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O Ministério da Saúde passou a recomendar a vacinação contra o sarampo em crianças com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias para combater a disseminação do vírus no país. Nessa faixa etária, segundo a pasta, será ofertada uma dose complementar, chamada de dose zero, como já acontece em campanhas como a de combate à poliomielite. A orientação foi apresentada nesta terça-feira (20) em entrevista coletiva na sede do órgão, em Brasília.

Entre 19 de maio e 10 de agosto deste ano, foram confirmados 1.680 casos de sarampo no Brasil, além de 7,5 mil casos em investigação. No período, de acordo com o ministério, não houve mortes confirmadas decorrentes da enfermidade.

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Após um surto envolvendo estados da Região Norte no início do ano, um novo surto foi registrado no estado de São Paulo, que concentra, atualmente, 1.662 casos em 74 municípios – 98,5% do total de casos. Em seguida aparecem Rio de Janeiro, com seis casos, e Pernambuco, com quatro. Com um caso estão Goiás, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Piauí.

A recomendação da vacinação adicional de crianças com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias se deve ao fato deste ser o público com maior potencial de contágio. O coeficiente de incidência em bebês de até 1 ano é de 38,28 casos para cada grupo de 100 mil, enquanto a média de todas as faixas etárias ficou em 4,12. Normalmente, a imunização acontece por meio de duas doses, aos 12 meses e aos 15 meses de vida.

“Temos observado uma incidência elevada em menores de 1 ano. É fundamental estabelecermos estratégia diferenciada para essa faixa etária, olhar para as crianças menores de 1 ano com especial atenção”, declarou o secretário de vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.

Jovens adultos

Além dos bebês, outro público que preocupa o ministério é o de jovens adultos. A pasta destacou a necessidade de pessoas de 20 a 29 anos regularizarem a vacinação contra o sarampo – o grupo tem coeficiente de incidência de 9 casos para cada grupo de 100 mil, mais que o dobro da média nacional. A orientação vale especialmente para São Paulo, estado com muitos casos e alta densidade populacional.

De acordo com o ministério, pela rotina de imunização estabelecida, pessoas com até 29 anos devem já ter recebido duas doses contra o sarampo. Já quem tem entre 30 e 49 anos deve ter tomado pelo menos uma dose. O secretário ponderou, contudo, que não há necessidade de corrida aos postos de saúde e que a regularização pode ser feita tranquilamente.

Difícil controle

Questionado sobre as razões da propagação do sarampo no país, Oliveira argumentou que a natureza do vírus e de sua transmissão dificultam o controle, especialmente com um surto em uma região como o estado de São Paulo.

“O sarampo é doença de transmissão respiratória. É rastilho de pólvora. Para cada caso, podemos ter 18 pessoas infectadas. É extremamente complexa a contenção da situação viral, principalmente num estado com a densidade demográfica que São Paulo tem”, disse. Entre os principais obstáculos, segundo ele, estão a falta de imunização em adultos jovens e a dificuldade de conscientização desse público.

Estoque

O secretário relatou que já foram disponibilizadas 7,5 milhões de doses da vacina para o estado de São Paulo, além do apoio a campanhas de comunicação para sensibilizar os públicos mais afetados pelo vírus. Ele acrescentou que as vacinas adicionais para bebês devem totalizar cerca de 1,6 milhões de doses e que os estados estão abastecidos, mas que o governo está buscando um estoque complementar com fornecedores externos.

O representante do ministério apontou como problema a atuação de movimentos antivacina que, segundo ele, se alimentam de desinformação e notícias falsas para recusar a imunização necessária. O ministério disponibilizou uma seção em seu site para desmentir notícias falsas e oferecer outras informações.

 

Nessa segunda-feira (19) a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou cinco casos de sarampo em Pernambuco. No último sábado (17), a SES foi notificada sobre um possível óbito causado pela doença contagiosa. A entidade ainda fará análises para confirmar a relação da doença com a morte de um bebê de sete meses, em Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco.

Dos cinco casos, quatro estão relacionados a uma excursão para Porto Seguro, na Bahia, entre junho e julho deste ano. A quinta vítima foi um adolescente, de 18 anos, que reside no mesmo município do bebê sob suspeita. Dos casos confirmados, dois ocorreram no Recife, dois em Caruaru e um em Taquaritinga.

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"Nós continuamos reforçando a importância da população estar devidamente imunizada contra o sarampo. Desde a semana passada, passamos a vacinar as crianças a partir dos 6 meses em 9 municípios, para ampliar nossa rede de proteção, e continuamos com doses para atender a população de 1 ano até os 49 anos em todo o Estado", reiterou o secretário de Saúde André Longo. A vacina é gratuita e tem o intuito de prevenir um surto do vírus no Estado.

Notificações

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) recebeu 219 notificações de casos suspeitos de sarampo, com 84 descartes, cinco confirmações e as demais em investigação. Do total de suspeitas, 146 (66%) foram notificadas nas semanas após o caso relacionado a Porto Seguro.

Histórico

No ano passado, das 213 notificações, 209 foram descartadas e quatro confirmadas, todas relacionadas a um paciente com histórico de viagem para Manaus, área com circulação do vírus na época. Em 2017 foram 45 notificações e em 2016, 39, todas descartadas.  

Com informações da assessoria

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), informou que, na quinta-feira (15), a Fiocruz Rio de Janeiro liberou a confirmação laboratorial de quatro casos de sarampo em Pernambuco. Os contaminados são três viajantes que fizeram excursão para Porto Seguro-BA entre o final de junho e início de julho e um contato desse trio. Dessas confirmações, dois são de residentes do Recife e dois de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

O Governo de Pernambuco está atento pois o número pode aumentar. Dessa excursão a Porto Seguro, nove casos relacionados a sarampo foram notificados a partir do dia 25 de julho. Ou seja, além das quatro confirmações, cinco notificações relacionadas à viagem continuam em investigação pelo laboratório de referência nacional para a doença. Os casos investigados são de uma pessoa do Recife, uma de Olinda, outra de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e duas de Bezerros, no Agreste.

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Segundo a SES, o quadro de saúde das nove pessoas é estável. O sarampo teria sido passado por um paciente positivo de São Paulo, que foi monitor da excursão. Ao todo, 182 pernambucanos participaram da viagem. A vigilância epidemiológica dos municípios dos viajantes realizara busca ativa dessa população e dos possíveis contatos para verificar a existência de outros casos suspeitos, além de realizar bloqueio com a vacinação tríplicie viral para evitar a circulação.

Foram realizadas 24 ações de bloqueio, com mais de 1,2 mil doses da vacina aplicadas. O bloqueio deve ser feito de forma seletiva e a tríplice viral é administrada conforme a situação de cada contato, na faixa etária de 6 meses a 49 anos. Acima dessa idade, se avalia a necessidade da imunização. A SES-PE afirma que todas as ações de prevenção e controle foram realizadas a partir da notificação dos casos, independente do resultado laboratorial, e que o órgão continua vigilante para a situação.

Notificações

Desde janeiro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde recebeu 132 notificações de casos suspeitos de sarampo, com 74 descartes, quatro confirmações e 54 em investigação. Do total de notificações, 69 (52%) foram realizadas após o caso de Porto Seguro. Em 2018, das 213 notificações, 209 foram descartadas e quatro confirmadas, relacionadas a um paciente com histórico para Manaus, área com circulação do vírus na época. Em 2017, foram 45 notificações e em 2016, 39, todas descartadas.

Pernambuco não registra casos autóctones (transmissão sustentada por um período acima de um ano) do sarampo desde 2000 - em 1999 foram registradas as últimas 240 ocorrências. Em 2012 houve um caso importado e entre 2013 e 2014 houve um surto com 226 casos.

Suspeitas

É considerado paciente suspeito para sarampo aquele que apresentar febre e manchas avermelhadas que começam na cabeça e vão descendo para o restante do corpo, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e situação vacinal; ou todo indivíduo com história de viagem para locais com circulação do vírus do sarampo nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou para local com circulação viral. No Brasil, os estados com casos são Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Sergipe, Minas Gerais, Santa Catarina, Amazonas e Roraima.

Mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, foram enviadas pelo Ministério da Saúde para todo o país. Desse total, 6,5 milhões foram destinadas aos municípios paulistas, pois o estado concentra quase 100% dos casos de sarampo registrados nos últimos 90 dias, segundo dados do órgão. Foram 1.220 ocorrências em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma na Bahia e uma no Paraná. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,58 por 100 mil habitantes.

As vacinas enviadas atendem à imunização de rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação e às situações de surto de sarampo. Rio Janeiro, Bahia e Paraná receberam, juntos, 8,2 milhões de doses.

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O ministério destaca que a vacina é o principal meio de prevenção de sarampo, caxumba e rubéola. O Brasil não registrava casos autóctones (adquiridos no país) de sarampo desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com medidas de bloqueio vacinal.

Campanhas adicionais

Até o momento, considerando o atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença. Elas estão sendo feitas nas áreas onde há circulação do vírus atualmente.

“Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS [Sistema Único de Saúde], conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização”, informou o órgão em nota.

Atualmente, 53 cidades em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná – se mantém com surto ativo. Veja abaixo a lista dos municípios.

Orientações

No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um alerta para pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para os municípios em situação de surto ativo do sarampo no país. A recomendação é que essas crianças sejam vacinadas com a tríplice viral pelo menos 15 dias antes da viagem. Além de proteger a criança, a medida contribui para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

Esta dose, chamada de “zero”, não substitui as etapas do calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose, que não é considerada válida para fins de calendário, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

A tríplice viral está disponível nos mais de 37 mil postos de vacinação em todo o Brasil pelo SUS.

 

Os casos de sarampo em todo mundo quase triplicaram desde janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado - informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (13).

Os números divulgados pela OMS mostraram que, entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2019, foram registrados 364.808 casos, contra os 129.239 do ano passado, no mesmo intervalo.

Esses são os números mais altos registrados desde 2006, afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, em reunião com uma imprensa em Genebra.

O maior número de casos foi registrado na República Democrática do Congo (RDC), em Madagascar e na Ucrânia.

No caso de Magadascar, "no entanto, o número de casos diminuiu significativamente nos últimos meses", como resultado de campanhas nacionais de vacinação de emergência contra o sarampo, relatou a OMS.

Outros grandes surtos desta doença se desenvolveram em Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão do Sul, Sudão e Tailândia.

Já os Estados Unidos registraram seu maior número de casos de sarampo em 25 anos.

O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo. As mortes ocorrem, mais frequentemente, devido a complicações.

"Não há tratamento, embora possa ser prevenida com duas doses de uma vacina segura e eficaz", de acordo com a OMS.

O sarampo está se alastrando pelo País. Depois de São Paulo, Rio e Bahia, é a vez do Paraná registrar a doença. O Ministério da Saúde contabilizou até o momento 1.226 casos da infecção entre 12 de maio e 3 de agosto. Do total, 1.220 estão concentrados em SP, quatro no Rio, um na Bahia e outro, no Paraná. Há ainda 6.678 casos em investigação. Desde o início do ano, foram confirmados 1.322 pacientes com a infecção, 95% dos quais nos quatro Estados que atualmente estão em situação de surto.

Diante do avanço de casos, o Ministério da Saúde montou na semana passada um comitê encarregado de acompanhar diariamente a situação em todo o País, o primeiro estágio para que a decretação de estado de emergência seja realizada. Como o Estado mostrou, numa resposta à situação de surto, o Ministério da Saúde iniciou as negociações com a Organização Pan-Americana de Saúde para uma compra de vacina, caso seja necessário. A transação funciona como uma pré-reserva. As doses serão enviadas assim que o governo acionar o organismo internacional. O quantitativo reservado, porém, não foi informado.

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A estratégia atual do governo é realizar vacinações de bloqueio, em que pessoas que tiveram contato com suspeitos de ter a infecção são imunizadas. As campanhas em São Paulo também visam vacinar adultos jovens e reforçar a proteção entre crianças em cidades consideradas prioritárias, mesmo menores de um ano. Neste surto, um número significativo de bebês com menos de um ano foi infectado. O fenômeno é atribuído à baixa cobertura vacinal dos pais. Como a mãe não tem anticorpos contra doença, a proteção não é transmitida por meio do aleitamento. E pais, suscetíveis à doença, podem transmitir o vírus ao bebê. A vacinação de menores de um ano não é recomendada na praxe. É uma medida feita de forma emergencial e não deve dispensar as doses regulares da vacina, aos 12 e 15 meses.

Apesar do avanço da infecção, a cobertura vacinal contra sarampo é considerada baixa. No Rio, 51,23% das crianças estão imunizadas. A cobertura em São Paulo é de 74,65%; na Bahia é de 61,69%; e no Paraná, de 89,53.

A prefeitura de Salvador realiza neste sábado (10) o Dia D da Vacinação contra o Sarampo. Oitenta e dois postos de saúde oferecem, até as 17h, a vacina contra a doença, transmitida por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro, a tosse e fala.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a população com idade entre 12 meses e 49 anos que ainda não se protegeu deverá comparecer a uma dessas unidades munida do cartão de vacina e documento de identificação para atualização vacinal.

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“É importante ressaltar que a imunização não será indiscriminada, ou seja, será avaliada a situação vacinal de cada pessoa. Quem já tomou a vacina não precisa ser revacinada porque já está protegida”, disse, em nota, a subcoordenadora de Imunização, Doiane Lemos. 

De acordo com a prefeitura, a vacina está disponível na rede básica de saúde de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A tríplice viral imuniza contra o sarampo, a rubéola e caxumba.

A prefeitura de Salvador informa quem deve se vacinar contra o sarampo:

- de 12 meses a 4 anos: uma dose da tríplice viral e uma dose da tetra viral (com intervalo de 30 dias);

- de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral (com intervalo de 30 dias);

- de 30 a 49 anos: uma dose da tríplice viral;

- Profissionais de saúde de qualquer idade, portando documento comprobatório (crachá, contracheque, carteira de trabalho): duas doses da tríplice viral, respeitando o intervalo de 30 dias após a primeira.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo anunciou ontem que bebês de 6 meses a 1 ano de 39 cidades paulistas deverão ser vacinados contra o sarampo. A campanha será iniciada na segunda-feira e inclui ainda a aplicação de doses em crianças nessa faixa etária que vão se deslocar para essas cidades.

No fim de julho, o Ministério da Saúde já havia recomendado a vacinação de crianças dessa idade em 32 cidades paulistas. Agora, a recomendação foi ampliada para mais municípios pela pasta estadual, considerando o aumento do número de cidades que registraram casos.

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Idealmente, a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) é aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade. A decisão de antecipar a primeira dose se justifica pela circulação do vírus nessas localidades.

Segundo a Secretaria da Saúde, a aplicação da chamada "dose D" (ou dose zero, conforme nomenclatura do ministério) não será contabilizada no calendário nacional de vacinação da criança, ou seja, não substitui as doses de rotina. Após a aplicação da "dose D", é preciso aguardar pelo menos 30 dias para aplicação da tríplice aos 12 meses, como prevê o calendário.

Balanço

Até agora, o Estado de São Paulo já confirmou 967 casos da doença, dos quais 778 foram registrados na capital paulista, que já havia anunciado a vacinação de bebês a partir dos 6 meses. De acordo com a pasta estadual, 13,6% de todos os casos tiveram como vítimas menores de 1 ano. Além da campanha para bebês, o Estado tem a campanha para jovens de 15 a 29 anos em 15 municípios. Desde 10 de junho, 1,2 milhão de pessoas nessa faixa foram imunizadas. A meta é vacinar 4,4 milhões até o dia 16 de agosto, data de encerramento da iniciativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou nesta quarta-feira (7) o primeiro caso de sarampo no estado – uma moradora da região metropolitana de Curitiba. Por meio de nota, a secretaria informou que a paciente, de 41 anos, viajou em julho para São Paulo, estado com mais de 900 casos confirmados da doença.

De acordo com a secretaria, a mulher, que vive em Campina Grande do Sul, está em isolamento, e os procedimentos de bloqueio vacinal seletivo nas pessoas que tiveram contato com ela já foram realizados. A paranaense esteve em São Paulo entre 15 e 22 de julho e começou a apresentar os sintomas na última sexta-feira (2).

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Ainda segundo com o comunicado, o Paraná acompanha mais dois casos de pessoas com suspeita de sarampo. Enquanto os resultados dos exames não ficam prontos, a secretaria realiza bloqueio vacinal preventivo nas pessoas que tiveram algum tipo de contato com os pacientes e o isolamento domiciliar ou hospitalar.

“Pedimos que todos os profissionais de saúde fiquem atentos aos sintomas e notifiquem à vigilância epidemiológica municipal os casos suspeitos, para que possamos acionar as medidas necessárias para o bloqueio vacinal seletivo nos contatos suscetíveis após exposição”, destacou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr.

“Como a contaminação é pelo ar, qualquer contato com uma pessoa doente é um risco alto de transmissão”, completou.

Panorama

O Ministério da Saúde registrou, entre 5 de maio e 3 de agosto, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). Atualmente, 43 cidades nesses três estados se mantêm com surto ativo da doença, ou seja, com crescimento do número de casos confirmados.

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes da doença são mais graves em crianças menores de 5 anos. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e pelo espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar – daí o alto poder de contágio.

Os sintomas mais comuns são: febre alta, dor de cabeça, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento caso alguém com quem teve contato fique doente.

 

Com estoques limitados, o Ministério da Saúde iniciou busca no mercado internacional para compra de vacina contra sarampo. Diante da explosão de casos em São Paulo e com receio de que o quadro se replique em outros pontos do País, a pasta procura alternativas para eventual aumento expressivo da demanda. Uma das possibilidades é usar quantitativo que havia sido reservado para uma campanha de multivacinação, programada para este semestre.

"A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) também já se prontificou a ofertar vacinas, caso seja necessário", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Kleber de Oliveira. "A preparação para compra seria para um cenário mais complexo. Os Estados estão abastecidos e orientados a seguir as condutas." Mas depois completou: "Não adianta todos quererem vacinar todo mundo."

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Até 31 de julho, foram registrados 967 casos confirmados de sarampo e a capital concentra 80% dos registros, segundo a Secretaria da Saúde paulista. O ministério considera ainda que Rio, Bahia e Pará estão com surto. Infecções confirmadas antes de maio não são mais incluídas no boletim oficial. A pasta afirma que, com longo período sem casos novos, nesses locais a transmissão foi interrompida.

Para frear a expansão da doença, campanhas voltadas a crianças e jovens adultos em São Paulo foram organizadas, incluindo postos volantes. O ministério emitiu ainda recomendação ampliando a indicação de vacina nos casos de bebês que viajam a áreas de risco para sarampo. Tradicionalmente, a primeira dose do imunizante é dada quando a criança faz 1 ano. No informe da pasta, a indicação é de que nos casos de viagem a dose seja dada já aos 6 meses. Há grande número de bebês menores de 1 ano infectados.

Para Oliveira, isso se deve, sobretudo, ao fato de as mães desses bebês não terem sido imunizadas e, assim, não passarem os anticorpos da doença para o bebê na amamentação. Pela lista do ministério, 37 cidades de São Paulo, Pará, Bahia e Rio são consideradas de risco. A vacinação deve ser feita até 15 dias antes da viagem e não dispensa a aplicação das duas doses tradicionais, aos 12 e aos 15 meses.

Mensalmente, o ministério encaminha para Estados 2,5 milhões de doses da vacina. Diante da expansão de casos em São Paulo, foram encaminhadas 4,3 milhões de imunizantes para o Estado. Desde 10 de junho, 902,2 mil pessoas de 15 a 29 anos foram imunizados. A meta é vacinar 4,4 milhões até dia 16.

Estratégia

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, o ministério abriu caminho na segunda para decretar emergência em saúde pública por causa do sarampo. Foi posto em operação o Comitê Operativo de Emergência em Saúde. Composto por membros de vigilância, vacinação, atendimento hospitalar, atenção básica e assistência farmacêutica, o grupo é encarregado de fazer acompanhamento diário da evolução da epidemia e traçar estratégias, se os casos aumentarem de forma acima do previsto.

Oliveira, no entanto, a avalia que o principal é manter ações de bloqueio e imunizar grupos prioritários. A vacinação em escolas é outra medida considerada importante. "Não adianta a imunização sem critério. É preciso concentrar esforços nos grupos mais vulneráveis."

O sarampo é altamente contagioso e pode matar. A estimativa é de que um infectado tenha capacidade de contaminar 40 pessoas próximas. Tradicionalmente, o período de mais risco é em meses frios. A transmissão geralmente perde força a partir de setembro.

A vacina usada no País é produzida por Biomanguinhos. Este ano, serão preparadas 26 milhões de doses - 12 milhões já foram entregues. Conforme o laboratório, diante de um pedido do ministério, seria possível pensar em alternativas.

Nos últimos cinco anos, a produção de vacina de sarampo variou de modo expressivo. No surto de febre amarela, Biomanguinhos teve de reduzir a produção de vacina de sarampo para produzir mais imunizante contra a febre. "Como ambas compartilham uma mesma linha de produção, o aumento da demanda de uma afeta a capacidade do fornecimento de outra." (Colaborou Paula Felix)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde soltou nesta terça-feira (6) um comunicado alertando pais, mães e responsáveis que vão viajar com seus filhos de seis meses a menores de um ano de idade para 39 cidades dos estados de São Paulo, Pará ou Rio de Janeiro, onde há surto ativo do sarampo, para que vacinem seus filhos. A recomendação é que todas essas crianças sejam imunizadas contra a doença no período mínimo de 15 dias antes da data prevista para a viagem. Além de proteger, a medida de segurança pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

Segundo o Ministério, a vacina não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não.

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No estado de São Paulo, as cidades com registro de sarampo, segundo o Ministério da Saúde, são: São Paulo, Santos, Fernandópolis, Santo André, Guarulhos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires, Mairiporã, Pindamonhangaba, Sorocaba, Diadema, Indaiatuba, Osasco, Barueri, Caçapava, Caieiras, Embu, Estrela D’Oeste, Francisco Morato, Hortolândia, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Jales, Mogi das Cruzes, Peruíbe, Praia Grande, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Taboão da Serra e Taubaté. No estado do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Paraty e Nilópolis. No Pará: Monte Alegre, Santarém, Porto do Moz e Prainha.

O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 05 de maio e 03 de agosto deste ano, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901 casos), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1).

 

O Ministério da Saúde deu na segunda-feira (5) o primeiro passo para a decretação de emergência em saúde pública por sarampo. Diante do avanço de registros em São Paulo e da notificação de casos em outros 7 Estados do País, o Ministério da Saúde colocou ontem em operação o Comitê Operativo de Emergência em Saúde (COE). O grupo, com representantes de vigilância, vacinação, atendimento hospitalar, atenção básica e assistência farmacêutica, é encarregado de fazer um acompanhamento diário da evolução da epidemia. Antes dessa medida, o monitoramento da pasta era semanal.

Até a semana passada, haviam sido confirmados no País 646 casos de sarampo, em oito Estados. A maior preocupação está em São Paulo, que concentra registros. Mas há também a constatação de que infecções se espalham por regiões turísticas, como Parati, no Rio, que já confirmou dez casos, e a cidade baiana de Porto Seguro, que notificou um caso suspeito.

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A reportagem apurou que, com o COE, aumenta o alerta e se reduz a distância para que o País decrete estado de emergência. A instalação do grupo ocorre quatro meses depois de o Brasil perder o certificado de país livre do sarampo, dado em 2016.

Dois fatores exerceram grande influência: o fato de o sarampo ser altamente contagioso e os níveis de cobertura vacinal se reduzirem. Os números da epidemia mostram que a maior parte dos casos confirmados está na população entre 1 e 5 anos e também entre jovens, que, se vacinados, estariam protegidos contra a doença.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, descartou a possibilidade da decretação imediata de emergência em saúde pública. "A avaliação de risco é feita diariamente, mas desde janeiro temos intensificado as ações contra o sarampo", disse. Rejane Calixto, coordenadora em Saúde de São Paulo, também afirmou não haver uma decisão tomada. Ela veio a Brasília para uma reunião com o Ministério da Saúde.

Kleber de Oliveira afirmou que um dos pontos desfavoráveis para a decretação de emergência seria a corrida aos postos. "Isso poderia drenar a capacidade de trabalho e de recursos, com o desperdício de imunizantes." A decretação de emergência em saúde pública obedece a uma série de quesitos, como o risco de disseminação nacional, a gravidade elevada da doença, a reintrodução de doença erradicada e agentes infecciosos inesperados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após anunciar a ampliação da campanha de vacinação contra o sarampo para crianças de 6 meses a 1 ano da capital, a Secretaria Municipal da Saúde informou que ações de imunização serão feitas em creches públicas e particulares de São Paulo. O mutirão também será realizado em faculdades para conter o avanço da doença na cidade, que soma 484 casos. "Vamos mudar o nosso foco para pegar a população de 6 meses a 1 ano. Nesta semana, já estão sendo programadas ações em creches municipais e privadas", explica Solange Maria Saboia e Silva, coordenadora de Vigilância e Saúde. A imunização será feita após consentimento dos pais, mas eles também poderão vacinar os filhos em unidades que já frequentam.

Outra frente da campanha é a imunização em empresas. Segundo Solange, 70 estabelecimentos já entraram em contato com a pasta para imunizar seus funcionários. Em todo o Estado, foram registrados 633 casos da doença. Além da capital, outras 14 cidades estão com campanhas em andamento para o público de 15 a 29 anos.

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Imunização

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que pode levar à morte. A prevenção é feita com a vacina tríplice viral. As equipes também devem atuar em faculdades como parte da ação para vacinar os jovens. A faixa etária de 15 a 29 anos é alvo de uma campanha desde junho.

O sarampo pode ser evitado com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses, a orientação é se imunizar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de casos de sarampo confirmados no Estado de São Paulo subiu para 633, segundo novo balanço da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta terça-feira, 30. O crescimento foi de 30% em relação ao último levantamento, divulgado no dia 19 deste mês. A capital concentra 76% dos registros e uma campanha de vacinação, com foco em jovens de 15 a 29 anos, está em andamento em 15 cidades. A meta é vacinar 4,4 milhões de jovens até 16 de agosto.

De acordo com a secretaria, a capital registrou 484 casos da doença, que é altamente contagiosa e pode levar à morte. Os outros municípios com mais registros são Santos (22), Santo André (19), Guarulhos e Fernandópolis, ambos com 18 casos confirmados.

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Desde 10 de junho, uma campanha de vacinação está em andamento e tem como público-alvo os jovens de 15 a 29 anos, faixa que é considerada a mais vulnerável a infecções por causa da menor procura pela segunda dose da vacina. Desde 10 de junho, 799,9 mil pessoas desse público foram vacinadas, segundo a pasta.

Na capital, além dos jovens, crianças entre 6 meses e 1 ano devem ser imunizadas contra a doença. A medida foi adotada após registros de casos nessa faixa etária.

Vacinação

O sarampo pode ser evitado com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Ela integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses da vacina, a orientação é se vacinar.

Quem já teve sarampo não precisa se vacinar, pois já possui os anticorpos para que a doença seja evitada. Clique aqui para saber mais sobre quem deve tomar a vacina.

Calendário de vacinação

Criança com 1 ano: deve tomar a 1ª dose regular (se tiver vacinado em bloqueio ou campanha deve observar intervalo de um mês);

Criança de 15 meses: deve tomar a 2ª dose regular;

Criança de 1 a 4 anos atualizar a caderneta de vacinação;

População de 1 ano a 14 anos deve ter tomado duas doses de vacina;

Adulto de 30 a 59 anos: deve ter tomado uma dose.

Veja onde se vacinar na Grande São Paulo:

Guarulhos

Osasco

Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

São Paulo

O líder do PDT e ex-candidato à Presidência da República nas eleições de 2018, Ciro Gomes, repercutiu nesta quarta-feira (24) os altos índices de sarampo vivenciados atualmente na cidade de São Paulo.

De acordo com o ex-governador do Ceará, o problema é fruto da incompetência do governo. “O avanço do sarampo é resultado desse governo incompetente. Já são mais de 300 casos só em São Paulo”, pontuou Ciro.

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O pedetista também disse que no mês de abril ele havia alertado para a baixa imunização no país. “Quando apresentei o Observatório Trabalhista pela primeira vez, em abril, analisamos os dados de saúde e o baixíssimo volume de imunizações no Brasil”, lembrou.

“Avisei que se não tivesse ação concreta e definitiva do governo, o sarampo se espalharia rapidamente por todo o país. Infelizmente, esse governo despreparado foi omisso e covarde e agora quem sofre é o nosso povo”, criticou Ciro Gomes.

 

Quando o analista Harley Barg, de 29 anos, procurou o hospital pela primeira vez com dor de garganta e febre, no início de julho, nem o médico suspeitou de sarampo. "Como não estava com manchas nem problemas respiratórios, fui diagnosticado com infecção, mas sem saber a origem", conta.

Quatro dias depois, sem conseguir dormir bem por causa das dores no corpo, tontura e febre, ele voltou ao centro médico e já foi internado. "Fui levado ao isolamento pela suspeita do sarampo pois já estava cheio de manchas no rosto", relata.

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A suspeita foi confirmada em exames sorológicos e o quadro se agravou. Ele contraiu pneumonia relacionada ao sarampo (uma das complicações possíveis da doença) e teve de ficar sete dias no hospital. Barg, felizmente, respondeu bem ao tratamento e teve alta no dia 14 de julho.

"Fiquei um pouco preocupado principalmente quando peguei a pneumonia. Achava que nunca mais iria ouvir falar de sarampo aqui", diz. Ele faz parte dos 363 casos confirmados da doença na cidade de São Paulo somente neste ano.

Outro que foi infectado pelo vírus na cidade e ainda sofre com os sintomas da doença é o apresentador de TV Fernando de Oliveira, mais conhecido como Fefito, de 36 anos, diagnosticado no último domingo.

"Estou com coceira, febre. Tomei um antialérgico para conseguir dormir. Mas o pior é ter a minha liberdade privada, não é confortável ficar uma semana fora do trabalho e não é bom saber que as pessoas ao seu redor estão tensas", afirmou.

O surto fez a secretaria reforçar a necessidade da campanha de vacinação, focada principalmente no público de 15 a 29 anos, que, segundo estudos da pasta, têm as menores taxas de cobertura vacinal, maior vulnerabilidade e deslocamento mais intenso pela capital. Apesar da ação, apenas 6% desse público buscou a imunização.

Alerta

Com o aumento de mais de 1.000% no total de casos em apenas um mês na capital, a recomendação é que todos dessa faixa etária se vacinem, independentemente de terem sido imunizados quando crianças. A campanha tem por objetivo proteger os que não receberam a vacina quando bebês mas também aqueles que, mesmo vacinados, não tiveram a resposta imunológica adequada, situação rara mas que aconteceu tanto com Barg quanto com Fefito. O analista diz ter tomado as duas doses da vacina quando criança. O apresentador relata ter tomado uma dose.

Segundo a médica Isabela Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, a eficácia da vacina tríplice viral no caso do sarampo é alta, mas, assim como todos os imunizantes, não chega a 100%. "Os estudos mostram que 95% das pessoas ficam protegidas já com uma dose e que esse índice vai a 98% com a segunda dose."

Ela explica que a chamada falha vacinal (quando a pessoa é vacinada mas não desenvolve imunidade) acontece principalmente em pessoas que foram imunizadas antes do primeiro ano de vida (antigamente os bebês eram vacinados com 9 meses) ou com sistema imunológico frágil, como pacientes com câncer, doenças autoimunes ou com o vírus HIV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além da ampliação da campanha de vacinação já anunciada, em estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, levará a vacina contra o sarampo às escolas estaduais da capital paulista e também a batalhões da Polícia Militar.

A campanha, que já havia sido lançada na capital, em Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, também passa a abranger as cidades de Barueri, Carapicuíba, Diadema, Mairiporã, Mauá, Santana de Parnaíba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra, todas elas na região metropolitana.

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O público-alvo da ação são os jovens de 15 a 29 anos. A meta é de vacinar aproximadamente 3 milhões de jovens até o dia 16 de agosto.

Em voga desde o dia 10 de junho, a distribuição da vacina só alcançou 6% da população. Somente na Grande São Paulo, há a confirmação de 363 casos da doença e mais 800 em investigação.

Quem deve se vacinar contra o sarampo?

Todas as pessoas que não tenham o registro da vacina contra o sarampo em suas carteiras de vacinação devem ser imunizadas. Há uma preocupação especial com as crianças, que são o grupo de maior risco em adquirir a doença. Não há validade da vacina contra o sarampo.

Veja onde se vacinar na Grande SP

Guarulhos

Osasco

Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

São Paulo

Escolas estaduais

Anunciada nesta segunda-feira, 22, a vacinação nas escolas estaduais de São Paulo terá início na volta às aulas, prevista para o dia 31. As doses serão distribuídas para alunos e professores.

Batalhões da Polícia Militar

Ainda serão divulgados quais os batalhões de Polícia Militar vão oferecer a vacinação contra o sarampo.

Entre 17 de junho e esta segunda-feira (22) o número de casos confirmados de sarampo na capital paulista passou de 32 para 363 (avanço de 1.034%), dos quais 70 são autóctones (contraídos no município). Para conter o avanço, a campanha de vacinação de jovens de 15 a 29 anos, público-alvo da ação, será realizada nas escolas e nos batalhões da PM. Empresas que se recusarem a colaborar com as ações de bloqueio podem ser fechadas por 21 dias.

Uma campanha com o público-alvo, que tem menos chance de ter completado o esquema vacinal do sarampo - composto por duas doses, está sendo realizada desde 10 de junho. No entanto, apenas 6% dessa população se vacinou.

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O prefeito Bruno Covas (PSDB) informou que ações para combater fake news relacionadas às vacinas - que estariam atrapalhando a imunização - e a capacitação de profissionais com foco na doença também estão sendo realizadas. "Essa questão não envolve só a Secretaria de Saúde. Temos 45 mil alunos na aprendizagem de jovens e adultos. Não é um desafio a ser vencido só pelo poder público, mas envolve a responsabilidade de toda a sociedade."

Segundo o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares, uma campanha de conscientização será feita com os jovens. "É muito importante olhar para o público-alvo, porque temos grande parte desse público e as taxas de sucesso são muito maiores quando há parcerias desse tipo."

De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, a meta é vacinar aproximadamente 3 milhões de jovens. "Um caso da doença pode contaminar de 11 a 18 pessoas. Sarampo não é uma gripe, é uma doença que mata."

Coordenadora de Vigilância em Saúde, Solange Maria Saboia e Silva disse que há cerca de 800 casos em investigação - avanço de 444%, em relação aos 147 em análise há um mês. A circulação do vírus começou em fevereiro, a partir de casos importados de Israel, Malta e Noruega. "Temos verificados vários surtos de pessoas que trouxeram o vírus e estamos fazendo todos os esforços para evitar epidemia. Temos bairros com maior circulação, mas não existem regiões em que as pessoas não precisam se vacinar. Todas as regiões estão sujeitas à circulação da doença."

A vacinação já está ocorrendo em parques, no transporte público, em shoppings e também será levada para os batalhões da Polícia Militar. " Toda a estrutura da instituição estará disponível como ponto de vacinação", afirma Marcelo Vieira Salles, comandante-geral da PM.

Bloqueio

As ações de bloqueio, quando há casos suspeitos da doença e a população é vacinada, serão rígidas com estabelecimentos particulares que se negarem a receber as equipes de vacinação. "Vamos fechar por 21 dias se não deixarem vacinar", diz Aparecido.

Segundo ele, já ocorreu uma situação de uma empresa que se negou a realizar a imunização e, após saber que poderia ser fechada pelo período, permitiu a atuação dos agentes. Neste ano, foram realizadas 1.185 mobilizações dessa natureza.

Ainda de acordo com o secretário, condomínios e empresas que desejarem realizar campanhas de imunização podem também acionar a secretaria e solicitar o trabalho das equipes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o aumento alarmante dos casos de sarampo no Estado de São Paulo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) têm investido muito mais nas campanhas de vacinação contra a doença. Neste sábado (20), as UBSs da capital paulista e das cidades de Guarulhos, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul estarão intensificando a imunização contra a doença, e estarão abertas das 8h às 17h.

O público-alvo de imunização são pessoas entre 15 e 29 anos. Esta é a faixa etária considerada mais vulnerável a infecções, em razão da menor procura pela segunda dose da vacina.

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Só neste ano, o estado de São Paulo registrou 384 casos de sarampo. Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação da doença, porém, de 2018 em diante, casos de sarampo foram confirmados nos estados de Roraima, Amazonas, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que se apresenta seguida de febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele. A doença pode causar sérias complicações, principalmente em crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 20 anos ou em pessoas com algum grau de imunodepressão.

Um bebê de 11 meses teve confirmado o diagnóstico de sarampo, nesta quarta-feira (10), 10, em São José dos Campos, interior de São Paulo. É o primeiro caso da doença na cidade nos últimos 20 anos. A criança do sexo masculino, moradora do Jardim Santa Inês, foi atendida em hospital particular e passa bem. Outros cinco casos estão em investigação no município. A Secretaria da Saúde vai intensificar a vacinação contra a doença.

Conforme a prefeitura, o bebê começou a apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, tosse, conjuntivite e manchas avermelhadas, no dia 14 de junho. Ele recebeu atendimento, mas não precisou ser internado e seu estado evoluiu sem gravidade. As ações de bloqueio começaram a ser feitas pelas equipes das unidades básicas de saúde sob a orientação da Vigilância Epidemiológica. "Por se tratar de doença altamente contagiosa, mais de 60 pessoas, entre familiares, amigos e funcionários da unidade hospitalar que tiveram contato com a criança foram vacinadas", informou a prefeitura.

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Também foi realizada vacinação de casa em casa nas redondezas de onde o menino mora, além da casa dos avós frequentada pela criança, totalizando cerca de 260 pessoas. Na região, havia sido registrado apenas um caso da doença, em maio deste ano, em Pindamonhangaba.

No Estado de São Paulo, houve 206 casos confirmados este ano, segundo a pasta estadual da Saúde. Mais da metade dos casos (66%) se concentra na capital, com 175 registros. As ocorrências se tornaram mais frequentes nos dois últimos meses. Até meados de maio, eram apenas 36 os casos confirmados. Tendo em vista o cenário epidemiológico atual do sarampo no Estado, a pasta estadual recomenda a imunização de resposta a casos suspeitos, abrangendo inclusive os locais frequentados pelos pacientes nas últimas três semanas.

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