Tópicos | Síndrome de Guillain-Barré

Na bateria da The Offspring desde 2007, 'Pete' Parada, de 47 anos, foi expulso da banda de rock por se recusar a tomar a vacina contra a Covid-19. Nessa segunda-feira (2), o músico fez um desabafo nas redes sociais e explicou os motivos da decisão.

Em seus perfis oficiais nas redes sociais, Parada relatou que foi orientado por seu médico a não receber o imunizante. Ele é portador da Síndrome de Guillain-Barré e indicou que os possíveis efeitos colaterais da dose poderiam ser irreparáveis ao seu sistema imunológico. "Infelizmente para mim, os riscos superam os benefícios", apontou.

##RECOMENDA##

"Dado meu histórico médico pessoal e o perfil de efeitos colaterais, meu médico me aconselhou a não tomar vacina neste momento. Peguei o vírus há mais de um ano, era leve para mim - então estou confiante de que seria capaz de lidar com isso novamente, mas não tenho tanta certeza se sobreviveria a outra rodada pós-vacinação da Síndrome de Guillain-Barré, que remonta à minha infância e evoluiu para piorar progressivamente ao longo da minha vida", escreveu no comunicado aos amigos, familiares e fãs.

Sem poder seguir com a agenda da The Offspring, seja em estúdios ou na turnê, ele confirmou o fim do ciclo na banda californiana: "você não me verá nesses próximos shows [...] Não tenho sentimentos negativos em relação à minha banda. Eles estão fazendo o que acreditam ser melhor para eles, enquanto eu faço o mesmo. Desejando a toda a família The Offspring tudo de bom enquanto eles se vingam! Estou com o coração partido por não ver minha comunidade itinerante e vou sentir falta de me conectar com os fãs mais do que posso expressar em palavras".

Ainda em seu discurso, Parada criticou a obrigatoriedade da vacinação e prometeu aos admiradores que vai lançar um projeto pessoal e músicas com a filha.

Acompanhe

[@#video#@]

Rochelle perderá o movimento das pernas e pode ficar paraplégica na novela Segundo Sol. A vilã, que é interpretada pela atriz Giovanna Lancelotti, será diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré e, no desespero devido ao risco de não voltar a andar, vai confessar que armou a tentativa de estupro de Roberval para se vingar dele.

No final deste mês de setembro, Rochelle vai forjar o ataque de seu tio e, durante a confusão, ficará ferida ao cair sobre uma mesa de vidro. No hospital, os médicos vão constatar que um formigamento que ela sentirá nos dedos não tem nenhuma relação com o acidente sofrido, diagnosticando a doença. 

##RECOMENDA##

Ao tentar se levantar do leito e cair mais de uma vez, Rochelle ficará desesperada por perceber que não consegue andar, dizendo que não sente as pernas. A notícia de que contraiu a síndrome virá nesse momento.

Sensibilizado com a situação, Roberval irá visitar a sobrinha no hospital e Edgar, pai de Rochelle, tentará partir para cima de seu irmão, que será defendido pela mãe de ambos.

Diante da confusão no hospital, Rochelle confessará sua armação, pedindo desculpas aos pais e ao tio, que a perdoará e também vai pedir desculpas, além de oferecer ajuda financeira para o tratamento.

LeiaJá também

--> Em Segundo Sol, Remy usa frase famosa de Avenida Brasil

--> Deborah Secco imita Anitta nas gravações de Segundo Sol

A ocorrência da síndrome de Guillain-Barré (SGB) no Brasil cresceu 19% entre janeiro e novembro de 2015, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em relação à média dos anos anteriores. O número total de pacientes registrados com a doença autoimune no período foi de 1.708, o que corresponde a mais de 5 casos por dia. O País é o mais afetado pela zika no mundo e a OMS afirma que há uma "relação provável, embora ainda não comprovada" entre o vírus e a síndrome, que pode causar paralisia.

De acordo com a OMS, o aumento da incidência foi maior em Alagoas (aumento de 516,7%), Bahia (196,1%), Rio Grande do Norte (108,7%), Piauí (108,3%), Espírito Santo (78,6%) e Rio (60,9%).

##RECOMENDA##

O vendedor Ideraldo Luiz Costa Duarte, de 43 anos, foi uma das vítimas. Ele chegou cedo ao estádio onde seu time disputaria uma partida de futebol por uma liga amadora de Maceió. Era um domingo de junho e ele se apressava para vestir o material esportivo. Mal calçou as chuteiras, no entanto, sentiu uma dormência nas pernas, que logo foi se espalhando pelos braços e lábios. Foi para casa.

Acabou internado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde fez uma série de exames sem chegar a nenhum resultado conclusivo, e sofreu uma parada cardíaca. "Pensei que fosse morrer", relembra. "Acordei na Santa Casa (de Misericórdia de Maceió, referência na doença), onde finalmente descobriram que era Guillain-Barré", lembra. Ele foi um dos 50 pacientes diagnosticados com a síndrome no Estado em 2015 e tratados pela equipe liderada pelo hematologista Wellington Galvão. "Em um Estado em que a média anual de pacientes com a síndrome é de 12 casos, o volume registrado no ano passado assusta", diz Galvão. "Para se ter uma ideia, de março a dezembro, 43 casos estão diretamente ligados ao zika", afirma o profissional, que preside o Sindicato dos Médicos de Alagoas.

"O número de casos aumentou exatamente no mesmo período de avanço das viroses (zika, dengue e chikungunya, ligadas ao 'Aedes aegypti')", observou o médico neurologista Marcelo Adriano Vieira, responsável pela investigação dos casos de Guillain-Barré no Piauí. Foi o que aconteceu com o artista plástico Fabiano Campos, de 72 anos. "Fiquei com 49 quilos e tenho 1,78 metro", diz ele.

Campos acabou paralisado: perdeu o movimento dos membros superiores e inferiores. Se alimentava por uma sonda e não falava. O tratamento foi difícil e, segundo o médico Roberval Leite, só não houve mais problemas por causa do diagnóstico rápido da síndrome.

No Piauí, 42 pacientes foram diagnosticados com Guillain-Barré, ante 23 no ano anterior. Em Pernambuco, foco dos casos atuais de microcefalia, 50 casos foram registrados, ante14 no ano anterior. Na Bahia, só até julho de 2015 houve 42 casos confirmados, dos quais 26 têm histórico de zika, dengue ou chikungunya, segundo a OMS. No Rio Grande do Norte, em 2014, 33 pacientes tiveram a síndrome confirmada, ante uma média de 20 casos por ano.

Incerteza

O Ministério da Saúde confirmou a associação entre a Guillain-Barré e o vírus da zika em dezembro. Na quarta-feira, 17, o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF), do Rio, e a Fiocruz firmaram acordo para a realização de pesquisas conjuntas sobre a relação do zika não só com a Guillain-Barré, mas também com casos de encefalites e encefalomielites.

Por enquanto, qualquer associação é prematura, segundo o neurologista Fernando Cendes, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. "Pode ser efeito do aumento do conjunto de viroses no País." (Colaboraram Roberta Pennafort e Luciano Coelho e Carlos Nealdo, especiais para AE)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de vítimas da síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que pode levar à paralisia completa de músculos do corpo e à morte, aumentou ao menos cinco vezes este ano em hospitais no Estado do Rio. A constatação é de médicos integrantes de uma rede de troca de informações sobre o tema, que atenderam os pacientes em hospitais públicos e privados. Todos haviam sido infectados pelo vírus zika antes de manifestar a Guillain-Barré, segundo os diagnósticos.

Membro do grupo médico, o neurologista Osvaldo Nascimento, especialista em doenças do sistema nervoso periférico do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), da Universidade Federal Fluminense (UFF), disse nessa terça, 16, que a taxa de incidência da síndrome na população sempre foi de 0,5 a quatro casos para cada 100 mil habitantes. Nos primeiros 45 dias de 2016, foram de 20 a 30 diagnósticos informou ele. Os números não são precisos porque a troca de informações se dá por meio de uma rede informal, que ainda está sendo oficializada.

##RECOMENDA##

"Continua uma síndrome rara, mas esse aumento chama a atenção. Esses 20 e poucos casos são os que conhecemos, há ainda os que não chegaram aos hospitais, uma vez que 80% dos pacientes com Guillain-Barré têm evolução muito boa. Quando são precedidos pelo vírus zika, no entanto, a tendência que observamos é que haja um comprometimento mais sério do sistema nervoso", disse Nascimento, professor titular e coordenador de pesquisa e pós-graduação em neurologia da UFF. Ele disse ter atendido pessoalmente seis pacientes com quadros precedidos pela zika.

"Não sabemos como vai ser nos próximos meses. Pode ser que se torne algo sazonal; pode ser que se comporte como foi com o ebola na África: todo mundo ficou com medo, mas não aconteceu o pior. Com o zika é diferente, porque o vetor é mais fácil", disse.

Dois dos casos do Huap, em Niterói (cidade na região metropolitana) são muito graves. Um é o do professor universitário Jonas Antônio Ávila França Junior, de 33 anos, que teve zika e está paralisado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Ele não consegue andar, falar e comer - só movimenta os olhos. O outro paciente está na emergência, por falta de espaço no CTI. Três casos que estavam sendo tratados como suspeitos resultaram em alta com diagnóstico definitivo de polineuropatia radicular, doença degenerativa também rara, sem ligação com a zika.

O núcleo de Nascimento no Huap é referência no estudo e tratamento de doenças do sistema nervoso periférico, como lepra e neuropatia diabéticas. Desde que o número de casos cresceu, passou a ser intenso o fluxo de médicos, alunos e pacientes em busca de informações. Levando em conta o temor da zika e de suas consequências, as condições de trabalho deveriam ser melhoradas, disse o neurologista.

"Precisamos de vagas no CTI e de pessoal para dar suporte", afirmou ele.

O Ministério da Saúde confirmou a associação entre a Guillain-Barré e o vírus zika em dezembro. Estudos ainda estão sendo realizados no Brasil e no exterior para entender que outros fatores podem estar envolvidos. Nessa terça, 16, o Huap e a Fiocruz firmaram acordo para a realização de pesquisas conjuntas sobre a relação não só com a Guillain-Barré, mas também com encefalites (inflamações no cérebro, geralmente causada por vírus) e encefalomielites, que comprometem também a medula e são virais.

Os pesquisadores buscam entender melhor a estrutura do vírus e como ele age no organismo, além de descobrir como se comporta o sistema imunológico dos pacientes. Os médicos ainda não sabem por que determinados pacientes têm manifestações leves da Guillain-Barré e outros ficam imobilizados.

A relação entre o vírus zika e a síndrome de Guillain-Barré é mais evidente do que a observada até agora nos casos de microcefalia à reportagem o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) Marcos Espinal. Segundo ele, até agora, o único país das Américas a registrar a má-formação no cérebro de bebês é o Brasil. Se nos próximos meses não aparecerem casos semelhantes em outras regiões, será preciso investigar outras razões para o problema.

"Se o zika provoca microcefalia, nós vamos começar a ver microcefalia na Colômbia em junho, porque o vírus chegou à Colômbia em outubro", observou Espinal, que comanda o Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas. "A evidência com Guillain-Barré é mais conclusiva. Há vários países com zika que estão relatando aumento da síndrome, como Brasil, El Salvador, Colômbia, Suriname, Venezuela e Polinésia Francesa."

##RECOMENDA##

Espinal disse que é difícil estimar um prazo para a confirmação da relação causal entre zika e microcefalia, mas ressaltou que o quadro deverá ficar mais claro em abril, quando será divulgado um estudo de casos que está sendo feito no Brasil. Ainda que a situação seja menos conclusiva do que em relação à Guillain-Barré, ele observou que há evidências "muito sugestivas" apontando para o zika na origem da microcefalia.

Na hipótese de esse vínculo não se comprovar, será necessário investigar se a má-formação é provocada por outros vírus ou pela influência de produtos tóxicos e químicos, afirmou Espinal. De acordo com ele, o zika já está presente em 26 países e territórios das Américas. Apesar de o vírus estar se movendo na direção norte, os Estados Unidos ainda não tiveram casos autóctones da doença e Espinal não espera que o país experimente uma epidemia.

Em sua avaliação, a região ainda não viu o pico da doença, que deverá se espalhar para todos os países da América Latina e do Caribe.

Déficit de conhecimento

O diretor da Opas foi um dos participantes de seminário que reuniu nesta terça-feira, 16, em Washington cientistas e médicos para discutir a epidemia de zika. Promovido pelo Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências, o encontro tinha o objetivo de identificar as prioridades de pesquisas e de ações de saúde pública no combate ao vírus.

Todos concordaram que há um déficit de conhecimento da comunidade científica em relação ao zika, vírus pouco estudado que esteve fora do radar das pesquisas até aparecer no Brasil, no ano passado. Desde sua descoberta, em 1947, até um surto na ilha de Yap, em 2007, haviam sido registrados apenas 14 casos da doença no mundo.

"O que provocou o recente aumento? Nós não sabemos. Tudo ainda é um mistério para nós", disse Ronald Rosenberg, responsável por doenças infecciosas do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Em sua opinião, a prioridade para o Brasil é esclarecer a relação entre a doença e a má-formação do cérebro de bebês. "Todos os relatórios indicam que a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré aumentaram no mesmo período em que tivemos a epidemia de zika. Mas saber como essa conexão acontece é complexo", observou.

Outra questão importante é o desenvolvimento de testes que permitam diagnóstico mais rápido e preciso da doença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis casos de problemas neurológicos em Pernambuco foram causados por zika vírus. A confirmação foi feita nesta sexta-feira (27) pela Doutora Lúcia Brito, chefe de neurologia do Hospital da Restauração (HR) e representante no Nordeste da Academia Brasileira de Neurologia. O estudo sobre os efeitos neurológicos do zika é considerado pioneiro no mundo.

De janeiro a junho, Pernambuco registrou 131 casos de complicações neurológicas, contra só nove casos em 2014. Foram convocados 69 dos 131 pacientes para serem reavaliados. Desses, 42 foram confirmados com a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), que afeta o sistema nervoso, causando fraqueza nos membros e pode ocasionar problemas respiratórios. Os demais 27 apresentam outras seis doenças neurológicas.

##RECOMENDA##

LeiaJá também

>> Zika vírus foi descoberto em 1947 em floresta da África

Os testes ainda estão em andamento, mas seis deles que já foram concluídos e apontam a origem das manifestações neurológicas como sendo zika vírus. Quatro casos são da Síndrome de Guillain-Barré e dois de encefalomielite aguda disseminada, que é muito mais grave, causando, entre outros sintomas, alteração da consciência e déficit motor. Segundo a Dra. Lúcia Brito, dois pacientes foram totalmente recuperados, três sofreram sequelas moderadas e uma sequela grave.

“Eles geralmente respondem bem ao tratamento clínico e têm uma recuperação completa. Cerca de 20% dos casos têm sequelas mais graves, com o paciente podendo vir a ter insuficiência respiratória”, explica a especialista. O grupo mais suscetível a ter complicações é o de crianças e idosos. “Provavelmente porque o sistema imunológico não responde tão rápido”, comenta Brito.

O número de pessoas com doenças neurológicas devido ao zika vírus em 2015 pode ser muito maior, visto que ainda não foi divulgada a quantidade de ocorrências de julho até o momento. Os reavaliados são de 16 municípios, sendo nove são do Recife, 12 de Jaboatão dos Guararapes e cinco de Olinda. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando