.

O programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, é produzido pelo curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia e apresentado pelo professor Mário Tito Almeida. 

Músicas, debates e informações sobre os principais acontecimentos mundiais são os destaques do programa, que vai ao ar aos sábados, das 11 às 12 horas, com reprise às terças-feiras, das 21 às 22 horas.  

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