Tópicos | Rua do Bom Jesus

O senador Humberto Costa (PT-PE) esteve, nesta terça-feira (17), na Embaixada da Alemanha, em Brasília, para pedir o traslado dos restos mortais do príncipe João Maurício de Nassau para Pernambuco, com a finalidade de integrá-los ao conjunto arquitetônico da rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife.

Contratado pela Companhia das Índias Ocidentais, Nassau foi governador-geral do Brasil Holandês entre 1637 e 1643. O alemão era um conde integrante da Casa de Orange e veio para o estado trazendo suas contribuições artísticas e científicas. Trouxe pintores, como Frans Post e Albert Eckhout, arquitetos, astrônomos, naturalistas, que mudaram a paisagem do Recife e legaram empreendimentos, como o primeiro observatório astronômico das Américas.

Durante sua administração em Pernambuco, ele trouxe muitos judeus da Europa para o estado, onde fundaram, na rua do Bom Jesus, antiga rua dos Judeus, a primeira sinagoga das Américas, que hoje busca reconhecimento como patrimônio histórico e artístico nacional e como patrimônio mundial junto à Unesco.

"Estamos trabalhando nesse processo da Kahal Zur Israel e, tendo em conta a imensa contribuição de Nassau ao desenvolvimento das artes, da ciência, da economia, da arquitetura do nosso estado, pensamos que trazer os seus restos mortais ao Recife, na ideia da construção de eventual mausoléu, integrado a um conjunto cultural com a sinagoga, que sirva como referência à reflexão histórica sobre esse período", disse o senador, que no último sábado (14), lançou o livro O Brasil Holandês, que conta com textos organizados por ele sobre os 24 anos do domínio neerlandês em Pernambuco.

Recebido pelo chefe da Chanceleria alemã, Wolfgang Bindseil, e pela conselheira Claudia Seidler, Humberto Costa vai dar sequência aos entendimentos com o cônsul-geral da Alemanha no Recife, com a Embaixada dos Países Baixos e com o próprio Ministério das Relações Exteriores, para que a Embaixada do Brasil em Berlim faça os contatos necessários com as autoridades alemãs à viabilização.

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Maurício de Nassau, que morreu em 1679 na Alemanha, não teve herdeiros. Após o seu falecimento, a família pediu o traslado dos seus restos mortais para a cidade germânica de Siegen, de onde parte dos seus ancestrais era originária.

Em 2024, ocorrem os 400 anos da primeira incursão holandesa sobre o território da colônia, havida no estado da Bahia, e terminada em 1625. Cinco anos depois, em 1630, os neerlandeses tomaram Pernambuco. Também no ano que vem, a Alemanha comemora os 200 anos do início da imigração germânica no Brasil.

Uma das ruas mais bonitas do mundo fica instalada bem no coração da cidade do Recife. A Bom Jesus, via localizada no bairro que leva o mesmo nome que a capital pernambucana, foi eleita pela revista norte-americana Architectural Digest como a terceira mais linda do planeta - ficando atrás apenas da Setenil de Las Bodegas, na Espanha, e da Washington Street, de Nova York. O ponto de passeio para turistas e de orgulho para recifenses, a partir desta segunda (24), será de uso exclusivo  dos pedestres, que poderão desfrutar mais e melhor de toda a beleza e história da alameda. 

A Rua do Bom Jesus já teve vários nomes: do Comércio, dos Judues, do Bonde e da Cruz - mas, só em 1870 foi finalmente batizada como a conhecemos hoje. O nome veio de um   um arco que assim era chamado e que funcionava como porta da cidade No período holandês, esta era uma das mais importantes vias do Recife, pois era por ela que passava a maior parte do comércio local, por sua proximidade ao porto e seus armazéns. 

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Foto: Rafael Bandeira/LeiaJàImagens

Acredita-se ainda que na Bom Jesus existiu um mercado de escravos, tendo funcionado como um dos principais pontos de venda e quarentena de africanos escravizados que chegavam pelo porto da cidade, como é possível ver na tela do pintor Zacharias Wagener, pintada entre 1634 e 1641. Já em 1653 foi construída no logradouro a primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, onde hoje funciona o Centro Judaico Pernambucano. A história conta que de lá saíram,  fugidos da Coroa Portuguesa, 23 judeus que ajudaram a fundar a cidade de Nova Iorque, nos EUA.

Mais tarde, no começo do século 20, toda a área que hoje é conhecida como Bairro do Recife, popularmente chamada de Recife Antigo, passou por demolições e muito de sua paisagem original foi modificada. A muralha que cercava aquele espaço foi derrubada dando-lhe nova cara e usos. Hoje, parte desse muro pode ser visto em um museu a céu aberto na localidade.  

Já em meados da década de 1990, a Rua do Bom Jesus passou por um plano de revitalização e ganhou ares de ponto turístico.Com fiação embutida e o casario todo conservado para manter as características do período holandês, esse CEP tornou-se um dos mais procurados por turistas de toda parte. No entanto, a rua continua, até hoje, abrigando escritórios, empresas e moradias. Ainda restam alguns moradores na Bom Jesus e, eventualmente, imóveis residenciais disponíveis para aluguel.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Título internacional

No final de 2019, a revista norte-americana Architectural Digest elegeu a Bom Jesus como a terceira rua mais bonita do mundo. A recifense é a única representante brasileira da lista que traz 31 diferentes logradouros, e ficou atrás apenas das ruas Setenil de Las Bodegas, na Espanha, e da Washington Street, de Nova Iorque. 

A revista destaca a alameda pernambucana por suas altas palmeiras, o colorido de seu casario e a história que cada um deles contém. A rua conta com alguns pontos estratégicos, que agregam valor à sua beleza estética como a Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda, a Sinagoga Kahal Zur Israel, a estátua do compositor Antônio Maria e a Feirinha do Bom Jesus, que funciona aos domingos com comércio de artesanato, comidas típicas e, eventualmente, artistas de rua que se apresentam ao vivo. 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Pedestrianização

Estima-se que 45 mil pessoas transitam diariamente pela Rua do Bom Jesus. Elas dividem espaço com os carros que, além de trafegar pela via, também fazem uso de ambos os lados da alameda para estacionarem. Pegando carona nas ações do Maio Amarelo, que tira o quinto mês do ano para alertar e orientar a população sobre segurança no trânsito, o prefeito do Recife, João Campos (PSB) anunciou, o projeto de pedestrianização da Bom Jesus, que passa a vigorar nesta segunda (24). 

O projeto pretende viabilizar a mobilidade na área dando mais segurança viária aos pedestres, e também humanizando o espaço, como explicou a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT), em entrevista exclusiva ao LeiaJá. “Com essa valorização dos passeios urbanos, ganham os moradores e também os turistas, com uma cidade mais humanizada. Não se trata de banir os carros, mas de promover uma integração entre os vários modais, com uma atenção especial para aqueles que mais contribuem para a sustentabilidade do planeta”.

Isabella de Roldão, vice-prefeita da cidade do Recife. Foto: Divulgação/Brenda Alcântara

A vice-prefeita reforçou, ainda, que a mudança na área será “mais um ganho para a mobilidade ativa da cidade”, e que esse é um processo que pode vir a se repetir em outros logradouros da região. “A terceira via mais bonita do mundo ficará ainda mais linda só para as pessoas, que poderão observar com calma cada detalhe da sua arquitetura e se apropriar do espaço que é delas. Esse deve ser o destino das nossas ruas históricas ou de grande circulação de pedestres em todas as áreas do Recife”. 

Como vai ficar

A pedestrianização da Bom Jesus contou com o apoio da NACTO-GDCI, organização de referência mundial em mobilidade sustentável que, por meio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, prestou consultorias e forneceu o mobiliário urbano para efetuar as mudanças, como as esferas de concreto para isolar e sinalizar os extremos das vias.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Para viabilizar o projeto, houve a inversão no sentido da circulação das ruas da Guia, Dona Maria Cesar e João Domingos Martins. Assim, os condutores que usavam a Rua do Bom Jesus, poderão utilizar a Rua da Guia e a Rua Dona Maria Cesar como rota alternativa. Além disso, os condutores que vêm do Cais do Apolo pela Avenida Barbosa Lima poderão acessar a Praça do Arsenal pela Rua João Domingos Martins. 


 

A partir desta segunda-feira (24), a Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, área central da cidade, será exclusiva para pedestres. Chamado de “pedestrianização”, o processo é explicado pela prefeitura recifense como uma “experiência importante de segurança viária, porque traz o foco na mobilidade” de quem anda a pé.

De acordo com a Prefeitura do Recife, para a viabilidade da mudança, haverá inversão no sentido da circulação das Ruas da Guia, Dona Maria César e João Domingos Martins. “Dessa forma, os condutores que usavam a Rua do Bom Jesus, poderão utilizar a Rua da Guia e a Rua Dona Maria César como rota alternativa. Além disso, os condutores que vêm do Cais do Apolo pela Avenida Barbosa Lima poderão acessar a Praça do Arsenal pela Rua João Domingos Martins. Agentes e orientadores de trânsito estarão no local durante as primeiras semanas da mudança para esclarecer as dúvidas dos condutores”, detalhou a PCR.

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A NACTO-GDCI, organização de referência mundial em mobilidade sustentável, ajudou a gestão da capital pernambucana para viabilizar a pedestrianização da Rua do Bom Jesus. Foram realizadas consultorias em busca de um desenho para as vias próximas à Rua, bem como foi arquitetado um mobiliário urbano para garantir a segurança de quem anda pelo local, como esferas de concreto que isolam os extremos das vias. “Nas áreas de cruzamento com as outras vias, o espaço foi redesenhado para garantir o espaço dos pedestres por meio de sinalização horizontal, diminuindo, assim, os espaços para travessias”, acrescentou a Prefeitura do Recife.

Segundo o Comitê Municipal de Acidentes de Trânsito (Compat) e a organização da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, com base no Relatório Preliminar de Vítimas Fatais, no Recife, pessoas que andam a pé correspondem a 46% das vítimas fatais de sinistro de trânsito. "O relatório preliminar de vítimas fatais é um marco importante para divulgar os dados sobre os sinistros de trânsito e é uma das estratégias para conscientizar as pessoas sobre os riscos no trânsito. Sabemos que as intervenções nos espaços públicos são essenciais, mas queremos também fomentar a responsabilidade compartilhada com a sociedade civil, porque se todos respeitarem os mais vulneráveis no trânsito, conseguiremos salvar mais vidas", destacou a coordenadora de dados da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Recife, Amanda Maria da Conceição, conforte o site da PCR.

Bruno Lima leva sua exposição Se essa rua fosse minha para o RioMar Shopping. Após inaugurar na galeria de arte Bruno Lima Connection, a mostra chega aos corredores do centro de compras para uma temporada durante o mês de setembro.

Em Se essa rua fosse minha, o artista Bruno Lima presta uma homenagem à Rua do Bom Jesus, nomeada recentemente como a terceira mais bonita do mundo, segundo a revista americana Architecture Digest. Os visitantes poderão conferir a exposição no Pátio de Eventos II do RioMar até o dia 20 de setembro. 

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Serviço

Se essa rua fosse minha

Até 20 de setembro - 10h às 22h

Pátio de eventos II - RioMar Shopping

Gratuito

Em vários lugares do mundo, os judeus dão início às comemorações e iluminam casas e sinagogas durante oito dias para comemorar a Chanuká, tradicional celebração do calendário judaico conhecida como Festa das Luzes. A comemoração é importante, pois relembra fatos ocorridos há vinte e um séculos em Jerusalém e celebra a vitória da luz contra a escuridão, a luta contra a intolerância religiosa e a tentativa de imposição da cultura helenística aos povos da região.

Em Recife, a comunidade judaica estará reunida neste domingo (22), às 18h, na Sinagoga Kahal Zur Israel, na rua do Bom Jesus, onde haverá a grande festa. Na ocasião, o rabino, Clifford Kulwin, que atuou no Temple B'nai Abraham, em New Jersey, que já está na cidade desde ontem (18) desenvolvendo atividades junto à comunidade judaica e participando dos encontros inter-religiosos, fará as bênçãos características, acendendo as velas de Chanuká e cantando músicas alusivas à festa.

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Em frente à Sinagoga, uma hanukiá (candelabro de oito velas) estará instalado para que seja feito o acendimento da primeira vela da festividade. Em cada noite subsequente acrescenta-se uma nova vela à esquerda, até que o candelabro esteja completamente acesso ao fim de oito dias. De acordo com Sônia Sette, presidente da Federação Israelita de Pernambuco (Fipe), é tradição acender as velas de hanukiá em ambientes públicos para compartilhar a alegria com toda a sociedade. É um momento de celebração religiosa que costuma reunir toda a família.

*Da assessoria 

As ruas do Bairro do Recife serão tomadas por atrações culturais durante o projeto Recife Antigo de Coração, que ocorrerá em todos os domingos, no Marco Zero e Rua do Bom Jesus, das 16 às 17h30. As apresentações e ações são gratuitas.

Neste domingo (10), além das já tradicionais ações, como Ciclofaixa de turismo e lazer e feiras do Bom Jesus e do Prodaste, terá apresentação do grupo de Coco Besouro Mangangá. Já no dia 17 de setembro, a atração é o Ballet Deveras. O Recife Antigo de Coração é realizado pela Prefeitura do Recife e Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer.             

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Serviço

Recife Antigo de Coração

Domingo (10 e 17)| 16 h

Marco Zero (Armazéns do Porto)

Rua do Bom Jesus (Recife Antigo)

 

Gratuito

Nesta quarta (4), uma polêmica envolvendo a tradicional Feira do Bom Jesus movimentou a internet. Segundo a página da feira no Facebook, a empresa responsável pela montagem teria recebido um ofício da Prefeitura do Recife informando que os quiosques não poderiam mais ocupar a rua do Bom Jesus em virtude de um projeto de mobilidade urbana. Em nota, a Prefeitura confirmou a permanência da feirinha no tradicional endereço - entre a avenida Barbosa Lima e a rua Barão Rodrigues Mendes - e reforçou a importância da Feirinha para os recifenses e turistas.

Confira a nota na íntegra:

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"A Prefeitura do Recife informa que a Feira do Bom Jesus está mantida e não vai mudar de lugar. Com mais de dez anos de existência, a feirinha já é uma tradicional opção de lazer para os recifenses e um atrativo a mais para os turistas no bairro que conta capítulos importantes da história do Recife. A feira continuará sendo montada apenas na Rua do Bom Jesus, no trecho entre a Avenida Barbosa Lima e a Rua Barão Rodrigues Mendes, onde cerca de 100 artesãos poderão trabalhar.

A readequação fez-se necessária diante das transformações vividas pelo bairro, que agora recebe sistematicamente grandiosos projetos públicos, como o Recife Antigo de Coração e a Ciclofaixa de Turismo e Lazer, além de sediar importantes equipamentos culturais, como o Paço do Frevo e o Cais do Sertão. A ação da Feira do Bom Jesus faz parte da melhoria de todo o Bairro do Recife, iniciada em 2014, que já ordenou o Marco Zero e ruas do entorno.

A reestruturação da feira já vem sendo discutida com a organizadora e administradora da feira, Tereza Lucena, e órgãos como a CTTU, Emlurb, Guarda Municipal e secretarias de Turismo e Lazer e Desenvolvimento Econômico. Na cidade das pessoas, a mobilidade dos pedestres é uma prioridade".

O Recife Antigo vira um pedacinho do Japão neste domingo (23). O bairro ecebe a XVIII Feira Japonesa, evento organizado pela Associação Nordestina dos Ex-Bolsistas e Estagiários no Japão (Anbej), Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR) e Aliança Cultural Brasil – Japão (ACBJ). Durante todo o dia os visitantes poderão conhecer um pouco da cultura japonesa, assistir exibições de animes e desfiles de cosplay.

Às 10h30, a Rua do Bom Jesus estará toda decorada com origamis e as barracas de artesanato oriental já estarão funcionando. Na Praça do Arsenal estarão instaladas barracas de comidas típicas do Japão, Tailândia e Coréia. Lá acontecem, também, apresentações de artes marciais, mangás (histórias em quadrinhos), música e dança. Uma das principais atrações será o grupo Kaito Shamidaiko, que tocará várias músicas japonesas com taiko, flauta e shamisen (um tradicional instrumento de três cordas).

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Na Rua Domingos José Martins, paralela à Bom Jesus, haverá exibição de filmes, animes e mangás e desfile de cosplay. Um estande do Consulado do Japão estará funcionando para dar informações sobre intercâmbio e oficias de origami e bonsai.

Serviço

XVIII Feira Japonesa do Recife

Domingo (23)| 10h30

Rua do Bom Jesus, Rua Domingos José Martins e Praça do Arsenal (Bairro do Recife)

Gratuito


















A partir das 21h desta sexta-feira (19), a Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo, irá ganhar um espaço de convívio com direito a atrações musicais, mobilização de skatistas e montagem de parklets - intervenções urbanas temporárias que visam a estender o espaço das calçadas.  A iniciativa é uma celebração em comemoração ao Dia Mundial sem Carro, no próximo dia 22, e será feita pelo Projeto Parque Capibaribe.

O objetivo da ação é sensibilizar a sociedade sobre questões como a mobilidade urbana e a qualidade de vida. Durante a programação, haverá o lançamento da hashtag #voudeparquecapibaribe, uma estratégia de divulgação de trabalho a ser usada nas redes sociais para promover demais ações do Projeto Parque Capibaribe. 

“O objetivo maior do Parque é a integração dos espaços da cidade, promovendo mobilidade, convivência e preservação”, comenta a urbanista Circe Monteiro, uma das coordenadoras do projeto. O Parque Capibaribe é fruto de um convênio entre a Prefeitura do Recife (PCR) através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e prevê intervenções urbanas até 2037, ano em que a capital pernambucana completa 500 anos. 

Com informações da assessoria

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O artista francês Toulouse Loutrec é homenageado pela pintora e pianista Anete Cunha em telas que ficam expostas a partir desta terça-feira (24) na Galeria Ranulpho, na rua do Bom Jesus, Recife Antigo. Revivendo Toulouse-Loutrec é o nome da mostra que reúne 21 obras assinadas por Anete. A Belle Époque com sua agitada vida noturna, a boemia parisiense e os cabarés com suas prostitutas, festas, amores e solidão são os elementos que compõem o contexto das obras.

Tocada pelo trabalho do francês, Anete traz as imagens daquela época para o século 21, apostando em cores fortes e nas pinceladas características de Loutrec. O pintor pós-impressionista, que tinha uma deficiência nas pernas, morreu com pouco mais de 30 anos e deixou um importante legado para a capital francesa do final do século 19. Durante a vernissage, Anete vai tocar piano, outra paixão de sua vida. A exposição é gratuita e fica em cartaz até 10 de agosto.

Serviço

Abertura de Revivendo Toulouse Loutrec - Anete Cunha

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Quando: Terça (24), 19h 

Até 10 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h

Local: Galeria Ranulpho (Rua do Bom Jesus, 125, Recife Antigo)

Entrada: Gratuita

A Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife, se vestiu de azul e branco e mostrou um pouco da cultura dos povos judaicos neste sábado (3) e domingo (4), durante a 20ª edição do Festival da Cultura Judaica. O evento, que começou dentro do centro israelita e, dez anos depois de sua criação, mudou-se para o meio da rua, passou, assim, a incorporar o calendário da cidade do Recife.

Com o tema “Shalom - Educando para a paz”, o festival tem o propósito de convergir, conhecer e conviver mutuamente com as diversas linhas de educação moral e espiritual. A presidenta da Federação Israelita de Pernambuco, Sonia Sette, conta que este foi o primeiro ano de parceria entre a Federação e a Secretaria de Educaçao do Estado. “Devido ao tema, fizemos esta parceria com a Secretaria e promovemos minicursos, oficinas, palestras, exibição de filmes, exposições, shows musicais, dança, artesanato e gastronomia, incluindo visitações gratuitas à Sinagoga Kahal Zur Israel”, explica, referindo-se à primeira Sinagoga construída nas Américas durante o período de ocupação holandesa, no século 17.

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O festival contou também com a presença do DJ Marcelo Berman que veio do Rio de Janeiro para discotecar esta celebração judaica no Recife. Por volta das 19h, as pessoas se reuniram em frente ao palco na Praça do Arsenal para participarem de uma dança típica ao som de músicas israelitas.

A presença da gastronomia típica dos judeus também foi uma vertente bastante explorada no festival. O custo das comidas girava em torno de R$3 e R$5 e as variedades eram, em sua maioria, tortas doces (damasco, nozes, uva) e salgadas (cebola, macarrão, queijo), sonhos de maçã, folheado de queijo, bolo de mel e camish* entre outros.

*Camish – Esteticamente, essa guloseima judaica pode até lembrar o nosso tradicional bolo de rolo, mas o sabor e a textura são complemente diferentes. A massa é a mesma das tortas crocantes e o recheio leva damasco, nozes, passas e amêndoas. Este é o segundo doce mais importante da culinária israelense, e está presente em festas como casamentos e B'nai Mitzvá (inserção do jovem judeu como um membro maduro na comunidade), pois traz o significado da alegria, doçura e felicidade.

Outro doce muito importante para a tradição azul e branca é o bolo de mel, uma sobremesa apreciada o ano inteiro e que se sobressai em cerimônias como Rosh Shana (ano novo judaico) e Yonkypur (dia do perdão), representando um “ano novo doce”.

Uma curiosidade foram os chamados “olhos-gregos”, uma pedra em tons azuis com uma espécie de olho central, que também faz parte da cultura judaica. De acordo com um dos comerciantes do festival, Arão Schver, “o olho-grego vem do Marrocos, quando Maomé mandou fazer um objeto em homenagem à sua filha Fátima. Ele foi trazido para a nossa cultura e representa um talismã da sorte”.  O também comerciante Diógenes Azevedo complementa falando que outro talismã bastante popular entre os turistas é a “mão de Fátima”, uma espécie de amuleto contra o mal olhado.

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